Foto: PEDRO CRUZ
Já em 1 de Setembro passado, levantámos o problema neste espaço.
Agora, Isabel Oliveira, Presidente da Junta de Freguesia de Lavos, levou o assunto à Assembleia Municipal da Figueira da Foz, apresentando uma moção na qual denunciou a situação: Costa de Lavos, Praia da Leirosa e Cova-Gala correm "sérios riscos" de ser invadidas pelo mar. De acordo com a autarca do PSD, na Costa de Lavos e Leirosa o mar, durante o Verão, "comeu" e afundou a praia e a duna primária que "está quase a ser rompida", destruindo ainda parcialmente a "cabeça" do esporão existente.O assunto é pertinente e grave. "O Inverno aproxima-se e tudo leva a crer que a situação se irá agravar. O desastre pode estar iminente, pelo que as entidades responsáveis -Ministério do Ambiente, Ministério das Obras Públicas, Comissão de Coordenação do Centro, Governo Civil de Coimbra e Câmara da Figueira - têm de "tomar medidas" .
A autarca de Lavos, acredita que a solução do problema passará pela construção de dois novos esporões.
"Na Costa de Lavos, um esporão mais curto do que o actual, que nasça da margem norte do "Rego do Sul".
No que refere à Leirosa, que seja construído também um mais curto que o actual, implantado a 300/400 metros a sul do lá existente.
E, para a Cova-Gala, não há nada para propor?
Para denunciar a situação entrou no rol. Para a solução a Cova-Gala não conta?
Dada a gravidade e melindre deste momentoso assunto, para os covagalenses seria de todo o interesse saber a posição do Presidente da Junta de São Pedro.
É que no decorrer da última Assembleia Municipal permaneceu calado! ...
sábado, 30 de setembro de 2006
Distrital de Infantis
Cova-Gala 30 - Malhada 0
Complexo Desportivo do Cabedelo
Árbitro: Alberto Caixeiro
Cova-Gala: Pedro Duarte, João Carlos, João Manuel, Pedro (cap.), João Pedro, Paulito, Carlos Daniel, Zé Pedro, Fredy, Carlitos, Hugo, Rui Penicheiro.
Treinador: João Camarão - Rui Camarão
Malhada: Ruben Mauro, Marco André (cap.), Cristian José, Ruben Filipe, Rodrgo Seabra, Paulo Gonçalves, Leandro Cardoso, Samuel Pais, Ruben Silva, Tiago Gomes, Carlos Gomes.
Treinador: Luís António
Disciplina: nada a assinalar.
Resultado ao intervalo: 15-0
Golos: Carlos Daniel (8, 14, 16, 28, 29, 36 e 40 m); Zé Pedro (4, 10, 15, 22, 30 e 47 m); Paulito (20, 21, 55 e 56 m); Carlitos (23, 24 e 26 m); Pedro (36 m); João Pedro (35, 39, 43 e 46 m); Hugo (37, 57, 60 e 61 m); João Manuel (53 m); Frdy (60 m).
A história do jogo, é a história dos golos, tal a superioridade demonstrada pelos infantis do Grupo Desportivo Cova-Gala.
(Reportagem e fotos de PEDRO CRUZ)
sexta-feira, 29 de setembro de 2006
“POR UMA FRATERNA UNIÃO” agora e sempre a divisa do Grupo Desportivo Cova-Gala
O Grupo Desportivo Cova-Gala vai completar 29 anos de existência.
Para comemorar a efeméride, a Direcção elaborou o seguinte programa.
Assim, no próximo dia 5 de Outubro, vão ter lugar os seguintes eventos no Complexo Desportivo do Cabedelo:
11 horas - Jogo de futebol “ Escolas” : Cova-Gala vs Vateca
16 horas - Jogo de futebol “ Seniores” : Cova-Gala vs Carqueijo
17 horas - A Direcção presta Homenagem a dois dos seus Associados
17 horas e trinta minutos : Convívio com os Associados (“ Porco assado”)
Pelas 16 horas, antes do Jogo Cova-Gala vs Carqueijo, e durante o intervalo, actuará o Rancho Infantil Cova-Gala. do Clube Mocidade Covense.
No decorrer destes 29 anos de vida, muito trabalho foi realizado, muito sacrifício foi feito em prol do Grupo Desportivo Cova-Gala . Inúmeros homens e mulheres, várias gerações de atletas, médicos, massagistas, roupeiros prestaram um contributo valioso e quase anónimo.
Mas, há datas, que pelo seu significado, são marcos que nunca mais se podem esquecer..
O dia 9 de Junho de 1978 foi um desses acontecimentos que influenciaram o que veio a seguir.
Nessa data, teve lugar a primeira Assembleia Geral do Cova-Gala.
António Agostinho, nessa altura, acompanhou o acontecimento, do qual fez uma reportagem publicada no extinto semanário da Figueira da Foz, “barca nova”.
“Unir duas populações, cujos povoados naturalmente se fundem, é o grande objectivo do Grupo Desportivo da Cova – Gala.
Fundado em 5 de Outubro do ano passado, pretende proporcionar aos seus associados actividades desportivas e quando houver possibilidades, também recreativas e culturais .
Legalizado em 19 de Maio passado, tem sido gerido por uma Comissão Directiva .
