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terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

"Santana Lopes aconselha que não se interprete o seu silêncio como não estando a fazer aquilo que deve fazer e que o não tomem como distraído"

Via Diário as Beiras. «Depois de, em dezembro último, o Bloco de Esquerda ter feito um comunicado sobre o número de avençados do município no atual mandato autárquico e os respetivos honorários, este mês foi a vez da TVI fazer uma reportagem sobre o assunto. 
Em ambos os casos, o visado é o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes. 
“O que está na origem de tudo isso são os mesmos que não queriam que eu fosse candidato à câmara. Não perdoam, não engolem. Sãos os que impugnaram, foram para os tribunais, não queriam que eu fosse candidato. E não param de se mexer”, afirmou o autarca ao DIÁRIO AS BEIRAS.»
Recorde-seVia Diário de Notícias: "em 23 de Agosto de 2021, a menos de um mês das autárquicas de Setembro 2021, depois do Tribunal da Figueira da Foz ter rejeitado nova reclamação do PSD contra Santana Lopes (a segunda reclamação apresentada pelo PSD - candidatura de Pedro Machado - a ser considerada improcedente contra a candidatura de Santana Lopes às eleições autárquicas), os sociais-democratas recorreram para o Tribunal Constitucional."

De novo via Diário as Beiras:
«Santana Lopes concorreu à presidência da câmara pelo movimento independente Figueira A Primeira. Quem tentou impugnar a sua candidatura no tribunal foi o seu antigo partido, o PSD, que entrou na corrida das Eleições Autárquicas de 2021 tendo como cabeça de lista Pedro Machado, que não foi além dos 10 por cento. 
“As pessoas têm de perceber que, para estes trabalhos e estes projetos acontecerem ao fim de um ano de trabalho, é preciso muita gente. São necessários os funcionários da câmara e, às vezes, não só os da câmara”, defendeu Santana Lopes. O autarca deu o exemplo da prova internacional de ciclismo que se realizou no concelho no fim de semana, em cuja organização trabalharam funcionários e colaboradores do município e centenas de voluntários.

Autarca confia no discernimento das pessoas 

“Para eu levar a cabo os projetos que prometi aos figueirenses, por exemplo, na área da investigação científica, tenho de contratar mais pessoas. Os fins não justificam os meios, mas o que interessa é tirar muito rendimento das iniciativas que se tomam e isso refletir--se na vida das pessoas”, acrescentou Santana Lopes. Ainda sobre as avenças, Santana Lopes sustentou que “todas as autarquias (as) fazem”. E acrescentou: “Confio na capacidade de discernimento das pessoas. Sobre assuntos menores, não falo, mas não tomem o meu silêncio como não estando a fazer aquilo que devo fazer. Não me tomem nunca como distraído”. Alegando falta de recursos humanos internos para os projetos que tem em mãos, Santana Lopes advogou: “Das duas uma: ou abrimos o quadro para mais pessoas, mas reforça o peso da despesa com o pessoal para sempre, ou contratamos pessoas para tarefas pontuais”
“Em todos os casos”, abonou, deve prevalecer a “competência e a defesa do interesse público”
Contudo, ressalvou que há situações previstas na lei que permitem contratar pessoas e serviços diretamente, incluindo para cargos de confiança política e pessoal.

A história repete-se 

O que se está a passar, afiançou Santana Lopes, “é a mesma conversa da outra vez (no seu mandato 1997 - 2001). Dizem que se investiu muito, que houve dívida; pois houve, mas, se não houvesse, não havia Centro de Artes e Espetáculos e não havia (mosteiro de) Seiça (e outras obras e aquisição de património que enumerou)”. O importante, defendeu o autarca, “é que fique (obra) para várias gerações”
“O que estou a fazer agora é a mesma coisa. Acham que, num ano, se consegue trazer a Universidade de Coimbra e outras realizações que têm acontecido só com quem está ou trabalhando-se com horário de funcionário público? Não, é preciso trabalhar muito”, frisou ainda.»

