quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Construções na areia da Praia do Cabedelo...

 

Via SOS CABEDELO.

Prolongamento do enrocamento na raíz do molhe.

Na sequência da reunião promovida pelo vereador Miguel Babo com o SOS Cabedelo e o Sr. Presidente Carlos Monteiro, e da Reunião de Câmara de 04-05-2020, conforme ata que se segue, aguardamos com expectativa pela revisão do projeto com o novo enrocamento, em conformidade com os mesmos alinhamentos e geometria do enrocamento existente, evitando descontinuidades com impacto negativo na segurança dos banhistas e na qualidade da onda do Cabedelo. 


Nota OUTRA MARGEM
«A Câmara Municipal, no uso da competência que lhe é conferida, ao abrigo do disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 33.º do anexo I da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, deliberou, por maioria, com oito votos a favor, do Presidente e dos Vereadores, Ana Carvalho Oliveira, Mafalda Azenha, Nuno Gonçalves, Miguel Pereira, Diana Rodrigues e dos Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata, Carlos Tenreiro e Miguel Babo e um voto contra do Vereador eleito pelo Partido Social Democrata, Ricardo Silva, no âmbito da empreitada para “Área de Requalificação Urbana do Cabedelo 2.ª fase – Proteção e Reabilitação Costeira e Dunar”, aprovar: ------------------------------------------------------
A adjudicação da empreitada à concorrente Civibérica-Obras Civis, S.A., pelo valor global de 1.978.000,00 € . Deliberação aprovada em minuta. -----------------------
O Vereador eleito pelo Partido Social Democrata, Ricardo Silva, proferiu a seguinte Declaração de Voto: -------------------
“Estão a lançar obras e a fazer adjudicações quando deviam de tratar das obras inacabadas e resolver o problema das obras concluídas. Seria bom repensar todas estas obras com bom senso. Deviam parar e repensar tudo, face ao parco recurso do município como o Governo está a fazer. Temos de encontrar soluções para mais rapidamente recuperar a economia da Figueira da Foz, nomeadamente o setor do turismo que a passar mais dificuldades, mas continuam como se nada tivesse acontecido, é o que transparece na atuação de continuar a adjudicar obras grandes.” »

Richard Zimler, um americano há 30 anos a viver no Porto

Richard Zimler (Roslyn HeightsNova Iorque1 de Janeiro de 1956) é um jornalistaescritor e professor norte-americano naturalizado português desde 2002. No video abaixo deixa uma lição de humildade, qualidade que nós, portugueses, pouco cultivamos...

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Aguardemos que fale a justiça...

 Via Diário as Beiras

Também no PSD é sempre carnaval!..


"Ainda a propósito do acordo PSD-Chega. Há momentos em que o choque é tão intenso e gera uma repulsa tão grande que, evitando dar margem a qualquer impulsividade, deixamos passar umas horas ou dias na vã esperança de que boas justificações possam ser, entretanto, aportadas. 
Não foi infelizmente o caso. As justificações entretanto dadas pela direção nacional do PSD adensaram a minha perplexidade e entristeceram-me ainda mais."

Jorge Moreira da Silva. Ex-ministro do Ambiente de Pedro Passos Coelho.
Na sua opinião, expressa num artigo muito crítico no jornal Públicoo acordo nos Açores com o Chega de André Ventura, ex-camarada de partido, promovido por Pedro Passos Coelho nas eleições autárquicas em Loures, era Jorge Moreira da Silva ministro, é uma traição!..
O antigo ministro do Ambiente de Passos Coelho diz que “não se fazem acordos com partidos xenófobos, racistas, extremistas e populistas” e pede um congresso extraordinário do partido.

Só falta resolver o pormenor dos «jacintos-de-água»...

Imagem via Diário as Beiras

Em tempo.

Cabedo (faz parte da Figueira) antigo...

Foto antiga, obtida a partir da margem norte do estuário do Mondego, onde se "vê bem o cordão dunar, assim como o enorme areal à sua frente, o qual desapareceu por completo com a construção dos molhes norte e sul. A ampliação permite ver o cordão a passar pela Cova e sempre mais para sul...sul...sul..."
"A duna "artificial" em 1953. O ponto branco que se vê no lado direito era uma fábrica onde é hoje o campo do Cova Gala."
Fotos e legendas a partir do mural do Alberto Afonso no facebook.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

E assim se destrói a protecção de uma duna primária: a vegetação...

