sábado, 31 de outubro de 2020

No país dos "pila pinhas"...

Imagem via Diário as Beiras

Que fique claro claro: sou contra contra qualquer tipo de  gamanço.

O país já deveria estar mais do que farto de aberturas de telejornal e primeiras páginas de jornais  julgamentos que “não andam” e corrupção em doses gigantescas.

Mas, não está. Nem está enojado, por figuras públicas que deveriam ser exemplos de cidadania, estarem constantemente a ser apontadas como "corruptos", sem depois haver consequências.

A lixeira a céu aberto e o cheiro nauseabundo que nos são servidos diariamente pela comunicação social, há muito que anda fazer caminho a outras coisas que andam por aí.

O aproveitamento político deste clima de suspeição generalizada, num pequeno país sem recursos capazes de, só por si, o tirarem da depressão e onde muitos milhares de cidadãos estão sempre prontos a abraçar e dar as boas vindas a um qualquer “salvador da pátria que mande a sério e ponha tudo isto na ordem”, pode ter consequências difíceis de prever em toda a sua amplitude e dimensão.

O passado mostra, com exemplos, que foi exactamente para estender a passadeira a esses “salvadores da pátria” que servem estes longos e exaltados climas de paranóia carregada de chavões como “a corrupção, os desentendimentos dos políticos, a criminalidade e a insegurança, os ciganos, os imigrantes que tiram os empregos aos nacionais”...

Foi neste cenário abjecto, criado e ampliado até à exaustão, que o fascismo teve o caminho aberto.

Deixem os "pilha pinhas" em paz. 

Ao menos estes, por norma, são apanhados julgados e condenados. 

Desde quando é que o combate à pandemia é um caso de polícia?

 "Executivo pondera voltar a fechar o País nas duas primeiras semanas de dezembro"!..

O saco

 A saúde é cada vez mais um apetitoso negócio. Portanto, nada mais natural que se invista em publicidade.

Saco que traz a edição do Expresso desta semana

«No capitalismo realmente existente, de onde o Estado nunca esteve e nunca estará ausente, tanto a robusta CUF como a frágil Impresa recebem directa e indirectamente apoios públicos. E se o Estado não optar pela requisição civil de hospitais ditos privados, até perante a recusa destes em receber doentes infectados com Covid-19, é caso para dizer que já nem é preciso falar da sua autonomia sempre relativa, mas potencialmente real em democracia.»

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

“Geringonça” nos Açores...


Qual a razão ou razões para o PSD não governar os Açores em coligação com o Chaga?

«Carlos Furtado deixou de ser "social-democrata" do dia para a noite,.

Carlos Furtado passou a ser fascista da noite para o dia.

Carlos Furtado passou todos estes anos disfarçado e nunca ninguém deu por nada, ou as coisas são o que são e nunca ninguém quer saber a ponta de um chavelho para depois aparecerem boquiabertos de admiração por algo que era do conhecimento geral mas desde que não fosse falado, não fizesse muitas ondas, faz de conta que não existia?»

Obras do Cabedelo...

 A nova estrada de acesso, que ainda nem foi inaugurada já inundou!..

Embarcação eléctrica para a travessia do Mondego: infelizmente, já vi mais optimismo...

Via Diário as Beiras
«A regeneração urbana do Cabedelo será complementada com uma linha de transporte de passageiros e bicicletas fluvial entre as duas margens, assegurada por uma embarcação eléctrica. 
Mas será que estará disponível quando as obras terminarem? 
“Estamos a tratar disso com a rapidez que podemos e a lentidão que os 500 mil euros (preço do barco) nos abriga”, respondeu Carlos Monteiro.»
Fim de citação.

