segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

EROSÃO COSTEIRA NO CONCELHO DA FIGUEIRA DA FOZ (sim, ela existe SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ)...

A PROTECÇÃO da Orla Costeira da freguesia de S. Pedro, muito concreta e objectivamente da duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova, é a necessidade mais premente a sul do estuário do Mondego, de há anos a esta parte, que deveria TER SIDO ASSUMIDA COMO A PRIORIDADE DAS PRIORIDADES, por parte de quem de direito, nomeadamente do SENHOR DOUTOR JOÃO ATAÍDE, HÁ MAIS DE 8 ANOS PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ.
Mas as prioridades têm sido outras...
Por vezes, SENHOR PRESIDENTE ATAÍDE, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
Quem olha para esta outra margem, não pode limitar-se a olhar para a sua praia preferida. Tem de saber reparar para o conjunto...

Esta outra margem a sul do estuário do Mondego é muito mais do que praia (ainda que sejam as melhores do concelho da Figueira, apesar de desprezadas por quem de direito)...
Tem de reparar, por exemplo, na marginal beira rio sul, entre a barra e a a zona da antiga ponte da Figueira...  
Tem de reparar, também, para a zona a sul do quinto molhe... 
Tem de reparar, ainda, na ida para o Cabedelo, para a zona entre o campo de futebol e a praceta Mário Silva, onde estão placas há anos a dizer que as dunas estão em recuperação (ver vídeo)...
Tem de conhecer a importância do campismo, desde há décadas, para o desenvolvimento do Cabedelo e da Cova e Gala? 
Tem de saber que perder o campismo no Cabedelo, é perder algo de essencial da "alma" daquela "área nobre" da freguesia de S. Pedro. Não só aquilo que se vê, mas aquilo que é invisível para quem se limita a olhar... 
Já agora: alguém sabe mesmo, incluindo o Senhor Presidente da Câmara da Figueira da Foz, o que vai ser realmente feito?... 
Se assim acontecer, agradecia que fosse esclarecido...

Olhar, ver e reparar são conceitos diferentes. Podemos olhar sem estar a ver, chegamos a ver sem estarmos a olhar, mas reparar necessita de uma atitude completamente diferente. Há um ecletismo intelectual no reparar que ultrapassa em muito a visão propriamente dita... 
O Cabedelo, para quem o vive há mais de 50 anos, não é só a "boa" praia! É muito mais do que isso.
Por exemplo: não prescinde de o visitar, mesmo num dia como o de hoje.

Raríssimo?.. Nem por isso...

"reforma estrutural" que a Geringonça vai deixar por fazer vai ser esta: moralizar e disciplinar o Estado paralelo ao Estado e subsidiado pelo Estado, a indústria da engorda à custa da desgraça alheia sob a capa do mui nobre argumento de que o Estado não chega melhor ao terreno do que quem já lá está.
Essa indústria da exploração mercantilista da desgraça alheia tem nome, porque tudo está a mudar ma sociedade portuguesa: dá pelo nome de IPSS.

A TVI revela uma investigação em que centenas de documentos põem em causa a gestão da presidente da associação Raríssimas, Paula Brito e Costa. Esta instituição de solidariedade social vive de subsídios do Estado e donativos.
Infelizmente, a Raríssimas não é caso único, nem raro neste ramo da exploração mercantilista da desgraça alheia... 

A longo prazo, um político profissional, é como o parque de campismo do Cabedelo: apenas se sentem os inconvenientes... (XIV)


sábado, 9 de dezembro de 2017

Rua da República, esta tarde...

Não me apetece comentar.
Comentem vocês...

Mais vale prevenir que remediar...

José Mendonça, o histórico assessor de imprensa do PSD que acompanhou todos os líderes, vai mudar-se para Belém. 
Marcelo chamou-o à sua assessoria de imprensa... 
Presidente afectuoso prevenido, vale por dois!

A época natalícia é linda!..

Carlos Tenreiro, candidato PSD/Figueira, bi-derrotado, apoia Pedro Santana Lopes.

Viva Portugal. Marcelo foi ao Intendente fazer a barba. E alertou para excessos de turismo...



