sexta-feira, 13 de março de 2020

Da série, 18, 10 ou apenas 1 freguesias para a Figueira?... Quanto a mim, a verdadeira questão é: para que servem as freguesias?.. E como servem!.. (5)

Conferência de Berlim
"Em 1884, as principais potências europeias reuniram-se em Berlim para “dividir” África, atendendo apenas aos interesses dos colonizadores e seguindo, por conseguinte, critérios bastante dúbios. Este processo, vulgarmente, conhecido como “Dividir África com régua e esquadro”, foi replicado séculos mais tarde, em Portugal, aquando da reforma administrativa das freguesias. Aliás, a Figueira da Foz foi provavelmente, um bom exemplo de uma reforma administrativa feita à margem das populações. Por cá, aquilo que foi feito, foi uma reforma eleitoralista que verdadeiramente procurou maximizar os resultados nas urnas de quem promoveu a alteração e extinção das freguesias. Para mim, isto não passou de um malabarismo de uma determinada classe política que cada vez mais, procura afastar o povo das decisões. Os resultados destas divisões estão à vista: as recentes eleições têm vindo a provar que o “truque” não correu bem aos promotores na Figueira da Foz. Muito graças ao trabalho dos quatro executivos das juntas de freguesia, que demonstraram estar à altura de gerir as novas áreas das suas freguesias, promovendo a cooperação e a equidade necessária para gerir sensibilidades diferentes. Apesar das quatro juntas estarem a trabalhar bem, temos que avaliar como é que as populações estão a reagir à extinção das suas juntas de freguesia. Se algumas juntas tiveram condições financeiras de manter as instalações das antigas freguesias abertas, outras não tiveram essa capacidade, sendo, para mim, um custo social demasiado elevado fechar o serviço de maior proximidade que é a junta de freguesia. Assim, considero que deveríamos consultar as populações antes de decidirmos pela desagregação das freguesias, sendo a minha mais sincera opinião de que as quatro freguesias extintas deveriam voltar a servir as populações. Também considero importante que as fronteiras das freguesias sejam definidas sobre critérios que sirvam as populações e que tenham em conta as raízes culturais e históricas. Nomeadamente, a Ilha da Morraceira, que foi retirada à Freguesia de Vila Verde, sendo esta área uma das zonas com maior tradição histórica daquela freguesia."
Via Diário as Beiras

Segunda-feira há reunião de Câmara

LOCAL, MARINHA DAS ONDAS, IC1 (ESTRADA VARIANTE À ESTRADA NACIONAL N.º 109. Mais uma vítima mortal e um ferido grave!

Imagem via Diário as Beiras
Texto Manuel Cintrão
"A ESPÉCIE DE ROTUNDA INVENTADA POR IMBECIS, PARA NÃO DIZER TÉCNICOS CRIMINOSOS, LOCAL ARMADILHADO, ONDE TANTOS ACIDENTES MORTAIS E GRAVES SE MULTIPLICAM EM CATADUPA.
LOCAL, MARINHA DAS ONDAS, IC1 (ESTRADA VARIANTE À ESTRADA NACIONAL N.º 109.
Mais uma vítima mortal e um ferido grave!
Num pequeno troço entre o início da Freguesia de Marinha das Ondas, lado sul e o cruzamento da Navigator, onde já ultrapassam as cinquentas vítimas mortais sem que as entidades competentes, criminosamente, não se ralam com isso.
Criminosamente, as ESTRADAS DE PORTUGAL continuam a não fazer a reparação da IC1 com piso que é uma lástima, nem tão pouco as rotundas prometidas com vista à limitação de velocidade e à segurança de pessoas e bens.
Promessas há anos prometidas e sucessivamente adiadas. Apelamos à população e autarcas de Freguesia e Municipais a fazerem pressão sobre ESTRADAS DE PORTUGAL, num país em que há vários países. Vejam a diferença, aqui tão próximo de nós, das ESTRADAS DE PORTUGAL do distrito de Coimbra e de Leiria.
Diferença abismal, entre uma e outra, porque será? Será por incompetência ou irresponsabilidade? Há verbas para uma e não para outra, ou estamos perante países diferentes?
Perante a indiferença das entidades, especialmente das ESTRADAS DE PORTUGAL, vão-se passando os anos e a mortandade de vidas humanas e de acidentes graves vai acontecendo com frequência assustadora.
UMA VERGONHA, ATÉ QUANDO?"

O Mar À Cidade

Enforca Cães...

Imagem via Diário de Coimbra

Festival de música electrónica

Quanto a mim, a verdadeira questão é: para que servem as freguesias?.. E como servem!..

Via JN

Praga que vai resistir ao coronavírus...

