sábado, 9 de dezembro de 2017

Rua da República, esta tarde...

Não me apetece comentar.
Comentem vocês...

Mais vale prevenir que remediar...

José Mendonça, o histórico assessor de imprensa do PSD que acompanhou todos os líderes, vai mudar-se para Belém. 
Marcelo chamou-o à sua assessoria de imprensa... 
Presidente afectuoso prevenido, vale por dois!

A época natalícia é linda!..

Carlos Tenreiro, candidato PSD/Figueira, bi-derrotado, apoia Pedro Santana Lopes.

Viva Portugal. Marcelo foi ao Intendente fazer a barba. E alertou para excessos de turismo...



O Presidente da República matou esta-sexta-feira saudades dos avós minhotos, fez a barba no único estabelecimento sobrevivente à renovação do largo do Intendente e alertou para os perigos do turismo e da consequente pressão imobiliária em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa, sempre abordado por transeuntes - desde habitantes locais de sempre aos mais recentes e até membros das comunidades do Bangladeche e do Nepal - começou por voltar ao Grupo Excursionista e Recreativo "Casa dos Amigos do Minho", soprando as velas do bolo do 67.º aniversário, manchado pela "triste notícia" de abandono das instalações dentro de dois domingos.

"Agora é a moda [o largo do Intendente]. Imediatamente, as vítimas são os inquilinos, nomeadamente as antigas colectividades, mas está a acontecer por todo o centro de Lisboa...", lamentou o chefe de Estado.
“Temos de evitar que as pessoas, de repente, venham a Lisboa para ver estrangeiros. Não veem lisboetas e vão aos lugares típicos para ver franceses, brasileiros, asiáticos, africanos. Não é que não seja interessante, mas convinha haver pessoas e coletividades com a maneira de ser de quem vive em Lisboa"...

Da tua rua à minha praia, a Figueira continua assim: uma cidade onde o ordenamento urbanístico não tem rumo e cresce desordenado...

"Na minha rua estão a construir um novo prédio. O espaço onde nasce o edifício era ocupado por uma casa antiga, construída nos anos 30 ou 40. A casa em si tinha traça e representava um determinado estilo de arquitetura, estava em relativo bom estado de conservação, apesar de devoluta. Mas, como acontece tantas vezes, os donos quiseram valorizar o terreno do ponto de vista imobiliário. Diga-se ainda que esta zona, a poente da Quinta do Viso, era uma bonita mancha de pinhal, um bosquete, até aos anos 80, altura em que os crimes urbanísticos foram regra. As urbanizações surgiram sem que houvesse uma tentativa de harmonia com o ambiente envolvente, cortou-se o coberto vegetal, de tal forma que hoje não temos um único pinheiro em espaço público. A casa foi demolida, em três dias, e logo apareceu um AVISO da Câmara Municipal a informar que ali iria nascer um prédio de quatro pisos. Ora, estranha-se que o novo prédio seja maior que o alinhamento dos prédios já existentes, que têm dois andares e dois volumes, virados cada um para uma rua diferente. Adicionalmente o prédio, aprovado em 2013, irá estar ao lado de uma moradia (desalinhada, apesar de recente, mais um caso de incompetência urbanística ou…. de outra coisa qualquer) com um único piso. O contraste é enorme, os “volumes” agridem a paisagem e ainda o prédio não está finalizado. A rua perde, a cidade também, com esta anarquia urbanística. Crescem prédios sem que haja um critério visível de harmonização de volumes e “sombras”, agora que a construção deveria centrar-se na reabilitação dos milhares de fogos que precisam de obras."
Via jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
Com as práticas permitidas por quem governa a Figueira, da tua rua à minha praia, o urbanismo continua a criar colmeias humanas.
A casa de sonho, a praia de sonho, dos sem sonho!
É isto que querem para as vossas ruas e para a minha praia?
À medida que os anos passam fica menos capacidade de sorrir. 
E porquê? 
Porque a vida se encarregou de nos retirar essa capacidade. 
As dificuldades e os preconceitos enfrentados foram tantos, que foi necessária uma imensa capacidade de superação das contrariedades. 
Todos estes anos decorridos, porém, ainda por cá andamos e prontos para a luta...

Ajustes directos na Figueira...

Imagem sacada daqui
Imagem sacada daqui

A longo prazo, um político profissional, é como o parque de campismo do Cabedelo: apenas se sentem os inconvenientes... (XII)


sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Mais uma prenda do Pai Natal, para os comerciantes do comércio tradicional da Figueira, que este ano chegou mais cedo à cidade para abrir os supermercados...


