Estive de férias na primeira quinzena deste mês e apanhei frio, vento e chuva!..
Hoje em Cantanhede, Passos Coelho, depois de ter sido vaiado à porta da câmara por cerca de uma centena de manifestantes, disse que não é o Governo que está a “exigir de mais” ao país – é antes o tempo que “é muito exigente”!..
Puta que pariu o clima.
Isto, está pior do que o cenário mais pessimista...
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Passos Coelho vai estar hoje à tarde em Cantanhede
O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho vai inaugurar esta quarta-feira, pelas 17H00, a Expofacic - Festas do Concelho de Cantanhede/2012.
Antes, pelas 14h30, o governante vai presidir à sessão solene comemorativa do feriado municipal de Cantanhede que se realiza no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Via AS BEIRAS
Mediocridade
De 2006 para cá – ano em que nasceu este blogue - muita coisa mudou.
Ficámos a saber, pelo menos, uma coisa nova.
Os políticos medíocres (os chamados de segunda) reagem à bruta aos blogues cujo conteúdo não conseguem controlar.
As suas limitações democráticas exigem unanimidade.
Temos pena…
Há notícias felizes...
Um reformado do Banco de Portugal e respectiva esposa, para quem "tudo somado não deverá dar para pagar as despesas!.." |
Em comunicado, o Banco de Portugal diz que "não tendo sido consultado sobre a aplicação do artigo 25.º da Lei do Orçamento do Estado ao Banco de Portugal antes da aprovação da lei em novembro último, o Banco Central Europeu considera que as dúvidas suscitadas pelo Banco de Portugal devem ser avaliadas e decididas pelas entidades envolvidas na aplicação da lei ou pelos tribunais".
Em tempo.
Mais uma do ainda ministro Relvas: "Governo poupa administradores da RTP aos cortes salariais."
terça-feira, 24 de julho de 2012
Às vezes apetecia-me não ler livros, ver televisão, ouvir rádio, ler jornais e ter computador…
Parece incrível, mas é verdade!
Conheço gente que não quer saber o que se passa no mundo…
Não lêem livros, não vêm televisão, não ouvem rádio, não lêem jornais e não têm computador.
Mas, quando pergunto se sabem o que se passa em Portugal, a resposta surge rápida e pronta: "ouço dizer os outros na rua, que é só roubar, lá por Lisboa... E a polícia não faz nada…"
De facto, para que é preciso os livros, a televisão, a rádio, os jornais ou o computador?..
Esses meus conhecidos que não ligam a essas ninharias, sabem mais do que muitos que, lá por Lisboa, mandam no País...
Portugal não era a Grécia. A Espanha não era Portugal… Agora, deve ter chegado a vez da Alemanha dizer que não é a Espanha… E muito menos Portugal ou a Grécia…
Há uns meses atrás, o
Governo português andou armado em “carapau de corrida”, para se demarcar, custasse o que custasse, da Grécia. Depois, veio a Espanha a
dizer que não era Portugal.
Abreviando. Já nem dá para disfarçar: aqui pela Europa estamos quase todos na merda, interessa é fazer crer que se pertence aos que
estão menos na merda.
Qualquer dia, não me admira que a Alemanha venha dizer que
não é a Espanha, Portugal ou a Grécia. Ou vice-versa: a Grécia dizer que não é
a Alemanha!
A solidariedade europeia é tão enternecedora!..
Em causa está a sobrevivência da arte xávega
foto Pedro Agostinho Cruz |
Na linha do anterior governo
O teste está feito e, pelos vistos, com excelentes resultados!
Relvas já provou que as escolas são desnecessárias...
Portanto, é perfeitamente natural que o " Ministério da Educação encerre mais 239 escolas do primeiro ciclo do ensino básico no próximo ano lectivo".
Relvas já provou que as escolas são desnecessárias...
Portanto, é perfeitamente natural que o " Ministério da Educação encerre mais 239 escolas do primeiro ciclo do ensino básico no próximo ano lectivo".
segunda-feira, 23 de julho de 2012
A cartilha de Rui Rio ("as autarquias com dívidas não deveriam ter eleições...") e Manuela Ferreira Leite ("devia suspender-se a democracia por 6 meses") continua a fazer o seu caminho dentro do PSD...
Desta vez, foi o "nosso" primeiro-ministro a falar numa linguagem que o povo tão bem entende: "que se lixem as eleições"!..
