terça-feira, 13 de setembro de 2016

Desleixo inqualificável

foto António Agostinho
Desde novembro de 2002, que na praia do Cabedelo, está perpetuado o nome de Mário Silva, recentemente falecido, um artista plástico de referência, culturalmente inserido na geração de 1960, que pautou a sua carreira por uma acção cultural, humorística e literária de contestação e crítica à sociedade.
“Foi uma homenagem que o encheu de orgulho, pois foi na Figueira que aprendeu a amar", afirmou o pintor um dia à comunicação social.
E o seu busto em bronze, da autoria do escultor Agustín Casillas, lá continua, como a foto de ontem à tarde atesta.
Foi uma homenagem feita ainda em vida ao artista – Mário Silva tinha na altura 73 anos - à sua rebeldia e mestria. 
No momento em que o Mestre partiu, o largo onde está o seu busto encontra-se no miserável estado que pode ser comprovado pela foto...
Um homem que fez da vida uma obra de arte, não merece isto.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Este arremedo de europa...

daqui
Nota de rodapé.
Como se a questão não fosse o privilégio que Durão Barroso teve em ser presidente da Comissão Europeia; como se a questão não fosse o conhecimento privilegiado adquirido por Durão Barroso enquanto presidente da Comissão Europeia; como se a questão não fosse a agenda de contactos metodicamente preenchida por Durão Barroso presidente da Comissão Europeia.

daqui

Torres

Nota de rodapé.
Eis a marginal, ainda sem as torres Atlântico, o Titanic e a J. Pimenta.
A Figueira era, então, uma cidade. 
Moderna.
Hoje em dia, são evidentes e crassos os erros de planificação na marginal, de que são responsáveis os poderes autárquicos locais dos dois partidos do arco do poder figueirense.
PS e PSD, foram coniventes com os desmandos que se cometeram devido à falta de sensibilidade para o equilíbrio e a manutenção que convém aprender a preservar.
Nenhum deles fica bem na fotografia.
Observe-se a foto a preto e branco e compare-se com a modernidade pacóvia que a Figueira ostenta hoje, naquela marginal, promovida ou consentida por esses responsáveis.

Não notam qualquer coisa de estranho na mercearia figueirense?..

Está a acontecer há alguns anos, em silêncio, um brutal aumento do preço dos bens alimentares no nosso país.
Sem primeiras páginas e sem especialistas das televisões, este será brevemente o maior desafio de Portugal: a fome.
Neste momento, curiosamente, na Figueira, se há  sector económico onde se verifica uma concorrência feroz, é na mercearia...
Anda no ar qualquer coisa de muito estranho...
Não esquecer: dois dos portugueses mais ricos, são merceeiros...

domingo, 11 de setembro de 2016

Taça de Portugal de Surfing 2016/2017

Associação Surf Costa De Caparica é a grande vencedora da Taça de Portugal de Surfing 2016/2017.
Destaque para os figueirenses Jaime Jesus e Tomás Silva que venceram a Taça de Portugal nas suas categorias, Bodyboard Open e Bodyboard Junior respectivamente. 
ABFM - Associação de Bodyboard Foz do Mondego sagrou-se vice campeã da Taça de Portugal na Categoria de Bodyboard, titulo que foi ganho pelos atletas de Carcavelos. 
Na classificação geral a ABFM alcançou o 5º lugar e a Associação Surf Figueira Foz o 6º.
 


Via Pedro Agostinho Cruz

Hoje, a título excepcional, vou falar de mim e do meu objectivo de vida

Quando eu nasci, em 1954, na minha casa não havia electricidade (apesar da luz eléctrica ter chegado à Cova e Gala em março de 1940), rede de esgotos e nem água canalizada.
Imagino, o quanto isso não será complicado de compreender para certas pessoas que, nos dias de hoje, vivem na Aldeia!..

O meu berço foi pobre e as fraldinhas eram de pano. 
A minha saudosa avó Rosa Maia e a minha mãe lavavam as fraldas que me acolhiam os sobejos do corpo, com a água do poço, o recordado poço do Tzé Maia, num tanque ao lado e com a ajuda do sol, que as corava. 

