quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Desassorear a Ria de Aveiro promovendo os habitats presentes


"A Polis Litoral Ria de Aveiro informa que os trabalhos de dragagem na Ria de Aveiro continuam a decorrer com recurso a 6 dragas e 3 batelões, que se encontram nos vários canais da ria, no canal de Ovar a sul da Praia do Areinho, no canal de acesso ao cais da Ribeira, no rio Boco, a norte e a sul da ponte da Água Fria, e no Canal de Mira, a sul da ponte da Barra."

SMS


«Daniel Bessa é um economista que está na crista da onda há muitos anos. Tem assento nas principais mesas de influência e nas páginas de jornais. Hoje no Público dá uma entrevista onde, com extrema convicção, diz que o aumento do salário mínimo não irá resolver problema nenhum às pessoas. Só se aumentasse para 1000 euros acrescenta, mas como isso é impossível, agora acrescento eu, é melhor deixar assim. Há gente que não faz ideia da falta que fazem 20 euros para muitas pessoas. Há gente que não tem noção do que é passar dificuldades. Começo a perder paciência para alguns destes personagens e para o respaldo que têm.»

Via Luís Osório

Jornal O DEVER: o futuro a Deus pertence...


O Paço de Maiorca e a memória

Uma delegação do PSD visitou o Paço de Maiorca. Considera que "está muito pior do que estava antes da obra de recuperação, agora está abandonado, vandalizado, onde foi alvo de subtração de alguns materiais valiosos!"

O PSD considera que tal fica a dever-se a "pura incompetência e irresponsabilidade da forma como PS e o seu Executivo, geriram o dossier Paço Maiorca desde 2009 ... Deixando o Património Municipal ao Abandono Total!!"

O PS, por sua vez, "sobre esta temática, esperava, no mínimo, algum recato por parte dos dirigentes locais do PSD."

Do seu ponto de vista "o PSD errou! E o erário público, o concelho e os Figueirenses saíram gravemente prejudicados com os elevados custos desse erro."

Temos aqui, entre outros, também um problema de memória. No fundo, o que divide os figueirenses, incluindo os dirigentes partidários do PS e do PSD, é a memória.

Vamos recuar a 16 de de novembro 2009 e recordar uma postagem do blog Quinto Poder, que pode ser interessante e proporcionar algum esclarecimento.

Passo a citar, o entretanto falecido autor do blog, M.Saraiva Santos.

JÁ ESTAVA À ESPERA ...

«Pela minha parte, já estava à espera disto. Segundo leio no diário As Beiras de hoje, o novo Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF) já foi dizendo ou deixando dizer "fonte próxima" que, face à situação financeira deixada pelo anterior executivo camarário, poderá não ter meios financeiros para dar seguimento (deve ler-se cumprimento...) a todos os projectos aprovados e anunciados.

É o truque do costume. É a velha história da “pesada herança”. Na campanha eleitoral promete-se este mundo e o outro, a lua se for preciso, o bacalhau a pataco. Depois de alcançado o poleiro, é a desculpa habitual. Assim do género: “...é uma chatice, eu bem queria, mas afinal a situação financeira é muito pior do que aquilo que estava à espera...”. Ou então: “...eu bem queria, fazia muito empenho nisso, mas o governo não dá dinheiro...” . “Logo, vejo-me forçado , com muita mágoa minha, a mandar para as urtigas as promessas que fiz”. Desta vez, nem demorou um mês, depois das eleições autárquicas, para que o balão se começasse a esvaziar, veremos até que ponto.

Vão assim ao ar a Aldeia do Mar, o corredor verde, a nova frente frente urbana sul, a devolução do brilho que outrora a Figueira tinha, sabe-se lá mesmo o coreto do jardim, essa obra verdadeiramente estruturante para o progresso da terra, e outras fantasiosas promessas espalhadas para impressionar o eleitorado e caçar os seus votos.

O novo Presidente da Câmara não pode agora vir a alegar desconhecimento. Se o tinha, tal não abona nada em favor da sua sensibilidade económica e da sua capacidade política. E se o não tinha, muito pior.