Já era sabido que Figueira da Foz ia adquirir uma embarcação elétrica para travessia entre as margens do Mondego.
Pensávamos é que era mais rápido. Em 20 de Setembro passado assim parecia: «a Câmara da Figueira da Foz vai apresentar, a curto prazo, uma embarcação elétrica para efetuar transporte de passageiros entre as duas margens do rio Mondego».
«A ligação mais rápida que temos para o lado sul do concelho é a Ponte Edgar Cardoso, que mais cedo ou mais tarde vai ter de entrar em obra. Portanto, é importante termos uma ligação rápida para o outro lado», disse Carlos Monteiro. 
O autarca, que falava na cerimónia de inauguração dos primeiros quatro quilómetros da Ciclovia do Mondego, presidida pela ministra da Coesão Territorial, considera que é importante ter uma alternativa, como ficou demonstrado nas tempestades Leslie e Elsa, que atingiram o concelho. Em declarações aos jornalistas, o presidente da autarquia adiantou que o “veículo está estudado” e vai ser apresentado a curto prazo, estando o município a preparar o processo de aquisição. Segundo Carlos Monteiro, trata-se de uma embarcação com painéis fotovoltaicos, com capacidade para 45 a 50 passageiros e transporte de bicicletas, cujo preço ronda os 530 mil euros. “Havendo uma embarcação elétrica, a transição entre margens é muito menos poluente e mais rápida”, sublinhou o autarca, que pretende ter a embarcação a operar todos os dias. 
O presidente da câmara justificou ainda a aposta nas ligações de barco no Mondego com o facto de o Hospital Distrital da Figueira da Foz, que “tem 800 funcionários”, se encontrar na margem sul da cidade. 
Depois de ouvir a intenção do autarca, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse que não será “nada difícil incluir” o projeto nas “elegibilidades”, com vista a financiamento. A governante destacou o projeto da Ciclovia do Mondego como um exemplo de coesão e de diminuição do trânsito e da poluição em zonas urbanas.
O que mudou em pouco mais de um mês?

Começou a segunda fase sem ter acabado a primeira...

Via Diário as Beiras

«A segunda e última fase da requalificação do Cabedelo já começou, enquanto ainda decorre a primeira.
Tem por finalidade a protecção costeira, através do reforço do cordão dunar, com 80 mil metros cúbicos de areia. 
O material inerte está a ser retirado do Cabedelinho, mas não é suficiente, já que não deverá ser permitido extrair mais do que 20 mil metros cúbicos, o que obrigará a autarquia a recorrer a outros areais. 
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, esclareceu que os trabalhos da segunda fase coincidem com a parte final da primeira porque implica movimentação de camiões carregados com areia e pedra. Deste modo, acrescentou, “evita-se estragar o que já está feito”. 
Carlos Monteiro não se comprometeu com uma data para a conclusão das obras, porque, ressalvou, “de um momento para o outro, pode surgir um imprevisto”
A autarquia está a estudar as diversas alternativas para os 60 mil metros cúbicos de areia que terão de ser acrescentados no Cabedelo. 
Questionado sobre se a escolha pode recair no areal urbano, respondeu que será escolhida a solução mais barata.»

A propósito de "um jantar privado de pessoas ditas de direita" publicitado no jornal!..

A notícia, como se pode comprovar pela imagem abaixo, veio nas páginas do jornal Diário as Beiras


Primeira constatação: a Figueira apanha as modas da capital, sempre com atraso. Foi assim em 1997... 

Segunda constatação: "os comensais, além de respeitarem as regras impostas pela DGS no âmbito da actual pandemia", deverão enviar foto do acontecimento social, não para o jornal Diário as Beiras, como, talvez por inexperiência, aconteceu desta vez, mas para a Caras, (onde são publicadas as notícias dos famosos putativamente presidenciáveis, realeza, moda, beleza, culinária, decoração, as mulheres mais elegantes) ou para a Maria (chegou a vender 300 mil exemplares. O seu forte era publicar entrevistas sobre os protagonistas do momento, artigos de saúde, apresentados de forma esclarecedora e baseados em opiniões de especialistas, páginas dedicadas ao esclarecimento sexual do casal, conselhos de moda e beleza, que ajudam a mulher a cuidar da sua imagem, informação televisiva, com os resumos das telenovelas, o bebé do ano, culinária, decoração e astrologia)... 

Terceira constatação: deste jantar, publicitado pelo jornal Diário as Beiras, ficaram duas coisas por saber...

Essas, sim, despertavam a minha curiosidade: a qualidade do repasto e do vinho e as propostas políticas para a Figueira?

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Quinto molhe: o «chouriço» vai nu...

