terça-feira, 12 de agosto de 2014

Santana Lopes em Belém? Tudo tem limites!

"É com algum temor e grande perplexidade que vejo que se fala, aparentemente a sério, da hipótese de Santana Lopes se candidatar à Presidência da República, que nem está muito mal colocado em algumas sondagens que vão sendo publicadas e que corre o boato de que é a opção preferida por Passos Coelho.

Temor porque creio que os eleitores portugueses são capazes de quase tudo quando postos diante de uma urna, perplexidade porque começo a acreditar que 10 anos sejam o suficiente para apagar da memória dos portugueses a coboiada que foi o período de quatro ou cinco meses, na segunda metade de 2004, em que tivemos Santana Lopes como primeiro-ministro. Repito: coboiada – não há outro termo mais adequado para qualificar aquele período!

Nós resistimos aos mouros, aos espanhóis, aos franceses, ao escorbuto nas naus, a 1755, a décadas de ditadura, aos últimos anos de um (des)governo inacreditável, mas não aguentaríamos Santana em Belém, nem que Chopin ressuscitasse e compusesse os tais concertos para violino. Esperemos – esperemos mesmo – não vir a ter saudades dos dois mandatos de Cavaco Silva.

Deixemos o menino guerreiro em paz, please..."

Via Entre as brumas da memória

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Na Aldeia... (IX)

O silêncio, aqui pela Aldeia, é considerado um atributo, uma qualidade – no fundo uma mais valia. 
É uma vantagem considerável. 
Tal, presumo, deve decorrer do mistério que quase inevitavelmente resulta do silêncio.
Falar e - pior ainda – escrever é, frequentemente, considerado um erro. 
Saber dizer pouco ou nada deve ser uma arte superior.
Nunca falar, porém, parece-me arrepiante. 
Quem está calado deve estar a pensar. E deve ser sábio...
Estas ideias, superficiais, porém, tanto poderão estar certas como erradas.
Nem sempre, contudo, a admiração pelos esfíngicos se justifica.
Por vezes, quando um desses seres se decide finalmente a falar, a surpresa pode ser geral. 
Por isso, o verdadeiro mestre do silêncio é aquele que domina a palavra. 
E que a usa no momento próprio.
Há pessoas destas na Aldeia, que são desvalorizadas por muitos, desprezadas por alguns e menosprezadas por outros.
Depois acontece a surpresa!.. 
Não são muitas as pessoas que se podem gabar de ter, com uma só entrevista de jornal, ter contribuído para dissolver um executivo de uma junta de freguesia e provocado eleições antecipadas.
Presumo que a sua reputação raramente esteve tão sólida. 
É legítimo, portanto, que aspire ao que tem direito: à presidência.
Quem olha para ele recorda o desastroso passado recente. 
Por mim tenho, pelo menos, duas duvidas:  
1 - Se conseguirá ter autonomia para organizar uma Aldeia em segunda edição?
2 - Se terá capacidade para presidir com independência, competência e sem atritos ou quezílias?

Santa Casa na Figueira

O «Nelo» merece uma medalha

foto sacada daqui
"Neste país que parece ter sido capturado por chicos-espertos, megaburlões e políticos de luvas milionárias, ainda há motivos para ter esperança...

... Das 36 medalhas em jogo nos mundiais de canoagem, 29 foram para caiaques feitos em Vila do Conde pela empresa de Manuel Ramos, o «Nelo»."
daqui

Cinco dias de cultura, genuinamente regional, é impossível de ignorar... Isto sim, é a verdadeira festa da nossa região...


fotos sacadas daqui
Não estive lá, mas, pelo que li nos jornais e vi no facebook, já deu para perceber que a missão foi mais uma vez cumprida...
A FINDAGRIM - Feira Comercial, Industrial e Agrícola de Maiorca chegou ontem ao fim no Parque do Lago, depois de ter levado cinco dias de muita animação à Freguesia de Ma­iorca. Espaços comerciais, zona de animais, stands de associações e freguesias, artesanato, tasquinhas e palcos para grupos locais, djs e bandas compuseram o cenário vivo de um evento que teve os concertos de José Alberto Reis, Némanus, José Cid, Emanuel e Diana Gil como pontos altos.”
E que vos parece a rapaziada na foto? 
As bicicletas são mesmo dos anos 60 e 70 e os petiscos devem continuar com o sabor dos velhos tempos...