sábado, 14 de setembro de 2013

Para mim o perdedor do debate foi Miguel Almeida

foto sacada daqui
Não tive dificuldade, logo após ter terminado o debate autárquico de ontem, em apontar quem, para mim, tinha sido o "vencedor".
Sobre quem perdeu estava na disposição de fazer uma postagem mais fundamentada. 
O Limonete evitou-me o trabalho...
"Miguel de Almeida falou e disse que falta tratar dos jardins, da cultura, das colectividades, do turismo... Só não disse que falta dinheiro e quem o gastou, porque nesse particular alguns presidentes de Câmara que o Miguel muito bem conhece(u) e ele próprio,  enquanto vereador, esbanjaram e que agora faz falta. Estou a lembrar-me dos milhares de euros que custaram o pórtico da cidade, da compra do Convento de Seiça que continua em ruínas, do ruinoso negócio que foi a compra do Paço de Maiorca, das festas para vip's, onde com pompa e circunstância se evaporaram alguns milhares de euros.
Que me desculpe o mentor do "Somos Figueira" e putativo salvador do Concelho, mas depois do debate e da sua intervenção, ninguém de bom senso e  conhecedor destas andanças, ficou convencido que valha a pena votar em quem já demonstrou tanta "habilidade" para desbaratar os dinheiros públicos com tão pouca parcimónia e tão pouco proveito para os figueirenses."

Miguel Almeida, neste debate, apesar da "ajuda" dos moderadores e dos convidados especiais para realizar as perguntas (escolhidos cirurgicamente...) limitou-se a estar igual a si próprio.
Por outras palavras: "parece caricatural, e dá vontade de rir, Miguel Almeida dar a entender que se afasta do seu próprio partido quando fala em investimento e criação de emprego, sabendo toda a gente a obsessão, doentia, que o seu governo tem pelo desemprego. Como quando fala em escola pública, sabendo toda a gente o ódio que o seu governo tem da "coisa pública", seja educação seja saúde".

sábado, 13 de junho de 2020

Figueira

Sem conhecermos o impacto da pandemia na economia do concelho, a propaganda da Câmara Municipal virou-se para a campanha "quem é que gosta mais da Figueira?"
Quer dizer: fez mais uma postagem no Facebook.


Figueira:
Tenho 66 anos. Porém, tu fazes com que sinta que tenho 1966.
Que culpa tive eu do mal que te fizeram?
Em 2020, isto parece tudo uma brincadeira, uma irresponsabilidade, uma mentira ou um golpe de magia do Luís de Matos...
Figueira:
Não imaginas a emoção que sinto quando ouço a Marcha do Vapor!
Àparte o facto de me tentarem convencer que nos espera um futuro mar de rosas (que os figueirenses me perdoem, mas a maioria deles teme...).
Mas as fotos tiradas do céu são lindas, formosas e belas...
Figueira:
Um dia ainda vou passar uma noite ao Convento de Seiça, a ver se por lá ainda anda o D. Afonso Henriques.
A única coisa que temo, é apanhar  um resfriado e ir desta para melhor.
Se tivesse dinheiro comprava o Paço de Maiorca.
Que grande jeito não faria essse dinheiro à Câmara do presidente Monteiro!.. 
Era capaz de fazer isso só para ouvir a Marcha do Vapor.
Figueira:
Vou contar-te um segredo: estou louca e perdidamente apaixonado por ti!
Até eu estou admirado: como me fui apaixonar por uma velha mal cuidada, decrépita e idiota como tu?
Talvez, porque tens um coração doce (ainda mais doce que os pastéis de Tentugal, as espigas de Montemor ou as queijadas de Pereira).
Figueira:
Eu nasci em mil novecentos e cinquenta e quatro, Salazar estava no poder. Muitos comunistas estavam presos.
Tive amigos e familiares que estiveram na guerra. Eu escapei por uma unha negra.  
Tive amigos e familiares que emigraram. Eu escapei por uma unha negra.  Podia estar agora no Brasil. Mas nada de traumas, nem ressentimentos.
Figueira:
Não imaginas a emoção que sinto quando ouço a Marcha do Vapor! 

sexta-feira, 23 de junho de 2023

sexta-feira, 26 de abril de 2019

A intervenção da deputada Silvina Queiroz na sessão solene comemorativa dos 45 anos do 25 de Abril de 1974, realizada ontem no CAE

