quinta-feira, 30 de junho de 2016

A pontaria de Cavaco...

A Polícia Judiciária deteve, esta quinta-feira, Diogo Gaspar, director do Museu da Presidência da República. Há mais de 10 anos à frente da instituição, Diogo Gaspar é suspeito de crimes de corrupção, peculato e participação económica em negócio.

Nota de rodapé.
Numa terça-feira, dia 16 de fevereiro de 2016, Diogo Gaspar foi condecorado pelo Presidente da República Cavaco Silva com o grau de Cavaleiro da Ordem de Santiago.
Foi o reconhecimento pelo trabalho prestado por Diogo Gaspar, no Museu da Presidência da República desde o seu início, em 2001.

Santareno, um escritor da Faina Maior

Há algo de Ano Santareno, que não deveria passar despercebido ao vereador da Cultura da Câmara Municipal da Figueira da Foz, neste 2016 em que a reedição de um livro, uma exposição documental e dois projectos de teatro tocam o universo denso, tenso, e trágico, da obra do dramaturgo fundeada na sua experiência pessoal, enquanto médico, na Faina Maior.

O Museu Marítimo de Ílhavo associou-se à reedição da obra “Nos Mares do Fim do Mundo”, de Bernardo Santareno. Esta edição, construída em parceria com a editora e-Primatur, está inserida num projecto cultural mais amplo a que se junta uma exposição, intitulada “Bernardo Santareno, um médico na frota bacalhoeira” e uma peça de teatro de comunidade intitulada “O Lugre - Projecto de Teatro Comunitário”, dirigida pelo encenador Graeme Pulleyn.

O livro chegou há dias, como navio fantasma que ninguém esperasse, pintado de fresco, e mais carregado. E nele regressam Artur Braga, que bebeu o sangue de um cão para não enlouquecer de sede após dias à deriva no mar; Zé Pinto, que se sonhou nas profundezas do oceano, horas antes de desaparecer para sempre, nas águas geladas da Gronelândia; e Rosa Bailão, que, reza a lenda, atirou foguetes para celebrar a chegada de um lugre bacalhoeiro onde afinal já não vinha o seu homem. Nele voltamos a reencontrar também os verdes, aprendizes de pescadores impreparados para lidar com o amor e com a morte, e maduros, como Ti Zé Caçoilo, que, longe dos seus amores, a enfrentaram, à morte, sozinhos nos seus botes, dezenas de vezes e viveram para contá-lo a um médico e escritor que navegou com eles, e com as suas histórias, Nos Mares do Fim do Mundo.

O livro de crónicas escrito por Bernardo Santareno* em 1959 tem uma nova edição, aumentada com dois textos e fotografias inéditas, levada ao prelo pela E-primatur, com o apoio do Museu Marítimo de Ílhavo, num ano em que uma exposição, e dois projectos de teatro comunitário, seguem a corrente do labor do dramaturgo em torno da Faina Maior. Essa saga que mobilizou um Estado, e milhares de portugueses, durante a ditadura, mas a que poucos escritores prestaram atenção, transformando Os Mares do Fim do Mundo, e a peça que, a partir desta obra, Santareno haveria de publicar no mesmo ano de 1959, O Lugre, numa dupla de textos excepcional pela coragem com que o dramaturgo se atirou a uma leitura da pesca do bacalhau nada condizente com o rumo traçado pela propaganda Salazarista.  

Nota de rodapé.
* Bernardo Santareno é o pseudónimo literário de António Martinho do Rosário (1920 - 1980), considerado o maior dramaturgo português do século XX.
Licenciou-se em medicina em 1950 e entre 1957 e 1959 exerceu actividade médica junto da frota bacalhoeira portuguesa na Terra Nova. 
Esta experiência deu origem a uma colecção de textos escritos em pequenos blocos de notas e que mais tarde resultariam no “Nos Mares do Fim do Mundo - Doze Meses com os Pescadores Bacalhoeiros Portugueses, por Bancos da Terra Nova e da Gronelândia”  também estiveram na origem de duas das suas mais famosas peças: O lugre e a A promessa.
Bernardo Santareno iniciou-se na escrita como poeta sendo os seus três primeiros livros colecções de poesia. 
A partir de 1957, o teatro foi registo de eleição, tendo escrito 15 peças.
António Martinho do Rosário, nascido em Santarém e médico de formação, era o nome verdadeiro de um dos maiores dramaturgos portugueses do séc. XX - Bernardo Santareno

Miradouro da Bandeira

foto António Agostinho
Fica no lado norte da Serra da Boa Viagem, a cerca de 258 metros. 
A elevação deste penhasco proporciona grande amplitude visual. 
Em dias claros e límpidos, pode  avistar-se toda a costa desde Quiaos (logo abaixo) até Mira (lado norte) e mais além.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Informação alternativa

Para aceder, clicar aqui.

