terça-feira, 11 de novembro de 2014

A propósito das reuniões à porta fechada na Câmara da Figueira...

"ninguém - fora os jornalistas - se queixa...", escreveu num comentário no facebook  o jornalista José Luís de Sousa.
Não é bem assim. 
Como a verdade é para ser reposta, cliquem aqui para conferir...

Fica a pergunta

O Senhor Presidente da República, Sua Excelência o Prof. Aníbal Cavaco Silva, apesar de se mostrar incomodado com o que andaram a fazer os gestores e accionistas da PT, já chamou a Belém um tal de Zainal Bava que Sua Excelência condecorou no passado 10 de Junho, alegadamente pelas excepcionais qualidades de  gestor e de serviços prestados ao país? 

Cuidado com a desatenção e dificuldades de memória ...

O PS – o de Seguro e, agora, o de Costa - tem “batido” no Governo, por causa do aumento dos impostos, mas aumenta os impostos em autarquias que dirige – atente-se no IMI que é cobrado na Figueira pela Câmara socialista e o aumento dos custos com a saúde com a criação do estacionamento pago no Hospital da Gala, e as taxas e taxinhas para 2015 pela Câmara socialista em Lisboa!..
O Governo, por sua vez, está a “bater” em António Costa por aumentar impostos, depois de ter aumentado quase até ao infinito os impostos durante os últimos três anos.
Será que estamos num país esquizofrénico e não há alternância – já nem falo em alternativa - a este estado de coisas?

Aguardam-se explicações do Ministério da Justiça (e da Ministra)!..

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Na Figueira o Orçamento para 2015 (e as Grandes Opções do Plano para o triénio 2015-2018) foi aprovado numa reunião à porta fechada – vedada ao público e à comunicação social. A Coligação Somos Figueira abandonou a reunião no momento da votação.

Na última reunião de Câmara, vedada à presença do público e da comunicação social, a coligação Somos Figueira pediu ao presidente da Câmara que retirasse da agenda a discussão e votação do Orçamento para 2015 e das Grandes Opções do Plano para o triénio 2015-2018. 
Segundo nota da coligação, o vereador João Armando Gonçalves «lamentou profundamente que, pela primeira vez na história da democracia figueirense, os documentos mais importantes para a gestão municipal fossem discutidos numa reunião vedada à presença de munícipes». 
Perante «a intransigência do presidente da Câmara, que rejeitou a solicitação da coligação, os vereadores da oposição decidiram não participar na votação domesmo»Contudo, «porque entenderam ser a melhor maneira de servir o interesse dos munícipes, os vereadores da coligação comunicaram ao executivo a sua avaliação dos documentos, apontando críticas específicas relativamente a algumas rubricas e colocando questões decorrentes da leitura que fizeram do Orçamento e das Grandes Opções do Plano».
O orçamento da empresa Figueira Parques para 2015, segundo a vereadora Anabela Tabaçó, apresentava «erros grosseiros, contas mal feitas, má formatação, ausência de paginação e do parecer do Revisor do Oficial de Contas, entre outros. Os erros grosseiros apontados pela vereadora da coligação fizeram o presidente da Câmara retirar o documento da agenda».
O documento vai ser de novo apresentado e votado na próxima reunião de Câmara, após ser revisto.

Já segundo nota à comunicação social enviada pelo gabinete da presidência, o orçamento para o ano de 2015, no valor global de 41,2 M€, "é um orçamento de grande realismo – um orçamento verdadeiramente equilibrado e com Potencial para execução a 100%".
Segundo a mesma nota, "o Município da Figueira da Foz encontra-se a executar um Plano de Saneamento Financeiro que se encontra em cabal cumprimento com a redução paulatina de endividamento de médio/longo prazo [início de 2014 – cerca de 42,3 M€; fim de 2014 – cerca de 36,3 M€; fim de 2015 – 31,9 M€]".
O orçamento agora aprovado "prevê um aumento das receitas correntes e uma diminuição das despesas correntes (incluindo redução das despesas com pessoal)."  

Mais pormenores aqui.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Cavaco pergunta:

“O que é que andaram a fazer os accionistas e gestores” da PT?