Via Correio da Manhã

Pela CMFF

SUSPENSÃO E ADIAMENTO DOS ENCONTROS DO MAR 2020 NESTA SEMANA DE 14 DE MARÇO

Tendo presentes as circunstâncias actuais e a conveniência de, responsavelmente, prever, antecipar e minorar as hipóteses de propagação de quaisquer possíveis contaminações por coronavírus em sessões públicas e espaços de trabalho e de reunião, foi decidido pelo Centro de Estudos do Mar (CEMAR) e pelo convidado que iria estar presente nesta semana, o Dr. Miguel Marques (PwC), que já não vai ter lugar o encontro no ABCD-CEMAR na Figueira da Foz-Buarcos (e transmissão no canal “Centro de Estudos do Mar CEMAR TV - YouTube”) que estava previsto para depois de amanhã, Sábado, 14 de Março de 2020.

No futuro serão anunciadas pelo CEMAR as novas indicações em relação a esta e as seguintes sessões dos Encontros.

Primeiras páginas de 13 de Março de 2020





quinta-feira, 12 de março de 2020

Costa confirma suspensão das aulas presenciais "até à Páscoa"

Costa confirma "a partir da próxima segunda-feira" dia 16 a "suspensão de todas as atividades letivas presenciais até à Páscoa", dia 9 de abril.
O primeiro-ministro anunciou ainda o "fecho de discotecas e espaços similares, a limitação a um terço, no máximo, de restaurantes, e a limitação da frequência de centros comerciais". Também as visitas a lares de idosos são limitadas. O "desembarque de passageiros de cruzeiros será limitados apenas aos portugueses que regressem a casa".

Pandemia COVID-19: prevenir ou reagir?

«Hoje temos um número de infetados semelhante ao que Espanha tinha há 11 dias. 
Queremos estar na mesma situação de Espanha no final de Março? 
Não estará na altura de descermos das "torres de marfim"

Para continuar a ler este artigo de Francisco Goiana da Silva, médico e docente na área de Liderança e Gestão de Saúde na Faculdade de Medicina da Universidade da Beira Interior, clicar aqui.

Sou do tempo, que atitudes destas podiam ser explicadas pelo analfabetismo. Agora o que será? Excesso de licenciados!..

"Não há aulas nas faculdades de Coimbra. Onde andam os alunos e o que fazem nestes dias?"
Praça da República Coimbra...

Via Visão

"COVID-19: doentes testam positivo no privado depois de recusados na Linha SNS24"...

