quinta-feira, 1 de agosto de 2019
Em 1996, falava antes na necessidade de acabar com a “situação de suspeição, que deve ser, de todo em todo, eliminada da vida política portuguesa, sobre a isenção de um titular de cargo político relativamente à possibilidade de intervir em processos em que sejam interessadas empresas em que ele ou os seus próximos tenham participação relevante ou em que sejam titulares de órgãos sociais”....
Muito bem José Augusto Marques...
A remodelação do Jardim municipal.
"Para que não fiquem dúvidas sobre o meu posicionamento, especialmente no seio do movimento associativo concelhio, aqui fica o registo:
Com tanta carência no concelho, e não é demagogia, elas existem mesmo, é difícil perceber o que leva o município a fazer a segunda intervenção de fundo no mesmo espaço num período de dez anos. É verdade que a intervenção feita em 2005, embora com alguns aspectos positivos, não deu a resposta necessária, apesar de ter sido aprovada por unanimidade em reunião de câmara. Fazer intervenções pontuais e corrigir alguns aspectos menos conseguidos na intervenção anterior, não me parecendo uma prioridade, podia servir de justificação para cumprir algumas promessas eleitorais. Só que, não se trata de pôr ali um ou outro dos prometidos equipamentos. Trata-se de gastar mais uns milhares de euros para deixar tudo na mesma, ou pior.
Não sou, só porque me apetece, contra nada. Nem contra o abate de árvores quando tal se afigurar necessário. Repito, para que não fiquem dúvidas: quando tal se afigurar necessário. Ora, no caso vertente, abater várias árvores daquele porte para instalar um coreto(?) e mais duas, para supostamente resolver um problema de trânsito, que é ínfimo se comparado com tantas dezenas de problemas idênticos ou maiores que existem na cidade, para além de absurdo, se tivermos em conta os episódios recentes de abate de árvores no concelho, parece-me uma provocação ignóbil que os bons e ordeiros figueirenses não merecem. Fica a sensação que estamos perante uma demonstração de “poder” que, dando normalmente maus resultados, pode pôr a nu a impreparação e as fragilidades de quem o exerce. Não estamos a falar de construir algo que se possa corrigir no futuro ou de retirar uma estrutura que, uma vez verificado o erro, voltamos a pôr no mesmo lugar. Estamos a falar do abate de árvores de forma gratuita, que não podemos recolocar no mesmo sitio um ou dois anos depois.
Sobre o tão badalado coreto, cujo projecto é datado de março de 2014 e alguns afirmavam publicamente, em janeiro de 2017, que não existia, fiz chegar à Câmara, nessa altura(2017), um apontamento com 16 páginas onde deixei clara a minha opinião. (não critico nem comento em perfis falsos. Assumo as minhas opiniões com os custos daí decorrentes) Por ser longo, o tal apontamento, não o vou expor aqui. Não tenho no entanto qualquer problema em o exibir a quem e quando necessário. Fica expressa a minha opinião de forma sucinta: o equipamento (coreto) que agora ali querem instalar, não corresponde às actuais exigências culturais, especialmente das filarmónicas, porque não tem forma, orientação, localização e dimensão(?) adequadas.
Daqui a uns tempos, perante o óbvio, utilizem palavras modernaças e digam que a culpa foi da “mudança de paradigma”…
Não sou, só porque me apetece, contra nada. Nem contra o abate de árvores quando tal se afigurar necessário. Repito, para que não fiquem dúvidas: quando tal se afigurar necessário. Ora, no caso vertente, abater várias árvores daquele porte para instalar um coreto(?) e mais duas, para supostamente resolver um problema de trânsito, que é ínfimo se comparado com tantas dezenas de problemas idênticos ou maiores que existem na cidade, para além de absurdo, se tivermos em conta os episódios recentes de abate de árvores no concelho, parece-me uma provocação ignóbil que os bons e ordeiros figueirenses não merecem. Fica a sensação que estamos perante uma demonstração de “poder” que, dando normalmente maus resultados, pode pôr a nu a impreparação e as fragilidades de quem o exerce. Não estamos a falar de construir algo que se possa corrigir no futuro ou de retirar uma estrutura que, uma vez verificado o erro, voltamos a pôr no mesmo lugar. Estamos a falar do abate de árvores de forma gratuita, que não podemos recolocar no mesmo sitio um ou dois anos depois.
