quarta-feira, 3 de junho de 2020

Jornalismo de cordel, uma forma de literatura...

Via Diário as Beiras
A literatura de cordel teve a sua época. Este tipo de arte popular abordava histórias e situações características e caricatas de uma determinada região ou local. 
O cordel servia para aumentar o imaginário da aldeia ou da cidade. 
Não se deve, a meu ver, depreciar a literatura ou o jornalismo de cordel. 
Houve má literatura ou mau jornalismo de cordel, como há má literatura culta. 
Há várias espécies de banda desenhada ou de literatura cor-de-rosa que podemos considerar herdeiras da tradição do folheto, mas hoje há outras válvulas de escape, como a telenovela... 
Houve muita gente que viveu do cordel: os cegos que os vendiam à cintura, os escritores profissionais e as editoras. Em Portugal, essa economia desapareceu há anos. 
A notíca acima, publicada no jornal Diário as Beiras, fez-me recordar esse tempo. Lembram-se do jornal O PALHINHAS?..

Fiquei, porém, com uma curiosidade: o que terá acontecido na realidade?

Da série telenovelas figueirenses: Lagoa da Vela

O perigo

Vivemos em democracia. Vivemos com regras e escrutínio político, o que implica haver apuramento de responsabilidades. 
A Figueira não é a casa de ninguém em especial. Embora às vezes pareça....

Nos democratas figueirenses deve haver algum incómodo. 
Nem todos, presumo, admitem ser tratados como incapazes...

Vivemos numa cidade onde - quero acreditar - existem jornalistas e órgãos de informação isentos, livres e plurais.
Portanto, é natural que se espere que o sistema tenha um mínimo de decência.

Os oportunistas têm dois caminhos: ou consideram que o essencial a preservar é a credibilidade do sistema democrático; ou consideram que podem continuar a comportar-se com a impunidade habitual...

Alguém - presumo que  os dirigentes partidários sérios -, tem a responsabilidade ética, moral e política de colocar os oportunistas no seu devido lugar.

Os partidos deveriam dar um sinal. Mas não tenhamos demasiadas ilusões e, muito menos, esperanças... O clientelismo e a mistura entre interesse público e interesses privados, fragiliza o sistema democrático. 

Este sim é que é o perigo para a democracia. 
Não é a abstenção dos eleitores. Essa - acreditem -, é apenas uma reacção...

Cabedelo vai ter alterações na circulaçõ rodoviária...

 Esta praceta está ameaçada pelas obras em curso. A requalificação urbanística do Cabedelo, não devia servir para esmagar e apagar a memória. A nova realidade em que se vai transformar o Cabedelo, não deveria deixar de continuar a honrar a memória anteriormente honrada, do busto do pintor Mário Silva, uma das figuras que representam a alma do local.
Foto António Agostinho
Com o  descofinamento e com os dias de verão que se verificaram em Maio, principalmente ao fim de semana, o trânsto no Cabedelo foi um caos. As obras de requalificação do Cabedelo, (e não é só por estarem ainda em curso), retiraram capacidade de estacionamento. 
Houve dificuldades no estacionamento dos veículos e constrangimentos na circulação rodoviária. Na passada reunião de câmara, o  presidente informou que será aplicada uma solução que passa por criar uma entrada e uma saída, gerando capacidade de estacionamento. De acordo com o que foi dito por Carlos Monteiro, o circuito terá entrada pela estrada de acesso ao Cabedelo antiga e saída pela nova, desembocando na  rotunda entretanto criada nas proximidades do campo de futebol do Cova-Gala (um pouco a nascente). Carlos Monteiro garantiu que, assim, liberta-se espaço para “centenas de lugares de estacionamento”. Por outro lado, proporciona-se uma “melhor circulação”.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Figueira Domus, empresa municipal dedicada à gestão de habitação municipal... (2)