Não havia casa de banho na minha casa. 
Para me darem banho na cozinha, a minha mãe e a minha avó aqueciam, em lume de lenha, uma panela de água.
O gás era caríssimo e a energia eléctrica ainda não tinha chegado à minha casa...
Sou do tempo do candeeiro a petróleo.

Entretanto, o tempo foi passando e as condições melhoraram.
O meu pai até ser vivo (morreu em junho de 1974), a minha mãe e a minha avó, sacrificaram as vidas para darem o melhor que puderam à família.
E, por isso, conseguimos melhorar, apesar de todos os que vieram a seguir, vivam e continuem a andar na vida a pulso. 
Isto é: conforme podemos.
Umas vezes de lado, outras a subir, muitas delas a descer, mas vamos sempre para algum lado. 

Viver assim assim nem sempre é fácil e muito menos simpático ou sedutor. 
A sociedade não facilita o percurso de quem escolhe viver com dignidade e independência.  Nesta sociedade que vive de aparências, a linha do equilíbrio é ténue. Todos sabemos isso. 
Mas, isso é óbvio, é aquilo que que nos querem obrigar, é o que esperam de nós, é o que os outros esperam das nossas acções, dos nossos sonhos e das nossas projecções. 

Mas nem todos somos iguais. Ao longo da vida, sempre procurei trabalhar com a conta, o peso e a medida que me permitiu não necessitar de favores, mas procurei fazê-lo sempre sem exageros que me perturbassem o equilíbrio para viver a vida da forma que optei por viver: com responsabilidade mas independência. 
Tenho uma vida simples, equilibrada, transparente e translúcida. 
Isto, claro, tirando as noites de prazer, óbvio, quando toda a barraca tem o direito de abanar e a cama de ranger... 
Chegado aqui, passado o tempo em que exigi a mim próprio ser profissional e competente, posso garantir que me estou marimbando que as pessoas pensem se sou eu que valho pouco, ou se eram os outros que queriam mais de mim.

Na minha juventude os tempos eram outros, mas ao menos sabia, porque estava bem explicito e definido, que não havia liberdade.
Hoje, a maioria, vive numa prisão disfarçada de espaços abertos, habilmente mantida, numa movimentação repleta de espartilhos, vivendo numa luz a fingir que brilha ao sol, mas, na realidade, secando devagarinho, até morrer totalmente exaurida, seca e gasta.

É disso que sempre tentei fugir ao longo da vida...
Será que vou consegui-lo até ao fim?

Porque hoje é domingo, música de dança pela Orquestra Broadway...


A dança, formalmente, é uma manifestação artística que não prescinde de uma outra arte: a música.
Ver a dança, porém,  apenas dessa forma é profundamente redutor. 
A dança é um acto complexo e significativo.
Nomeadamente, é a expressão de múltiplos sentimentos que nela se sublimam... 
Oiçam o vídeo e imaginem o que quiserem...
Por mim, de entre as diversas danças, a que prefiro é um Tango dançado com sentimento. 
A sua graciosidade impetuosa, o seu ritmo e volteios imprevistos, o encontro puro e duro dos corpos, tudo isso  prende e encanta. 
Há quem diga que o Tango simboliza a vida...

sábado, 10 de setembro de 2016

Mais um que nos deixou mais pobres

foto sacada daqui

Morreu Mário Silva

Aos 86 anos de idade, faleceu hoje em Coimbra, no Lar Domus Vitae, o artista plástico Mário Silva.
A cremação será no Complexo Funerário da Figueira da Foz.
Mário Silva, escreveu quem o conheceu e percebe do assunto, "foi um dos maiores artistas portugueses do século XX e um espírito livre. Um artista excêntrico, obstinado, anárquico e contestatário. Nunca obedeceu a qualquer corrente. Assumiu um estilo independente e, não obstante, “conseguiu vingar” - o que, neste país, é obra!
Fora disso, foi uma espécie de duende folgazão.
Gostava de cães, de mulheres, de vinhos (tintos), de amigos e da arte (não necessariamente por esta ordem." 
Condolências à família.