Sobre o tão badalado coreto, cujo projecto é datado de março de 2014 e alguns afirmavam publicamente, em janeiro de 2017, que não existia, fiz chegar à Câmara, nessa altura(2017), um apontamento com 16 páginas onde deixei clara a minha opinião. (não critico nem comento em perfis falsos. Assumo as minhas opiniões com os custos daí decorrentes) Por ser longo, o tal apontamento, não o vou expor aqui. Não tenho no entanto qualquer problema em o exibir a quem e quando necessário. Fica expressa a minha opinião de forma sucinta: o equipamento (coreto) que agora ali querem instalar, não corresponde às actuais exigências culturais, especialmente das filarmónicas, porque não tem forma, orientação, localização e dimensão(?) adequadas.
Daqui a uns tempos, perante o óbvio, utilizem palavras modernaças e digam que a culpa foi da “mudança de paradigma”…
Sempre gostei do inesperado: é necessário haver desconhecido para haver conhecido...
Via Diário as Beiras |
Continuo a ter gosto em ler um jornal bem escrito e bem feito, de preferência em formato papel.
Oxalá que o esforço em curso para a melhoria do projecto e a nova dinâmica a implementar no espaço dedicado à Figueira da Foz, surta o efeito desejado pelo Director do Diário as Beiras. Por isso, desejo as maiores felicidades. A Figueira, precisa de um jornal sério e credível. Nós cá estaremos para ler.
Bom trabalho.
Adelaide Sofia encheu o Mercado Municipal de talento artístico e profissionalismo
Ontem à noite, a artista figueirense de dimensão nacional Adelaide Sofia, excelentemente acompanhada pelos músicos Bruno Mira - Guitarra Portuguesa, Pedro Pinhal - Viola de Fado e Rodrigo Serrão - Viola Baixo, realizou um espectáculo memorável que levou ao velhinho Mercado Municipal da Figueira da Foz muitas centenas de pessoas.
Adelaide Sofia é uma intérprete excelente e emocionante. Conhecendo-a pessoalmente há anos, posso afirmar que o ser humano que dá corpo à artista, também o é.Há cantoras que quando deixam a zona de conforto do estilo de música que costumam cantar ficam perdidas. O que não aconteceu ontem à noite. Adelaide Sofia mostrou aquilo que é e o que vale: "um animal de palco" e uma flor agradável à vista que, com a sua voz e o seu talento, pode brilhar em qualquer lugar, em qualquer palco e em qualquer estilo musical.
Adelaide Sofia, sente-se à vontade em palco, tem presença e é uma verdadeira artista possuidora de uma voz extraordinária. Ao escutar ontem Adelaide Sofia, extraordinariamente bem acompanhada por três músicos de excepção, sentimos estar em presença de artistas que fazem da música um combate ao fatalismo e ao saudosismo retrógrado, que costuma ser associado ao fado...
A partir daqui, qualquer coisa que escrevesse seria inútil, para além de um estorvo para quem quer começar já a ouvir.
Por exemplo aqui, aqui, aqui...
quarta-feira, 31 de julho de 2019
A harmonia da Figueira da Foz de outros tempos
Imagem via Luís Pena |
Saramago
Na Figueira há muito mais para escrever do que sobre o tomate-cereja-anão...
"Algures pelo mundo haverá um provérbio que diz assim “se não te lembras daquele provérbio chinês que gostavas de colocar no início do teu blog, inventa um”.
Pois bem, há um provérbio chinês que diz assim “Acontecimentos inesperados trazem oportunidades. E oportunidades trazem acontecimentos inesperados. E acontecimentos inesperados trazem oportunidades. E…”.
E assim sucessivamente. Trata-se, como se pode verificar, de um provérbio chinês infinito, em que acontecimentos geram oportunidades que geram acontecimentos que geram oportunidades e etecetera, e que se entrarmos nele ficamos ocupados até à morte, dentro de um buraco negro, a apanhar as oportunidades que os acontecimentos nos entregam.
O jornal regional onde escrevia uma vez por semana sobre a Figueira da Foz deixou de ter espaço para 1400 caracteres e este acontecimento inesperado gerou a oportunidade de transformar este site, que estava guardado há um par de meses para arquivo de escritos passados, num blog/site/uótdafuck que funcionará como armazém para escritos presentes.
A oportunidade é de uma grandeza de tal ordem, que ao invés de me aturarem uma vez por semana, passam a fazê-lo todos os dias, pois foi este o desafio que me propus. Pelo menos até final deste mês. Depois logo se vê. Depois logo se vê que género de acontecimento inesperado gerará esta nova oportunidade."