"Criada em 2000 pela Câmara Municipal da Figueira com o objetivo principal de operacionalizar a política de habitação social no concelho (numa época em que determinadas oportunidades de financiamento, nomeadamente no âmbito de Programas co-financiados ao nível europeu só eram possíveis na esfera empresarial dos Municípios), à Figueira Domus foram delegadas sobretudo as competências de fazer obras de conservação nos fogos municipais, manter os espaços exteriores dos bairros e cuidar de todos os assuntos relativos aos empreendimentos então em curso ou em fase de projeto.
20 anos depois, com 12 Bairros, 560 fogos onde vivem quase 1350 pessoas a carecer de uma clarificação quanto ao rumo a seguir tendo por base uma nova geração de políticas de habitação (anunciada mas não iniciada de facto na Figueira), e com uma dívida de cerca de 9 milhões de euros, concordo com a internalização da Figueira Domus na Câmara Municipal, uma vez que só assim aquela ganhará as sinergias necessárias para cumprir o papel para a qual foi criada, agora recentrado e reorientado para o acesso universal a uma habitação adequada, e por esta via objetivamente promovendo a inclusão social, bem como para uma aposta sobretudo na reabilitação e no arrendamento.
É necessário, no entanto, que primeiro se desenhe e apresente, finalmente, a Estratégia Local de Habitação para o nosso concelho, passo orientador fundamental e outrossim obrigatório para a candidatura aos apoios a conceder, por exemplo ao abrigo do Programa governamental “1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação”, o qual visa a promoção de soluções habitacionais para pessoas que vivem em condições habitacionais indignas e que não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada, ou mesmo para pessoas em situação de precariedade (sem-abrigo, vítimas de violência doméstica), de insalubridade e insegurança, de sobrelotação ou de inadequação (por incompatibilidade devido a incapacidade ou deficiência)."

Via Diário as Beiras

Carlos Monteiro live on tv

...  aqui e aqui.

Da série telenovelas figueirenses: Complexo Piscina Mar...

A sardinha “fresquinha e vivinha” regressou. E a polémica também...

A época da sardinha teve ontem início. O ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, veio à Figueira. 
Via Diário as Beiras, o dirigente de produtores de peixe e armador figueirense António Miguel Lé, deu conta que as coisas começaram bem: "os barcos regressaram ao porto de pesca com a quantidade máxima permitida e a qualidade de sempre..."
“Foi uma alegria, o regresso ao trabalho. A sardinha abunda, com uma dimensão enorme de cardumes”O preço da  primeira sardinha da safra,  na lota da Figueira oscilou entre 1,10 e 1,20 euros o quilo. 
Na Figueira da Foz, a pesca da sardinha envolve uma dezena de embarcações e cerca de duas centenas de pescadores.
Mas, a polémica já está presente: o armador António Miguel Lé considera que a pesca da sardinha “de sazonalidade, não tem nada”. Para este armador  “a sazonalidade foi aquilo que quiserem impingir. Os dados da ciência não são os dados dos pescadores. É uma actividade que pode ter duração no tempo, porque temos stocks acima do (que é considerado) sustentável”.

Contas da câmara referentes ao exercício de 2019 aprovadas pela maioria

Nuno Gonçalves, vereador com o pelouro das Finanças
A maioria socialista aprovou na reunião de ontem as contas da câmara referentes ao exercício de 2019. Os vereadores eleitos pelo PSD votaram contra. 
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o vereador do PSD Ricardo Silva disse que votou contra porque, entre outros motivos avançados, “o despesismo está de volta”, acusando ainda o actual executivo camarário de não dar continuidade ao modelo de gestão do anterior presidente, João Ataíde, falecido no início deste ano.
Miguel Babo, falando, também por Carlos Tenreiro (ambos eleitos pelo PSD e há mais de um ano sem confiança política do partido), justificou que ambos votaram sempre contra, por se tratar de “um documento extenso e complexo” e com implicações legais que comprometem quem vota a favor ou se abstém. Fez ainda referência à ausência de meios para os dois autarcas da oposição poderem fazer uma análise rigorosa do relatório.
Para  o vereador da maioria, Nuno Gonçalves, “este documento evidencia a conciliação de um elevado nível de investimento com a redução da dívida, o aumento da confiança dos agentes económicos e a coesão territorial. É um relatório que prova um enorme investimento a favor dos cidadãos”.

Fita?..

Via Diário de Coimbra

O concelho profundo é cada vez mais o quintal das traseiras da Figueira...

S. João em tempo de pandemia.
Via Dário as Beiras:
 "Sem marchas populares, Feira das Freguesias e espectáculos de palco, mas com fogo de artifício e música da ápoca, o S. João, integrado nas Festas da Cidade, este ano, celebra-se de maneira diferente. O programa que vai, diariamente, animar os meses de julho e agosto foi anunciado, ontem, na reunião de câmara, pela vereadora Ana Carvalho, ressalvando que está sujeito à evolução da pandemia. Segundo adiantou a vice-presidente da câmara, o fogo de artifício será lançado em seis zonas costeiras: Praia da Leirosa, Costa de Lavos, Cova (São Pedro), Praia de Quiaios, Figueira da Foz e Buarcos. Esta opção pela distribuição do espectáculo, esclareceu Ana Carvalho, tem como fundamento evitar grandes concentrações de pessoas, o que decerto aconteceria se fosse apenas lançado no lugar do costume, ou seja, na foz. 
O interior do concelho fica sem aquela atracção devido ao risco de incêndio em zonas de mato. O lançamento do fogo de artifício será feito em plataformas elevadas, para poder ser visto mais longe."
Até no investimento na diversão dá para ver. 
De um lado, temos o concelho junto ao mar, com praias, com áreas suburbanas no verão carregadas de pessoas, bloqueamentos e estrangulamentos. No outro, o concelho ao abandono, a perder pessoas, envelhecido, sem qualidade nos serviços públicos, de onde o Estado, com argumentos vários, neste caso o risco de incêndio, vai saindo... 
Mesmo para os mais desatentos, a clivagem acentuada e progressiva entre estes dois "concelhos" é cada vez mais visível.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

O estado da arte em Buarcos e São Julião e as autárquicas de 2021...

Existe uma outra América

“Vamos caminhar!” Quando a polícia dá as mãos e se ajoelha com os manifestantes
Em vez de investir contra quem gritava palavras de ordem, Swanson retirou o seu capacete de protecção e poisou o seu bastão, perguntando à multidão: “O que querem que façamos?” A resposta fez-se ouvir: “Caminhe connosco!” E, no vídeo que registou o momento, o xerife parece não ter sequer pensado duas vezes: “Quero que isto seja uma parada, não um protesto. Vamos caminhar!”

A opção deste xerife — que, mais tarde, em declarações à Global News, considerou que os americanos estão “num ponto de ebulição de frustração” com a polícia, considerando o estado de espírito “compreensível” — acabaria por transformar o ambiente, segundo o próprio: a raiva e a hostilidade dissiparam-se, dando lugar a sentimentos de união. “Tudo o que [os manifestantes] estão a pedir é para que todos possam ter voz e dignidade, independentemente de quem se é.”

Figueira Domus, empresa municipal dedicada à gestão de habitação municipal...

"A internalização da Figueira Domus, empresa municipal dedicada à gestão de habitação municipal, é uma consequência lógica do trabalho de reabilitação financeira, logística e estrutural desenvolvido nos últimos 10 anos pela Câmara Municipal. Há uma tendência para acabar com as Empresas Municipais, dada a litigância e problemas financeiros decorrentes destas instituições “empresariais” hibridas, cuja missão social é muitas vezes incompatível com o necessário equilíbrio financeiro.
Saliente-se que a Figueira Domus administra 560 casas, alojando 1345 pessoas, em bairros localizados de norte a sul do concelho, uns mais antigos (Bairro dos Pescadores, anos 40 ) outros mais recentes (Bairro do Hospital, anos 2000 ), variando ainda os Bairros em estado de conservação e na paz social que aí existe.
É uma missão muito difícil ter que lidar com pessoas atiradas pela vida para estes Bairros, muitas vezes devido a problemas sociais graves. Houve ainda erros na condução da empresa, optando-se a partir de final dos anos 90 por erguer bairros em locais afastados, o que desenraizou as pessoas isolando-as e facilitando a “guetização”. Essa problemática está bem descrita no Relatório de Atividades da empresa municipal: “ausência de sentimento de pertença pelo fogo e pelo bairro”, algo que marca negativamente a imagem da “Domus”. Como desatar este nó e reduzir os problemas decorrentes da ausência de identidade dos Bairros é uma tarefa hercúlea que passa muito pela responsabilização dos beneficiários.
Note-se ainda que existem pedidos de alojamento pendentes, cerca de 140 registados no último relatório da empresa. Prevê-se que a atual crise provocada pela pandemia COVID19 provoque um aumento do número de famílias a necessitar de alojamento com rendas apoiadas. Esta será também uma missão da Câmara Municipal, regular a oferta e procura de habitação no concelho, providenciando apoio a quem necessita, impedindo o aumento de pessoas desalojadas."
Via Diário as Beiras

