segunda-feira, 6 de maio de 2013
Confesso que fiquei incomodado
Não vai ficar pedra sobre pedra.
Passo a passo vão-nos tirando tudo...
Quase já nem vejo televisão.
Cansa andar
sempre com o sobrolho carregado e franzido e a barafustar…
Mas, o que é que eu posso fazer: fingir que não vivo cá?..
Ontem, foi "o dia do filho da sua mãe"...
Por isso, fiz uma excepção e vi e ouvi "o ministro que comenta as medidas por si aprovadas em Conselho de Ministros na sede do partido, saiu apressadamente da sala para se esquivar às perguntas incómodas dos jornalistas, apresentando como justificação ir celebrar o dia da mãe em casa de sua mãe."
Confesso que fiquei incomodado.
“Só há duas hipóteses, sair do euro a bem ou a mal”
As políticas de austeridade fazem sentido quando o problema é estritamente financeiro. Veja-se o caso da Irlanda, em que o problema não estava na estrutura económica, mas no facto de os seus bancos se terem metido em coisas em que não deviam ter metido. Aí faz sentido que as medidas sejam financeiras, embora graduais: há um erro em tentar equilibrar tudo de um dia para o outro. Agora quando o desequilíbrio, como o nosso, é devido a uma situação estrutural do próprio tecido produtivo, a gente pode fazer os sacrifícios financeiros que quiser que os problemas vão continuar lá. E os sacrifícios não vão servir para nada. Foi esse o grande erro da Comissão Europeia, que tinha a responsabilidade de conhecer a situação. Costumo dar este exemplo: se os Estados Unidos tivessem encarado a situação na Europa após a Segunda Guerra Mundial como a Comissão Europeia encara esta crise, ainda hoje a Europa estava destruída. Tiveram o génio de perceber que o plano Marshall tinha como objectivo, não o equilíbrio orçamental, mas o investimento nos sectores produtivos.
João Ferreira do Amaral, via DECLÍNIO E QUEDA, numa entrevista que pode ser lida na íntegra aqui.
João Ferreira do Amaral, via DECLÍNIO E QUEDA, numa entrevista que pode ser lida na íntegra aqui.
domingo, 5 de maio de 2013
O Portas de sempre...
Acabei de ver e ouvir Paulo Portas.
Confirmei o que esperava dele: foi o demagogo de sempre.
Nas próximas eleições legislativas saberemos se o provo continua a premiar os golpes baixos de Paulo Portas ou se volta a meter o CDS no lugar que merece: um táxi...
Concluindo...
O interesse de Portas é o de sempre: tentar salvar a pele dele e do seu partido, mas, evidentemente, como ele gosta, ficando...
“Os Patos”…
Que é feito dos “100%”?..
Lembrei-me deles,
hoje, perto do fim da manhã, ao cruzar-me com o eng. Daniel Santos, que corria
na estrada paralela ao campo de futebol do Cabedelo em direcção à Cova…
Volvidos cerca de 4 anos,
verifica-se agora que os 100% foram dos melhores alunos da escola política
figueirense, tendo cumprido todas as
regras gerais e abstractas que, ao longo dos quase 40 anos anos que leva esta democracia, foram sendo impostas a todos.Todos nos lembramos do caso ainda recente das freguesias…
Não obstante, os 100%
lá continuaram, pequeninos, e agora, ao
que julgo saber, em risco de extinção…
É que, na Figueira,
os partidos do arco do poder, apesar de
não cumprirem todas as regras, perdão, os pactos, continuam no arco do poder.
Para além disso ( óh injustiça
cruel!..), como o status quo é imposto
maioritariamente (pelo menos em percentagem de volume global...) pelos do arco do
poder, não é que estes nunca são castigados
por não cumprirem as regras em vigor!..
Será que os “100%” nunca pensaram
que, numa cidade tão selecta e selectiva tal exemplo de favorecimento pudesse acontecer?..
Nem os 100%, nem outros
da nossa aldeia, que, por serem
assim arranjadinhos e bem comportados e por estarem perto da água vão passar a ser conhecidos como "Os Patos"…
A gente sabe...
foto sacada daqui |
A gente sabe, que cerca de 70% desta dívida é resultante de
especulação imobiliária e apenas 15% deriva da aquisição de bens de consumo...