Realizou em 9 de Junho de 1978, em casa emprestada, na sede do Centro Social da Cova e Gala, a sua primeira Assembleia Geral , com a seguinte ordem de trabalhos :
1º - Apresentação de contas ; 2º - Informações ; 3º - Apresentação e A provação dos Estatutos ; 4º- Eleição dos corpos gerentes .
As contas, foram aprovadas por unanimidade .
Seguiram-se varias informações a perguntas formuladas por diversos sócios .
Os estatutos , depois de discutidos, foram aprovados também por unanimidade .
Logo após, procedeu-se á eleição dos novos Corpos Gerentes, ficando eleita por maioria , a única lista apresentada, assim constituída :
Assembleia Geral : Presidente, Carlos Alberto Jesus Lima ; 1º Secretário, António Catulo ; 2º Secretário, Carlos Mano .
Direcção : Presidente , José Lima ; Vice-Presidente, António Lebre; Secretários , Domingos Casqueira e Tó Samuel ;Vogais Alexandre, Joao Cura e Gafanhão, Suplentes Armando, José Luís Ramos e José Xico.
Conselho Fiscal: Presidente, Nelson ; Secretário, Domingos Roda ; Relator, Luís Pereira Mano .
O Grupo, por enquanto, só se dedica á pratica do futebol.
Tomam parte em torneios populares, tendo como objectivo imediato, a sua integração na 3ª Divisão, do Distrital A . F .de Coimbra .
Para isso têm e ser torneados diversos obstáculos. A curto prazo, as necessidades mais prementes passam pela construção dos balneários do campo de jogos, vedação do mesmo, equipamentos, bolas, etc.
A situação financeira, como é norma nos pequenos clubes, constitui outro problema, dado que o Clube possui somente 205 sócios. Outro assunto a resolver, diz respeito à sede.
Presentemente, nem segurança há, pois os equipamentos são guardados numa casita, para o efeito cedida por um carola.
As entidades competentes, têm uma palavra a dizer. São pequenos clubes como este, que fomentam o desporto, a cultura e o recreio nas pequenas aldeias do nosso País.
Mas o Clube, essencialmente, tem de contar com a sua massa associativa. Da sua ajuda, do seu interesse, do seu carinho, depende a vida futura da colectividade.”
Era assim há 29 anos o Grupo Desportivo Cova-Gala.
quinta-feira, 28 de setembro de 2006
Video sobre os nossos pescadores
New Bedford, na Nova Inglaterra, foi a primeira “capital portuguesa” nos EUA. Ainda no decorrer do século dezanove tornou-se destino prioritário para emigrantes açorianos e madeirenses. Quais os motivos que levaram os emigrantes a reunirem-se naquela pequena cidade portuária? A rota dos grandes veleiros é normalmente apontada como a responsável pela ida dos primeiros emigrantes açorianos para os EUA.
Mas New Bedford encontra-se também ligada, desde há muitos anos, à Cova e Gala. Milhares de conterrâneos nossos tomaram o caminho da diáspora e demandaram a cidade baleeira à procuram de uma vida melhor. Primeiro, sobretudo para a pesca. Nos dias de hoje, porém, já estenderam a sua actividade por outros sectores da sociedade americana.
Peter Pereira, é um luso-americano (pertence a uma família conhecida e estimada na nossa Terra - os Roda) e é Fotojornalista no Standard Times, um jornal de New Bedford. Peter e outro luso-americano, chamado João Ferreira, criaram um projecto sobre a imigração portuguesa. É um livro sobre a experiência portuguesa na América e retrata também os imigrantes da Cova Gala.É deles o vídeo, que com todo o gosto, divulgamos aos visitantes do Outra Margem. É só clicar:
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Mas New Bedford encontra-se também ligada, desde há muitos anos, à Cova e Gala. Milhares de conterrâneos nossos tomaram o caminho da diáspora e demandaram a cidade baleeira à procuram de uma vida melhor. Primeiro, sobretudo para a pesca. Nos dias de hoje, porém, já estenderam a sua actividade por outros sectores da sociedade americana.
Peter Pereira, é um luso-americano (pertence a uma família conhecida e estimada na nossa Terra - os Roda) e é Fotojornalista no Standard Times, um jornal de New Bedford. Peter e outro luso-americano, chamado João Ferreira, criaram um projecto sobre a imigração portuguesa. É um livro sobre a experiência portuguesa na América e retrata também os imigrantes da Cova Gala.É deles o vídeo, que com todo o gosto, divulgamos aos visitantes do Outra Margem. É só clicar:
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Morreu Fausto Caniceiro da Costa
Foto: figueira.net
Fausto Caniceiro da Costa , um rosto da Figueira da Foz, morreu no passado dia 26. Contava 92 anos de vida.Nascido na Figueira em 5 de Março de 1914, durante 46 anos foi funcionário público de profissão.
Figura inquieta e de rara sensibilidade, foi dirigente associativo, homem de teatro, humorista, poeta popular, ilusionista, declamador, mimo e, até, músico.
Colaborou durante décadas em jornais e publicou mais de uma dezena de livros.
Com o desaparecimento físico de Fausto Caniceiro da Costa a Figueira ficou mais pobre: perdeu um cidadão estimado e um bairrista convicto.