Futebol - I Torneio Internacional Hugo Almeida


domingo, 10 de agosto de 2014

Joaquim Agostinho

foto sacada daqui
Acabei de ver em directo na RTP1 a etapa final da da 76.ª Volta a Portugal em bicicleta que terminou na tarde deste domingo, em Lisboa.

Em tempo de nostalgia, recordo a memória do grande Joaquim Agostinho, que ainda vi em competição, passar em cima da sua bicicleta, no empedrado da  antiga 109, hoje Avenida 12 de Julho,  na Gala.

Joaquim Agostinho, foi, a meu ver, não apenas o mais extraordinário ciclista português de sempre, mas, principalmente, alguém que, durante largos anos, foi uma referência e um orgulho para todos os portugueses espalhados pelo mundo.

Para manter o prestígio...

foto Foz do Mondego Rádio
Porque este blogue não pode ser só larachas políticas, patos mortos, futebol e fotos de mulheres nuas, fica uma notícia cultural... 
O certame abriu no passado dia 1 e vai estar ao dispor do publico até ao final de agosto. Assim, todos os dias, das 10 às 24h00, o pavilhão multiusos, no Parque de Estacionamento da Avenida de Espanha (Parque das Gaivotas), acolhe a segunda edição da Feira do Livro e das Artes Figueira da Foz 2014, organizada pela autarquia figueirense.

Quando um governo decide em horas como há-de gastar milhares de milhões e anda um ano a fazer de conta que vai aumentar o salário mínimo em 3 ou 4 cêntimos por hora fica tudo explicado sobre o estado miserável a que chegámos...

"Visto  numa perspectiva humana o caso BES tem sido uma orgia de miséria humana que nos ajuda a conhecer melhor o Portugal de hoje, o baixo nível das nossas elites ficou bem evidente nestes dias. O comportamento dos mais diversos agentes ajuda a explicar o porquê da nossa pobreza colectiva, uma pobreza que é moral, de espírito e, consequentemente, económica que está cada vez mais entranhada e que nos impede de desenvolver o país."
Para continuar a ler  clicar aqui.

Continuar a limpeza do oásis...

Isto já lá não vai lá com desodorizantes ambientais.  
Com este fedor, tem mesmo de ser lixívia...

Bom domingo

sábado, 9 de agosto de 2014

O futuro está conhecido...

“Os dois partidos da direita já valem mais do que o principal partido da oposição.” 
Eles conhecem o povo... As eleições de 2015 estão praticamente no papo. As presidenciais de 2016 só não estão, porque Cavaco não se pode recandidatar... 
"O melhor povo do mundo" só tem o que merece!

Obrigado!


Ora cá está um sábado, em que dá para constatar
 como o jornalismo regional anda criativo e original...

"CMVM desconfia de fugas de informação sobre o resgate do BES"...

Dá para desconfiar... 
Mas, alguma vez vamos ter a certeza?

"Continuação da apagada e vil tristeza do «nosso» fado", o próximo filme de ficção nacional a exibir em todo o país ...


“Segundo uma "breve" no Correio da Manhã, o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) apoiou com 7 mil e quinhentos euros um "torneio" de futebol infantil denominado "Dr. António Costa" organizado por um clube com sede perto de Lisboa. A justificação - não sei se do IPDJ se do clube - consiste em "homenagear" o referido António Costa, «autarca de Lisboa, agora candidato a líder do PS». O dr. Emídio Guerreiro, o secretário de Estado do Desporto e Juventude, praticamente na clandestinidade desde que tomou posse, por interpostos IPDJ e futebol infantil, será "simpatizante" de Costa? Uma coisa é dar um subsídio, outra diferente é acompanhar o subsídio de uma "homenagem" nas presentes circunstâncias do homenageado. O que é que falta? Sentar o dr. Costa numa bicicleta a cinco metros da meta final da Volta a Portugal?“ daqui