18, 10 ou apenas 1 freguesias para a Figueira?... A verdadeira questão, quanto a mim, não é essa…
Antes do mais, a meu ver, convém esclarecer que aquilo que o actual governo quer impor às freguesias, não é uma
reforma político-administrativa, mas um
conjunto de alterações avulsas, coerciva e apressadamente gizadas, feita à medida do chamado plano de reajustamento, ou
Memorando de Entendimento (ME), celebrado pelo estado português sob a batuta do
governo socialista de Sócrates com a Troika (FMI, CE e BCE), e com o acordo do
PSD e CDS-PP.
Recorde-se que em Fevereiro de 2006, foi anunciado a Lei-Quadro de Criação de
Autarquias Locais, que passaria a chamar-se "Lei-Quadro de Criação, Fusão
e Extinção de Autarquias Locais". Aquela Lei visava pôr em marcha a fusão
de freguesias com dimensões mínimas. A operação, segundo o secretário de estado
que então tinha a tutela do assunto (Eduardo Cabrita), começaria nas áreas metropolitanas
de Lisboa e Porto, nos municípios com mais de 50 mil habitantes. É por esta
razão que António Costa veio, mais tarde, a iniciar um processo nesse sentido em
Lisboa.
Desde já, um ponto prévio.
Não sou defensor de que tudo, nomeadamente no que concerne às
organizações humanas, é eterno.
Daí, encarar como perfeitamente natural reformas dos sistemas
político-administrativos. Contudo, essas reformas têm de assentar em estudos
fundamentados e tendo em conta a realidade.
Reformas político-administrativas coerentes e sérias, só se justificam quando ocorrem três condições
fundamentais: necessidade comprovada de reforma (através do resultado de
trabalhos científicos, do debate e acção política e de comparações/imposições
internacionais), existência de tempo e de recursos para promover a reforma mais
adequada às circunstâncias e, finalmente, vontade de promover a reforma por uma
via democrática no referencial constitucional em vigor.
No actual momento, creio que não será estultícia apontar que
não se verificou nenhuma das três condições formuladas (salvo a imposição da
Troika, que não é coisa pouca).
Verifica-se, isso sim, que o governo quer impor um conjunto de
alterações no referencial autárquico desajustado ao caso concreto português, no geral, e à Figueira, em particular.
O ministro Relvas, que quase sempre se descontrola quando
aborda este tema, disse, há tempos, entre outras coisas, que esta reforma é
incontornável porque, pasme-se, a última tinha sido feita há 150 anos!
Esqueceu-se foi de clarificar qual seria o ciclo mínimo para fazer este tipo de reformas: 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70 80, 90 ou 100 anos?
Além do mais, não é verdade que, no que às freguesias diz
respeito, a tal reforma tenha sido feita há 150 anos. O ministro confunde a
reforma administrativa municipalista liberal com a realidade, diferente, das
freguesias, porque essas só foram estabilizadas mais tarde, já no advento da
república. E, em todo o caso, seria bom recordar ao ministro que, Portugal, lá
por existir há cerca de um milénio, não tem que ser extinto!
Uma reforma séria, profunda e coerente de todo o universo
autárquico português, implica muito mais do que a questão simples, mas muito
polémica, do desenho administrativo territorial de municípios e freguesias.
A ANAFRE reagiu, então, de forma enérgica, e os jornais
passaram a dizer que o governo apenas queria agrupar algumas freguesias das
zonas urbanas. Depois, o assunto caiu no esquecimento.
O ministro Relvas, a própria Troika e António Costa, que já reduziu o número das freguesias de Lisboa,
não estão a tentar materializar nada caído do céu recentemente.
A questão, não obstante as suas características artificiais,
tem, pelo menos, seis anos.
Aqui chegados, impõe-se perguntar se, numa situação de
profunda crise económica, financeira e social, se deverá dar prioridade a
reformas deste tipo? Parece, a meu ver, que a resposta sensata, é negativa, até porque
é muito incerto que a redução do número de freguesias conduza, por si só, a uma
redução sensível das despesas públicas. Por esse mesmo motivo, e em coerência,
também não parece ser a altura mais adequada para avançar com a regionalização,
não obstante os seus méritos potenciais.
É quase surreal que, numa conjuntura como é a actual, se
queira forçar esta reforma, que seria sempre difícil e complexa em si mesma,
quanto mais quando conduzida sob a batuta coerciva e antidemocrática dos
princípios defendidos pelo ministro Relvas em nome da Troika.
