terça-feira, 11 de agosto de 2015
UMA FEIRA ONDE A TERRA SE ACABA!..
A Freguesia de S. Pedro foi fundada em 1985.
A emigração dos covagalenses, sobretudo para os Estados Unidos, tem mais de 100 anos.
Nesta notícia, que fala sobre um certame que visa mostrar "as artes, ofícios e tradições" locais, nem uma vez aparece o nome do núcleo habitacional que deu origem a tudo: Cova e Gala.
O jornalista é o menor dos culpados.
Quem não conheça o nosso passado, ao entrar pela porta grande na Aldeia, fica por saber que está na Cova e Gala. Isto é grave: mexe com os sentimentos mais profundos dos descendentes dos ílhavos que ainda cá moram.
A verdade, neste momento, é que embora real, porque existiu, existe, vive e pulsa, Cova Gala parece não ter tido passado, nem presente para quem foi o mentor da elevação a Vila de S. Pedro e não Cova e Gala - como deveria ter sido, por respeito ao passado e ao sentir dos descendentes dos ílhavos que fundaram, primeiro a Cova e, cerca de 40 anos depois, a Gala.
A Cova Gala ainda não está morta - apesar de não ter monumentos edificados com o nosso dinheiro em sítios privilegiados e estratégicos - mas corre esse risco no futuro.
Fica o registo, para memória futura: muito embora sem nome no mapa, nem monumentos, a Gala está bem situada. Fica do lado sul da foz do Mondego. E, como as terras que seguem um rio até ao mar, é um prolongamento do Cabedelo – ou seja, aquele cabo de areia que se forma à barra dos rios. O lugar, chama-se Gala. É uma aldeia de pescadores.
Ao fundo e antes das dunas, que a separam do grande areal da praia, junta-se intimamente – quer dizer: sem uma nítida separação – a um lugar que tem o nome de Cova. Os dois lugares estão ao mesmo nível – o das águas do mar - e formam a Aldeia.
Na melhor das hipóteses, perdeu-se a noção do valor que é o respeito por mais de 200 anos de história.
O mais caricato, é que tudo isto seria cómico se não fosse ofensivo à memória colectiva da minha Terra - a Cova Gala.
Sabemos que a cultura - não gastronómica - não é o forte dos homens das obras de São Pedro.
Não haverá ninguém com responsabilidades autárquicas, que ultrapasse este estado intelectual primitivo e tenha o bom senso de inverter o rumo que nos conduziu a estes desmandos, cada vez mais visíveis a olho nu?
A emigração dos covagalenses, sobretudo para os Estados Unidos, tem mais de 100 anos.
Nesta notícia, que fala sobre um certame que visa mostrar "as artes, ofícios e tradições" locais, nem uma vez aparece o nome do núcleo habitacional que deu origem a tudo: Cova e Gala.
O jornalista é o menor dos culpados.
Quem não conheça o nosso passado, ao entrar pela porta grande na Aldeia, fica por saber que está na Cova e Gala. Isto é grave: mexe com os sentimentos mais profundos dos descendentes dos ílhavos que ainda cá moram.
A verdade, neste momento, é que embora real, porque existiu, existe, vive e pulsa, Cova Gala parece não ter tido passado, nem presente para quem foi o mentor da elevação a Vila de S. Pedro e não Cova e Gala - como deveria ter sido, por respeito ao passado e ao sentir dos descendentes dos ílhavos que fundaram, primeiro a Cova e, cerca de 40 anos depois, a Gala.
A Cova Gala ainda não está morta - apesar de não ter monumentos edificados com o nosso dinheiro em sítios privilegiados e estratégicos - mas corre esse risco no futuro.
Fica o registo, para memória futura: muito embora sem nome no mapa, nem monumentos, a Gala está bem situada. Fica do lado sul da foz do Mondego. E, como as terras que seguem um rio até ao mar, é um prolongamento do Cabedelo – ou seja, aquele cabo de areia que se forma à barra dos rios. O lugar, chama-se Gala. É uma aldeia de pescadores.
Ao fundo e antes das dunas, que a separam do grande areal da praia, junta-se intimamente – quer dizer: sem uma nítida separação – a um lugar que tem o nome de Cova. Os dois lugares estão ao mesmo nível – o das águas do mar - e formam a Aldeia.
Na melhor das hipóteses, perdeu-se a noção do valor que é o respeito por mais de 200 anos de história.
O mais caricato, é que tudo isto seria cómico se não fosse ofensivo à memória colectiva da minha Terra - a Cova Gala.