Sai o campismo dos pobres para entrar o betão, o capitalismo: é esse futuro para o Cabedelo?




“MESTRE MÁRIO SILVA, OS PATOS BRAVOS DO BETÃO JÁ CHEGARAM À TUA PRAIA!!”
Oito anos e picos depois, uma câmara que  não é socialista nem uma pessoa de bem, quer transformar um reduto especial, como ainda é o Cabedelo, em mais um mártir ambiental no nosso concelho, não recuando perante nada, nem mesmo a evidência das coisas, cometendo mais um atentando paisagístico e ambiental.
Recordo a quem de direito, que uma cidade é sempre, pelo menos, dual.
Tem uma zona cosmopolita e tem, por assim dizer, outras mais características, a que se costuma designar como típicas.
O tipicismo é a profunda genuinidade...
É onde reside a alma de uma cidade como a Figueira, a sua verdade que se tem que manter, sob pena dela se descaracterizar.
É isto que o Cabedelo é: genuíno, assim como está, com o Parque de Campismo, que foi, já lá vão quase 30 anos, que deu vida e alma ao Cabedelo, como todas as suas valências, incluindo a onda de surf.
Será que vamos consentir que, aqui,  também passe a vigorar a lei do mais forte?..

Como os figueirenses não estão geneticamente preparados para fazer grandes esforços mentais, nem pensar no abstracto e têm uma elevada taxa de iliteracia numérica, fica esta chamada de atenção para a leitura atenta da crónica de José Fernando Correia...

"Em dezembro correrá o debate político sobre o orçamento municipal. Esse contraditório dar-se-á apenas este mês na medida em que 2017 foi ano de eleições e, nesses anos, as decisões orçamentais seguem prazos especiais, mais tardios. A discussão do orçamento municipal não concita grande interesse por parte da generalidade dos cidadãos. É assim na Figueira da Foz e não será diferente no resto do país.
É pena que assim seja. Na verdade, o orçamento é o instrumento central da governação local e, mesmo que seja um documento um tanto complexo (fica a sugestão ao executivo para divulgar, por via electrónica que seja, uma versão simplificada do orçamento, como foi feito com as contas anuais), é credor de mais alguma atenção.
É assim por duas razões centrais: em primeiro lugar, porque o orçamento fixa um limite máximo para as despesas a realizar durante o ano a que se reporta e porque, tendo associado um plano de atividades, oferece uma antevisão daquilo que será o desempenho do município. Na ótica dos munícipes, isso significa que, estando fixado aquele limite, não devem, em princípio, contar com outros gastos públicos que não sejam os que estão orçamentalmente inscritos mas também que podem exigir os que constam do documento. Isto, claro está, se o orçamento for uma previsão credível.
Felizmente, aqui na Figueira da Foz, desde há uns anos, a prudência da governação local, associada a uns “apertões” legislativos, tem permitido que a montanha orçamental não ande a parir ratos de execução. Que em 2018 se prossiga esse rumo."
Orçamento Municipal I, uma crónica de José Fernando Correia, publicada no jornal AS BEIRAS.
CONTRIBUTO OUTRA MARGEM PARA UM MELHOR ORÇAMENTO CAMARÁRIO PARA O ANO DE 2018:
Em termos de receitas extraordinárias, vender  o  edifício do CAE (por razões mais que óbvias, algumas a ser esclarecidas pelo resultado do inquérito que está a  decorrer...) e alugar antes um espacinho, para poder ser devidamente controlado, à Assembleia Figueirense,  a preços módicos, para uma ou outra iniciativa musical no inverno.
No verão, para os espectáculos pagos com o dinheiro dos contribuintes, espaços não faltam: temos o coreto do Jardim Municipal, a zona do Forte de Santa Catarina, o extenso areal da Praia da Figueira, a Avenida Brasil, o largo Caras Direitas, o Largo Eng. Aguiar de Carvalho, em S. Pedro, etc., etc., etc....

Já no que diz respeito à diminuição da despesa corrente, acabar com os vereadores a tempo inteiro (o presidente chega e sobra...), diminuir o número de deputados municipais, extinguir o GAP, prescindir dos assessores e outros inúmeros afins que pululam pelo edifício dos Paços do Município.

Não é muito, mas era um começo... 