A gente sabe, que na
hora de pagar as contas da crise foram os trabalhadores, os desempregados, os
doentes e os pensionistas, que são
chamados a expiar os pecados que não cometeram...
A gente sabe, que se
o estado quer diminuir a despesa deveria
reduzir brutalmente os gastos com juros da dívida pública, baixar as rendas
pagas nas parcerias público-privadas ou poupar em custos absurdos como rendas
imobiliárias de favor...
A gente sabe, que se os políticos queriam mobilizar os
portugueses deveriam começar por dar o
exemplo nos cortes salariais e na redução da frota automóvel ao seu serviço...
A gente sabe, que o
governo optou pelo caminho da redução salarial...
A gente sabe, que o governo
implementou políticas geradoras de desemprego, através da dispensa de
professores necessários nas escolas ou até de medidas fiscais que provocam
encerramento de empresas e, por essa via, mais desemprego...
A gente sabe…
Mas, será que não vai esquecer na hora do voto?..
Em tempo.
A gente sabe, como a dívida da Câmara da Figueira chegou aos 90 milhões de euros no final dos mandatos de Santana Lopes e Duarte Silva…
A gente sabe…
Mas, será que em outubro próximo não vai esquecer?...
Em tempo. (II)
Do meu ponto de vista, é sempre positivo e mesmo desejável que, na vida política, a nível local ou nacional, surja renovação de ideias, de métodos e, sobretudo, de nova gente.
Mas, a gente sabe que, na Figueira, em tempos ainda não muito recuados, até o fogo de artificio, pelo S. João, era de encher o olho...
Em tempo. (III)
A gente sabe, que na Figueira e em outros pontos do País, os candidatos autárquicos deste PSD de Passos Coelho estão, em desespero de causa, a fingir descolagens de ocasião ...
A gente sabe...
Em tempo. (III)
A gente sabe, que na Figueira e em outros pontos do País, os candidatos autárquicos deste PSD de Passos Coelho estão, em desespero de causa, a fingir descolagens de ocasião ...
A gente sabe...
Nogueira Leite revela: "Passos Coelho convidou-me para presidir à CGD e «desconvidou-me» uma semana depois"…
Os portugueses sabem bem como Nogueira Leite se deve estar a
sentir…
Passos Coelho, mesmo
antes de ser eleito, também prometeu
tudo e mais alguma coisa….
Logo a seguir, descomprometeu-se
com tudo!...
Em tempo.
Entretanto, dado que isto está mal para (quase) todos, trata
de garantir o futurozinho…
Elogia a "maturidade democrática" de António José
Seguro…
Não sabem nada do país real...
Não é só incompetência deste primeiro ministro e deste governo...
É também, e acima de tudo, mais um exemplo do total desconhecimento dos dossiers e das matérias...
A Segurança dos Pescadores… e o Vandalismo do Futebol… Inacreditável, e Absurdo…!
foto Pedro Agostinho Cruz |
E explicou: “primeiro vai-se à capitania e fica-se umas horas para escrever o requerimento – não entregam no mesmo dia, claro. Volta-se quatro dias depois e, com a autorização do capitão, desloca-se à PSP do distrito, que no nosso caso é em Aveiro, Pede-se então a licença que, claro, também não é logo emitida, temos de lá voltar, no meu caso, uma semana depois, para a levantar. Só aí é que pode ir à loja comprar os Very Lights.”
Mas a loucura não acaba aqui. “Esta licença da PSP apenas dura um ano, findo o qual temos de refazer isto tudo.”
Pensa o leitor que terminou? Não. A duração de um Very Light é estimada em dois anos, findo os quais se tem de proceder a um processo semelhante para o desativar.
Acresce o fato dos very lights custarem apenas seis euros, porém, o processo para os poder adquirir sai muitíssimo mais caro.
Se é compreensível que o acesso a estes dispositivos seja dificultado para as claques de futebol, é completamente inacreditável o processo que se engendrou para quem necessita deles para salvar a vida em caso de aflição. Isto é que foi ligar o complicómetro!