"... os passadiço estão impraticáveis, não permitindo a fruição e a acessibilidade pedonal entre a praia do hospital e do Cabedelo. Muitos visitantes, por impossibilidade de estacionamento em qualquer dos parques, acabam por regressar. Quem fica com vontade de lá voltar?"

Nota de rodapé.
Não podia deixar passar em claro mais esta análise lúcida de Daniel Santos
Tudo já tinha sido dito.
Contudo, uma vez que ninguém escuta é preciso dizer de novo...

Hoje, pelas 21H30 no CAE

Valha-nos a música, que permite abstrair de todo o lixo que por aí circula. Que merda se passa com as pessoas?..

No  vídeo a cantora ZAZ aparece sem rede, na rua, exposta, cantando apenas com dois dos seus músicos uma canção do seu primeiro CD. 
Uma força da Natureza, incapaz de ficar quieta, tentado cantar e fazer de orquestra ao mesmo tempo. Simplesmente fantástico...

terça-feira, 28 de junho de 2016

Que tarde bem passada...

Na sessão da Assembleia Municipal, realizada no passado dia 29 de abril, preocupado com o que se estava a passar com o então anunciado encerramento do posto médico da Cova Gala - na altura tinha o fim anunciado e o encerramento formalizado -  fiz uma uma intervenção que, do meu ponto de vista, lamentavelmente, não foi escutada nem pelo senhor presidente da câmara nem pelo senhor vice-presidente, que é, ao mesmo tempo, vereador do pelouro da saúde.
Na sequência da minha intervenção gerou-se alguma celeuma em torno das ausências acima mencionadas, o que não era de todo, a minha intenção nem o meu objectivo.
O meu objectivo e a minha preocupação, era - e continua a ser - simplesmente este.
Neste momento, o posto médico da Cova Gala, depois do recuo que se verificou na intenção de encerramento para 2 de maio passado, está a funcionar apenas até às 13 horas.
Olhos nos olhos, com verdade, sem demagogia, claramente, gostaria que o senhor presidente da câmara, dr. João Ataíde,  esclarecesse o que vai acontecer, realmente, no futuro - isto é,  para além de Novembro de 2017, ao Posto Médico da Cova e Gala.
Todos sabemos que para justificar uma super estrutura, como é o Centro de saúde de Lavos, com o potencial que tem, necessita de 8 a 9 mil utentes!..

Como cidadão, tenho o direito de tentar saber a estratégia que a Câmara da Figueira tem definida no que concerne à política de saúde definida para o concelho. 
Hoje, realizou-se nova sessão da Assembleia Municipal.
Como não obtive resposta à minha preocupação - que se mantém -  tentei inscrever-me para poder usar da palavra, cumprindo as regras impostas aos cidadãos.

Porém, não consegui usar da palavra na sessão da Assembleia Municipal realizada hoje. 
Na altura, interpelei o senhor presidente da Assembleia Municipal, que me informou que não estava inscrito.
Algo de estranho se terá passado, como demonstro pela documentação acima.

Nota de rodapé.
Todos passamos na vida, por uma vez ou outra, por situações constrangedoras de que nunca mais nos esqueceremos. 
Umas, recordamo-las com gozo. 
Outras, nem queremos ouvir falar delas, tal foi o incómodo que sentimos na altura! 
Quem me conhece sabe que sou totalmente avesso a formalismos. 
É claro que não ponho os pés em cima das mesas!
Avesso a formalismos não equivale a ser-se primitivo. 
Gosto de ser natural, quanto o viver em sociedade mo permite...
Acho que fui suficientemente claro.
E hoje, confesso, que me fartei de gozar...
Quem me conhece, sabe que sou mesmo assim: não deixo para amanhã o que posso gozar hoje.

Hoje, pelas 15 horas, reúne a Assembleia Municipal da nossa cidade

Nota de rodapé.
A Ordem de Trabalhos pode ser lida clicando aqui.

Nunca embarco em profissões de fé...

Pode levar a  ignorar o óbvio, pelo menos enquanto o peso de toda a evidência não nos esmaga a ignorância. 
Atenção, atenção, muita atenção...

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Confirmou-se:

A Inglaterra saiu mesmo do Euro...

Figueirenses: se o futuro depende de sonhos, continuem a dormir...

Nota de rodapé.
Basta de realidade. Venham mais sonhos.

Como sabemos, a Figueira é um concelho de topo...