Em tempo.
A fita está a andar...
Pelos vistos, o papel de futuro primeiro-ministro está entregue!.. 
Como, certamente, serão necessários mais artistas, atrevo-me a apresentar uma sugestão para compor e enriquecer o elenco do filme que deverá ser o próximo êxito da ficção nacional.
Como sabemos,  o guião há muito que tem vindo a ser escrito e o filme vai entrar na fase de rodagem, julgo que em breve... 
Não esqueçam, porém, que, para o papel de futuro ministro da Justiça, a Figueira tem um protagonista que pode dar uma ajuda no enriquecimento e valorização do elenco... 

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Portugal, uma terra de gente com charme...

A situação portuguesa não é uma comédia. 
É mais um drama que se vai transformando em tragédia, com laivos de farsa! E os farsantes andam entre nós...
Não é, como calculam, o caso destes portugueses.
A calma e a sabedoria destes portugueses ilustres impressiona. 
E, sublinhe-se devidamente, é tudo gente que nunca vai ter necessidade do subsídio de desemprego. Muito menos ainda, do rendimento social de inserção...

Na Aldeia... (VIII)

É conhecido o afastamento que tenho dos partidos do chamado arco da governação.
Desviei-me  politicamente, há muito, por vontade própria, daqueles que alegre e irresponsavelmente, têm ajudado na Aldeia, no concelho e no país, a patidocracia hegemónica que basicamente tomou conta de Portugal e Ilhas Adjacentes  e nos conduziu ao lugar que ocupamos: dos últimos na EU e na generalidade dos indicadores sócio-económicos.

A nossa vida em sociedade é o que sabemos: uma ficção, alicerçada na propaganda e irresponsabilidade que todos andamos a pagar.
Somos - e vamos continuar - a ser o que sempre fomos, pois não temos outros partidos, nem outra gente.
As eleições deveriam ser uma coisa digna e séria, porque é aí que se escolhe a gente que determina o nosso futuro.
Infelizmente, as coisas são o que são. Vota-se num “regedor” porque este pode fazer convenientes favores; num presidente de câmara porque nos pode empregar um familiar; num governo por fé clubista.
Têm sido assim feitas as escolhas nesta sociedade onde é permitido - e aceite - que os políticos no poder há vários anos ofereçam esferográficas, aventais, bonés, porco no espeto e copos de vinho a poucos dias das eleições.
Ao aceitarem e participarem em tais actos, os próprios eleitores tornaram-se coniventes com o ficcionismo em que andamos a viver na Aldeia, no concelho e no país há muitos e muitos anos.
Aqui pela Aldeia, embora sob disfarce, o PSD e o PS foram, desde 1989, os partidos vencedores.
Esta hegemonia, como em tempos de caça às bruxas, teve um historial de intriga e calúnia baseada na farsa de que os comunistas são uma peste. Entenda-se por comunistas, todos os cidadãos que não se revejam nas práticas locais do PSD e do PS.

Hoje, com umas eleições à porta, não vai ser diferente. Quem for votar, e tem ainda pesadelos com o comunismo, vai continuar a ir ao porco no espeto no Parque das Merendas. 
Quem não pensa assim, o mais provável é não ir votar...
O resultado, e outro não será de esperar, vai ser mais do mesmo...


A Aldeia, tem sido liderada por eternos crentes do PSD e do PS, que aproveitaram a pouca exigência reinante, consolidada pelo atraso e comodismo dos seus habitantes.
Lá para finais de setembro, o mais tardar em outubro, na Aldeia as habituais alminhas vão tornar a colocar os mesmos nos seus lugares e assim vamos continuar a viver até que a morte se lembre deles e de nós.

Cá na Aldeia, apesar dos tempos já terem mudado, vamos continuar a viver na vila da ficção.
Não temos outra gente nem temos outros partidos. Somos quem somos - o caso do processo da criação da vila é paradigmático...

Se o que a ministra disse ontem acontecer, declaro que vou passar a acreditar em milagres...

BES. 
"Aconteça o que acontecer, o Estado não será chamado a pagar o prejuízo". 

Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças.