sexta-feira, 20 de março de 2020
Da série vítimas políticas do COVID-2019... (2)
O comandante abandona o navio
"O Presidente deu o exemplo.
Exemplo de quê? De cobardia?
A principal figura da Nação, após contactar com alunos de uma escola onde se verificou existir um aluno infectado, aluno esse que não era dessa turma, foge a esconder-se em casa? Testa-se (sem indicação para tal), é negativo e… continua em casa? Exemplo? Vergonha!
Se ele se esconde nestas circunstâncias, ele, a primeira figura da Nação, então porque é que todos os médicos e enfermeiros, e polícias e militares, não se hão-de esconder também?
Vergonha.
A Ordem dos Médicos Dentistas manda-os fechar portas. Porque andam a mexer na boca das pessoas. Fecharam todas as clínica de medicina dentária. Eu, que trabalho em cuidados intensivos, e mexo na boca das pessoas, e lhes aspiro secreções, pessoas que estão, essas sim, doentes, também vou fechar, vou para casa e vou deixar de trabalhar. Eu e todos os meus colegas de cuidados intensivos e da urgência e das enfermarias e consultas e cirurgias. E o enfermeiros também. Vamos todos seguir o exemplo do Presidente.
E, seguindo o mesmo exemplo, só saímos de casa, mesmo sem qualquer sintoma, quando nos fizerem, não um, mas dois testes e forem negativos. A todos. Também temos direito, não?
Vergonha.
E aos meus colegas que vão à televisão e às redes sociais acicatar o medo das pessoas: vergonha e cobardia. O senhor ex-director geral da DGS, agarrado a um cargo de onde só saiu obrigado a jubilar-se por limite de idade, e que, de papillon, continua agarrado ao tempo de antena que ainda lhe dão, e mantém-se a falar na comunicação social a título não sei do quê, sobre vírus e doenças que desconheço se alguma vez viu ou tocou ou auscultou sequer: vergonha.
Calem-se, deixem de comentar, de opinar, numa altura tão crítica, incerta e difícil. No meio de tanta incerteza, deixem antes falar e mandar quem tem essa missão. Calem-se.
E continuam, apresentando previsões feitas por modelos matemáticos (os mesmos que acertam tanto nas bolsas, na economia, na previsão do tempo…),
com números inventados de percentagens enormes (70%?!) de população infectada? Quando, em nenhum País, mesmo China e Coreia do Sul, se chegou sequer a 0,1% de infectados?
Vergonha.
E agora os hospitais fecham tudo, ou quase tudo, excepto os cuidados aos doentes Covid. Os outros doentes ficam em espera. Já não interessam, não importam. Só Covid e Covid. Os outros, abandonamos.
Vergonha.
Por isso, quando me dizem que o Presidente deu o exemplo, eu volto a perguntar: exemplo de quê?
E não me venham aborrecer por usar muito a palavra “vergonha”!"
OUTRA MARGEM |
Exemplo de quê? De cobardia?
A principal figura da Nação, após contactar com alunos de uma escola onde se verificou existir um aluno infectado, aluno esse que não era dessa turma, foge a esconder-se em casa? Testa-se (sem indicação para tal), é negativo e… continua em casa? Exemplo? Vergonha!
Se ele se esconde nestas circunstâncias, ele, a primeira figura da Nação, então porque é que todos os médicos e enfermeiros, e polícias e militares, não se hão-de esconder também?
Vergonha.
A Ordem dos Médicos Dentistas manda-os fechar portas. Porque andam a mexer na boca das pessoas. Fecharam todas as clínica de medicina dentária. Eu, que trabalho em cuidados intensivos, e mexo na boca das pessoas, e lhes aspiro secreções, pessoas que estão, essas sim, doentes, também vou fechar, vou para casa e vou deixar de trabalhar. Eu e todos os meus colegas de cuidados intensivos e da urgência e das enfermarias e consultas e cirurgias. E o enfermeiros também. Vamos todos seguir o exemplo do Presidente.
E, seguindo o mesmo exemplo, só saímos de casa, mesmo sem qualquer sintoma, quando nos fizerem, não um, mas dois testes e forem negativos. A todos. Também temos direito, não?
Vergonha.