Chegámos a mais uma data “redonda”, como sói dizer-se. Cumprem-se hoje 45 anos sobre a Revolução que libertou o Povo da opressão feroz, da pobreza extrema, dos baixíssimos índices de escolarização, das perseguições políticas e da tortura física e psicológica de muitos. Aquela manhã linda abriu as portas dos cárceres e sossegou os opositores do regime maldito, que a qualquer hora, sempre preferindo a cumplicidade da noite, enviava os seus algozes a arrebatar das suas casas e das suas famílias aqueles que ousavam não concordar com o estado deste pobre País e com o esmagamento de todas as liberdades cívicas e individuais.
Vai sendo costume dar a esta comemoração um aspecto “delicodoce”, em que todos os cidadãos haveriam de partilhar de iguais sentimentos de júbilo e genuína alegria, considerando-o  no mesmo patamar de apreciação desta data maior da história nacional e do seu patriótico significado. Lamento se a alguns de vós soar a “desmancha-prazeres”, a chamada “galinha preta”. Mas mesmo esta não enfia a cabeça na areia como a avestruz e tal não pretendemos também fazer. Lamento, repito, mas a verdade assim o exige. É óbvio para todos que não sentimos de igual modo a celebração deste dia glorioso “inteiro e limpo” de que de modo tão inspirado e sensível falou Sophia. É também claro que os que já viviam à época, não estiveram todos do mesmo lado da barricada contra o fascismo, que, meia volta, tentam maquilhar, havendo até quem bem recentemente - um dirigente político com ambições de liderança do País -  tenha resolvido achar que ele, o fascismo, não existiu! Espantosa tamanha falta de seriedade política! Não temos, pois, pejo em afirmar que, se não tivesse raiado Abril, muitos teriam seguido comodamente com as suas vidas, porque a situação não bulia com eles. Afinal colaborando na barbárie, através do seu silêncio e dos seus  preciosos antolhos. Ressalvo que não me dirijo neste momento a ninguém em particular, apenas partilho uma impressão forte, que me vem dos meus verdes anos, e que cada vez sinto como mais verdadeira. Perguntaria como o saudoso Baptista Bastos: “Onde estava você no 25 de Abril?” Eu, na U. C. Onde, desde o mês anterior, havia novamente escaramuças, com os cavalos da GNR  a passear por entre as filas de estudantes que aguardavam a sua vez para almoçar nas cantinas. E onde estava o PCP? Na luta contra o regime desde 1926, na luta por melhores condições de vida e de trabalho, na luta por um País de todos para todos, em que toda a população tivesse acesso à educação, ao respeito, à sua opinião sobre qualquer que fosse o assunto. Esta tem sido a nossa acção ao longo dos 98 anos que levamos de vida, embora alguns muito tenham “torcido” para que nos “esfumássemos”…Na Figueira da Foz, como no resto do País defendemos a liberdade e a democracia, em todas as suas vertentes, não sendo despiciendo o aspecto económico.  A Figueira da Foz possui algumas unidades industriais que muito frequentemente têm faltado ao rigoroso respeito pelos direitos dos seus trabalhadores, facto absolutamente abusivo e lamentável. Ficou por cumprir um compromisso do sr. ex-Presidente da Câmara, de acurada investigação  das condições de acolhimento e de trabalho numa dessas unidades. Esperámos uma acção concertada com a ACT mas tal não aconteceu, que o saibamos.
Lamentamos a insistência em manter reuniões de Câmara à porta fechada, assim como a “exigência” de antecedência na entrega de documentos apresentados pela oposição para debate, apreciação e eventual votação nas sessões de Assembleia Municipal, estendendo-se agora esta antidemocrática prática às Assembleias de Freguesia!
Lamentamos a oportunidade perdida de renegociação do contrato de concessão das águas, tendo-se o Executivo vergado à plenipotenciária vontade da concessionária,  continuando os munícipes a ser mal servidos e a pagar demais!
Lamentamos que, sem reflexão alargada e profunda, se tenha resolvido aceitar a transferência de competências, fazendo a vontadinha aos que desejam “menos Estado”, ou seja, a desresponsabilização do Poder Central sobre as mais candentes matérias, facilmente se prevendo, num futuro não muito distante, tentativas de privatização de sectores estratégicos e imprescindíveis.
Estamos tristes com este concelho, nomeadamente também do ponto de vista ambiental – a cidade está “despida”, feia, não atractiva para turistas e residentes. Não podemos omitir o lamentável desaparecimento indiscriminado de árvores e a mais que excessiva impermeabilização de várias áreas, através da aplicação de lajes. Este “tique” do abate de árvores saiu do espaço urbano e instalou-se noutros locais, designadamente junto ao Mosteiro de Sta Maria de Seiça, tendo transformado o terreiro em frente numa desolação dorida. Alegraram-nos notícias recentemente conhecidas sobre a intervenção no emblemático Mosteiro, ligado à fundação da nacionalidade. Mas o tempo urge e não se compadece com a lentidão das burocracias. Esperemos que se vá a horas de fazer algo por aquele espaço tão significativo que, mesmo em ruínas, continua a ser um ex-libris do concelho.
A nível nacional, prezamos as conquistas que se conseguiram, os avanços que sempre tiveram a marca do PCP: a gratuitidade dos manuais escolares, o abaixamento do IVA na restauração, as pequenas melhorias em alguns salários e pensões, o passe único, a ser estendido a todo o território. Aqui chegámos pela persistência do PCP, e em relação a esta última matéria já havíamos apresentado proposta em 2016! Proposta que não vingou na altura porque o BE se absteve e votaram contra as restantes bancadas! Apenas o PCP e o PEV a votaram favoravelmente.
De facto, sabe-nos a pouco o que foi conseguido e incomodam-nos algumas “pedras de tropeço” que foram surgindo no caminho: a título de exemplo apenas, o desrespeito pelo acordado aquando da discussão do OE 2018  a propósito do tempo de serviço não contado aos professores, apesar do assunto ter ficado consagrado na Lei 114/18 de 29.12. Esperamos que não se repita este tipo de atitudes nada dignificantes, nomeadamente na execução dos Programas que vão ser sufragados a 26 de Maio e 6 de Outubro. E por falarmos de Eleições, desafio a que comparem o trabalho desenvolvido pelos 3 deputados do PCP no Parlamento Europeu, com o trabalho desenvolvido por outros. Os dados são públicos, irrefutáveis e esclarecedores.
Neste dia jubiloso homenageamos todos os obreiros de Abril, os que deram a sua vida e o seu esforço à causa da Liberdade, comunistas e outros democratas. Igualmente rendemos sentida homenagem e gratidão aos militares que fizeram a Revolução com o risco das suas próprias vidas. Ontem tivemos a oportunidade neste espaço do CAE, de assistir ao programa comemorativo do 25 de Abril de 74, programa para o qual muito trabalharam nossos concidadãos, militares na altura aquartelados na Figueira da Foz e que daqui saíram para Lisboa, de madrugada, obedecendo à senha combinada e radiodifundida, levando nos seus jovens corações uma firme determinação e uma enorme esperança. Obrigada, amigos.