Com as devidas vénias ao nosso Exº. Amigo Senhor José Vieira, da Praia de Mira (presidente da associação destes pescadores a nível nacional), que agora teve o mérito de dar uma entrevista em que contou esta história, inacreditável e absurda (mas de "regular funcionamento das instituições", à portuguesa…), e ao nosso Exº. Amigo Prof. Ricardo Salomão (da associação cultural "A Gandaia", da Costa da Caparica), que teve o mérito de a publicar na sua newsletter de "A Gandaia", aqui reproduzimos a entrevista em que o presidente desta associação de pescadores conta que eles têm que andar numa via-sacra, de requerimentos, viagens, dias de espera, idas a várias repartições públicas, novas viagens, e mais semanas perdidas, entre a Capitania e a PSP, para conseguirem obter o papelinho legal que lhes irá dar direito a depois poderem ir comprar nas lojas comerciais os very-lights que são tão essenciais e tão importantes (e obrigatórios, em termos legais…) para a sua segurança, no mar, no caso de acontecer algum naufrágio…! E, depois, têm que repetir tudo isso, outra vez, no ano seguinte, para poderem continuar a ter licença para terem very-lights…!! E, depois, têm que submeter-se a um processo semelhante, de dois em dois anos, para desactivarem esses mesmos very-lights, que tiveram na sua posse (pois são obrigados a tal desactivação, quando terminar o prazo de validade de tais dispositivos, cuja duração de vida útil é essa de dois anos)…!!!
E, sempre, a pagar…
A segurança dos Pescadores… e o vandalismo do Futebol… desleixada e rotineiramente colocados no mesmo pé… como se fossem comparáveis…! Sem que o Estado português tenha pensado que deveria ter assegurado mais eficazmente e menos burocraticamente a distinção das situações, entre os Pescadores, que legitimamente precisam (e legalmente são obrigados!) a possuir esses projécteis de sinalização, para com eles poderem assegurar a sua perigosa vida no mar e para poderem desenvolver a sua útil actividade produtiva, e os energúmenos dos ambientes dos clubes de Futebol, que, como toda a gente sabe (e toda a gente finge que não vê...), são um dos principais cancros da sociedade portuguesa, hoje pior do que nunca em qualquer outra época da História de Portugal (mas, sempre, merecendo honras televisivas e políticas...), em tudo o que significam de improdutividade, de má-educação e impunidade, de especulação e criminalidade.
Recebido por mail do Centro de Estudos do Mar - CEMAR
sábado, 4 de maio de 2013
Recordando o dia de ontem pelas 20 horas...
O mágico apareceu, fez um gesto, e desapareceu a fome, fez outro e desapareceu a injustiça, fez um terceiro e desapareceram as guerras.
Passos, o político apareceu, falou em nome de Vitor Gaspar, e desapareceu o que ainda restava da magia...
Passos, o político apareceu, falou em nome de Vitor Gaspar, e desapareceu o que ainda restava da magia...
Hoje as praias estão cheias, amanhã também, isto não há-de ser tão mau assim...
Começo a crer que muito mais difícil do que negociarmos, rasgarmos, ou sei lá o que mais pudéssemos fazer ao memorando assinado com a troika de Selassie, será sobrevivermos à outra troika, a caseira, que decidiu acabar connosco.
Cavaco Silva, Passos Coelho e Vítor Gaspar são três loucos, incompetentes, alucinados e irresponsáveis, que descolaram da realidade ou que dela fogem como o diabo da cruz. Só isso pode explicar a corrida acelerada para o abismo em que nos arrastam, sem que vislumbremos como deles nos poderemos livrar tão cedo, manietados que estamos por poderes externos, mecanismos internos e pelo nosso atávico e paralisante fatalismo e mansidão colectivos, que só pontualmente são quebrados em momentos históricos especiais e relativamente fugazes.
Hoje, as praias estarão cheias, amanhã também, e continuará a indignação de sofá. Depois? A ver vamos, isto não há-de ser tão mau assim, deus é grande, não é?
Texto daqui
Imagem daqui
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Então até já …
Passos decidiu falar esta sexta porque se fosse segunda ou
terça podia não estragar o fim-de-semana…
«Os portugueses têm uma memória de passarinho, e por isso,
se o primeiro-ministro falasse na segunda, por exemplo, chegavam ao
fim-de-semana e já nem se lembravam da austeridade ou pelo menos não estava tão
nítida», explicou fonte do gabinete do primeiro-ministro.
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