Vale a pena ler

POSTAL DO DIA, via Luís Osório

Sobre o Coronavírus e sobre nós

1.
"Manuel Luís Goucha e o marido partilharam alguns vídeos da sua viagem à Áustria e (creio) a Londres. Em dois curtos registos brincaram com o Coronavírus – num caso “gozando” com os chineses e no outro com um homem que adormecera no avião.
A cobertura noticiosa sobre esta pandemia tem sido desigual. Nuns casos muito boa, noutros superficial e noutros sensacionalista. Para vários meios, sobretudo televisivos, o que conta é a voragem. Quantos casos, se já há mortes, quais os erros, qual a pergunta mais implacável que podemos fazer, etc.
Ontem, na praia de Carcavelos estiveram centenas de pessoas. Umas em cima das outras aproveitavam o maravilhoso tempo e relaxavam.
Já hoje, Joaquim Miranda Sarmento, homem das finanças de Rui Rio, numa entrevista ao Público afirmou qualquer coisa como isto: agora é que vamos ver se Mário Centeno é ou não o Ronaldo das Finanças.
2.
Os quatro “acontecimentos” estão mais ligados do que parecem.
Manuel Luís Goucha é uma estrela de televisão. Há mais de trinta anos que apresenta diariamente programas em que as pessoas e os seus dramas e alegrias estão no centro. Fez largos milhares de entrevistas. A pessoas felizes e infelizes. A pessoas interessantes e não interessantes. A mulheres que foram batidas por maridos. A mães que perderam os filhos. A campeões, assassinos, corruptos, skinheads e santos. Os vídeos que publicou das suas férias mostram duas coisas: que é bem-disposto (o que é excelente) e que perdeu toda a ligação à realidade. Para Manuel Luís Goucha a realidade é uma abstração. As pessoas são abstrações. O seu sofrimento é apenas parte do seu décor televisivo. Ao fim de tantos anos a ouvir dramas ele já não sente nada porque se transformou na própria máscara que inventou para se proteger. Não é fácil ser uma estrela.
O jornalismo hoje é diferente do tempo em que comecei. Passaram mais de 25 anos, é normal que tenha mudado. Tem sido uma evolução que não é apenas negativa, mas a rapidez motivada pela revolução tecnológica (em múltiplas dimensões) levou a que se chegasse à paranoia angustiante de um jornalismo transformado numa série de entretenimento. Uma série que oferece à audiência o que ela quer, não o que ela precisa para estar realmente informada. Como para Goucha e o namorado, o sofrimento é uma abstração e um instrumento poderoso de conquista de audiências.
Nas praias do Sul largas centenas de jovens, filhos deste tempo, banharam-se encavalitados uns nos outros. Qual vírus, qual preocupação, qual medo? E quem os pode levar a mal? A televisão, as notícias, os vídeos nas redes sociais são parte de uma encenação, parte de alguma coisa que não é bem real, é (lá está) uma abstração. São uma geração que vive num mundo virtual em que o vírus (e toda a realidade) é a única coisa que detetam ser fake.
O homem que Rui Rio escolheu para ser seu porta voz para as Finanças poderia ter dito na entrevista ao Público. “Este é o tempo em que devemos confiar e colaborar. Estarmos vigilantes, mas disponíveis para ajudar no que for preciso, é uma emergência mundial e também nacional. No final veremos, se for caso disso, o que falhou, no final perceberemos se este governo esteve à altura e se o ministro Centeno é mesmo o Mourinho das Finanças”. Mas não, o que o senhor disse foi: “Agora é que vamos ver se Mário Centeno é ou não o Ronaldo das Finanças”. Lamenta-se, mas não me admira. O drama do Coronavírus é instrumental do seu próprio desejo de que tudo corra mal. Não que ele deseje a morte de pessoas, certamente que não. Mas porque a morte e o sofrimento são, como acontece em todos os exemplos que dei, uma abstração.
3.
O Coronavírus está para durar. Nos próximos dias, com alta probabilidade, os números dispararão. Todos estamos em risco. Não é virtual. Há milhares de pessoas que morreram e muitas mais irão morrer. Provavelmente gente das nossas famílias, amigos, conhecidos, ídolos. Não é uma coisa virtual, está a acontecer. Temos de nos preparar. Mas temos também, muitos de nós, de tirar as nossas máscaras de atores. Ser capazes de viver a vida real e não folhetins televisivos onde, em troca da nossa presença/audiência, oferecemos a nossa alma.
PS
Excelente o papel de Rodrigo Guedes de Carvalho, na SIC. E incrível o protagonismo de Jorge Torgal, do Conselho Nacional de Saúde Pública. A mesma pessoa que há três semanas defendeu que o Coronavírus era igual a qualquer gripe, o que tornava ridícula a excitação das pessoas, foi o mesmo que anunciou que não há qualquer razão para o governo fechar as escolas. Haja paciência."

PSP distribuiu gel desinfectante com prazo de validade expirado em 2011...

Da série, 18, 10 ou apenas 1 freguesias para a Figueira?... Quanto a mim, a verdadeira questão é: para que servem as freguesias?.. E como servem!.. (4)

Consulta pública

"Em 2013, aquando da reorganização administrativa da autoria de Miguel Relvas, tive a oportunidade de, neste espaço, defender a consulta pública.
Hoje, em relação à pergunta que me é feita, reafirmo essa posição. Considero que a alteração dos símbolos de uma freguesia, da sua sede, dos seus limites ou da sua denominação deveriam ser decididos mediante consulta pública.
O mapa territorial de uma boa parte das freguesias portuguesas reflete uma lógica de repartição que provém da Idade Média, reflete conflitos entre bispos, mosteiros, paróquias, descendentes legítimos e bastardos. Séculos depois, muitos desses mapas revelam-se completamente desajustados à realidade atual. Alguns deles são uma aberração desde a sua criação. É por isso legítimo debater uma reorganização do mapa de freguesias que reflita as realidades atuais.
O grande problema é que o processo de reorganização administrativa desencadeado por Relvas estava meramente focado num processo de austeridade ao financiamento local disfarçado de reorganização, cheio de incoerências geográficas, culturais, históricas, etc.
Curiosamente, a reorganização não atacou questões relevantes como as empresas municipais ou a própria reorganização do mapa de concelhos. Relvas poupava as suas clientelas e atacava o elo mais fraco: as freguesias.
Em particular, a fusão de Buarcos e de São Julião foi o expoente da absurdidade do processo de reorganização administrativa aplicado ao concelho da Figueira. A minha leitura desse processo é que o principal partido responsável pela solução aproveitou a oportunidade para lançar uma golpada à hegemonia histórica do PS em Buarcos. À revelia de critérios geográficos, históricos e culturais, a fusão entre São Julião e Buarcos só se pode explicar pela tentativa de diluir a vantagem eleitoral do PS em uarcos no voto urbano de São Julião.
Apesar de a lei prever a possibilidade das populações requererem um referendo local se um mínimo de 8% dos eleitores subscreverem a realização de uma consulta, até hoje ainda não assistimos a uma mobilização com sucesso a favor de uma consulta pública no concelho."
Via Diário as Beiras

UMA MENSAGEM DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ: Medidas COVID 19 - em vigor de 13/03 a 15/04

1. Começa a ser mais ou menos evidente que a epidemia do COVID-19 vai chegar a muitos locais do país e que a probabilidade disso suceder depende da mobilidade das pessoas. Sendo a Figueira uma cidade de turismo, o que implica deslocação de pessoas,  é  vulnerável à epidemia.
Os visitantes, aumentam a probabilidade de contaminação. 