"Contratos da Misericórdia de Lisboa na área da Saúde levantam suspeitas e originam inquérito interno"

 - Via jornal Público

Ranking da Transparência das autarquias: Figueira da Foz cai do 1.° lugar para a 11ª. posição!.. Deixaram de ir aos treinos?... (II)

Na crónica acima, ficamos com a opinião  de Miguel Almeida, vereador da oposição, sobre os rankings de 2013 e 2014. 

Contudo, como a plebe merece mais, ficamos também  a saber “que a Figueira não desceu muito, em termos de pontuação. Os outros municípios  é que melhoraram bastante”.
Acabei de citar a vereadora Ana Carvalho em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS publicadas hoje. A autarca explicou ainda que a queda do município no ranking deve-se ao facto de não ser sido introduzida tanta informação no site como no ano passado, por se encontrar em construção a nova página da autarquia, que ficou disponível na semana passada.
Aliás, segundo a vereadora Ana Carvalho, “o novo site está bastante melhor”comparando-o com o anterior. E tem novos conteúdos que podem contribuir para o aumento da transparência na gestão da autarquia, como, por exemplo, o currículo e os salários dos membros do executivo camarário...
disponibilização do site em telemóveis e tablets e a tradução em vários idiomas serão os passos seguintes, adiantou ainda a vereadora.

É este o retrato da transparência democrática num dos concelhos deste país.
Quem conhece a Figueira e os figueirenses, percebe porque é que isto é assim, mas resigna-se - se calhar, como dizia o outro, não pode ser de outra maneira... 
Por mim, podem limpar as mãos à parede...dos rankings...

Na Figueira, há gente que continua a não se deslumbrar com as luzes do Paquete encalhado no GALANTE, apesar de a versão oficial do regime o considerar um "projecto sustentável"...

A reforma...

A prioridade continua a ser o défice. 
Continua a não haver vida para além do défice. 
Todavia, o Estado continua a debater-se com enormes problemas financeiros.
Continua a haver derrapagem da despesa pública. 
As receitas dos impostos, principalmente de quem trabalha, aumentaram. Continuam a ser necessários os sacrifícios, porque estas coisas da economia apenas fazem efeito a médio prazo...
Em 2002, já lá vão 12 anos, com o PSD então no governo, foi este o discurso que deu origem a uma subida da taxa do IVA de 17 % para 19 %. 
Na altura, disseram-nos que seria temporário e logo que a economia começasse a acelerar o seu crescimento, a taxa seria reposta ao valor anterior. 
A medida, criticada na altura pelo PS, e pelo próprio governador do Banco de Portugal, resultou numa diminuição do consumo privado e inerente crescimento da economia a taxas negativas no ano de 2003.
Em 2005, com o mesmíssimo discurso com que se justificou a subida de 2002, a taxa do IVA passou de 19 % para 21 %.
Em 2002, disseram-nos que seria temporário, em 2005 disseram-nos que duraria no máximo até 2008, mas com a garantia de que assim que a economia começasse e a apresentar um crescimento robusto, a taxa seria reposta em 19 %.
Em 2014 é o que sabemos: o IVA está nos 23%...
O problema, dizem-nos, é a despesa pública. E medidas concretas para descer a despesa pública não existem, dizem-nos...
Esperar do PS, do PSD e do CDS, claro, que reformem o Estado, é algo como acreditar que, como dizem na Aldeia, uma doença má se cura sozinha.
E há medidas tão fáceis e tão simples...
Para reformar o Estado, bastaria que o PSD, o PS e o CDS, claro, se dispusessem a expurgar a administração pública, local, regional e nacional, dos milhares de boys e girls que lá colocaram ao longo de 40 anos. 

Da necessidade de um relvado sintético na Cova-Gala (II)

Na presente temporada futebolística, em seniores, a equipa do Cova-Gala, disputa a prova máxima da AFC, a Divisão de Honra. Dos Clubes participantes, apenas o Grupo Desportivo Cova-Gala, disputa a prova rainha da AFC num campo de terra batida. Todos os outros Clubes, têm relvados naturais e sintéticos.
Ontem, o Cova-Gala jogou em casa com o Carapinheirense e o pelado estava nas condições que a foto sacada daqui mostra.
Sobre este assunto, relembro um texto que publiquei no Outra Margem em 4 de janeiro de 2010.
Passo a citar.