Fausto Caniceiro da Costa , um rosto da Figueira da Foz, morreu no passado dia 26. Contava 92 anos de vida.Nascido na Figueira em 5 de Março de 1914, durante 46 anos foi funcionário público de profissão.
Figura inquieta e de rara sensibilidade, foi dirigente associativo, homem de teatro, humorista, poeta popular, ilusionista, declamador, mimo e, até, músico.
Colaborou durante décadas em jornais e publicou mais de uma dezena de livros.
Com o desaparecimento físico de Fausto Caniceiro da Costa a Figueira ficou mais pobre: perdeu um cidadão estimado e um bairrista convicto.
quarta-feira, 27 de setembro de 2006
terça-feira, 26 de setembro de 2006
Futurismo?! ...
Há que tempos que não dá uma implosão em directo na televisão! ...
Claro, com o Primeiro-Ministro a carregar no detonador...
Mas não vamos perder pela demora. Mais dois anos ... e lá vai a Ponte dos Arcos! ...
Porquê? ...
Porque foi um símbolo de progresso num país pacóvio? ...
Porque é um símbolo pacóvio num país de progresso? ..
Ou porque, agora, é um símbolo de atraso ao progresso de um país pacóvio? ...
.........................................................................................Foto PEDRO CUZ
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
Cinco meses a blogar
Foto: PEDRO CRUZ
Informalmente, a equipa do OUTRA MARGEM reuniu-se, ontem, à noite, para analisar e avaliar os estragos entretanto causados, desde a sua aparição na blogoesfera - o dia 25 de Abril do ano da graça de 2006.
Como balanço destes primeiros cinco meses, ficou-nos a leve impressão de sermos, presumivelmente, das criaturas mais badaladas na freguesia, pelas mais diversas razões.
Todavia, como todas as moedas têm duas faces, sabemos de fonte segura, que somos, também presumivelmente, as mais lidas. O algodão não engana.
Depois de realizado o balanço, exaustivo e pormenorizado, do passado, com o fito de perspectivar o futuro, foram colocadas três hipóteses em cima da mesa:
a) - Acabar, porque isso teria grandes vantagens: teríamos mais tempo para nos dedicarmos a diversos prazeres solitários ou com companhia.
Depois de alguma discussão e troca de pontos de vista, decidimos não ir por aí.
b) - Remodelar, dar-lhe uma feição mais "normal": que o mesmo é dizer, ser engolidos pelo cinzentismo global.
Depois de mais discussão e troca de mais pontos de vista, decidimos também não ir por aí.
c) – Continuar, a hipótese mais óbvia, coerente e preguiçosa: deixar o OUTRA MARGEM como está, com um retoque aqui ou ali.
Sem grande discussão e sem troca de muitos pontos de vista, a equipa fundadora acabou por votar, por unanimidade, a hipótese c), de braço no ar, com direito a vivas e aclamação, o que perturbou o sono dos meus periquitos de estimação.Portanto, estamos em condições de informar, desde já, que os planos dos que fazem o OUTRA MARGEM, pelo menos para os próximos cinco meses, são simples, transparentes e translúcidos: fazer mais do mesmo.
Como diz o Povo, na sua imensa sabedoria: “ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA”.
Por outras palavras: “QUEM PORFIA MATA CAÇA”
Informalmente, a equipa do OUTRA MARGEM reuniu-se, ontem, à noite, para analisar e avaliar os estragos entretanto causados, desde a sua aparição na blogoesfera - o dia 25 de Abril do ano da graça de 2006.
Como balanço destes primeiros cinco meses, ficou-nos a leve impressão de sermos, presumivelmente, das criaturas mais badaladas na freguesia, pelas mais diversas razões.
Todavia, como todas as moedas têm duas faces, sabemos de fonte segura, que somos, também presumivelmente, as mais lidas. O algodão não engana.
Depois de realizado o balanço, exaustivo e pormenorizado, do passado, com o fito de perspectivar o futuro, foram colocadas três hipóteses em cima da mesa:
a) - Acabar, porque isso teria grandes vantagens: teríamos mais tempo para nos dedicarmos a diversos prazeres solitários ou com companhia.
Depois de alguma discussão e troca de pontos de vista, decidimos não ir por aí.
b) - Remodelar, dar-lhe uma feição mais "normal": que o mesmo é dizer, ser engolidos pelo cinzentismo global.
Depois de mais discussão e troca de mais pontos de vista, decidimos também não ir por aí.
c) – Continuar, a hipótese mais óbvia, coerente e preguiçosa: deixar o OUTRA MARGEM como está, com um retoque aqui ou ali.
Sem grande discussão e sem troca de muitos pontos de vista, a equipa fundadora acabou por votar, por unanimidade, a hipótese c), de braço no ar, com direito a vivas e aclamação, o que perturbou o sono dos meus periquitos de estimação.Portanto, estamos em condições de informar, desde já, que os planos dos que fazem o OUTRA MARGEM, pelo menos para os próximos cinco meses, são simples, transparentes e translúcidos: fazer mais do mesmo.
Como diz o Povo, na sua imensa sabedoria: “ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA”.
Por outras palavras: “QUEM PORFIA MATA CAÇA”
domingo, 24 de setembro de 2006
Cova-Gala 4 - Pampilhosense 0
Cova Gala segue em frente na Taça da AFC
Complexo Desportivo do Cabedelo
Árbitro: Góis Cardoso
Auxiliares: António Rocha e Mário Simões
Cova-Gala: Tiago Dias; Rafa, Copinho, Hugo, Rato, Pedro Mota; Ruizito, Pedro (Cap,), Ivo (Mané aos 68 m), Dani (Rui Camarão aos 77 m) e Tuka (Tó Jó aos 77 m)
Suplentes não utilizados: Bolas, João Pedro, Fábio e Ivo Cruz
Treinador: Carlos Silva
Pampilhosesne: Jorge Ramos; Américo Gaspar ( Bruno aos 49 m), Ricardo Serra, Carlos Isidrio, Emanuel Costa, Ricardo Reis, Filipe Brito, Marco Alegre, Ivo Duarte, Carlos Alegre (Cap.), António Santos (Nuno Pedro aos 66m)
Suplentes não utilizados: Carlos Carvalho, João Reis
Treinador: Odivaldo Nascimento
Golos: Ivo (aos 33 m e 50 m) Tuka (aos 49 m) e Rafa (66 m)
Disciplina:
Amarelos - Ricardo Serra (aos 25 m); Pedro (aos 71 m)
O Cova-Gala, ao vencer de forma clara esta partida ao Pampilhosense, segue em frente na Taça da AFC, uma prova que aliás já venceu.
Com a vantagem de 1 golo ao intervalo, no reatamento 2 golos de rajada, aos 49 e 50 m, mataram o jogo e a discussão da eliminatória.
Quatro golos de diferença espelham bem a superioridade do Cova-Gala neste encontro, frente a uma equipa que lutou com dignidade, mas não teve argumentos para discutir o resultado.
Numa tarde com muita chuva, pouco público esteve a apoiar a jovem equipa da Freguesia de São Pedro.
No próximo domingo, no jogo inaugural do Campeonato Distrital d I Divisão AFC, frente ao Seixo Mira, desejam-se mais espectadores no recinto do Cabedelo para apoiar a nossa equipa.
(Reportagem de PEDRO CRUZ)
Tudo a postos! ...
sábado, 23 de setembro de 2006
Grupo Desportivo Cova-Gala: época oficial arranca amanhã
O Grupo Desportivo Cova-Gala, vai dar o pontapé de saída para a época futebolística 2006/2007, a nível oficial, com o jogo que se realiza amanhã, dia 24 de Setembro, domingo, pelas 16 horas, no Complexo Desportivo do Cabedelo.
A partida, conta para a 1ª eliminatória da Taça da Associação de Futebol de Coimbra e o adversário é o Pampilhosense.
No arranque para a nova temporada, o OUTRA MARGEM teve uma conversa com Carlos Silva, treinador principal da formação sénior, onde foram levantadas algumas questões e perspectivadas as aspirações do único representante do concelho da Figueira nas provas distritais da AFC, em seniores.
Carlos Silva, em conversa com Pedro Cruz, começou por dizer que, “de momento está satisfeito com o grupo de trabalho, que tem ao seu dispor para a participação na série B, série essa que tem equipas valorosas”.
Em relação às carências do plantel, o nosso interlocutor “apontou a falta de um finalizador nato”, que o mesmo é dizer, “que a maior fragilidade da equipa se encontra no sector ofensivo”
Dada a manifesta juventude dos atletas, com a consequente inexperiência, Carlos Silva admitiu que “esse é um factor a ter em conta”.
Os objectivos do Grupo Desportivo Cova-Gala, na época prestes a iniciar-se, passam, no essencial, “por fazer o melhor campeonato possível, procurando estar sempre nos lugares cimeiros, mas nunca desperdiçando a hipótese de subir de divisão”.
Em relação ao público adepto da Colectividade da Freguesia de São Pedro, o treinador “espera que seja participativo nos jogos, paciente em alguns momentos menos bons da equipa (não esquecer que os jogadores são jovens), pois o seu apoio é fundamental no rendimento final do grupo de trabalho”.
Uma palavra para a melhoria das condições do piso, com a realização das recentes obras no pelado do Cabedelo, pois segundo Carlos Silva, “isso foi uma mais valia para a prática da modalidade, o que também pode representar mais um factor positivo para o Cova-Gala realizar uma boa época”.
Neste momento, Carlos Silva, tem para enfrentar uma competição exigente, como é a série B da I divisão distrital de Coimbra, o seguinte plantel:
Guarda Redes: Luís Carlos (Bolas), Tiago Dias e Rui Silva.
Defesas: António Almeida (Rato), Ivo Cruz, Fábio Matias (Lambreta), Daniel Lebre (Dani), Pedro Gonçalves, Rafael Soares (Rafa) e Hugo.
Centro Campistas: Márcio Silva (Tuka), Pedro Fernandes, João Pedro, Luís Carvalho, Rui Camarão, João Tiago e Alexandre Capote (Alex).
Avançados: Ivo Gil, Rui Pereira (Ruizito), Fábio, Emanuel Loureiro (Mané) e Tó Jó.
