quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Miguel, eu sei que és do Sporting...

José Eduardo Martins, em Novembro de 2012
“Os meus amigos do sportem (sim, tenho vários) devem estar como eu com o PSD. É morder a bala e deixar passar. De família não se muda...”
José Eduardo Martins, advogado e antigo deputado do PSD, no «Facebook».
Há aqui qualquer coisa desfocada.
Como pode o homem escrever o nome do Sporting de forma adulterada e, ao mesmo tempo, escrever PSD de forma correcta.
Pois... 
És do Sporting, mas, mais importante do que isso, és do PSD...

Coerência...


"Olá, amiguinhos do FMI"...

Para continuarem a ler a Carta aberta a uns pedaços de merda, escrita por Ferreira Fernandes, têm de clicar  aqui.

A calamidade...

Nos dois anos de implementação do Memorando, a dívida pública passou de 107% para 132% do PIB (ou 123%, descontando os depósitos da administração central). O PIB caiu 5,4%. O desemprego oficial aumentou de 13% para 17%. O investimento caiu cerca de 20%, mesmo contando com a efémera ecuperação no último trimestre. A redução do défice externo deveu-se quase excusivamente à recessão e depende da eternização desta para ser sustentável. E a dívida externa líquida aumentou de 106% para cerca de 123% do PIB.

Alexandre Abreu

A mentira

Como certamente toda a gente saberá, Kant defendia que em nenhuma circunstância era aceitável as pessoas mentirem.
As pessoas - todos nós - deveriam falar a verdade, só a verdade - sempre a verdade.
Os políticos, por exemplo,  estavam feitos ao bife... 
Todos tinham carreiras curtas.
Já por sua vez, Benjamin Constant, em rota de colisão com o filósofo prussiano, dizia que não é bem assim.
A verdade, como pretendia Kant, não tem um valor incondicional pois depende das circunstâncias.
Dizer a verdade é um dever, sim, se as pessoas tiverem direito a ela.
Se um assassino pergunta a alguém onde está a sua futura vítima, a pessoa não deverá sentir-se na obrigação de dizer a verdade, uma vez que o outro, atendendo às circunstâncias por que quer saber, não tem o direito de saber.
Mas, temos obrigação de não ignorar que estão a mentir, ou, pelo menos, em campanha eleitoral...

Algo de novo na politica figueirense (III)

daqui

"Os discursos são como os biquínis, querem-se curtinhos e a mostrar o essencial", disse João Portugal, provocando gargalhadas...

Como quem costuma passar por este espaço já certamente constatou, tenho procurado acompanhar as iniciativas promovidas pelas forças envolvidas na disputa das próximas autárquicas de 29 do corrente, no concelho e na minha freguesia.
Pelo que tenho constatado, apesar dos meios para chegar ao eleitor não terem comparação como o que acontecia há poucos anos atrás – a internet, pela primeira vez,  está em força nesta campanha - esta é a campanha eleitoral autárquica politicamente mais pobre e mais triste de que tenho memória.
Ontem, houve  comício em Buarcos, no Largo Maria Jarra, de apoio à candidatura socialista de João Ataíde à presidência da Câmara da nossa cidade.
Esteve presente  António José  Seguro, que falou pouco.
Segundo o  que li no jornal i, perguntou:  "acham que as coisas estão a correr bem?" E a resposta foi um sonoro "não".
E  concluiu: "então temos de mudar de caminho e temos de acabar com os cortes, os pensionistas e os reformados estão a sentir no bolso os cortes do Governo".
Antes, João Ataíde, independente, que procura ser reeleito presidente da Câmara da Figueira da Foz, fez um breve discurso a sustentar que o seu município está "em contraciclo face à política do Governo".
"Temos e estamos a aplicar uma carta social", declarou.
Mas a pérola da tarde foi  proferida pelo deputado socialista João Portugal (também presidente da Concelhia do PS da Figueira da Foz).
Prometeu ser breve nas suas palavras e, para o efeito, citou o que lhe foi dito um dia por uma peixeira de Buarcos - "os discursos são como os biquínis, querem-se curtinhos e a mostrar o essencial", disse, provocando gargalhadas.
Eu sei que a crise é grande... 
Mas, tiradas como esta também não ajudam lá muito...
A degradação da democracia continua a fazer o seu caminho...