Sabemos que a cultura - não gastronómica - não é o forte dos homens das obras de São Pedro.
Não haverá ninguém com responsabilidades autárquicas, que ultrapasse este estado intelectual primitivo e tenha o bom senso de inverter o rumo que nos conduziu a estes desmandos, cada vez mais visíveis a olho nu?
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
A macrocefalia figueirense
Não vi, mas ao que me disseram, Maiorca passou na televisão,
num daqueles programas de entretenimento. Foram várias horas do habitual vazio artístico
e cultural que caracteriza a programação televisiva dos fins de semana.
O Concelho da Figueira, no geral, tem efectivamente pouco a mostrar, pouco de
que nos possamos orgulhar, mas, espero que não tenha passado apenas a miséria
cultural, económica e social habitual.
Espero que no programa transmitido em directo de Maiorca tenha sido dado o devido realce ao que merece e que tenha sido melhor ao que habitualmente
é: mais um dos meios de imbecilização
que asseguram a mediocridade cultural do País.
Espero que tenha sido mais que as habituais cantigas
brejeiras em sol e dó, uma mostra de uma caldeirada de enguias ou um arroz de
lampreia, artesanato em miniatura e a conversa boçal com as chamadas figuras típicas.
Ao que escreve Miguel Almeida, na sua crónica de hoje no jornal AS BEIRAS, a FINDAGRIM-Feira Comercial, Industrial e Agrícola de Maiorca, a única feira de actividades económicas do nosso concelho não tem sido apoiada, como merece, ao longo das 6 edições que foram realizadas, tanto pela autarquia figueirense, como pela ACIFF.
Algo continua podre no reino da Figueira...
Sporting vence Benfica e conquista primeiro troféu da época
Com um calor daqueles os treinadores suaram em bica.
Que raio estavam a fazer ali vestidos de fato e gravata?..
domingo, 9 de agosto de 2015
Ameaça irrevogável?..
Em tempo.
Paulo Portas tem tanto direito a participar nos debates,
como segundo partido minoritário duma
coligação, como eu…Se o CDS abdicou de ter voz, a escolha foi sua.
O abrupto
"No dia em que se fizer a história da blogosfera portuguesa, há um blogue que será sempre incontornável: o abrupto. Há anos que Pacheco Pereira nele escreve persistentemente, sem qualquer receio dos ódios que gera, principalmente no seu próprio partido. Raras vezes estou de acordo com ele, mas aprecio imenso a profundidade das suas análises e a sua incansável luta pelas ideias que defende.
Recordo especialmente um momento célebre desse blogue: aquando da escolha desastrada de Santana Lopes para Primeiro-Ministro, Pacheco Pereira limitou-se a publicar uma frase no abrupto: "Pobre país… o nosso". A frase teve honras de notícia nas televisões e marcou para sempre o governo de Santana Lopes, conduzindo-o depois ao patético episódio do discurso sobre o bebé na incubadora. Nessa altura se viu o efeito que o abrupto poderia causar.
Devido à sua influência, Pacheco Pereira e o abrupto são frequentemente alvo de ataques na blogosfera. Não lhe causam danos de maior. Pacheco Pereira tem a pele dura e sabe que uma voz livre tem sempre mais influência do que as habituais vozes do dono. Precisamente por isso, foi recentemente objecto de um ataque ainda mais soez que passou pela colocação de falsos cartazes, exibindo-o com uma metralhadora na mão, como um putativo candidato radical às presidenciais. Pacheco Pereira publicou o cartaz no abrupto, e seguramente o mesmo não deixará de integrar o seu precioso arquivo, como mais um exemplo da guerrilha política no séc. XXI.
Só tenho pena que ultimamente a actualização do abrupto não esteja a ocorrer com a frequência que merecia. Mas todos os dias blogues nascem e morrem e o abrupto permanece."
"Já o Sócrates dizia que a sua sabedoria era limitada pela sua própria ignorância"…
Em tempo.
Há cada Mauro Xavier lá
pelo PSD Lisboa!..
Qualquer presidente de concelhia, mesmo um jotinha, deveria saber politicamente
o mínimo: até em Lisboa, uma Câmara
Municipal não tem competência para conceder, ou retirar, confiança política a
um eleito para uma Junta de Freguesia.
É tão simples: são órgãos autárquicos diferentes! Eleitos em
listas diferentes!O fracasso do planeamento das potencialidades da Figueira
João Vaz, consultor de ambiente, na sua habitual crónica ao sábado no jornal AS BEIRAS.