O Presidente da República matou esta-sexta-feira saudades dos avós minhotos, fez a barba no único estabelecimento sobrevivente à renovação do largo do Intendente e alertou para os perigos do turismo e da consequente pressão imobiliária em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa, sempre abordado por transeuntes - desde habitantes locais de sempre aos mais recentes e até membros das comunidades do Bangladeche e do Nepal - começou por voltar ao Grupo Excursionista e Recreativo "Casa dos Amigos do Minho", soprando as velas do bolo do 67.º aniversário, manchado pela "triste notícia" de abandono das instalações dentro de dois domingos.

"Agora é a moda [o largo do Intendente]. Imediatamente, as vítimas são os inquilinos, nomeadamente as antigas colectividades, mas está a acontecer por todo o centro de Lisboa...", lamentou o chefe de Estado.
“Temos de evitar que as pessoas, de repente, venham a Lisboa para ver estrangeiros. Não veem lisboetas e vão aos lugares típicos para ver franceses, brasileiros, asiáticos, africanos. Não é que não seja interessante, mas convinha haver pessoas e coletividades com a maneira de ser de quem vive em Lisboa"...

Da tua rua à minha praia, a Figueira continua assim: uma cidade onde o ordenamento urbanístico não tem rumo e cresce desordenado...

"Na minha rua estão a construir um novo prédio. O espaço onde nasce o edifício era ocupado por uma casa antiga, construída nos anos 30 ou 40. A casa em si tinha traça e representava um determinado estilo de arquitetura, estava em relativo bom estado de conservação, apesar de devoluta. Mas, como acontece tantas vezes, os donos quiseram valorizar o terreno do ponto de vista imobiliário. Diga-se ainda que esta zona, a poente da Quinta do Viso, era uma bonita mancha de pinhal, um bosquete, até aos anos 80, altura em que os crimes urbanísticos foram regra. As urbanizações surgiram sem que houvesse uma tentativa de harmonia com o ambiente envolvente, cortou-se o coberto vegetal, de tal forma que hoje não temos um único pinheiro em espaço público. A casa foi demolida, em três dias, e logo apareceu um AVISO da Câmara Municipal a informar que ali iria nascer um prédio de quatro pisos. Ora, estranha-se que o novo prédio seja maior que o alinhamento dos prédios já existentes, que têm dois andares e dois volumes, virados cada um para uma rua diferente. Adicionalmente o prédio, aprovado em 2013, irá estar ao lado de uma moradia (desalinhada, apesar de recente, mais um caso de incompetência urbanística ou…. de outra coisa qualquer) com um único piso. O contraste é enorme, os “volumes” agridem a paisagem e ainda o prédio não está finalizado. A rua perde, a cidade também, com esta anarquia urbanística. Crescem prédios sem que haja um critério visível de harmonização de volumes e “sombras”, agora que a construção deveria centrar-se na reabilitação dos milhares de fogos que precisam de obras."
Via jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
Com as práticas permitidas por quem governa a Figueira, da tua rua à minha praia, o urbanismo continua a criar colmeias humanas.
A casa de sonho, a praia de sonho, dos sem sonho!
É isto que querem para as vossas ruas e para a minha praia?
À medida que os anos passam fica menos capacidade de sorrir. 
E porquê? 
Porque a vida se encarregou de nos retirar essa capacidade. 
As dificuldades e os preconceitos enfrentados foram tantos, que foi necessária uma imensa capacidade de superação das contrariedades. 
Todos estes anos decorridos, porém, ainda por cá andamos e prontos para a luta...

Ajustes directos na Figueira...

Imagem sacada daqui
Imagem sacada daqui

A longo prazo, um político profissional, é como o parque de campismo do Cabedelo: apenas se sentem os inconvenientes... (XII)


sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Mais uma prenda do Pai Natal, para os comerciantes do comércio tradicional da Figueira, que este ano chegou mais cedo à cidade para abrir os supermercados...


Sai o campismo dos pobres para entrar o betão, o capitalismo: é esse futuro para o Cabedelo?