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

No país do futebol...

Nélson Arraiolos, 41 anos, desempregado há mais de dois, vai amanhã ao Palácio de Belém entregar ao Presidente da República, Cavaco Silva, uma carta onde anuncia que não pagará impostos nem taxas enquanto não tiver rendimentos. E pedirá uma audiência ao Presidente.
Sem subsídio de desemprego desde Maio e a viver dependente do apoio dos pais e de terceiros, o cidadão quer mostrar a sua indignação a Cavaco Silva. A ausência de rendimentos obrigou-o a deixar o apartamento alugado em Lisboa e a voltar à casa dos pais, no Bombarral. "Acho muito importante que o Presidente tenha consciência destas situações", afirma ao PÚBLICO, explicando que sofre de uma doença degenerativa que destrói progressivamente o sistema muscular.
Mas, onde é que isto vai parar?
Boavista há só um: o do Valentim e mais nenhum!..

Transparências...

"Governo vai pagar às farmácias para venderem mais genéricos".

O habitual...

Algo de novo na politica figueirense (II)

daqui

115 minutos, quanto a mim, bem aproveitados...

registo fotográfico de Pedro Agostinho Cruz, sacado daqui
Gostei  da forma como decorreu o debate autárquico da tarde de ontem no auditório da Incubadora de Empresas, no Parque Industrial da Gala, com os 5 candidatos à Câmara, sobre o tema "Figueira, que futuro".
A organização deste debate foi da Consultraining e a moderação de José Cardoso Bernardes.
Embora a estrutura fosse a mesma,  a diferença, pela positiva, esteve no moderador, que ao trazer questões concretas, tornou o debate mais interessante e esclarecedor.
João Paz Cardoso, que me tinha impressionado positivamente no debate do CAE, esteve, desta vez, uns furos abaixo, perdendo-se em respostas globais e genéricas.
Um exemplo: “Tivemos uma frota pesqueira importante e é bom não esquecer que Cavaco Silva foi o agente funerário do sector. A União Europeia continua a prejudicar-nos e a enterrar-nos”.
Jorge Monteiro, entrou mal no debate. Logo na intervenção inicial, graças a uma péssima gestão do tempo ao seu dispor, gastou os 5 minutos sem dizer nada de concreto. Depois, com o decorrer do debate melhorou a prestação.
Um exemplo.   
“Nem sempre a relação entre o trabalhador e o empregador é a mais saudável. A Câmara pode mostrar que as pessoas são a primeira razão de ser da sua candidatura. Eu hoje vejo que as pessoas estão paradas, à espera de algo. Falta-lhes um líder que diga «vamos por aqui»”.
João Ataíde, pareceu-me  numa posição defensiva, de quem vem essencialmente para prestar contas.
Um exemplo.  
“Este é um processo e uma candidatura de continuidade e da necessidade de concluir alguns projectos.
Ao longo deste ano exercemos uma actividade discreta e não discutida ou anunciada nos jornais. Recordo a negociação com os Estaleiros Navais. Não se perdeu uma unidade, mas lamento que não tenha cumprido o que prometeu. Lamento ainda que o ministro da Economia não tenha tido a coragem de avançar para uma ruptura de contrato.
Tudo isto, porém,  não pode andar na praça pública, há que ser discutido com moderação. Há muito a fazer, quero envolver-me mais nesta tarefa de desenvolvimento local. E farei sempre de forma discreta”.
Miguel Almeida, no essencial, veio a debate para tentar explicar o Compromisso Eleitoral, que pretende transformar,  em caso de vitória, no programa de governo municipal.
A meu ver, neste debate Miguel Almeida melhorou o desempenho. Sobretudo, o que me agradou sobremaneira, pareceu-me mais autêntico e sincero na defesa das suas posições.
Um exemplo.
“A resolução da acessibilidade marítima é uma questão prioritária. Não é preciso fazer guerra, mas há momentos para tudo e em alguns deles temos de levantar a voz. A administração portuária passou para Aveiro e não temos um figueirense lá. A questão de fundo é esta, da questão da entrada da barra. A dragagem é estruturante para a Figueira”.
(Abro um parêntesis, para lembrar ao Miguel Almeida que houve, em devido tempo, quem alertasse para as consequências do prolongamento do molhe norte. Neste blogue tem muitos exemplos, basta colocar no canto superior esquerdo as palavras “erosão costeira” e clicar.   Só para avivar a memória, fica  uma carta do SENHOR MANUEL LUÍS PATA, publicada no dia 26 de Março de 2007, no “Diário de Coimbra”, pág. 8, na secção Fala o Leitor, com o título  “Erosão das Praias”, que pode ser lida clicando aqui).
Falta referir a prestação de António Baião.
O candidato da CDU, que também esteve francamente melhor neste debate, mostrou ter feito “o trabalho de casa”. Trouxe questões concretas à discussão, logo na intervenção de abertura - saúde, escola, transportes públicos...
Sempre alinhado e fiel à linha partidária que apoia a sua candidatura, falou uma linguagem directa, simples e facilmente percetível.
Um exemplo.
 “Sei os problemas por que passam os pescadores, o que ganham e como vivem, como é feita a má distribuição da riqueza. Sei como funcionam os armadores.
Sobre o molhe norte, antes de o construírem, talvez devessem ter falado antes com os homens do mar”.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Submarinos...