"Cova-Gala: a terra onde o mar corre para o rio" 
"O mar é um gigante bruto que não tem noção da sua força. Não fomos nós que decidimos brincar com ele. Alguém o fez, mas não fomos nós. Por que raio temos de ser nós a pagar pelos erros alheios? Pior que ter um burro no leme, é ter um chico-esperto a mandar no barco. Aqui, deste lado, é o mar que corre para o rio - e eu ainda não encomendei a minha gôndola."

Foto António Agostinho

O passado (recente), o presente e o futuro (próximo) da Figueira?..

Via Diário de Coimbra

Ao longo dos anos a Claridade (praia) transformou-se na calamidade (praia, barra e projectos falhados)

Via Diário as Beiras, Silvina Queiroz responde à pergunta «que pode a câmara fazer para “aproximar” a cidade do mar através do areal urbano?», desta forma.


«O areal da Figueira da Foz é um deserto triste. Por força de erradas opções, nomeadamente o desgraçado prolongamento do molho norte, a Claridade tem vindo a crescer a um ritmo alucinante. E mais desgraçado ainda é constatar que esta construção, na boca do rio, não veio resolver o problema do assoreamento da barra e a sua perigosidade potencialmente e realmente assassina!

Que poderá fazer a Câmara para aproximar a cidade do seu mar, hoje lá longe? A ida à praia constitui-se como um 2 em 1: prática balnear e exercício físico, deveras exigente, aliás. Em tempos, a CDU muito insistiu no aproveitamento do areal “encurtando” a distância. Parte dele foi de facto aproveitado com a instalação de equipamentos desportivos, muito frequentados pelos jovens.
O Oásis é melhor que esqueçamos; tem sido uma “complicação” mantê-lo e dar-lhe utilidade que se não resuma a flashes de utilização elitista, dados os preços aí praticados. Renda alta? Uma pergunta tenho eu na cabeça: A Câmara estará disponível para ouvir opiniões dos cidadãos?! Não tem acontecido assim. Lembram-se das árvores, do freixo, da marginal de Buarcos, da baixa da cidade…?
A instalação dos equipamentos que acima refiro foi sem dúvida uma boa ideia. Boa ideia não será o que recentemente li na comunicação social. Tuk-tuks para a travessia do areal, teleférico?! Se a preocupação são os transportes, muito há a fazer no concelho. E por aí se deve começar, naturalmente.
As pessoas precisam de se deslocar para irem trabalhar e os transportes existentes (?) não dão resposta. Precisam de ir ao Centro de Saúde ou ao Hospital e é o que se sabe. As crianças precisam de transportes que as façam chegar à escola na hora certa, não ficando à espera tempo e tempo. Tanto mais agora, com a situação perigosa que vivemos, e em que cada diminuição do risco é valorizável.
Transportes respondendo eficazmente às necessidades dos fregueses, isso sim era um assunto muito interessante. E economizar recursos para o combate aos problemas sociais, mais agudizados no momento por força desta infame pandemia, deverá ser prioridade.»

Mais vale tarde do que nunca: demorou mais de um ano...

Reunião de câmara de 20 de Maio de 2019: "Aprovada constituição do Conselho Municipal de Turismo".

Era uma promessa já com alguns anos...
23 de junho de 2018, João Ataíde no jornal Diário as Beiras:
Abril de 2019, também via Diário as Beiras...
"A criação da Comissão Municipal de Turismo continua na gaveta. Será desta que vai avançar?" 
Resposta de Carlos Monteiro, presidente da câmara e vereador do pelouro da autarquia figueirense:
"Não tenho presente o dossiê, mas tenho presente que houve esse compromisso de João Ataíde e que será cumprido em breve. Vamos dar-lhe prioridade."

Este é que é o verdadeiro presidente da Junta

"Os murais estão na moda na Figueira, mas obra mais ambicionada por José Esteves, porém, tem o mar como paisagem natural: uma piscina de marés, em Buarcos."

Via Diário as Beiras

Depois de ser chamado de "ladrão", Rui Pinto 'ataca' José Miguel Júdice...

 "José Miguel Júdice lidou durante décadas com ladrões, que lhe encheram a conta bancária através de honorários milionários, e nunca se queixou. Defende com unhas e dentes Ricardo Salgado dizendo que não é nenhum gangster. Acho um piadão a este ex-MDLP".


Foi assim que Rui Pinto reagiu às declarações de José Miguel Júdice que apelidou o pirata informático de ladrão.