Gestão do campo de futebol sintético da freguesia de S. Pedro: uma pergunta a quem de direito

Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro:
1.Este campo de futebol sintético, como sabe muito melhor do que eu, foi feito com dinheiros públicos pelo executivo da Junta de Freguesia de S. Pedro, no final do último mandato de Carlos Simão.
2.Este campo de futebol sintético, neste momento, como sabe muito melhor do que eu, com dinheiros públicos, está a sofrer obras para passar a ter iluminação e a poder ser utilizado em horários nocturnos, que é quando as crianças estão disponíveis para a prática desportiva extra escolar.
3.Este campo de futebol sintético é propriedade da Junta de Freguesia de S. Pedro.

Pergunto ao Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro:
Vai a Junta de Freguesia de S. Pedro, numa estrutura desportiva, de que foi a única empreendedora e de que é a única proprietária, permitir e autorizar que uma sociedade desportiva, com objectivos puramente comerciais (o pagamento de uma jóia de inscrição e 40 euros mensais não está ao alcance de muitas bolsas dos pais na Cova e Gala...), passe a explorar esta estrutura, criada e financiada por dinheiros públicos, para em primeiro lugar, fomentar o desenvolvimento físico e desportivo da juventude covagalense?

Nota de rodapé.
A Junta de Freguesia de S. Pedro é a única entidade que, neste momento, pode ainda evitar hipotecar o futuro que esta  mais valia - que é esta infra-estrutura desportiva - representa para juventude covagalense.
A cedência, a concretizar-se, entre o Grupo Desportivo Cova-Gala, a sociedade comercial desportiva que vai explorar as instalações da Junta de Freguesia de S. Pedro, necessariamente, só poderá acontecer com a anuência e autorização da entidade pública que é a autarquia de S. Pedro.
Como é claro, a Direcção do Grupo Desportivo Cova-Gala, a não ser que Junta de Freguesia de S. Pedro assim o autorize, não tem competência para ceder umas instalações que não são sua propriedade, por cinco anos, a uma entidade privada
Aqui, como é óbvio, há um problema de legalidade, com o conceito desta parceria pública local, e não apenas dificuldades contornáveis de gestão e implementação.
A meu ver, a Direcção do Grupo Desportivo, legalmente não tem competência para assinar um contrato de cedência dumas instalações que são propriedade da Junta de Freguesia de S. Pedro, que o mesmo é dizer da população da Cova e Gala.

O "pequeno" problema de Passos...

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

A "velhinha" Ponte dos Arcos...

A ponte já não existe. Mas, continua a ser uma bela fotografia.
Na Gala, como se pode ver, ainda nem existia a “malfadada” marginal que veio destruir a zona ribeirinha, a que dava identidade ao burgo piscatório.
Na época, a Ponte dos Arcos ainda não estrangulava o trânsito.
Porém, isso na altura já acontecia na antiga estrada 109, no percurso entre a Gala e a cidade da Figueira, mas era mais a norte, na ainda mais “velhinha” e já também demolida Ponte da Figueira, a que ligava o restaurante “Covil do Caçador” ao Posto da Polícia (ai que saudades, ai, ai!..).
Depois, veio a nova, moderna e airosa Ponte da Figueira, que passou o estrangulamento de trânsito para a Ponte dos Arcos...
Principalmente na chamada “época alta” – Junho, Julho e Agosto... – e nos dias de peregrinação a Fátima, eram filas, arreliadoras e intermináveis de todo o tipo de veículos, a entupir o acesso à Freguesia de S. Pedro, onde está o Hospital Distrital, o Porto de Pesca, a Zona Industrial...
Não podemos, porém, é esquecer os altos serviços prestados pela desaparecida Ponte dos Arcos, que continua na memória de muitos covagalenses como um dos ex-líbris de S. Pedro, modelo de arquitectura simples mas elegante, que emprestava ao Mondego, naquele local, um toque de especial beleza, qual moldura ondulante de fino porte, agradável à vista e de harmonioso perfil panorâmico, que tantas saudades deixou naqueles que viam nela uma importante referência paisagística.
A foto, do meu ponto de vista, dá uma ideia precisa que ilustra esta mensagem de saudade de quem, ao longo de várias décadas, todos os dias, teve de fazer a travessia do Mondego pela Ponte dos Arcos.
No envelhecimento há coisas que custam. Vermos desaparecer locais e coisas onde fomos felizes, que marcaram o percurso já percorrido, dói no mais fundo de nós. Arranha-nos a alma.
Este assomo de nostalgia tem a ver com o desaparecimento da Ponte dos Arcos. Mas, não só...