Maria Luís

Eu, se fosse mulher, ficava lixada se a imagem da mulher-moderna estivesse a evoluir num sentido negativo, como em minha opinião, nos últimos meses, tem vindo a acontecer relativamente ao aspecto sentimental, emocional, afectivo, relacional.
Claro que isto, a meu ver,  está intimamente ligado com a permanência  de Maria Luís Albuquerque no actual governo.

Entretanto, tenho pena que tenhamos tido tão pouca sorte nas escolhas...


Todos conhecemos Ruy de Carvalho, aquele actor sagrado e consagrado que se atirou aqui há atrasado ao governo.
Mas,  «porque acredita nesse tipo de formatação política», afinal não renegou o padrinho... 
Deve ter tido apenas uma branca, ou estava a ensaiar Brecht e saiu-lhe aquela carta.
Entretanto, como a foto sacada daqui mostra, enquanto não lhe cortam outra vez a reforma, recolhe votos para o PSD/CDS entre os fregueses de S. Domingos de Benfica.

Algo de novo na politica figueirense


A campanha eleitoral, oficialmente, começou hoje.
Como já explicou aqui, o meu Amigo Fernando Campos não é imparcial.
Por isso mesmo, o seu blogue também vai à luta.
Só que  o Fernando, “como não sabe fazer discursos (cada um é para o que nasce), faz desenhos. A partir de hoje, editará onze vinhetas (ou cartazes digitais, ou lá o que é - uma por dia até ao dia 27) com outros tantos motivos visuais para tentar convencer o eleitorado a votar (ou não votar) na CDU, a coligação cujas listas integra".
Ora cá está algo de novo na politica figueirense: uma campanha criativa feita sem meios financeiros.
Vou estar atento. 
Recomendo que façam o mesmo, pois conhecendo o Fernando como conheço, afirmo desde já que vai valer a pena.

Feito ao bife...

Já estamos a 17 de setembro.
2013, apesar de tudo, pelo menos para mim,  tem passado muito depressa.
Parece que o dia 1 de Janeiro ainda foi ontem e eu passeava alegremente pela baixa da Figueira, feliz por viver numa cidade com sol e uma brisa fresca a dar as boas-vindas ao novo ano.
E agora, assim tão depressa, o ano já está velho e gasto, com pouco de novo para revelar.
Pelo andar da carruagem, a não ser ainda mais desgraças.
Como esta...
"Touros fugitivos de Viana: um está em parte incerta, outro está feito ao bife"...