quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

As Liberdades Essenciais

As liberdades essenciais são três: liberdade de cultura, liberdade de organização social, liberdade económica. Pela liberdade de cultura, o homem poderá desenvolver ao máximo o seu espírito crítico e criador; ninguém lhe fechará nenhum domínio, ninguém impedirá que transmita aos outros o que tiver aprendido ou pensado. Pela liberdade de organização social, o homem intervém no arranjo da sua vida em sociedade, administrando e guiando, em sistemas cada vez mais perfeitos à medida que a sua cultura se for alargando; para o bom governante, cada cidadão não é uma cabeça de rebanho; é como que o aluno de uma escola de humanidade: tem de se educar para o melhor dos regimes, através dos regimes possíveis. Pela liberdade económica, o homem assegura o necessário para que o seu espírito se liberte de preocupações materiais e possa dedicar-se ao que existe de mais belo e de mais amplo; nenhum homem deve ser explorado por outro homem; ninguém deve, pela posse dos meios de produção e de transporte, que permitem explorar, pôr em perigo a sua liberdade de Espírito ou a
liberdade de Espírito dos outros. No Reino Divino, na organização humana mais perfeita, não haverá nenhuma restrição de cultura, nenhuma coacção de governo, nenhuma propriedade. A tudo isto se poderá chegar gradualmente e pelo esforço fraterno de todos.
Agostinho da Silva

Ruptura e mudança

foto Pedro CruzNeste post, publicado pelo O Ambiente na Figueira da Foz, é colocada uma questão que ajuda a compreender os problema passados, presentes e futuros do nosso concelho:“seria possível que a Câmara via FGT - apoio de 150.000 euros (165.000 em 2009) - deixasse de apoiar o Carnaval ? Talvez fosse possível e desejável, mas não seria fácil nem ajuizado. Há algum responsável político da CDU ao Mov.100% que afirme taxativamente "connosco não haverá mais Carnaval" ? Não há , pois não?”
Perdoe-me o meu Amigo João Vaz, mas a sua pergunta, a meu ver, um tanto ou quanto embrulhada, é de fácil resposta. Aliás, ele próprio a dá, logo a seguir: “o modelo de financiamento ao Carnaval deve ser repensado. Na minha opinião deveria ser criada uma Comissão (estilo Queima das Fitas) capaz de gerir e investir no processo, tornando-o sustentável do ponto de vista financeiro. A Câmara (leia-se FGT) não pode continuar a apoiar eventos desta e doutra natureza. O contribuinte não pode ser sacrificado com despesas em investimentos não essenciais à nossa qualidade de vida.”

Nem mais. O Carnaval, de Buarcos ou da Figueira, nos moldes em que é organizado, constitui um mero espectáculo, portanto, não deve, nem pode, continuar a ser pago com o dinheiro dos contribuintes. Ponto final. Se os responsáveis políticos, da esquerda à direita, não têm essa perspectiva, problema deles. Eu, como cidadão contribuinte, penso assim há muitos anos.
Mais: do meu ponto de vista, no actual e delicado momento social, politico e financeiro, que a Figueira atravessa, os actuais responsáveis políticos camarários têm a responsabilidade de romper com o passado e fazer diferente.
Fossilizar nos projectos antigos e seguir a mesma conduta politica e de gestão, é o pior serviço que podem prestar à cidade e ao concelho.
Este presidente e esta vereação foram eleitos para realizar a mudança.
Portanto, para mudar é necessário realizar a ruptura com o sistema político herdado do anterior executivo, criando novos processos de funcionamento e novas alternativas de gestão.
É evidente, que isso iria contrariar a lógica intrínseca dos aparelhos partidários clássicos e do modelo de gestão camarária dominante nos últimos 30 anos, modelo esse, aliás, que nos conduziu ao aflitivo e embaraçoso momento presente.
Mas não é isso que tem mesmo de ser feito?
A hierarquia interna dos aparelhos políticos tradicionais, os sistemas de delegação de poder, os projectos e o modo de fazer política e o quadro da luta institucional, não têm de ser colocados em causa?
Aliás, dada a gravidade da situação actual, qualquer dia, se não forem tomadas medidas, não será mesmo o próprio sistema político actual a estar em causa?

Atravessamos momentos conturbados e difíceis na Figueira.
Eu, por mim, sei o que não quero. Portanto, resta inventar, o futuro, esse desconhecido.
Era isso -
que fosse diferente do anterior - que esperava deste executivo municipal… A saber: que tivesse projectos políticos inovadores, criativos, acções que visassem maior justiça social e propostas objectivas para um desenvolvimento ecologicamente sustentável do concelho.
Lamento escrevê-lo, mas, do meu ponto de vista, não é isso que está a acontecer...

X&Q824


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Essa agora, Dona Olga Tronchuda!..

"O xô Elichio das pernas foi o grande vencedor das eleixões. É o prasidente lá de Lavos e conxeguiu por o seu amigo como directore cá do centro das artes. Foi o que me dixe o senhore que vem cá trazer o leite. O xôr Agostinho caté progunta quando é o regrexo, mas o xôr Elichio nunca repetiu um partido, foi do PS, do PRD, do PSN, do PSD, xó nunca foi dos comenistas. Em calhando vai iniciar outra vês, prutanto o mais certo é ir para o peéçe.
Fajendo um flache beque, só primitar o Tarantino, vou falar ótra vez do belogue do xôr Agostinho. Ele escrebe sobre muntas cousas e no outro dia escrebeu uma que eu até gostei. Ele dixe que o sinhore Lidio Lopes faz falta lá na béreação, bem não foi com exas palabras, foi mais ou menos isto, ele escrebeu que tem sódades dos tempos que o sôr Lopes lá estaba. A Hortenche é que debe andar fula, ela num gosta nada do home.
Mas ainda sobre o belogue do xôr Agostinho axo que ele debe mudar o nome. Debia-se chamar
esta marge, pruque ele é de cá, está cá ó pé da gente, e num xei porque deu o nome do outro lado.
Aqui no lar inda bamos faxer um abaixo-axaxinado para ele mudar pra esta marge."
Essa agora, Dona Olga Tronchuda!..

aF106


Ah, ganda Crespo, pá!..