Já antes todos tínhamos visto, ouvido e lido que havia compromissos mais ou menos firmemente assumidos para o chamado programa “Mais Centro”, no âmbito do Programa Operacional Regional do Centro, com execução prevista entre o início de 2010 e meados de 2012.

Só nos eixos (ou vectores, ou lá como isso se chama...) em que o parceiro executor é o Município da Figueira da Foz está prevista a despesa de investimento total de 9,7 milhões de Euros (ME). Da qual 42% teria de ser suportado por recursos financeiros próprios do Município. Coisa aí de uns 4,1 ME.

A acrescentar a isto, mais uns 2 milhões de compromissos assumidos para os centros escolares, e 4 a 5 milhões para a empresa que vai (iria..) investir e explorar o tal novo hotel de charme no Paço de Maiorca. Tudo isto somado, dá uns 10 a 11 milhões de euros, ou seja à roda de 5 ME por ano durante o biénio de 2010 a 2011.

Como é que tal verba global poderia ser encaixada num Orçamento de despesa anual em que a receita total, a avaliar pela execução orçamental de 2008, andará no máximo por 34 ME ( repito, no máximo...- Nota 1 ) em que a despesa corrente rondará os 25 a 26 ME, e em que da diferença entre 34 e 25 ( ap. 9 ME) uma parte terá ainda de ser destinada a pagar amortizações dos empréstimos bancários ? Talvez contraindo novos empréstimos bancários, a juntar aos 70 a 80 ME da dívida total, se tal fosse possível. Será continuar a viver do fiado, enquanto houver quem fie. Não falta muito para deixar quem o faça. E como é que, se acaso encaixasse, se poderia realizar ainda mais tudo aquilo que foi acenado e prometido na campanha eleitoral do actual Presidente da Câmara?

Nota 1

O volume total de receitas em 2008 foi de 35,4 ME , mas das quais 1,8 ME foi de um novo empréstimo bancário contraído. Acresce que tudo levará a crer que o montante total de receita cobrada em 2009 será inferior ao 2008, como consequência da crise económica e financeira que todos conhecemos e vivemos.»

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

As reacções a Fátima provam que o objetivo era calar o PCP

«Não se trata de justificar a Festa do Avante com Fátima. Mas, com a actual ausência de indignação, fica claro que a motivação contra o PCP nada teve a ver com saúde pública. Há quem use a pandemia para tentar limitar a liberdade política dos seus opositores. E isso é um ataque à democracia.»

Jacintos-de-água: "praga veio para ficar..."

Imagem via Diário as Beiras

PSD visitou o Paço de Maiorca: "está muito pior do que estava antes da obra de recuperação, agora está abandonado, vandalizado, onde foi alvo de subtração de alguns materiais valiosos!"

 Comunicado do PSD Figueira, após a visita.

(a mostra fotográfica publicada no site do PSD Figueira, sobre este assunto é impressionante)

Notícia publicada na edição de hoje do Diário as Beiras

Notícia publicada na edição de hoje do Diário de Coimbra.



Paço de Maiorca: neste momento o que está em causa?

A meu ver, salvo melhor e mais abalizada opinião, o apuramento da Verdade. 

Depois de consumidos seis milhões de euros o edifício está “ao abandono”.

O Paço de Maiorca, é um assunto incómodo. Para o PSD e para o PS. Mas, sobretudo, para os contribuintes figueirenses.

Porque não se faz a auditoria para apurar a Verdade, de preferência realizada por uma empresa sólida e reputada e à prova de qualquer influência? 


Há quase 2000 anos Pilatos questionava-se sobre o que era a Verdade.

Hoje, nesta Figueira à beira mar plantada, o apuramento da Verdade é, na prática, o que menos interessa. A mentira banalizou-se. Será que os figueirenses gostam de ser enganados?  

Vindo de políticos e dirigentes de futebol já nada me surpreende. Não apresentam resultados, mas ganham eleições. Contudo, ninguém acredita, nem espera, que nos digam Verdade.