A terminar a agradável conversa com o OUTRA MARGEM, Carlos Silva referiu que para enfrentar uma prova exigente como é a série B da I divisão distrital da AFC, este plantel ficaria mais equilibrado com a vinda de “um ou dois atletas para reforçar o sector ofensivo”, todavia isso é “extremamente difícil devido aos compromissos profissionais dos jogadores em causa”.
A um dia do pontapé de saída da época futebolística 2006/2007, ficam os votos do OUTRA MARGEM: bons jogos, muito desportivismo e boa sorte Cova-Gala.
(Um trabalho de PEDRO CRUZ)
sexta-feira, 22 de setembro de 2006
Outono novo
....Foto: PEDRO CRUZ
Numa vida longa e vivida...
Mais um Outono novo!..
O Verão deu a despedida...
É assim a vida do povo!..
Vão predominar os castanhos
Nestes dias que parecem uma aguarela!
Nos pinheiros de todos os tamanhos
A floresta vai lembrar uma tela...
Dias feios?.. Apenas um lamento...
Castanha assada, pão a cozer
Jornal sobre a mesa para ler...
A vida passa num momento
Como as uvas num lagar a espremer...
Tudo passa... Recordar é viver!
Silêncio arma letal
Foto: PEDRO CRUZ
O silêncio pode ser uma arma letal.
Presta-se ainda à especulação, à dúvida...
A vulnerabilidade do silêncio, todavia, é proporcional à estima que dedicamos a quem nos agride dessa forma.
Essa é a surpresa que podemos reservar ao agressor...
E, quando isso acontece, o agressor não sai necessariamente vitorioso com a sua estratégia.
É que assim, sem eco da sua actuação, fica sempre no ar a dúvida acerca de quem afinal perdeu! ...
O silêncio pode ser uma arma letal.
Presta-se ainda à especulação, à dúvida...
A vulnerabilidade do silêncio, todavia, é proporcional à estima que dedicamos a quem nos agride dessa forma.
Essa é a surpresa que podemos reservar ao agressor...
E, quando isso acontece, o agressor não sai necessariamente vitorioso com a sua estratégia.
É que assim, sem eco da sua actuação, fica sempre no ar a dúvida acerca de quem afinal perdeu! ...
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
"O mais importante na vida é ser-se criador - criar beleza"
Atentem bem na beleza deste barco, totalmente construído por Adelino António Pereira Agostinho.
Homem de afectos, deu ao barco construído com carinho, o nome da sua neta - July.
Nesta obra, foram gastos anos de trabalho, minucioso, paciente e competente para concretizar a maravilha que os nossos olhos podem ver agora.
Adelino Agostinho, tem 71 anos de idade e é oriundo de uma família tradicional da Cova-Gala ligada ao mar e à pesca. Ainda frequentou a Escola Industrial na Figueira, mas desde a adolescência que a sua vida foi o mar. Teve uma longa carreira de mar, repartida pela pesca longínqua (14 anos) e pela marinha mercante (24 anos).
Está reformado desde 1992.
Dono de uma rara capacidade para trabalhos manuais, é um estudioso das coisas marítimas, sua vivência e cultura, sobretudo das embarcações tradicionais, artes, redes e nós de todo o tipo – isto é, tudo o que tenha a ver com a marinharia.
Os seus modelos de barcos, como o das fotografias deste post, caracterizam-se por serem fiéis às embarcações que os originam.
Afinal, "o mais importante na vida é ser-se criador - criar beleza"
terça-feira, 19 de setembro de 2006
E se existissem regras na atribuição de subsídios às Colectividades?
Foto: PEDRO CRUZ
Os actuais vereadores do PS na Câmara Municipal da Figueira da Foz desejam critérios e transparência no apoio às colectividades.
Por isso, na última reunião do executivo camarário, apresentaram uma proposta Regulamento Municipal de Apoios ao Associativismo.
A proposta foi rejeitada, com o voto de qualidade do Presidente da edilidade, eng. Duarte Silva.
Mas, afinal, que visava, se fosse aprovada, a proposta regulamento do vereador do PS António Tavares?
A resposta é simples: “racionalizar recursos, clarificar publicamente as normas e imprimir rigor, transparência e empenho da autarquia”, são os objectivos declarados.
O documento apresentado, “é um exaustivo elencamento de normas, que cobrem todas as actividades do movimento associativo (desde acções pontuais à cedência de transporte, passando por obras, aquisição de equipamentos ou viaturas, formação, edição, etc.). Em paralelo, são definidos os critérios a adoptar, quer para avaliação da dinâmica e capacidade organizativa das associações quer para os apoios propriamente ditos.”
Em palavras simples: para quem anda (ou andou) pelo associativismo, ver clarificarados os critérios das ajudas às depauperadas Colectividades.
Naturalmente, o actual poder camarário está contra.
José Elísio, o vereador do pelouro, “discorda total e frontalmente de boa parte das considerações feitas pelo vereador António Tavares".
As explicações: “por um lado, os apoios que a câmara dá não têm sido contestados”
(pergunta-se: e o que aconteceria, no futuro, a quem tivesse a ousadia de contestar?);
“por outro lado, a câmara não quer, nem pouco mais ou menos – como interpreta da proposta do PS–, imiscuir-se na vida das colectividades, ao ponto de controlar o que fazem, por que fazem, como fazem e quanto gastam e não gastam com cada parcela”
(quer dizer: o melhor critério continua a ser o amiguismo, os contactos pessoais, as cumplicidades partidárias, o oportunismo eleitoral. Mas isto, agora, é como sempre foi!.. Lembram-se?).