Medina

Com reforços desta qualidade, o Chega está aqui está a discutir a liderança!..

Dirigentes de um Aliança em coma viram-se para o Chega

"Estruturas do Aliança no distrito de Santarém transferiram-se em bloco para o Chega, apurou o Expresso. Este movimento começa a ter mais expressão no partido liderado por André Ventura, numa altura em que Santana Lopes deixou as funções executivas no Aliança.
Rui Paulo Sousa, ex-cabeça de lista do Aliança por Santarém nas legislativas e ex-presidente da concelhia.
“Desvinculei-me do Aliança sobretudo porque fiquei desiludido com o resultado eleitoral, mas também porque o partido perdeu o seu ímpeto inicial e acabou por colocar-se mais ao centro. Mais tarde falei com os meus colegas, que acabaram também por acreditar no projeto do Chega”.
Também a actual presidente do partido no distrito de Santarém, Manuela Estêvão, que chegou a ser vereadora do PSD na Câmara do Cartaxo, teve uma breve passagem pelo Aliança, onde foi militante do partido durante dois meses. Foi através dela que Rui Paulo Sousa conheceu André Ventura durante um jantar em outubro, em Santarém, tendo-se “identificado logo” com o líder do partido."

Ainda não vai ser desta que o dr. Carlos Tenreiro vai acompanhar o Ministro do Mar numa visita à Figueira...

Há dias assim: excepcionais...

Hoje, é um dia excepcional para a Figueira. Está a passar o tempo do cagaço.
Não é bem o tempo do medo que está a passar. É o tempo do cagaço, que é a versão descontraída do medo.
Vamos, portanto, às notícias positivas.

* - O Casino da Figueira reabre hoje.
"Mais de dois meses depois de ter encerrado, na sequência das medidas de combate à pandemia. 
A reabertura, garante a Sociedade Figueira Praia, assenta em «três pilares: segurança, confiança e informação»."
* - A maioria das unidades hoteleiras figueirenses reabre hoje, enquanto as restantes regressarão ao activo até ao próximo dia 15
 " Segundo adiantou aos DIÁRIO AS BEIRAS o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) para o turismo, Jorge Simões, as reservas começaram a disparar, estando a superar as melhores expetativas. A  taxa de ocupação para a segunda semana de junho poderá chegar aos 50 por cento, que, tendo em conta a conjuntura, é muito mais do que se esperava. 
* - A Rainha das Praias de Portugal recupera trono.
"A cidade da foz do Mondego, dada a sua extensa costa com praias, que, de acordo com números provisórios, poderão acolher 54 mil pessoas, cerca de metade das quais no areal urbano, deverá beneficiar com as restrições impostas pelo Governo para controlar a pandemia nas zonas de banhos. 
A autarquia,  vai avançar com uma campanha de promoção turística, para tentar convencer os portugueses que, este verão, a Figueira da Foz tem argumentos para recuperar o título de Rainha das Praias de Portugal."

Com todas estas boas notícias, com as quais naturalmente nos congratulamos, espera-se que os restaurantes também se safem. 
Para isso, precisam de esplanadas espaçosas, pois os clientes (por mim falo...) estão com cagaço de permanecer em espaços fechados.