Os transportes colectivos na Figueira...

Dizem que Ingvar Kamprad, fundador do IKEA, se desloca de autocarro sempre que pode e dorme em pensões quando viaja para negócios. 
Nos Estados Unidos não é incomum vermos celebridades no metropolitano. 
Vários políticos europeus lideram pelo exemplo, na bicicleta ou no eléctrico.
Na Figueira anda-se de popó... 
Os políticos figueirenses, responsáveis pelo assunto, devem ter tanta vontade de conhecer "in loco" o serviço público de transportes que prestam aos habitantes como de embarcar num vagão de gado a caminho de Auschwitz.
O que os olhos não vêem o coração não sente, lá diz o povo nos próprios transportes em que é largado ao abandono.
Porque não se fala disto no facebook?.. 

... e se parassem para pensar?..



Um juiz do país real...

imagem sacada daqui
... "mais um modelo de virtudes na linha do nosso ruralismo, é um traço característicos dos que se afirmam nos valores da pureza nacional, são sempre pobres, estudantes que começaram do nada, gente que bebeu as virtudes da mãe ou do avô que sempre viveu no campo, que não se prostituiu nos valores citadinos. Ainda há poucos anos venderam-nos a imagem da avó Prazeres de um tal Vítor Gaspar, mulher da Serra da Estrela, mas o neto acabou por fugir e arranjou um tacho em Nova Iorque. Agora temos mais um modelo de virtudes e não tardará muito para se ouvirem vozes a indicá-lo um grande futuro na Presidência."

Nota de rodapé.
Não tem nada que saber:  o "saloio de Mação" a Presidente!" 
Evidentemente, que depois de Marcelo...

Temos que nos consciencializar, de uma vez por todas, que a poluição deu cabo da qualidade de vida na nossa cidade e arrabaldes...


Temos que nos consciencializar, de uma vez por todas, que a poluição deu cabo da qualidade de vida na nossa cidade...

Conforme pode ser lido hoje no jornal AS BEIRAS, com chamada de primeira página e tudo, dando voz à concessionária de água e saneamento do concelho, Águas da Figueira, os "odores de esgotos na Ponte do Galante vão ser eliminados"...
Tarefa muito difícil, digo eu...
A foto à direita, é dos anos sessenta do século passado. Recorda as casas que ocupavam o espaço onde foi construído o hotel, na foto da esquerda, e que tanta polémica provocou... Numa avenida junto ao mar, dos prédios de primeiro andar, passou-se para um  edifício com 16 pisos. Quem manda na Figueira, pôde. Ponto final.

A não esquecer a fita que continua em exibição no mesmo local: Galante – a Farsa – Retrato de incultura urbanística.
Há imagens que ficam para sempre.
E fica-nos na memória porque são de uma subtileza enorme. Tudo sugerem...
E é precisamente aí que reside o enorme poder de fixação que provocam em todos os que recordam esta fita.
Na verdade, para quem costuma estar atento ao pulsar da Figueira ao longo dos tempos, impossível esquecer esta imagem. 
Tornou-se numa imagem de marca da Figueira, pós 25 de Abril, a que não podemos fugir, pois ela impõe-se-nos de uma forma incontornável... 
Seria imperdoável não lhe prestarmos a atenção devida.

Respeitosamente...

Anónimo, nessa condição, não esperes diálogo... 
O teu comentário foi apagado, porque isto não é uma espelunca...
Queres comentar, faz favor de ser educado. E se o alvo da tua falta de educação for o dono do blogue, pior ainda.
A casa é minha e todos estão convidados, mas quem vem aqui para insultar anonimamente o dono da casa é posto na rua.
Queres insultar-me, és livre de o fazer... Claro que, para isso tens que deixar de te esconder por trás dessa cobarde capa do anonimato.
Aplicam-se aqui as mesmas regras de civilidade do mundo real. Se não as aprendeste, não vou ser eu que tas vou ensinar. Limito-me a não publicar os teus comentários.
Quero, portanto, e cordialmente que vás dar uma volta ao bilhar grande...  
Lembra-te: o tempo e a objectividade são um bem escasso.
E, a verdade, é que a maior parte do que por aí se escreve, como comentário anónimo, é puro lixo e desinteressante...
Portanto, não dá para perder tempo...