• Duna primária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas. 
Como é que os sistemas dunares são destruídos? As dunas são sistemas instáveis, mesmo quando estabilizadas pela vegetação, pois essa estabilização constitui um “fio-de-navalha”, que qualquer perturbação altera. A destruição da vegetação - e é isso que está a acontecer com a intervenção desta máquina - transforma uma duna fixa numa duna móvel. O desfecho traduz-se, quase sempre, na destruição da duna com riscos de recuo da linha de costa significativos. Mas, como alguém já disse, estes pormenores têm a ver com quem de direito - Junta de Freguesia de S. Pedro e Câmara Municipal da Figueira - e não com um cidadão que se preocupa e está atento aos atentados ambientais. Portanto, os "quens" de direito que actuem como é seu dever e obrigação. O alerta está feito.

O antes...

 

Dunas...

Video sacado daqui

A duna mais junto ao mar adquire o seu perfil de equilíbrio, que embora variando ao longo do ano face à proximidade da rebentação e como tal à disponibilidade de areia na praia, mantêm-se também mais ou menos constante num dado local e permitindo assim o início da sua fixação pelas plantas.

Neste sistema dunar assim criado, à duna mais próxima ao mar chama-se “duna primária”.

Com os conhecimentos existentes sobre a criação das dunas, da sua relação dinâmica com o vento e a fragilidade das plantas estabelecidas dadas as difíceis condições de sobrevivência das mesmas nas dunas, podemos estruturar o uso potencial dos sistemas dunares fixos da seguinte forma:

• Praia – tolerante ao recreio

• Duna primária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas

• Espaço interdunar – sensível, mas tolerante a certos usos recreativos e instalação de construções leves

• Duna secundária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas

• Zona pós-dunar – tolerante ao recreio e construção, tendo em conta as capacidades de carga, níveis freáticos e outros parâmetros biofísicos.


Esta é a distribuição natural das ocupações em função do valor e sensibilidade do sistema dunar. Qualquer outra situação implica sempre impactes significativos ao nível da utilização do património colectivo que esses sistemas constituem.

É preciso não esquecer a importância, cada vez maior, que as dunas, principalmente as dunas primárias, têm como “tampão natural” à violência das ondas, criando com elas um equilíbrio dinâmico – recebendo, armazenando e largando areia - que protege os usos do solo a sotavento e que implica sempre a sua conservação, bem como da duna secundária associada.

Sem este sistema e em situações de litoral “agressivo” e níveis de subida médios do mar inquestionáveis, a preservação das dunas ganha dimensões tanto estratégicas na defesa de pessoas e bens como ecológicas de defesa de um sistema sensível ás alterações que o Homem faz.

Como é que os sistemas dunares são destruídos?

As dunas são sistemas instáveis, mesmo quando estabilizadas pela vegetação, pois essa estabilização constitui um “fio-de-navalha”, que qualquer perturbação altera.

A destruição  da vegetação - e é isso que está a acontecer com a intervenção desta máquina -  transforma uma duna fixa numa duna móvel.

O desfecho traduz-se, quase sempre, na destruição da duna com riscos de recuo da linha de costa significativos.

Mas, como alguém já disse, estes pormenores têm a ver com quem de direito - Junta de Freguesia de S. Pedro e Câmara Municipal da Figueira - e não com um cidadão que se preocupa e está atento aos atentados ambientais.

Portanto, os "quens" de direito que actuem como é seu dever e obrigação. 

O alerta está feito. 

Nota de rodapé.

Esta postagem foi feita com a ajuda do que foi lido aqui.

António Miguel Lé, presidente da Cooperativa Beira Litoral, fez criticas ao presidente da Câmara. Carlos Monteiro respondeu...


 Imagem via Diário as Beiras

Apoiar efectivamente o comércio local é com medidas concretas como, por exemplo, estas:


 Imagem sacada daqui

domingo, 15 de novembro de 2020

Um vídeo esclarecedor sobre o que é um snob convencido...