Certo, certo, no actual estado de coisas, é que, como disse António Tavares, “a Câmara não tem critérios que se conheçam, na atribuição de subsídios a colectividades”
Em última análise, prevalece a "vontade discricionária do vereador”.
Pergunta final.
Quando for poder na Câmara Municipal da Figueira da Foz, será que o Partido Socialista fará aprovar alguma vez uma proposta que cumpra os objectivos do vereador António Tavares?
Os actuais vereadores do PS na Câmara Municipal da Figueira da Foz desejam critérios e transparência no apoio às colectividades.
Por isso, na última reunião do executivo camarário, apresentaram uma proposta Regulamento Municipal de Apoios ao Associativismo.
A proposta foi rejeitada, com o voto de qualidade do Presidente da edilidade, eng. Duarte Silva.
Mas, afinal, que visava, se fosse aprovada, a proposta regulamento do vereador do PS António Tavares?
A resposta é simples: “racionalizar recursos, clarificar publicamente as normas e imprimir rigor, transparência e empenho da autarquia”, são os objectivos declarados.
O documento apresentado, “é um exaustivo elencamento de normas, que cobrem todas as actividades do movimento associativo (desde acções pontuais à cedência de transporte, passando por obras, aquisição de equipamentos ou viaturas, formação, edição, etc.). Em paralelo, são definidos os critérios a adoptar, quer para avaliação da dinâmica e capacidade organizativa das associações quer para os apoios propriamente ditos.”
Em palavras simples: para quem anda (ou andou) pelo associativismo, ver clarificarados os critérios das ajudas às depauperadas Colectividades.
Naturalmente, o actual poder camarário está contra.
José Elísio, o vereador do pelouro, “discorda total e frontalmente de boa parte das considerações feitas pelo vereador António Tavares".
As explicações: “por um lado, os apoios que a câmara dá não têm sido contestados”
(pergunta-se: e o que aconteceria, no futuro, a quem tivesse a ousadia de contestar?);
“por outro lado, a câmara não quer, nem pouco mais ou menos – como interpreta da proposta do PS–, imiscuir-se na vida das colectividades, ao ponto de controlar o que fazem, por que fazem, como fazem e quanto gastam e não gastam com cada parcela”
(quer dizer: o melhor critério continua a ser o amiguismo, os contactos pessoais, as cumplicidades partidárias, o oportunismo eleitoral. Mas isto, agora, é como sempre foi!.. Lembram-se?).
Certo, certo, no actual estado de coisas, é que, como disse António Tavares, “a Câmara não tem critérios que se conheçam, na atribuição de subsídios a colectividades”
Em última análise, prevalece a "vontade discricionária do vereador”.
Pergunta final.
Quando for poder na Câmara Municipal da Figueira da Foz, será que o Partido Socialista fará aprovar alguma vez uma proposta que cumpra os objectivos do vereador António Tavares?
São Pedro: local onde o mar tem um vigor especial
segunda-feira, 18 de setembro de 2006
Troféu Mondego em fotografia
Devidamente autorizado pela Organização do “Trofeu Mondego em orientação pedestre” o OUTRA MARGEM andou no terreno, fez o mesmo percurso dos participantes.
Pedro Cruz, conseguiu imagens únicas e exclusivas da prova organizada pelo Ginásio Clube Figueirense.
Fica uma amostra, que nos parece dar uma ideia do que é a Orientação – a modalidade desportiva conhecida como “o desporto da floresta”.
Pedro Cruz, conseguiu imagens únicas e exclusivas da prova organizada pelo Ginásio Clube Figueirense.
Fica uma amostra, que nos parece dar uma ideia do que é a Orientação – a modalidade desportiva conhecida como “o desporto da floresta”.
domingo, 17 de setembro de 2006
Trofeu Mondego em orientação pedestre “decorreu muito bem”
...............................Pedro Cruz, texto e fotos
A Orientação - modalidade desportiva conhecida como “o desporto da floresta”, entre outras designações – é um desporto para todos e para toda a vida. Novos e menos jovens, mulheres e homens, em competição ou lazer, todos podem usufruir das florestas de uma forma responsável.
Esta modalidade, relativamente ainda pouco conhecida do grande público, reuniu em competição centenas de atletas, que participaram, sábado e domingo, na primeira prova de orientação, organizada pelo Ginásio Clube Figueirense, e que deu um colorido especial e uma movimentação diferente à zona sul da nossa Freguesia, especialmente na área do Parque de Merendas.
O “Trofeu Mondego em orientação pedestre”, prova promovida e realizada pela Secção de Orientação do Ginásio Clube Figueirense, teve a presença de participantes, não só oriundos da região, mas, também, da zona norte do país.