E aos meus colegas que vão à televisão e às redes sociais acicatar o medo das pessoas: vergonha e cobardia. O senhor ex-director geral da DGS, agarrado a um cargo de onde só saiu obrigado a jubilar-se por limite de idade, e que, de papillon, continua agarrado ao tempo de antena que ainda lhe dão, e mantém-se a falar na comunicação social a título não sei do quê, sobre vírus e doenças que desconheço se alguma vez viu ou tocou ou auscultou sequer: vergonha.
Calem-se, deixem de comentar, de opinar, numa altura tão crítica, incerta e difícil. No meio de tanta incerteza, deixem antes falar e mandar quem tem essa missão. Calem-se.
Via Observador |
Vergonha.
E agora os hospitais fecham tudo, ou quase tudo, excepto os cuidados aos doentes Covid. Os outros doentes ficam em espera. Já não interessam, não importam. Só Covid e Covid. Os outros, abandonamos.
Vergonha.
Por isso, quando me dizem que o Presidente deu o exemplo, eu volto a perguntar: exemplo de quê?
E não me venham aborrecer por usar muito a palavra “vergonha”!"
Da série, temos de ser optimistas e pensar no pós crise...
CONSTANTINO SAKELLARIDES, em entrevista ao jornal «i»:
"AS PESSOAS ÀS VEZES ESQUECEM-SE QUE A POBREZA MATA, NÃO SÃO SÓ AS BACTÉRIAS E OS VÍRUS"
#FIQUE EM CASA
Via Município da Figueira da Foz
"Após reunião do Conselho de Ministros, realizada na tarde da passada quinta-feira, 19 de março de 2020, o Primeiro-Ministro, António Costa, anunciou, em conferência de imprensa, um plano de “máxima contenção e mínima perturbação”, com um conjunto de medidas, as quais referiu terem sido “tomadas com respeito pelos limites constitucionais e legais” e num quadro em que a "democracia não poderá ser suspensa”.
As medidas, que irão vigorar o Estado de Emergência (15 dias que cessam a 2 de abril) cuja continuidade poderá ser reavaliada, mediante a evolução da disseminação da Covid-19 no país, não contemplam a quarentena obrigatória, mas delimitam uma série de ações individuais e coletivas.
Ao longo dos próximos, o Município da Figueira da Foz dá a conhecer as principais medidas.
Direitos de deslocação.
Os cidadãos só podem circular na via pública para os seguintes propósitos:
- Aquisição de bens e serviços;
- Desempenho de atividades profissionais que não possam ser realizadas a partir do domicílio pessoal em regime de teletrabalho;
- Aquisição de suprimentos necessários e essenciais ao exercício da atividade profissional, quando esta esteja a ser exercida em regime de teletrabalho;
- Deslocações por motivos de saúde, designadamente para efeitos de obtenção de cuidados de saúde e transporte de pessoas a quem devam ser administrados tais cuidados;
- Desempenho de atividades profissionais que não possam ser realizadas a partir do domicílio pessoal em regime de teletrabalho;
- Aquisição de suprimentos necessários e essenciais ao exercício da atividade profissional, quando esta esteja a ser exercida em regime de teletrabalho;
- Deslocações por motivos de saúde, designadamente para efeitos de obtenção de cuidados de saúde e transporte de pessoas a quem devam ser administrados tais cuidados;
Deslocações por outros motivos de urgência, designadamente para efeitos de:
- Transporte nos casos em que haja necessidade de acolhimento de emergência de vítimas de violência doméstica ou tráfico de seres humanos;
- Deslocações de médicos-veterinários, de detentores de animais para assistência médico-veterinária, de cuidadores de colónias autorizadas pelos municípios, de voluntários de associações zoófilas com animais a cargo que necessitem de se deslocar aos abrigos de animais e de equipas de resgate de animais.
- Deslocações por razões familiares, para assistência de pessoas vulneráveis, pessoas portadoras de deficiência, filhos, progenitores, idosos ou outros dependentes;
- Deslocações por outras razões familiares imperativas, designadamente o cumprimento de partilha de responsabilidades parentais, conforme determinada por acordo entre os titulares das mesmas ou pelo tribunal competente;
- Deslocação a agências bancárias e agências de corretores de seguros ou seguradoras;
- Deslocações de curta duração para efeitos de atividade física, sendo proibido o exercício de atividade física coletiva, considerando-se, para este efeito, mais de duas pessoas;
- Deslocações de curta duração para efeitos de passeio dos animais de companhia;
- Deslocações por parte de pessoas portadoras de livre-trânsito, emitido nos termos legais, no exercício das respetivas funções ou por causa delas;
- Deslocações de médicos-veterinários, de detentores de animais para assistência médico-veterinária, de cuidadores de colónias autorizadas pelos municípios, de voluntários de associações zoófilas com animais a cargo que necessitem de se deslocar aos abrigos de animais e de equipas de resgate de animais.