Falar Verdade é a excepção, não a regra, porque os fins justificam os meios. 

E o meio é ganhar a todo o custo.

Nós próprios, enquanto conjunto que podia decidir, há muito que não nos interessamos pelo apuramento da Verdade. 

Esse, é o maior problema.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

VOTAÇÃO DA MOÇÃO DE REPUDIO ÀS DECLARAÇÕES PÚBLICAS PROFERIDAS PELO PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE SÃO PEDRO

Imagem via Carlos Tenreiro - Mudar Porque a Figueira Merece

 

A proposta foi rejeitada: o PS votou contra.

EM TEMPO: 

ACTUALIZAÇÃO, via Diário as Beiras (15.9.2020, pelas 7 horas): «a proposta de repúdio pela resposta dada pelo presidente da Junta de São Pedro, António Salgueiro, a um grupo de cidadãos da freguesia foi rejeitada pela maioria socialista. 
Carlos Monteiro lembrou que os presidentes de junta são democraticamente eleitos e, por isso, não estão sob a hierarquia das câmaras. Por outro lado, defendeu que o autarca terá oportunidade de esclarecer a sua atitude em sede de Assembleia Municipal. 
O socialista António Salgueiro respondeu, em papel timbrado da Junta de São Pedro, com uma citação atribuída ao ditador italiano Benito Mussolini – “o silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos, porque, onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites”».

Paço de Maiorca: uma gordura financeira com charme!..

Via Diário as Beiras:


«... o presidente da câmara, Carlos Monteiro, afirmou que está à procura de soluções para o Paço de Maiorca. “A nossa preocupação é dar-lhe um uso. Não podemos ter aquela estrutura e não poder ser fruída. Estamos à procura de investidores, mas a crise pode estar a afastar potenciais interessados”, defendeu o edil.» 

Em Junho de 2011, a Câmara da Figueira da Foz estava a desenvolver contactos com entidades públicas, com a Associação de Cister e com agentes privados, tendo em vista a reabilitação do mosteiro de Santa Maria de Seiça, Paião, e o mosteiro está uma ruína... 

Em Janeiro de 2017, segundo a vereadora Ana Carvalho, não faltavam investidores interessados na piscina-mar e o processo da piscina-mar está com sabemos... 

Por onde andam esses publicitados investidores?

Falta pedra...

Via Diário as Beiras: «Ricardo Silva (PSD) afiança que o atraso deve-se à exigência do pagamento de parte da encomenda no momento em que ela é feita, por parte do empreiteiro. 
Carlos Monteiro mantém que o motivo do atraso naquela obra inserida no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano da Baixa da cidade, em curso, é a falta de pedra no mercado, baseando-se na informação do empreiteiro. 
“Aquilo que o empreiteiro me diz é que há falta de pedra no mercado”, afirmou. E rematou: “Ricardo Silva já devia saber que eu não minto”

Se Ricardo Silva diz a verdade, se Carlos Monteiro não mente e continua a faltar a pedra para acabar uma obra que já ultrapassou todos os prazos há muito, será que o problema é a falta de dinheiro?

domingo, 13 de setembro de 2020

Amanhã há reunião de Câmara

Ponto 1.1.3 da ordem de trabalhos - PROPOSTA DOS VEREADORES ELEITOS PELO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA, CARLOS TENREIRO E MIGUEL BABO – MOÇÃO DE REPUDIO ÀS DECLARAÇÕES PÚBLICAS PROFERIDAS PELO PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE SÃO PEDRO – APROVAR EM MINUTA.

Milhares de fiéis na penúltima peregrinação do ano...

Multidão invade Santuário de Fátima para a celebração do 13 de setembro. 

Promoção: óculos especiais (3)

Via jornal Público: 

O Boa Viagem está de volta ao Tejo e há passeios em Setembro

«De 15 a 30 de Setembro, este centenário varino da Moita navega pelo rio entre vários pontos. Os bilhetes já podem ser reservados.