Anda tudo muito enervado!...


Não é só a rapaziada do futebol, nacional e regional, que anda nervosa.

Na politica doméstica também anda por aí uma malta nervosa e ansiosa”.

A primeira exposição de fotografia do Pedro continua patente ao público no Núcleo Museológico do Mar

Pormenores, aqui.

Músicas da minha vida (XXXII)



Com este vídeo, fica por aqui esta primeira série das músicas da minha vida.

5 euros, cinco, para visitar o Museu Municipal da Figueira da Foz?!...

Neste momento, conforme pode ser confirmado clicando aqui, uma visita ao Museu Municipal Dr. Santos Rocha, tem os seguintes preços:

Adultos: 1,30 €

Dos 12 aos 25 / mais de 65 anos: 1 €

Visitas de estudo (solicitadas por escolas): Grátis

Visitas de grupos organizadas (mais de 15 pessoas): 15€/Grupo

Numa passagem pelo blogue do vereador PSD Miguel Almeida, fiquei deveras espantado com o seguinte, a propósito do projecto de regulamento de taxas municipais da Figueira da Foz, apresentado na passada terça-feira, dia 2, na reunião de Câmara. Passo a citar o vereador PSD: “o preço da entrada no Museu Municipal Santos Rocha foi outra das questões que mereceu a nossa atenção, tendo em conta que visitar o mesmo vai passar a custar 5€, contra os actuais 1,5€. Nenhum museu nacional pratica estes preços, e que na maior parte dos casos não passam a linha dos 3€.”

5 euros, cinco, para visitar, no futuro, o Museu Municipal da Figueira da Foz!... Será possível?..

O video fala por si

Via
Limonete

Maiorca


Nunca é de mais trazer à colação, "as “obras” do novo executivo da Junta de Freguesia."

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Vai ser entregue um donativo ao Centro Social da Cova e Gala

Na próxima quarta-feira, dia 10, pelas 16h00, Maria Cavaco Silva desloca-se ao Centro Social da Cova-Gala (freguesia de S. Pedro) para entregar pessoalmente a receita apurada na exposição “O Presépio”, organizada pelo Museu da Presidência da República em parceria com o Casino Figueira.

“O dinheiro tem um destino muito bonito, julgo que só por isso vale a pena visitar a exposição”, disse Maria Cavaco Silva na abertura oficial da exposição, aludindo ao facto da receita apurada com as entradas e a venda dos catálogos reverter, integralmente, para o Centro Social da Cova e Gala, uma instituição local que apoia crianças e população carenciada.

A mostra reuniu no Palácio Sotto Mayor 150 presépios da colecção privada da Primeira-Dama.

X&Q823


"Elefantes brancos"






Mais uma amostra da irresponsabilidade e desperdício que tem sido imagem de marca de Portugal nas últimas décadas: os números divulgados, neste excelente trabalho do Público, sobre os custos de manutenção dos estádios de futebol construídos para o Euro 2004.

Mudam os políticos, mas o carnaval é sempre o mesmo…(II)


fotos sacadas daqui e daqui

Mais umas vez, vamos prestar a nossa contribuição monetária, obrigados pela Câmara municipal da Figueira da Foz, ao carnaval de Buarcos. Este ano, são 150 mil euros. Trinta mil contos, em moeda antiga. Cá está, mais uma revelação da infantilidade e da menoridade intelectual que se apoderou do país e da classe política. Uma cidade, a nossa Figueira da Foz, com uma gravíssima situação financeira, continua a organizar, alegre e impunemente, carnavaladas com dinheiro emprestado que vai ter grande dificuldade em pagar. Isto não é carnaval. É uma cidade de irresponsáveis e alienados. Que, aliás, se limita a acompanhar o resto do País. Com poucas excepções. Mudam os políticos, mas o carnaval é sempre o mesmo…

Músicas da minha vida (XXXI)


domingo, 7 de fevereiro de 2010

Deus nos ajude!... (II)

O Sporting está, tal como o País, em crise profunda…
Os últimos resultados, no Porto e em casa com a Académica, tornaram mais visível a crise.
Nada, aliás, que não fosse fácil de prever.
Em 15 de Novembro de 2009, tinha Carvalhal acabado de assinar pelo Sporting, publiquei este post que Amigos meus, na altura, consideraram exagerado.
Infelizmente, parece que tenho razão, o que, aliás, não era difícil de prever: na última equipa que Carvalhal havia treinado, o Marítimo, em 17 jogos realizados, sob sua orientação, apenas tinha ganho dois.
Do mal o menos: parece que o contrato é apenas válido até ao final da época!..
Interessa sublinhar, porém, que o maior culpado não é Carvalhal!.. Como não era Paulo Bento!..
Como, aliás, Sócrates não é o maior culpado pela outra crise!..
Essa sim, mais abrangente e verdadeiramente preocupante.