"Verifica-se na Europa que as cidades prósperas apresentam um centro pedonal vivo onde a lógica do automóvel omnipresente é subvertida e as zonas periféricas estão cheias de espaços verdes. A tendência é minimizar o espaço concedido às ruas, estradas e estruturas de suporte ao automóvel, limitando-as.
Neste aspecto, a Figueira fracassou: os espaços à beira-rio/mar são consagrados ao automóvel, do Cabo Mondego à Gala. Nas praias e dunas, foram construídas estradas. Destruiu-se a paisagem natural que caracterizava a Figueira em troca de “vias de acesso rodoviárias e marítimas”. O actual poder autárquico (PS) persiste na ideia do automóvel enquanto “medida de todas as coisas”. O que se comprova pela forma como continuam a ser feitos os passeios e o desprezo pelas vias ciclísticas e pedonais. Infelizmente, a oposição (PSD, CDU) não pensa de forma alternativa."
"Verifica-se na Europa que as cidades prósperas apresentam um centro pedonal vivo onde a lógica do automóvel omnipresente é subvertida e as zonas periféricas estão cheias de espaços verdes. A tendência é minimizar o espaço concedido às ruas, estradas e estruturas de suporte ao automóvel, limitando-as.
Neste aspecto, a Figueira fracassou: os espaços à beira-rio/mar são consagrados ao automóvel, do Cabo Mondego à Gala. Nas praias e dunas, foram construídas estradas. Destruiu-se a paisagem natural que caracterizava a Figueira em troca de “vias de acesso rodoviárias e marítimas”. O actual poder autárquico (PS) persiste na ideia do automóvel enquanto “medida de todas as coisas”. O que se comprova pela forma como continuam a ser feitos os passeios e o desprezo pelas vias ciclísticas e pedonais. Infelizmente, a oposição (PSD, CDU) não pensa de forma alternativa."
Foto de António Agostinho: o Cabedelo em Agosto |
sábado, 8 de agosto de 2015
Presumo que todas as gerações se julgaram capazes de construir um Portugal mais justo e melhor. A geração actual sabe que não poderá fazê-lo. A sua tarefa é maior: consiste em impedir que esta gente desfaça completamente o Portugal de Abril.
Em tempo.
1. Esta “carta de amor", é politicamente miserável, hedionda, no plano ético, e está tão mal escrita, que até é penoso lê-la.
2. “Propôr” não existe.
Com ou sem acordo ortográfico a palavra não tem acento. Escreve-se assim: propor.
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
A Figueira tem algo a agradecer a este jovem...
"ALERTA COSTEIRO 14/15, concluída mais uma etapa de uma história triste, mas com um final feliz...
ALERTA COSTEIRO 14/15 goza apenas da liberdade e responsabilidade que se exige a um fotojornalista, fotógrafo freelancer! Um fotojornalista, fotógrafo freelancer "controlado" é um olhar limitado!..
ALERTA COSTEIRO 14/15 goza apenas da liberdade e responsabilidade que se exige a um fotojornalista, fotógrafo freelancer! Um fotojornalista, fotógrafo freelancer "controlado" é um olhar limitado!..
Até dia 23 de Novembro, obrigado a vocês 500 jornais 500 árvores é uma realidade!"
Em tempo.
Quando, por aí, tantos falam no medo que tomou de assalto a nossa sociedade, um jovem
ergueu a voz e deu-nos um exemplo concreto do que é ser verdadeiramente livre,
corajoso e defensor das liberdades. Foi um belo exercício de cidadania e uma lição para os que
fazem do medo a bandeira das suas vidas.
Mais do que uma denúncia foi a clara e cristalina demarcação
deles.
O sonho comanda os passos do Coelho…
Em tempo.
Para quem tem dificuldades em ver o óbvio, fica a tradução (sou muito mau a desenhar).PS: grandes cartazes!..
“Ficou desempregada no tempo de Sócrates”!.. |
“Está a trabalhar a recibos verdes desde 2011”!.. |
A metade inicial de 2011 teve o Governo de José Sócrates à frente do país!..
Querem ver que o PS pretende provar que o deputado João Almeida - o tal que disse que "sem mentir não se ganham eleições"... - está enganado!..
Dois jovens da Cova Gala
Pedro Rodrigues: O jovem que aprendeu “(A)mar” as palavras
Pedro Agostinho Cruz: Um fotojornalista, fotógrafo freelancer "controlado" é um olhar limitado!..
A edição de hoje do jornal AS BEIRAS refere dois jovens da Cova Gala que se destacam pela positiva: Pedro Rodrigues, é escritor. Pedro Agostinho Cruz, é
fotojornalista.