Para ler melhor, clicar na imagem.
Nota de rodapé.
A continuada consagração de 2 partidos - PS e PSD - no topo da predilecção dos figueirenses, é a consagração da sodomização de um concelho durante 40 anos...

Jornalismo

Por causas desconhecidas, os jornais em Portugal nunca ou quase nunca se definem como de esquerda ou de direita, como apoiantes deste ou daquele partido, como defensores desta ou daquela solução de Governo. Há um mito de independência. E usam uma fórmula relativamente simples. Têm artigos de opinião de gente de várias frentes, quando pedem comentários, pedem-nos de forma mais ou menos distribuída, e estabelecem as suas verdadeiras preferências editoriais por via dos títulos de primeira página, de "fugas" de informação seleccionadas, ou da escolha das notícias. Quem diz os jornais, diz também as televisões. Todavia, quem pensa nestas coisas ou sobre elas conversa, sabe (para falar só de Lisboa) que o "Expresso" é próximo do PSD, de um velho PSD, talvez, que o DN actualmente também, que o "Observador" é do PSD de Passos Coelho - e acho que só estes é que contam. O "Correio da Manhã" pertence a outra história mas, se fosse metida nesta, estava do mesmo lado. Nas televisões, a SIC é o "Expresso" e a TVI, que já foi "socialista" por via da influência do seu antigo dono espanhol, antes de ser comprada por um "fundo", está agora próxima do PSD de Passos ou de quem lhe vier a seguir. Ora, no meio disto tudo, havia um sobrevivente com alguma inclinação à "esquerda", o "Público", mas também esse agora passou para o lado de lá, coisa que já se vinha desenhando mas que se tornou definitiva com o anúncio do nome do novo director. O jornalismo em Portugal está todo do lado da "direita", do lado do PSD, do PSD mais recente. Felizmente, o Governo é de esquerda, caso contrário o país estaria muito esquisito mesmo. Claro que eu posso dizer estas coisas e nenhum político o pode, sobretudo se estiver no poder ou próximo dele, e ainda bem que nenhum importante o disse até agora. Encurtando razões, porque é que isto é importante? Naturalmente, porque a imprensa deve ser mais equilibrada (e mais transparente). Mas também porque mostra a tacanhez dos empresários portugueses. À direita, há sempre dinheiro para investir ou, em alguns casos, para perder, em jornais. À esquerda, não. É uma visão limitada da vida política nacional e perigosa, mesmo para eles. Não será fácil ser jornalista neste pequeno mundo. O que fazer? Não faço a mínima. 

Pedro Lains

domingo, 26 de junho de 2016

Morreu João de Almeida, um grande desportista figueirense

foto sacada daqui
João de Almeida foi um grande senhor do desporto figueirense.
Muito obrigado por tudo João. Muito obrigado mesmo. 
Sobretudo, pelos momentos que me proporcionaste como jogador, quando na minha adolescência te ia ver jogar ao pelado do Bento Pessoa.
Muito obrigado por tudo João. Muito obrigado mesmo. 

João Almeida foi uma figura de referência da Naval 1º de Maio, onde desempenhou as mais diversas funções desde atleta a dirigente.
Porém, como grande desportista que foi, recordo o apoio que também deu ao Grupo Desportivo Cova-Gala, na década de 90 do século passado - foi treinador, mas sobretudo um Amigo de um Clube que o recebeu de braços abertos e onde ficou a ser mais um adepto e sócio.
Recordo os anos de convívio quase diário que mantive com o João, nessa altura: ele como treinador e eu como membro da Direcção.
Muito obrigado por tudo João. Muito obrigado mesmo. 

O corpo de João de Almeida repousa em câmara ardente a partir das 10h00 de amanhã, segunda-feira, no Centro Funerário Oliveira.
O funeral realiza-se pelas 15h00 para o Cemitério Setentrional (junto ao convento da Ordem Terceira).
A toda a família sentidas condolências.

E os figueirenses não sabem disso?..

Manuel Monteiro, antigo líder do CDS/PP e da Nova Democracia, em entrevista ao jornal AS BEIRAS.

Venha daí a Polónia...

«Foi um jogo onde fomos felizes, mas merecemos» – disse Fernando Santos no fim do jogo.

Eu vi o jogo.
Gostei da cerimónia preliminar. 
Gosto do início destes jogos. Sobretudo, quando se toca o hino nacional. Sorrio porque alguns dos nossos maiores craques não sabem a letra, mas entendo as dificuldades porque muitos passaram e o pão que o diabo amassou que muitos tiveram que engolir para estar ali, ontem. 