E acabar com os desperdícios é sempre um bom começo...

A longo prazo, um político profissional, é como o parque de campismo do Cabedelo: apenas se sentem os inconvenientes... (XI)


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Publicidade inovadora?..

Benvinda senhora ministra…

À porta da encubadora, até ao dia de ontem, o aspecto  era o que a foto mostra...
Com a visita da ministra, que "rebaptizar" a incubadora taparam os buracos.

“Câmara de Vizela poupa 100 mil euros em nomeações políticas e dá às freguesias”

E pela Figueira? Quanto será necessário, em 2018, reforçar a verba no orçamento com a assessoria política?..
Meio vereador a mais, a tempo inteiro, não explica o substancial reforço…
Este  executivo continua a maçar-me…
Contudo, não há dúvida que é eclético…
Poder podia, mas não era a mesma coisa!..
Este executivo maça-me quando fala de rigor, despesismo, justiça social, controle de despesa  e deficit…?..
Repito: meio vereador a mais, a tempo inteiro, não explica o substancial reforço para 2018…
Este  executivo, repito, continua a maçar-me…

A situação é clara: os interesses querem abocanhar o Cabedelo

A ganância, a falta de visão e bom-senso, a que se junta a displicência de quem manda, acabam sempre mal. 
O pior é que, depois da “festa”, sobrarão os “restos”: vastas áreas degradadas, inestéticas, desocupadas
O litoral português, logo a sul do Mondego, na jóia chamada Cabedelo, apresenta ainda um extraordinário conjunto de valores naturais e em bruto, que tornam este naco de território figueirense apetitoso para os interesses imobiliários.

O argumento é o de sempre: ou o dinheiro é gasto agora e já, ou vai para outro lado.
Neste caso do Cabedelo, o argumento é falso. Basta olhar mais para sul e vê-se a olho nu que havia tanto sítio para gastar os 2 milhões e picos que vão ser gastos para a requalificação e protecção do estado avançado de erosão decorrente do embate das ondas do mar mais para sul: por exemplo, depois do quinto molhe.

Na edição de hoje do jornal AS Beiras, pode ler-se que a "Junta de São Pedro recebeu várias manifestações de interesse para a instalação de um hostel e bangalôs no espaço do campismo... "
Para quem afirma que o Cabedelo vai ser devolvido à Cova e Gala, para começo de conversa, não está nada mal.

Em toda a costa figueirense, apenas uma pequena parte se mantinha razoavelmente incólume à pressão e especulação urbanísticas induzidas pelo turismo. 
Refiro-me, à faixa litoral a sul do Mondego, entre o Cabedelo e o Campo de futebol.
É ainda possível por aí fazer férias em comunhão com a Natureza e frequentar boas praias, sem os inconvenientes das urbanizações selvagens. 
Por conhecermos o triste destino da restante costa figueirense, devemos manter-nos atentos e vigilantes. 
Recordo que o Cabedelo nunca teve Bandeira Azul.  E bem. É o único pedaço de Paraíso imaculado  da costa figueirense  que ainda nos resta.

O que está a acontecer, não é nada de novo:  a vontade de muitos autarcas continua a ir no sentido da expansão urbana, normalmente sob a forma de empreendimentos de qualidade duvidosa. 
Desta vez saiu na rifa o Cabedelo. Sob a capa de um plano de requalificação da zona, está já mais do que claro que o que está na calha, para seguir dentro de momentos, é uma cedência aos interesses imobiliários, com a conivência da Câmara Municipal da Figueira da Foz e da Junta de Freguesia de S. Pedro.

Entretanto, está  convocada uma manifestação, através do Facebook, contra o desmantelamento do parque de campismo e em defesa do Cabedelo.
O evento está marcado para o próximo dia 20, pelas 14H00, em frente à câmara. 
Neste momento estão a ser recolhidas assinaturas num um abaixo-assinado que defende a manutenção do campismo no Cabedelo. 
Sabe-se que se têm realizado  reuniões  entre a câmara, a administração do porto e a FPC, e que o equipamento deverá continuar a funcionar enquanto não interferir com as obras, que deverão começar no primeiro trimestre de 2018. 
Mas, até lá, muita água vai correr, Mondego abaixo, até ao Cabedelo.