Segundo a Organização, o evento “decorreu muito bem”. As impressões do supervisor da Federação “são muito boas”. Foi enaltecida a “qualidade do espaço”, quer das provas quer o próprio centro de eventos, o Parque de Merendas de S. Pedro: tem “óptimas condições”. Apoiaram esta iniciativa diversos organismos, nomeadamente, a câmara municipal, a junta de freguesia de S. Pedro, a juventude da delegação da Figueira da Cruz Vermelha Portuguesa, a Garrafeira Piparote, o restaurante Lota Nova, E`Leclerc, a escola secundária Dr. Joaquim de Carvalho. De sublinhar, ainda, o trabalho de 55 jovens voluntários.
A prova, contou para a Taça da Federação Portuguesa de Orientação Norte da modalidade.
Aos vencedores, foram entregues taças e recordações da Figueira da Foz.
Os vencedores individuais, em todas as categorias, nos dois dias de prova foram os seguintes.
Infantis Femininos:
Cristiana Lagoa, com 1 h 36 m e 53 s, do TST
Infantis Masculinos:
João Almeida, com 1 h 34 m e 47 s, do TST
Iniciados Femininos:
Ana Santos, com 2 h 04 m e 28 s, do TST
Iniciados Masculinos:
Fernando Leão, com 59 m e19 s, do TST
Juvenil Femininos:
Joana Costa, com 1h 30m e 56 s, GD4C
Juvenil Masculinos:
Miguel Morais, com 1h 42 m e 07s, AA Mafra
Juniores Femininos :
Helena Machado, com 2h 09 m e 06 s, TST
Juniores Masculinos:
David Saiaanda, com 1 h 23 m 51 s, ORI – Estarreja
Seniores Femininos:
Maria Sá, com 1 h 18 01 s, GD4C
Seniores Masculinos A:
Tiago Aires, com 1 h 09 m 44s, CPOC
Seniores Masculinos B;
Nuno Pires, com 1 h 16 m e 07 s, CP Telecom
Veteranos Femininos 1:
Isabel Monteiro, com 1 h 55 m 10 s, COC
Veteranos Masculinos 1:
João Casal, com 1 h 16 m 03 s, ORI – Estarreja
Veteranos Femininos 2:
Fernanda Ferreira, com 2 h 37 m 16 s, DA RECARDAES
Veteranos Masculinos 2:
Albano João, com 1 h 17 m 33 s, COC
Veteranos Masculinos 3:
Vitor Tavares, com 1 h 47 m 27 s, DA RECARDAES
OPT1 – Fácil:
Nikita Nadutkin, com 1 h 17 m 16 s, ORI – Estarreja
OPT1 – Fácil:
Gabriel Serrano + Carlos Rafael, com 49 m 42 s, GCF
OPT2 – Médio:
Henrique Lombo + Fidel Conde, com 1 h 03 m 16 s, Ind. 01
OPT3 – Difícil:
Luís Pereira, com 2 h 17 m 29 s, Ind. 08
Por equipas, registaram-se as seguintes classificações:
1º. GD4C, de Matosinhos, com um total de 2 394, 8
2º. COC, de Leiria, com um total de 2 375,1
3º. ORI – Estarreja, com um total de 1 939,7
O Ginásio Clube Figueirense, clube organizador, num total de 19 equipas, obteve o nono lugar com um total de 596,5.
sábado, 16 de setembro de 2006
Um sonho que demorou anos
Depois das obras, já se treina no novo pelado do Complexo Desportivo do Cabedelo. A bola já rola nos treinos.
Dado que amanhã, a pedido do Meãs, o jogo da jornada inaugural do distrital da 1ª. divisão fica adiado, a estreia do G. D. Cova-Gala em provas oficiais ocorrerá no próximo dia 24 do corrente mês, pelas 17 horas, frente ao Pampilhosense, num jogo a contar para a 1ª. eliminatória da Taça da AFC.
Este encontro realiza-se no novo pelado do Cabedelo.
Entre a realidade e o sonho, o sonho transformado realidade, na realidade do sonho.
(Um trabalho de PEDRO CRUZ)
sexta-feira, 15 de setembro de 2006
O poder local e os blogues
Foto: PEDRO CRUZ
Com a “Revolução dos Cravos”, o poder local passou a ser encarado de outra maneira.
As populações desejaram que, nas autarquias, o poder político se aproximasse dos cidadãos.
Muitos de nós, nos primeiros anos após o 25 de Abril de 1974, chegámos a acreditar que passaria por aí o incremento de uma cultura política de cidadania activa, capaz de neutralizar a cultura de submissão e de autoritarismo.
Para se ter transformado este desejo em realidade, teria sido condição inadiável, que o novo país democrático tivesse descentralizado e regionalizado o poder político e administrativo. O que não aconteceu.
Simplificando, poderemos equacionar duas razões, a nosso ver, principais:
- a primeira: durante muito tempo, não foram dadas aos autarcas as condições que lhes permitissem corresponder às expectativas neles depositadas. O poder central, não só não se descentralizou nem regionalizou, como foi avaro e inconsistente na transferência de recursos financeiros e outros para os municípios. Confrontados com um centralismo arrogante e com uma malha burocrática opaca e labiríntica, os autarcas recorreram às vias informais, aos contactos pessoais, às cumplicidades partidárias para acederem à administração central e, com isso, personalizaram e centralizaram o próprio poder local. Ao centralismo da administração central acabou por corresponder o centralismo da administração local, o chamado "caciquismo local". Daí, o paradoxo do poder local no nosso país: presidentes autoritários coexistem com um poder local fraco.