Continuo a gostar do futebol jogado dentro das 4 linhas que delimitam o campo.
Fintados pelos políticos, continuamos a precisar dos nossos jogadores para correr, fintar, chutar e marcar.
Ontem, tivemos um momento de felicidade. 
Foi um jogo muito duro, difícil e muito equilibrado. 
Existiu equilíbrio, no fim desequilibrado para a Croácia . 
Desta vez, perto do fim fomos felizes.
Espero que já tenha passado o excesso de confiança que penso ter notado nas partidas anteriores.

É aqui que o futebol faz toda a diferença. Pode quem quiser dizer que é manobra de diversão para tapar o sol da desgraça com a peneira do patriotismo, mas ontem não dei por isso.
Ontem, perante tantas dificuldades e tanta garra e entrega que vi em certos jogadores - tal como esperava, Adrien foi disso o exemplo maior... - dei por mim a torcer e a vibrar por eles, pela selecção finalmente de todos nós. 
"…Que há-de guiar-te à vitória!".

Ganhámos o acesso aos quartos de final.
Contudo, este Portugal- Croácia, não foi uma grande partida de futebol.
Este jogo, foi o que tem sido o Euro 2016. 
Duas selecções a arriscarem muito pouco e o encontro a tornar-se enfadonho desde os primeiros momentos.

Neste momento, sobre a nossa selecção está tudo inventado.
Espero que o Fernando Santos, o engenheiro, não faça mais projectos de equipa.
Senhor engenheiro: contra a Polónia é a defesa de ontem, o meio campo do Sporting mais o Renato Sanches, e os 2 do costume na frente...
E depois entra o Quaresma...

sábado, 25 de junho de 2016

As marchas de S. João na Figueira...

Para ver melhor as fotos, basta clicar na imagem
 "O meu conhecimento sobre MARCHAS POPULARES, é tão rudimentar que roça de perto a total ignorância. 
Assim agradeço a quem me consiga explicar, como se eu fosse ainda mais burro, como é que uma marcha que:
- NÃO TEM a melhor COREOGRAFIA
- NÃO TEM os melhores TRAJES
- NÃO TEM os melhores ARCOS e, 
- NÃO TEM nem o melhor "CAVALINHO"
como é possível ganharem o prémio de MELHOR Marcha de S. João 2016
Tenho algumas perguntas que, devidamente respondidas, poderão ajudar-me a entender. 
1 - Que raio de merda beberam os jurados ao jantar? 
2 - Qual "o apito que tocam" os jurados, na sociedade figueirense?
3 - Quem escolheu os elementos do júri e baseado em que critérios. 
4 - Será coincidência, que a foto que serviu ONTEM, para ilustrar a notícia sobre o S. João da Figueira da Foz, e a marcha ENTREVISTADA ONTEM, durante uma reportagem da SIC, seja a mesma marcha que venceu hoje? 
5 - Quais os CRITÉRIOS usados para justificar a decisão final que tem tudo para ser uma enorme injustiça?


Espero sinceramente que alguém BEM INFORMADO e "com eles no sítio" tenha a elegância de me esclarecer, para eu DEIXAR de ACHAR, que tudo isto não passou de uma ENORME SACANICE
Orlando Oliveira 
Vila Verde — a sentir-se chateado ..."

Nota de rodapé...
As Marchas Populares contam, todos os anos, com o esforço, dedicação e a participação de centenas de figueirenses na elaboração e concretização dos desfiles, proporcionando espectáculos de música, colorido e alegria aos milhares que habitualmente assistem às coreografias, na noite de S. João, na avenida e, depois, no Coliseu.
Por conseguinte, o mínimo que será sempre exigível é haver sempre VERDADE/TRANSPARÊNCIA/IGUALDADE E IMPARCIALIDADE na classificação que determina o vencedor anual.
Porém, ano após ano, quem é marchante, organizador, staff entre outros envolvidos e que dão o seu contributo em prol da organização, no final ficam com a sensação que  o seu trabalho não é dignificado pela entidade organizadora.
Porque será?
Será porque o actual modelo de classificação tem que ser revisto pois apresenta falta de transparência quanto aos critérios de avaliação?
Será porque, ano após ano, existe a suspeita de que existe atribuição de classificações "viciadas"?

Seja pelo que for, isso tem levado à desistência de muitos marchantes que davam corpo a marchas que poderiam continuar a participar e já não participam.
Por outras palavras: aos poucos foi-se "matando" uma das tradições do S. João da Figueira. 
Para mim, que ainda percebo menos sobre este assunto que o Orlando Oliveira, não há nada mais para reflectir nem a dizer: tal como está, está mais do que provado que este modelo de animação da noite de S. João, na Figueira, faliu há muitos anos.