Vivam a Liberdade e a Independência Nacional!
Viva o nosso concelho!
Viva Portugal!
25 de Abril, Sempre! Fascismo nunca mais!

domingo, 17 de outubro de 2021

Na tomada de posse, Santana Lopes prometeu polo da Universidade de Coimbra na Figueira

No grande auditório do CAE, cheio que nem ovo, para assistir à tomada de posse dos órgão autárquicos, Pedro Santana Lopes, o novo presidente do município, afirmou esta tarde que “as pessoas têm de saber que quando quiserem estudar, investigar e tratar de assuntos do mar o melhor sítio em Portugal é a Figueira da Foz”.
O agora independente Pedro Santana Lopes tomou neste domingo posse como presidente da Câmara da Figueira da Foz, eleito pelo movimento “Figueira a Primeira”, e assumiu como prioridades o mar, o regresso do ensino superior e as respostas sociais.
No final da tomada de posse, o autarca disse aos jornalistas que a segurança de quem trabalha e vai ao mar “é um aspecto chave” em que vai começar a trabalhar nos primeiros dias de mandato.
“Acabar as obras em curso, algumas que demoram há muito tempo, independentemente da vontade das pessoas, e tomar as medidas necessárias para que isso aconteça” é outra das medidas iniciais de Santana Lopes, que regressa ao cargo que já exerceu entre 1997 e 2001.
O património - em particular o Mosteiro de Seiça e o Paço de Maiorca, “realidades que estão muito complicadas” - e a “resposta social, com os centros de saúde e o sistema de transporte das pessoas que vivem mais longe do centro do concelho”, são as áreas em que o autarca prometeu “trabalhar mais depressa”.
O novo presidente do município anunciou que a Universidade de Coimbra vai abrir uma extensão na cidade, que deverá entrar em funcionamento no início do próximo ano lectivo, embora ainda não estejam definidos os cursos e a sua graduação, nem o local onde vai ser instalada.
“Eventualmente pós-graduação, formação ou licenciatura, que será o reitor a decidir, mas será nestas áreas mais ligadas ao mar, podendo incluir outras, nomeadamente a floresta”, adiantou.
Na cerimónia de tomada de posse, que encheu o Centro de Artes e Espectáculos, Santana Lopes apontou também a erosão da costa, o centralismo e a desertificação como “grandes preocupações” do seu mandato.
O autarca manifestou o “sonho” de tornar a Figueira da Foz numa cidade “modelar daquilo que [se gostaria] de ver em todo o país”, bem como a ambição de puxar pela sua identidade como “capital do mar”.
“A Figueira da Foz tem de ser conhecida pela importância que dá à investigação e à ciência e pela ligação que faz entre a investigação e as empresas, fundamental para o desenvolvimento”, disse, frisando que os concelhos que o conseguem “atingem os patamares maiores de desenvolvimento e até crescem em população”.
Para Santana Lopes, “as pessoas têm de saber que quando quiserem estudar, investigar e tratar de assuntos do mar o melhor sítio em Portugal é a Figueira da Foz”.
O município anunciou, vai assumir a sua própria promoção turística, apostando em mercados-alvo, embora sem sair da Turismo do Centro, liderada por Pedro Machado, que foi o cabeça de lista do PSD à Câmara e renunciou ao mandato de vereador, depois de os sociais-democratas terem sido a terceira força política mais votada e terem obtido um mandato.
Apesar de não ter maioria absoluta no executivo e na Assembleia Municipal, Santana Lopes falou na “obrigação de convergência e procura de entendimentos”, considerando que as respostas que precisam de ser dadas são “o imperativo que se coloca a todos”.
O independente sublinhou que não esquece “factos anómalos” da campanha como as queixas apresentadas pelo PSD em tribunal sobre a sua candidatura, pelo que apresentou queixa ao Conselho Superior de Magistratura e à Comissão Nacional de Eleições.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Paço de Maiorca: uma gordura financeira com charme!..