Cabo Mondego: da agitação e propaganda para as autárquicas de 2017 à realidade de 2019
Julho de 2017, altura de propaganda eleitoral para as autarquicas de outubro/2017.
Imagem via Diário as Beiras
"O cientista Paulo Trincão coordenava a equipa que estava a elaborar a candidatura que a câmara ia apresentar à Unesco para a classificação do geoparque jurássico do Cabo Mondego como património mundial. Em declarações a Diário as Beiras, adiantou que aquele organismo das Nações Unidas já elogiou, em público, o processo da Figueira da Foz. Paulo Trincão pediu seis especialistas em regime de avença, mas a Câmara da Figueira da Foz só disponibilizou verbas para dois. Os restantes 12 elementos da equipa são quadros da autarquia. Um dos avençados é o arquitecto João Sebastião Ataíde Goulão, autor de uma tese de mestrado sobre o edificado do Cabo Mondego, que concluiu com 19 valores. Ao que se sabe, aquele é o único estudo sobre o tema, que o autor entretanto ofereceu ao município figueirense. Aquele avençado é sobrinho do presidente da câmara, João Ataíde, e filho da chefe de divisão do Departamento de Urbanismo da autarquia, Maria Manuel Ataíde. O contrato tem duração de um ano, auferindo 900 euros por mês. “O Sebastião Goulão foi-me sugerido pela minha colega Helena Henriques e só pus uma condição: ver a tese e conhecê-lo. Gostei muito da tese e do seu autor. Sem a sua contratação, o processo sofreria um atraso de, pelo menos, seis meses”, declarou Paulo Trincão, garantindo que os laços familiares do contratado não influenciaram a decisão.
Quem assinou o despacho foi o vice-presidente da câmara, António Tavares, porque o avençado é familiar do presidente. A proposta partiu da vereadora Ana Carvalho. “As pessoas não podem estar impedidas por terem laços familiares. Não ficam diminuídas por causa disso, mas devia evitar-se, porque, geralmente, estas situações trazem adversidades por parte da opinião pública”, declarou António Tavares. Contactado pelo Diário As Beiras, o gabinete de João Ataíde respondeu que o presidente, “quando lhe foi colocada a questão, demonstrou o máximo de reservas”. No entanto, acrescentou: “Desde que a equipa entendesse que a sua contratação era imprescindível e indispensável, não seriam as reservas do Sr. presidente que iriam por em causa o mérito do contratado, pelo que, nesses termos, nada teria a opor”.
Em julho de 2019, a realidade é esta.
Via Diário as Beiras. Para ver melhor clicar na imagem. |
Via jumento
ACABEM DE VEZ COM OS "PADEIROS DE AROUCA"!
"Eu não seleciono empresas, nem sei de quem são as empresas, não faço ideia de nenhuma. As empresas foram seleccionadas, foram convidadas, o processo foi desenvolvido pela Autoridade Nacional, as conclusões virão do inquérito" [Padeiro de Arouca]
É incrível como um governo faz um excelente trabalho, consegue até projetar o nome do seu ministro das Finanças ao ponto deste ser presidente do Eurogrupo e um possível diretor-geral do FMI e no fim aparecem meia dúzia de pilha-galinha fazerem negócios de tostões. É incrível como um país enfrenta uma grave crise no meio rural com os fogos, tendo de enterrar muitas dezenas de cidadãos e sabe-se que alguns dos que deviam estar dando o máximo para evitar que a situação se repita andam, afinal, a escolher empresas do pessoal de Arouca para aproveitar a situação para uns pequenos negócios.
Há ministros e secretários de Estado a dar o melhor, há milhares de agentes do Estado, desde polícias a médicos, dando tudo pelos cidadãos, há gente que se dedica à causa públcia por motivações políticas ou por opção profissional e que dedicam a vida ao Estado, muitas vezes mal remunerados e sem reconhecimento público. Depois há uns inúteis que se metem nos aparelhos dos partidos do poder, tecendo teias mafiosas para que na hora do poder tirem o maior proveito pessoal possível.
No topo destas hierarquia manhosas estão alguns barões dos partidos que têm uma preferência muito especial por algumas pastas. De entre elas a mais desejada é a da Administração Interna, porque tem a tutela de importantes serviços do Estado como a DG da Administração Local ou a Inspeção-Geral da Administração Local.