2. A melhor atitude não é o populismo, nem falsos planos de contingência para a fotografia. Para evitar a propagação do vírus, a resposta está num grande rigor de comportamentos de todos nós.
Nenhum de nós  se pode considerar imune e partir do princípio de que não é portador ou que os seus conhecidos também o não são. 
É uma obrigação cívica de todos nós evitar comportamentos que potenciem a propagação do vírus ou não ter os devidos cuidados para não ser contaminado.

3. Não vale a pena recorrer a atoardas populistas que, neste caso, são tão eficazes como mezinhas e bruxarias. Sabe-se como o vírus se propaga: através do contacto físico e do contacto próximo. Penetra no organismo através dos pulmões, das mucosas (nariz e olhos) ou do sistema digestivo. Portanto, aconselha-se a não falar directamente na cara do próximo,  manter uma distância de segurança e não ter contatos físicos com terceiros.

4. Temos de estar atentos aos sintomas, mas evitando o pânico. 
Não esquecer que ainda estamos em época gripal e que os sintomas são semelhantes.
Devemos recorrer ao sistema de saúde perante qualquer problema respiratório que se manifeste sob a forma de tosse, febre ou perda da capacidade de oxigenação do sangue. Se há o risco de o vírus poder ser contaminado antes da fase sintomática, esse risco é total a partir da manifestação dos sintomas.

5. Tal como sucede a nível nacional a atuação das autoridades locais não se pode limitar apenas à saúde, já que esta epidemia pode ter graves consequências económicas e sociais. 
No caso particular da Figueira, há um sério risco de uma perda significativa das receitas do turismo e do comércio ao longo de vários meses, estando já em causa a realização de eventos públicos (NÃO É O CASO DO RFM SOMNII, QUE CONTINUA A VENDER BILHETES).

6. Neste quadro de emergência, tal como no País,  espero que ninguém ignore a situação difícil que estamos a atravessar. 
OUTRA MARGEM, dentro da modéstia das suas possibilidades, está disponível para colaborar. Nesse sentido, dado o manifesto interesse da mensagem, divulgamos uma carta da CMFF que nos chegou através de um leitor deste espaço a quem agradecemos. Passamos a citar:

Assunto: CMFIGFOZ - GAP - Medidas COVID 19 - em vigor de 13/03 a 15/04

"Decorreu na CIM-Região Coimbra, reunião com o objetivo de uniformizar alguns procedimentos de resposta ao COVID-19. A reunião contou com a presença do CODIS do Distrito de Coimbra, Carlos Luís e do Dr. João Pimentel da ARS, e após a avaliação de risco da situação, foi manifestado pelos Srs.(as) Presidentes e Vereadores (as) presentes emitir as seguintes recomendações e medidas, que deverão vigorar até 15 de abril, podendo ser reavaliadas a qualquer altura tendo em atenção a alteração superveniente das circunstâncias:

Restringir o acesso às piscinas municipais, com exceção dos praticantes profissionais;
Encerrar os equipamentos municipais, tais como pavilhões, campos de treino (apenas poderão decorrer atividades letivas autorizadas pelas direções de Agrupamentos de Escolas e escolas não agrupadas do Concelho), Bibliotecas, Museus, Posto de Turismo, entre outros, após análise casuística;
Suspender a realização de eventos em equipamentos municipais, nomeadamente nos auditórios;
 Suspender a realização de feiras cuja abrangência não seja estritamente de cariz local;
 Proceder à avaliação casuística da suspensão / restrição da realização de mercados;
 Realizar ações de sensibilização e esclarecimento para as IPSS e Associações com a presença dos delegados de saúde;
 Incentivar a utilização das plataformas online, ou outros meios não presenciais, para contactar com os serviços municipais;
Proceder ao registo de todos os cidadãos que contactem presencialmente com os serviços públicos de responsabilidade da Câmara Municipal;
Sensibilizar as juntas de freguesia para incentivar formas alternativas ao atendimento presencial;
Proceder ao encerramento do parque municipal de campismo, exceto o Restaurante e o Ginásio;
Minimizar o licenciamento de eventos em espaços públicos.
Proibição da cedência de autocarros municipais para fins não letivos.

As presentes recomendações/medidas entram em vigor na próxima sexta-feira, dia 13 de março.
Pedimos a vossa colaboração no cumprimento e divulgação destas recomendações."