- a segunda (tem a ver com primeira): a estratégia usada pelos autarcas para se aproximarem do poder central afastou-os dos cidadãos. As assembleias municipais foram remetidas a um papel subalterno e as freguesias marginalizadas. E, acima de tudo, foi abandonado o propósito de transformar o poder local na incubadora da democracia participativa, através do envolvimento activo e organizado dos cidadãos e suas associações na governação local. Perdida a articulação da democracia participativa com a democracia representativa, o poder local afastou-se dos cidadãos.
Deste modo, em vez de neutralizar a distância dos cidadãos em relação ao poder central, acabou por reproduzi-la.
Agora, é o que sabemos. Oportunistas de todos os matizes proliferam em muitas autarquias.
O que esperar então do poder local?
À luz deste diagnóstico, o futuro do poder local continua a passar pela democracia participativa. A força e a legitimidade que ela conferiria ao poder local, seriam as armas mais eficazes para mobilizar a seu favor o poder central.
Mas será que isso, no país real que temos, irá alguma vez acontecer?
Encontrar os caminhos adequados para a concretização do sonho, é o grande desafio.
O que não é fácil, como sabemos. É que, se a nível nacional, a imprensa é dominada por cinco ou seis grupos, a nível local, em quase todos os cantos deste nosso Portugal, como sabemos, é controlada por um: a autarquia local.
É, aqui, que, de forma decisiva, pode entrar esta nova realidade : os blogues.
Por diversos factores, a maioria dos cidadãos, sejam de esquerda ou de direita, têm a liberdade de opinião, de pensamento e de acção, condicionada.
Que o mesmo é dizer: a democracia e o exercício da cidadania também estão condicionadas.O "poder dos blogues" reside aí: na consciencialização dos cidadãos, que querem opinar e participar nas decisões da sua terra, do seu país e deste nosso mundo...
É, essa, a sua força.
Com a “Revolução dos Cravos”, o poder local passou a ser encarado de outra maneira.
As populações desejaram que, nas autarquias, o poder político se aproximasse dos cidadãos.
Muitos de nós, nos primeiros anos após o 25 de Abril de 1974, chegámos a acreditar que passaria por aí o incremento de uma cultura política de cidadania activa, capaz de neutralizar a cultura de submissão e de autoritarismo.
Para se ter transformado este desejo em realidade, teria sido condição inadiável, que o novo país democrático tivesse descentralizado e regionalizado o poder político e administrativo. O que não aconteceu.
Simplificando, poderemos equacionar duas razões, a nosso ver, principais:
- a primeira: durante muito tempo, não foram dadas aos autarcas as condições que lhes permitissem corresponder às expectativas neles depositadas. O poder central, não só não se descentralizou nem regionalizou, como foi avaro e inconsistente na transferência de recursos financeiros e outros para os municípios. Confrontados com um centralismo arrogante e com uma malha burocrática opaca e labiríntica, os autarcas recorreram às vias informais, aos contactos pessoais, às cumplicidades partidárias para acederem à administração central e, com isso, personalizaram e centralizaram o próprio poder local. Ao centralismo da administração central acabou por corresponder o centralismo da administração local, o chamado "caciquismo local". Daí, o paradoxo do poder local no nosso país: presidentes autoritários coexistem com um poder local fraco.
- a segunda (tem a ver com primeira): a estratégia usada pelos autarcas para se aproximarem do poder central afastou-os dos cidadãos. As assembleias municipais foram remetidas a um papel subalterno e as freguesias marginalizadas. E, acima de tudo, foi abandonado o propósito de transformar o poder local na incubadora da democracia participativa, através do envolvimento activo e organizado dos cidadãos e suas associações na governação local. Perdida a articulação da democracia participativa com a democracia representativa, o poder local afastou-se dos cidadãos.
Deste modo, em vez de neutralizar a distância dos cidadãos em relação ao poder central, acabou por reproduzi-la.
Agora, é o que sabemos. Oportunistas de todos os matizes proliferam em muitas autarquias.
O que esperar então do poder local?
À luz deste diagnóstico, o futuro do poder local continua a passar pela democracia participativa. A força e a legitimidade que ela conferiria ao poder local, seriam as armas mais eficazes para mobilizar a seu favor o poder central.
Mas será que isso, no país real que temos, irá alguma vez acontecer?
Encontrar os caminhos adequados para a concretização do sonho, é o grande desafio.
O que não é fácil, como sabemos. É que, se a nível nacional, a imprensa é dominada por cinco ou seis grupos, a nível local, em quase todos os cantos deste nosso Portugal, como sabemos, é controlada por um: a autarquia local.
É, aqui, que, de forma decisiva, pode entrar esta nova realidade : os blogues.
Por diversos factores, a maioria dos cidadãos, sejam de esquerda ou de direita, têm a liberdade de opinião, de pensamento e de acção, condicionada.
Que o mesmo é dizer: a democracia e o exercício da cidadania também estão condicionadas.O "poder dos blogues" reside aí: na consciencialização dos cidadãos, que querem opinar e participar nas decisões da sua terra, do seu país e deste nosso mundo...
É, essa, a sua força.
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