A implantação de um relvado sintético, na Cova-Gala, é, cada vez mais, uma questão pertinente, e uma necessidade a curto prazo.
Sabemos a situação financeira da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Mas, também conhecemos as deficientes condições que a juventude da Cova-Gala tem ao seu dispor para a tão necessária prática desportiva.
Não existe um Pavilhão coberto; não existe uma piscina. Existe um sintético na Praia da Cova, herança da gestão de Santana Lopes, só que tal localização, no Inverno, torna a sua utilização praticamente inviável. Resta o campo de futebol do G.D.C.G., um pelado daqueles que já não se usam, principalmente no futebol de formação, área em que o Cova-Gala, desde a sua fundação, sempre dedicou especial atenção e carinho e tem um património e pergaminhos consideráveis, tendo mesmo um título de campeão distrital em Infantis, no ano de 2007.
Passadas as eleições para os diversos órgãos autárquicos figueirenses, e eleitos que estão os novos representantes do povo, temos a certeza que os actuais responsáveis pela autarquia figueirense, depois de terem o conhecimento real das carências em infra estruturas para a prática do desporto em todo o concelho, não no imediato, mas a curto prazo, tomarão as medidas que se impõem para proporcionar à juventude figueirense, citadina e das diversas freguesias, as condições mínimas, que proporcionem uma saudável prática desportiva.
No futebol de 11, nos escalões de formação, todos o sabemos, a Cova-Gala constitui um autêntico alfobre de jogadores.
Pelo que, gerações e gerações de carolas já trabalharam nesta Terra, creio que seria da mais elementar justiça, que o próximo sintético a ser implantado no nosso concelho contemplasse a Cova-Gala, pois, isso, representaria a concretização de um sonho adiado já há tempo demais.
Sabemos que o orçamento da Câmara da Figueira, para o ano de 2010, já foi discutido e aprovado. Somos realistas. Portanto, lançamos um desafio exequível ao Presidente João Ataíde e ao vereador do pelouro: que tal, conseguirem em 4 anos, aquilo que o PSD não conseguiu em 12?...

domingo, 9 de novembro de 2014

A Cova-Gala tem talentos...

Um dia destes, referi aqui a escrita do Pedro Rodrigues, que conheço, pois sou leitor e admirador do seu blogue Os Filhos do Mondego, desde 2010, um blogue que foi "criado com o intuito de expor textos da sua autoria"
Já comprei e comecei a ler o primeiro livro do Pedro em papel que, no próximo dia 29 vai ser apresentado na Galeria do Casino.
Hoje, a provar que nossa Terra tem jovens que se interessam pela Cultura, permitam que chame a vossa atenção para a  Poesia de Eunice Pimentel.
Estamos numa cidade sede do concelho onde a cultura anda associada a uma certa pomposidade e snobismo. Já na Aldeia, salvo raríssimas excepções, tem feito caminho o popularucho pimba...  Mas, se estivermos atentos, verificamos, felizmente, que, por cá, vão surgindo pequenos focos de luz culturais. 
Não é o suficiente, mas dá para ir mantendo a esperança...

Quentes e boas, quentinhas?...


... quem anda por aí a insinuar que o PS é um partido que diz uma coisa na oposição e faz outra no governo?..

Isto só pode ser mentira…

Nesta Aldeia de analfabetos, o maior número é de primatas e são eles que mandam...

«O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos. A prática de vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!»
Eça de QueirozFarpas, 1871.

Valha-nos a Misericórdia, uma Santa Casa!

Perto da Aldeia

foto de Carlos Fidalgo

sábado, 8 de novembro de 2014

É o que temos...

Cavaco Silva. 
"Eleições serão na data prevista. Ponto Final"

Crónica algo pecaminosa...

Neste país de meias tintas, apregoando o bem, barafusta-se, perde-se a paciência com o mal, perde-se o verniz democrático, insulta-se, injuria-se, amedronta-se, mas esquece-se que o mal, que o mesmo é dizer, os verdadeiros valores democráticos, não são dados de mão beijada pelo bem, que são os mesmos de sempre, mas antes são valores conquistados pelo património cultural, por lutas de dezenas de anos, de séculos, lutas onde os mesmos de sempre não estavam.
Mal, para os mesmos de sempre, é tudo e são todos os que os que preferem, por exemplo, ler, ir ao cinema, ir ao teatro, ir a manifestações ou colocar questões (por exemplo em blogues), em vez de se limitarem ao futebol..