Video via SICN

Este cavalheiro, snob e convencido, mostra sempre um ar superior, que me causa repulsa e faz-me fazer zapping, quando aparece na pantalha televisisva.  Os chamados "medias" precisam, à direita, destes "enterteiners" comediantes de feira e politiqueiros...

«Ninguém sabe motivos do acidente que lança para o desemprego 22 pescadores, mas no local falava-se nas madeiras arrastadas pelos jacintos»


 Via Diário de Coimbra

Comissão Nacional de Protecção de Dados já recebeu algumas queixas sobre violação de dados de saúde, tendo aberto pelo menos um processo

«Há resultados de testes à covid-19, que constituem dados de saúde pessoais, a serem comunicados às entidades que os financiaram, sejam câmaras municipais ou entidades patronais, o que pode constituir uma violação muito grave das normas da protecção de dados. A confirmar-se a infracção, esta deve dar origem a uma multa que pode atingir os 20 milhões de euros. A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) já recebeu algumas queixas neste âmbito, estando, neste momento, a instruir um processo que envolve uma entidade pública. Não recebeu, no entanto, qualquer participação de um caso que chegou ao conhecimento do PÚBLICO

Apesar das dificuldades há que manter a esperança...

Recordemos Cesária Évora

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Quinto Molhe: mais palavras para quê?..

Os chouriços estão nus... Foto: Pedro Agostinho Cruz.

Cais comercial a sul? Como ficaria feliz...

Imagem via Diário as Beiras
Porto Comercial e Zona Industrial e os erros estratégicos de localização
, é uma postagem que publiquei neste blogue há mais  de 10 anos.
Estávamos a 28 de Julho de 2010. Recordo algumas passagens, pois mantém-se mais do que actuais. Passo a citar-me.
O rio e o porto estão associados ao crescimento da Figueira e são factores de desenvolvimento concelhio, pelo que deveria ter havido o máximo de cuidado e planeamento na execução e expansão das obras portuárias.
As razões são óbvias: basta verificar qual será a função principal do porto comercial.
Fácil de responder: proporcionar o escoamento a mercadorias da zona centro do país, em especial das empresas sediadas na zona industrial da Figueira da Foz e das celuloses.
Sendo a Figueira, como sabemos, um porto problemático a vários níveis, nomeadamente por sofrer a influência das marés, enferma de um erro estratégico de fundo: a localização. A teimosia, ou a falta de visão, em manter o porto na margem norte é um condicionante para as condições de funcionalidade da estrutura portuária.
Duas razões simples:
1ª. Se estivesse na margem sul estaria mais perto das fábricas, o que pouparia as vias de comunicação que dão acesso ao porto comercial e evitaria a sobrecarga no tabuleiro na ponte da Figueira.
2ª. Principalmente no inverno, os navios atracados no cais comercial têm frequentes problemas de segurança, ao ponto de, por vezes, ser necessária a sua deslocação para a zona abrigada do porto de pesca com as demoras e despesas daí resultantes, o que torna mais onerosa e menos operacional a vinda de navios à barra da Figueira.
Tempo é dinheiro no competitivo mercado dos transportes marítimos. O mal, está feito, mas não pode ser escamoteado, até porque a vinda para a margem sul do porto de pesca não foi inocente. Era poluente...
Contudo, também podemos aprender com os erros. E erro estratégico foi, igualmente, a implantação da zona industrial logo a seguir à zona habitacional da Gala, quando teria sido perfeitamente possível e fácil a sua deslocação mais para sul, possibilitando assim a criação de uma zona tampão entre as fábricas e as residências.Com erros, ou sem erros, porto comercial e zona industrial são estruturas complementares no progresso e desenvolvimento do nosso concelho. Contudo, convém que o planeamento seja devidamente sustentado, pois erros já foram cometidos bastantes. Apesar dos alertas feitos em devido tempo.

Agora, ao que parece (espero que não seja apenas de haver eleições no próximo ano...) estão a pensar nisso. Oxalá seja verdade, são os meus votos.