- Deslocações por razões familiares, para assistência de pessoas vulneráveis, pessoas portadoras de deficiência, filhos, progenitores, idosos ou outros dependentes;
- Deslocações por outras razões familiares imperativas, designadamente o cumprimento de partilha de responsabilidades parentais, conforme determinada por acordo entre os titulares das mesmas ou pelo tribunal competente;
- Deslocação a agências bancárias e agências de corretores de seguros ou seguradoras;
- Deslocações de curta duração para efeitos de atividade física, sendo proibido o exercício de atividade física coletiva, considerando-se, para este efeito, mais de duas pessoas;
- Deslocações de curta duração para efeitos de passeio dos animais de companhia;
- Deslocações por parte de pessoas portadoras de livre-trânsito, emitido nos termos legais, no exercício das respetivas funções ou por causa delas;
Deslocações por parte de pessoal das missões diplomáticas, consulares e das organizações internacionais localizadas em Portugal, desde que relacionadas com o desempenho de funções oficiais;
- Retorno ao domicílio pessoal;
- Outras atividades de natureza análoga ou por outros motivos de força maior ou necessidade impreterível, desde que devidamente justificados.
- Retorno ao domicílio pessoal;
- Outras atividades de natureza análoga ou por outros motivos de força maior ou necessidade impreterível, desde que devidamente justificados.
Os veículos particulares podem circular na via pública para realizar as atividades mencionadas no número anterior ou para reabastecimento em postos de combustível."
Comissão Municipal de Emergência de Proteção Civil decreta estado de alerta em Castelo Branco
Via Beira.pt
"Foi aprovado, por unanimidade, a ativação do estado de alerta, de acordo com o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.
A Comissão Municipal de Emergência de Proteção Civil decretou o estado de alerta para Castelo Branco, em articulação com as orientações da Direção-Geral de Saúde (DGS) sobre o Covid-19.
Em comunicado, a Câmara de Castelo Branco explica que após reunião da Comissão Municipal de Emergência de Proteção Civil, realizada na quarta-feira, foi aprovado, por unanimidade, a ativação do estado de alerta, de acordo com o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.
“Na prática, com esta ativação e se tal for necessário, a Câmara Municipal de Castelo Branco tem a possibilidade de garantir a mobilização rápida e eficaz de meios e recursos nas ações de proteção civil”, lê-se na nota."
"Foi aprovado, por unanimidade, a ativação do estado de alerta, de acordo com o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.
A Comissão Municipal de Emergência de Proteção Civil decretou o estado de alerta para Castelo Branco, em articulação com as orientações da Direção-Geral de Saúde (DGS) sobre o Covid-19.
Em comunicado, a Câmara de Castelo Branco explica que após reunião da Comissão Municipal de Emergência de Proteção Civil, realizada na quarta-feira, foi aprovado, por unanimidade, a ativação do estado de alerta, de acordo com o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.
“Na prática, com esta ativação e se tal for necessário, a Câmara Municipal de Castelo Branco tem a possibilidade de garantir a mobilização rápida e eficaz de meios e recursos nas ações de proteção civil”, lê-se na nota."
OS "ARTISTAS" JÁ ANDAM AÍ...
Uma dúvida: será possível que o governo não preveja nenhumas condições para as empresas que vão ter acesso aos apoios financeiros? Em particular, quem recebe apoios não tem de assumir compromissos quanto ao não despedimento dos trabalhadores?
Existem, neste momento, motivos para o Estado apoiar as empresas?
Existem sim senhor. Um deles é tentar minimizar os despedimentos motivados por falta de liquidez. Porém, se as empresas vão receber apoios sem terem de se comprometer com o pagamento de salários e o não despedimento de trabalhadores, já se sabe o que vai acontecer: muitos oportunistas (e tantos há por aí...) vão pedir apoios, despedir trabalhadores e declarar falência de seguida.
Resultado: haverá mais desemprego e mais dívida pública.
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