Na assembleia municipal, a CDU opôs-se ao fim do campismo no Cabedelo. 
“Somos contra que desapareça dali aquela estrutura, pelos campistas e pelos postos de trabalho”, esclareceu ao jornal AS BEIRAS a deputada Silvina Queiroz. 
Por seu turno, Teotónio Cavaco, do PSD, criticou a “firmeza da posição contra o parque de campismo (dos presidentes da câmara e da Junta de São Pedro, João Ataíde e António Salgueiro, respetivamente)”
Cristopher Oliveira, do BE, disse que o assunto ainda não foi debatido no partido
A maioria socialista, defendeu Nuno Melo Biscaia, está “em consonância com o executivo camarário”, que defende o fim do campismo numa zona que considera nobre e deve ser utilizada para valorizar o surf e fruição pública.

Veio hoje também a lume, via jornal AS BEIRAS, que "a FPC está de olhos postos no parque de campismo da Praia de Quiaios, que pertence à Junta de Quiaios, para continuar a operar no concelho da Figueira da Foz."
O presidente da estrutura federativa admitiu ao mesmo jornal que há “intenção de explorar aquele equipamento”
Todavia, João Queiroz ressalvou que ainda não falou com a presidente da junta, Fernanda Lorigo. 
“Estou disponível para me reunir com a FPC, mas sem qualquer expetativa de decisão”, avançou Fernanda Lorigo. 
O vereador Carlos Monteiro, por seu lado, afirmou: “Esse é um assunto que diz inteiramente respeito à presidente da junta, ao executivo da junta e, eventualmente, à assembleia de freguesia”. 

A longo prazo, um político profissional, é como o parque de campismo do Cabedelo: apenas se sentem os inconvenientes... (X)


quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Cabedelo, um local que sempre foi do zé povo…

O Cabedelo não pode vir a ser um local só para a Corte. O Cabedelo tem de continuar a ser o que sempre foi: um local para todos. Também um local para o zé povinho.

O olival no Mosteiro de Santa Maria de Seiça...

"A responsabilidade de o Mosteiro não ter sido restaurado e lá instalada uma comunidade cisterciense, é de única responsabilidade das mesmas pessoas que contratam "prestigiadas equipas de arquitectos" para sacarem a massa em projectos megalómanos à custa do erário público.
A Associação Portuguesa de Cister (APOC) que está envolvida no projecto de restauração da Ordem de Cister em Portugal, - aliás o ponto fundamental da sua Acta de Fundação - apresentou a hipótese, por meu intermédio, de Santa Maria de Seiça ao Abade de Santa Maria La Real de Oseira P. D. Juan Javier Martin Hernandez, o.c.s.o., então responsável pela restauração e este deu o seu aval para a continuação dos trabalhos após visitar pessoalmente o local com dois dos monges que estariam directamente envolvidos no restauro do edifício e dependências, completamente deslumbrados com a solidão e a espectacularidade do local, totalmente de acordo com as regras da Ordem de Cister. 
A Ordem tinha o financiamento interno, através das suas estruturas de interligação da rede de mosteiros na Europa, necessário para o restauro da igreja e edifícios conventuais bem como para a aquisição da antiga Cerca
Iniciou-se também a preparação da reunião de um grupo de monges para a refundação, que seria liderado por uma maioria de monges portugueses que estão em vários mosteiros cistercienses na Europa, grupo que seria complementado por um grupo de monges oriundos dos mosteiros de Oseira - mosteiro matriz da refundação em Portugal - ou do mosteiro de San Isidro de Duenãs, casa mãe de Cister nas Espanhas, num total de doze monges e um Abade. 
Porém, no seguimento das atitudes irresponsáveis de uma responsável de serviços da autarquia da Figueira da Foz, atitudes que roçaram a sobranceria, a arrogância e mesmo a má educação institucional, e constatada ainda a propensão para a anedota que constituiu uma espécie de colóquio por ela organizado, onde estiveram presentes dois dos membros fundadores da APOC, estupefactos com algumas das comunicações ali apresentadas que roçaram o anedótico, o assunto saiu de imediato das prioridades da Ordem de Cister e os fundos foram desviados para duas fundações na américa latina
Perdeu-se, assim, a única hipótese credível e séria de devolver o Mosteiro de Santa Maria de Seiça ao seu antigo esplendor arquitectónico por culpa quase exclusiva de uma geral imbecilidade de algumas pessoas com a mania das grandezas que pensavam que a Ordem de Cister é a tasca do Man'el dos anzóis."

Via Rui Duque, que partilhou a publicação de Telmo Pedrosa com o grupo Forum Civico Fig Foz 2017.