“MESTRE MÁRIO SILVA, OS PATOS BRAVOS DO BETÃO JÁ CHEGARAM À TUA PRAIA!!”
Oito anos e picos depois, uma câmara que  não é socialista nem uma pessoa de bem, quer transformar um reduto especial, como ainda é o Cabedelo, em mais um mártir ambiental no nosso concelho, não recuando perante nada, nem mesmo a evidência das coisas, cometendo mais um atentando paisagístico e ambiental.
Recordo a quem de direito, que uma cidade é sempre, pelo menos, dual.
Tem uma zona cosmopolita e tem, por assim dizer, outras mais características, a que se costuma designar como típicas.
O tipicismo é a profunda genuinidade...
É onde reside a alma de uma cidade como a Figueira, a sua verdade que se tem que manter, sob pena dela se descaracterizar.
É isto que o Cabedelo é: genuíno, assim como está, com o Parque de Campismo, que foi, já lá vão quase 30 anos, que deu vida e alma ao Cabedelo, como todas as suas valências, incluindo a onda de surf.
Será que vamos consentir que, aqui,  também passe a vigorar a lei do mais forte?..

Como os figueirenses não estão geneticamente preparados para fazer grandes esforços mentais, nem pensar no abstracto e têm uma elevada taxa de iliteracia numérica, fica esta chamada de atenção para a leitura atenta da crónica de José Fernando Correia...

"Em dezembro correrá o debate político sobre o orçamento municipal. Esse contraditório dar-se-á apenas este mês na medida em que 2017 foi ano de eleições e, nesses anos, as decisões orçamentais seguem prazos especiais, mais tardios. A discussão do orçamento municipal não concita grande interesse por parte da generalidade dos cidadãos. É assim na Figueira da Foz e não será diferente no resto do país.
É pena que assim seja. Na verdade, o orçamento é o instrumento central da governação local e, mesmo que seja um documento um tanto complexo (fica a sugestão ao executivo para divulgar, por via electrónica que seja, uma versão simplificada do orçamento, como foi feito com as contas anuais), é credor de mais alguma atenção.
É assim por duas razões centrais: em primeiro lugar, porque o orçamento fixa um limite máximo para as despesas a realizar durante o ano a que se reporta e porque, tendo associado um plano de atividades, oferece uma antevisão daquilo que será o desempenho do município. Na ótica dos munícipes, isso significa que, estando fixado aquele limite, não devem, em princípio, contar com outros gastos públicos que não sejam os que estão orçamentalmente inscritos mas também que podem exigir os que constam do documento. Isto, claro está, se o orçamento for uma previsão credível.
Felizmente, aqui na Figueira da Foz, desde há uns anos, a prudência da governação local, associada a uns “apertões” legislativos, tem permitido que a montanha orçamental não ande a parir ratos de execução. Que em 2018 se prossiga esse rumo."
Orçamento Municipal I, uma crónica de José Fernando Correia, publicada no jornal AS BEIRAS.
CONTRIBUTO OUTRA MARGEM PARA UM MELHOR ORÇAMENTO CAMARÁRIO PARA O ANO DE 2018:
Em termos de receitas extraordinárias, vender  o  edifício do CAE (por razões mais que óbvias, algumas a ser esclarecidas pelo resultado do inquérito que está a  decorrer...) e alugar antes um espacinho, para poder ser devidamente controlado, à Assembleia Figueirense,  a preços módicos, para uma ou outra iniciativa musical no inverno.
No verão, para os espectáculos pagos com o dinheiro dos contribuintes, espaços não faltam: temos o coreto do Jardim Municipal, a zona do Forte de Santa Catarina, o extenso areal da Praia da Figueira, a Avenida Brasil, o largo Caras Direitas, o Largo Eng. Aguiar de Carvalho, em S. Pedro, etc., etc., etc....

Já no que diz respeito à diminuição da despesa corrente, acabar com os vereadores a tempo inteiro (o presidente chega e sobra...), diminuir o número de deputados municipais, extinguir o GAP, prescindir dos assessores e outros inúmeros afins que pululam pelo edifício dos Paços do Município.

Não é muito, mas era um começo... 

E acabar com os desperdícios é sempre um bom começo...