Será que a maioria parlamentar, e o próprio primeiro-ministro,
ainda não perceberam que os conflitos "necessários e reais" que a sua
política socioeconómica impõem, já são mais do que suficientes para lhes
tornarem a vida difícil?
No caso concrecto da Figueira colocar a questão em 18, 10 ou
apenas uma freguesia, quanto a mim é um falso problema.
Quanto a mim, a
verdadeira questão é: para que servem as freguesias?.. E como servem!..
domingo, 22 de julho de 2012
José Vilhena
O homem chama-se José Vilhena e produziu, nos vinte anos que antecederam a Revolução de Abril, algumas das mas notáveis peças paraliterárias de resistência à ditadura.
Depois de 74, o seu humor mordaz continuou a incomodar os sucessivos poderes – tanto o poder revolucionário como o institucional que se lhe seguiria – mas isso não o impediu de manter, durante os trinta anos posteriores, uma actividade regular sem paralelo como autor e editor.
Com a Gaiola Aberta, primeiro, e depois com O Fala Barato, O Cavaco, ou O Moralista, Vilhena esteve sempre na primeira linha do humor, disparando sem dó nem piedade contra políticos e militares, padres e bispos, reis e princesas e demais figuras públicas e privadas que se pusessem a jeito. As publicações periódicas foram o seu meio privilegiado de comunicação, no regime democrático. Antes disso, eram os livros, pela simples razão de que, sobre eles, não existia a obrigatoriedade de submissão à censura prévia. Em contrapartida havia sempre o risco da apreensão posterior, coisa que Vilhena conheceu bem: com cerca de 40 títulos capturados pelos esbirros do regime foi, seguramente, o autor mais perseguido pelo lusofascismo.
Fez no passado dia 7, 85 anos de idade.
Todavia, com excepção da meia dúzia de amigos e admiradores que estiveram presentes numa pequena homenagem organizada em Lisboa pelo Museu da República e Resistência, quase ninguém se deu conta da efeméride.
Com atraso e graças à boleia do meu Amigo Fernando Campos, fica uma saudação ao Homem de carácter e Mestre do humor em Portugal.
Depois de 74, o seu humor mordaz continuou a incomodar os sucessivos poderes – tanto o poder revolucionário como o institucional que se lhe seguiria – mas isso não o impediu de manter, durante os trinta anos posteriores, uma actividade regular sem paralelo como autor e editor.
Com a Gaiola Aberta, primeiro, e depois com O Fala Barato, O Cavaco, ou O Moralista, Vilhena esteve sempre na primeira linha do humor, disparando sem dó nem piedade contra políticos e militares, padres e bispos, reis e princesas e demais figuras públicas e privadas que se pusessem a jeito. As publicações periódicas foram o seu meio privilegiado de comunicação, no regime democrático. Antes disso, eram os livros, pela simples razão de que, sobre eles, não existia a obrigatoriedade de submissão à censura prévia. Em contrapartida havia sempre o risco da apreensão posterior, coisa que Vilhena conheceu bem: com cerca de 40 títulos capturados pelos esbirros do regime foi, seguramente, o autor mais perseguido pelo lusofascismo.
Fez no passado dia 7, 85 anos de idade.
Todavia, com excepção da meia dúzia de amigos e admiradores que estiveram presentes numa pequena homenagem organizada em Lisboa pelo Museu da República e Resistência, quase ninguém se deu conta da efeméride.
Com atraso e graças à boleia do meu Amigo Fernando Campos, fica uma saudação ao Homem de carácter e Mestre do humor em Portugal.
A Figueira no Tour!
José Santos, dava aulas de Educação Física na Figueira da Foz, mas ao fim de vinte anos foi colocado na mobilidade.
Surf Adaptado na praia da Cova-Gala (II)
Organizado pela SURFaddict – Associação Portuguesa de Surf Adaptado, esta iniciativa teve como principal objetivo “alertar e criar condições para que as escolas recebam as pessoas com deficiência na prática dos desportos de ondas”.
Para ver o trabalho fotográfico de Pedro Agostinho Cruz, sobre o que se passou na manhã de ontem na praia da Cova-Gala, clique aqui.
Para ver o trabalho fotográfico de Pedro Agostinho Cruz, sobre o que se passou na manhã de ontem na praia da Cova-Gala, clique aqui.
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