São dois jovens que conheço bem. Com a liberdade de que dispõem, neste Portugal de Abril,
poderão ir até onde a sua capacidade de trabalho e ambição os quiser levar.
Pertencem a uma época privilegiada: nasceram e cresceram num País livre.
Pertencem a uma época privilegiada: nasceram e cresceram num País livre.
Não esqueço os meus 20 anos e o mundo que então se abriu para mim e as marcas que
ficaram para sempre agarradas à minha pele, gravadas a fogo na minha memória
pelo 25 de Abril de 1974, nem as pessoas
excepcionais com as quais vivi esse sonho inigualável que foi a reconquista da
Liberdade pelo meu País.
A partir daí, a minha consciência de homem livre fez-me ver o valor de preservar a capacidade de não me
deixar esquecer ou ter medo.
A Liberdade tem de ser cuidada, para que nunca se cumpra o
receio que Jorge de Sena, um dia, expressou nos seus versos: "Liberdade,
liberdade, tem cuidado que te matam."
Quando se chega aos 60 recordamos aqueles que fomos perdendo
pelo caminho.
Ao lembrar o percurso que fui trilhando, dou conta de que ainda
sobra um pavio de energia por consumir que
representa muita experiência, saber e força disponível em prol da defesa dos
valores da verdade, da liberdade e da democracia.
Acredito que uma geração mais jovem será capaz de erguer uma
nova esperança para a minha Terra. Sei que essa geração está a despontar,
dispensa paternalismos serôdios, espera somente que a deixem percorrer o seu
caminho.
O melhor que lhe podemos deixar como herança, são exemplos: a
persistente defesa dos valores da dignidade e dos verdadeiros valores da Cova
Gala, da valorização do trabalho honesto e competente, da demonstração prática
de que é possível singrar pelo mérito, da coragem de pensar o futuro sem esconder
nem renegar o passado histórico.
Espero que estes jovens covagalenses aproveitem para fazer o seu melhor.
Agora, em grande parte, tudo depende deles, do seu inconformismo e da sua capacidade e competência para concretizar as coisas.
Em nome do futuro, não se acomodem nem resignem!
Em nome do futuro, não se acomodem nem resignem!
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Habituem-se: até 4 de Outubro vai ser assim…
«Estamos hoje a lutar mais por Abril e pela liberdade do que em tantos anos se fez com muitos outros governos, e isso devemos à vontade dos portugueses», reivindicou Pedro Passos Coelho, na cerimónia de apresentação do
programa eleitoral da coligação PSD/CDS-PP, num hotel de cinco estrelas no
Parque das Nações, há uns dias em Lisboa.
Confesso a minha grande admiração pelo Passos, pelo Portas,
pelo ministro da economia, pelo Mota Soares, pelo Marco António, enfim, por
todos os que têm contribuído neste ciclo interminável da manipulação da realidade dos portugueses como se vê a olho nu no folhetim actualmente em exibição dos números do desemprego.
Não se estejam já a rir… Estes senhores têm todos uma característica em comum: são todos liberais,
isto é adeptos do mercado livre, pouco estado, pouca regulação…
Depois de cerca de 4 anos no poder, a menos de 60 dias de
umas eleições legislativas, face às condições reais em que vivem os portugueses, a contragosto têm de se preocupar em martelar
uma saída, não para o problema do desemprego, que alguns antropólogos, alguns sociólogos e mesmo meia dúzia de psicólogos (tudo
gente desprezível para este governo...) alertam que é um drama do caneco, mas,
para criar um conto de fadas que os conduza a uma saída feliz a 4 de Outubro
p.f.
Segundo consta há na
Figueira e noutros lugares sinistros e exóticos deste Portugal, crianças com
fome, pais deprimidos e velhos desesperados – tudo gente que não
partilha a euforia da psicologia positiva espalhada pela máquina de propaganda
dos iluminados deste governo.
Esses, tiveram o merecido castigo: as crianças ficaram na
fossa, os pais sem emprego e os velhos com a reforma com cortes....
Podemos estar mais tranquilos e satisfeitos até 4 de Outubro
p.f.: esta manhã a televisão não se cansa de dizer que a fabricada taxa de
11,9%, é um momento “histórico”!..
Tudo normal portanto...
É Agosto e a chuva vai tardar ainda a aparecer...
Entretanto, os media continuam a matraquear os portugueses
com a diminuição do desemprego em Portugal, que os atingidos não sentem, pois continuam a não encontrar emprego.
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