Desde a primeira hora que se percebeu a atrapalhação de um ministro que tentou intimidar os jornalistas com declarações pacóvias. O ministro deve ter pensado que tinha assustado toda a gente e só depois percebeu que tinha que ordenar um dos inquéritos usuais. Antes disso o país ainda teve de rir à gargalhada, um desses idiotas de Arouca lembrou de dar a explicação mais ridículas ao tentar justificar o dobro de um preço com o argumento de que estando em causa uma grande quantidade duplicavam os custos, enfim, o poliester é uma matéria-prima tão cara que o aumento da procura duplicou o preço no mercado de Xangai!
Como era lógico tinha de se arranjar um culpado de serviço e o país ficou a saber que um dos especialistas em proteção civil era um padeiro. Talvez o homem trabalhe com fornos de lenha e saiba muito de incêndios, mas pelos vistos é graças a ele que o seu secretário de Estado pode dizer que não sabe nadinha de nada. Promoveu-se o padeiro a "membro do governo" e mandaram-no assar nos fornos da padaria.
Desde quando o assessores deixaram de ser criados dos governantes para serem "membros do governo"? É óbvio que o secretário de Estado sabe tudo o que se passa em Arouca e ainda antes do ministro investigar o material de que são feitos os microfones dos jornalistas já devia ter sido devolvido a Arouca, talvez haja lugar para ele na padaria, pode não saber nada de empresas mas depressa aprende a fazer papo-secos.
E o ministro Cabrita escolheu a seita de Arouca para um dois dossiers mais sensíveis, tendo padeiros a servir de assessores? Imagine-se se o Mário Centeno tivesse arranjado calceteiros para negociar a dívida soberana.
É tempo de o PSD e do PS fazerem uma limpeza profunda dos seus aparelhos partidários, pondo fim a esta mania de encher os corredores governamentais com "padeiros de Arouca"!
terça-feira, 30 de julho de 2019
PS...
... o tal partido em que "o combate à corrupção está no seu ADN"!..
Artur Neves com António Costa, em 2016 OCTÁVIO PASSOS/LUSA
Filho do secretário de Estado da Protecção Civil fez contratos com o Estado
Empresa de filho de José Artur Neves fez contratos quando o pai já era governante, avança Observador. Secretário de Estado desconhecia — os contratos e a incompatibilidade. A lei prevê a demissão.“Desconheço a existência de qualquer incompatibilidade neste domínio, como desconheço também a celebração de tais contratos”, respondeu ao Observador o secretário de Estado da Protecção Civil...
Quem disse que não há luta de classes?..
Vejam como os porno-ricos defendem a sua apropriação pornográfica da riqueza...
"Quero dar os parabéns à Dra. Cinha Jardim, a conquistadora do Alentejo. Durante muitos anos, o Alentejo esteve perdido para os portugueses. Era um território de esquerda onde pessoas de bem não eram bem-vindas. Quando estava no Governo discutia-se muitas vezes a possibilidade de fazer um túnel a passar debaixo do Alentejo para que pessoas decentes não fossem obrigadas a atravessar este território de má fama para chegar ao Algarve. Ter de atravessar o Alentejo para chegar ao Algarve é como estar em casa e ter de atravessar uma fossa cheia de fezes e com um esquerdalho a gritar de lá de dentro palavras de ordem sobre a reforma agrária para ir da sala para o quarto. Muitas pessoas deixavam de ir ao Algarve para ter de evitar isso.
Felizmente, pessoas da estirpe da Dra. Cinha Jardim sujeitaram-se ao sacrifício de estar no Alentejo de nariz destapado e conseguiram transformar, em parte, esta região num local mais ou menos agradável. A culpa não é do Alentejo território, que até pode ter muita beleza. O problema é mesmo as pessoas e, ao encher o Alentejo com outra estirpe social, a Dra. Cinha está a contribuir para o repovoamento ideológico desta região. Continua a haver muita esquerda, sol e preguiça, mas, aos poucos, a Dra. Cinha Jardim está a reciclar esse território para pessoas a sério."
Elza Pais: subsídio de deslocação para Mangualde. Mas tem a sua casa em Lisboa...
A deputada Elza Pais recebeu, nesta legislatura, do Parlamento, mais de dois mil euros por mês de subsídio de deslocação para Mangualde, apesar de ter a sua casa em Lisboa...É ela a Presidente (!!!) das Mulheres Socialistas.
Via Paulo de Morais
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