A história deste barco tradicional perde-se no tempo, mas o que se sabe é que por volta de 1900 se chamava Marechal Saldanha e assim estava registado na Capitania de Lisboa. A câmara da Moita recuperou-o nos anos de 1980 e baptizou-o de Boa Viagem, relembrando a devoção local à Nossa Senhora da Boa Viagem, cujas festas se celebram também por estes dias, de 13 a 17 de Setembro. Foi assim que este varino renasceu e passou a dedicar-se a realizar passeios fluviais entre pontos do concelho e do Tejo a cada Verão.»

Sou do tempo em que o Batel do Sal navegava no Mondego


Pouco, mas navegava... 

É uma tristeza ver o último batel do Mondego, parado sem navegar.

Se assim continuar, vai-se extinguir o derradeiro marco de uma época e de uma cultura, a memória de tempos difíceis, mas, ao mesmo tempo, formidáveis, do trabalho e das canseiras de vidas vividas penosamente para se ganhar o pão quotidiano.
É uma realidade que, nos dias de hoje, os batéis deixaram de ter utilidade prática, mas, quem com eles conviveu, vai sentir o vazio. 

“Todos os rios portugueses têm barcos tradicionais a navegar, com excepção do Mondego e da Figueira da Foz”.

Promoção: óculos especiais (2)


Sou do tempo em que a Figueira era fortíssima no turismo de cruzeiros: chegámos a ter um navio de passageiros com a lotação de um autocarro!..

 Depois, dado o crescimento exponencial do sector a "Administração do Porto da Figueira da Foz abriu a possibilidade de poder vir a instalar um terminal de cruzeiros junto à praça da Europa, na zona portuária, que seria concessionado a privados. A infraestrutura seria complementada por um edifício de apoio, com recepção, forças de segurança, operadores e posto de turismo. Joaquim Sotto Maior, fez o anúncio aos jornalistas a bordo do “Hebridean Sky”, um navio de cruzeiros que fez escala na Figueira em 26 de Setembro de 2018, com 100 turistas a bordo, maioritariamente ingleses. 

Registe-se: a vereadora Mafalda Azenha, que subiu a bordo do “Hebridean Sky” para apresentar cumprimentos à tripulação, frisou que a autarquia quer que a cidade deixe de ser apenas uma escala e passe a ser, também, um destino."

Convém não esquecer os heróicos e sacrificados autarcas que nos trouxeram até aqui, que tanto fizeram pelo bom povo figueirense...

Mas, vamos ao essencial: sabem porque é que não se construiu um terminal de cruzeiros na Figueira? Para evitar as más notícias: a Figueira, com o incremento que o turismo de cruzeiros estava a ter, neste momento, provavelmente já seria a sétima cidade portuária da Europa! 
Lisboa é a sexta cidade portuária da Europa com mais emissões poluentes, a sexta mais poluída por causa dos cruzeiros. As emissões de óxido de enxofre na costa portuguesa causadas pelos navios de cruzeiros são 86 vezes superiores às dos automóveis. 
Ao contrário do que aconteceu em Lisboa, conseguimos evitar os malefícios com a poluição que a construção de um terminal de cruzeiros traria à Figueira! 
Note-se, a eficácia de Carlos Monteiro com o combate pelo ambiente, a descarbonização e alterações climáticas. Está aqui a justificação dos milhões que estão a ser investidos no concelho - Buarcos, casco velho da cidade e Cabedelo são exemplos disso. 
Percebem agora porque é que não quiseram trazer para o coração da Figueira uma fonte poluente da dimensão de um terminal de cruzeiros. 
Por outro lado, mesmo em termos económicos, é previsível que, devido a preocupações ambientais, de governos e cidadãos, os cruzeiros tendam a declinar. 
A pandemia que entretanto nos assolou, também veio ainda reforçar mais a opção de esquecer o terminal de cruzeiros na Figueira da Foz.
O que nos vale é termos autarcas de grande visão estratégica. Foi isso, que evitou, não só um enorme prejuízo financeiro, mas também, neste momento, um elefante branco à beira Mondego.