Via Diário as Beiras:


«... o presidente da câmara, Carlos Monteiro, afirmou que está à procura de soluções para o Paço de Maiorca. “A nossa preocupação é dar-lhe um uso. Não podemos ter aquela estrutura e não poder ser fruída. Estamos à procura de investidores, mas a crise pode estar a afastar potenciais interessados”, defendeu o edil.» 

Em Junho de 2011, a Câmara da Figueira da Foz estava a desenvolver contactos com entidades públicas, com a Associação de Cister e com agentes privados, tendo em vista a reabilitação do mosteiro de Santa Maria de Seiça, Paião, e o mosteiro está uma ruína... 

Em Janeiro de 2017, segundo a vereadora Ana Carvalho, não faltavam investidores interessados na piscina-mar e o processo da piscina-mar está com sabemos... 

Por onde andam esses publicitados investidores?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

A (in)utilidade do património

"O Estado enquanto gestor de património público não é grande exemplo. A razão do descuido apontada é “por falta de recursos” mas não será só essa. A ausência dum sentimento de pertença colectiva do património, que é de todos, julgo ser ainda a razão porque o estimamos mal. Outra constatação é o destino ou uso a dar a esse património, muito dele adquirido sem um fim específico e chocando a incapacidade para zelar por aquilo que é de todos os nós.
A Figueira é também disto exemplo. No mandato de Santana Lopes adquiriu-se património vocacionado ou com aptidão para ser gerido por privados mas que, por impulso, ou simplesmente para agradar à população, foram adquiridos. Não enriqueceram o património municipal pois passaram a ser sinais de despesa, ineficiência e ausência de ideias para lhe dar um fim que servisse a comunidade.
Recordo algumas aquisições: a Piscina Mar, o Paço de Maiorca, a Quinta das Olaias, a Casa do Paço, o Paço de Tavarede, o Palácio Conselheiro Lopes Branco, a aceitação da doação do Castelo Silva Guimarães (sistematicamente recusada em executivos anteriores), as ruinas do Mosteiro de Santa Maria de Seiça. Excepção feita à Quinta das Olaias, que serviu para acolher uma importante infra-estrura de cultura, o resto não tem tido a utilidade pública adequada nem desejada. Hoje olhamos para esse património e perguntamos para que serviu, que fazer com ele. Alguém saberá?"


Via DIÁRIO AS BEIRAS

terça-feira, 16 de junho de 2020

Gestão do património de todos nós...(2)

"Entendendo o património cultural como o conjunto dos bens culturais móveis (o património museológico), imóveis (património arquitectónico, arqueológico e paisagístico) e intangíveis (património imaterial), assumiu-se durante muitos anos que a respetiva defesa e salvaguarda cabia exclusivamente ao Estado Central, por forma a garantir a afirmação da identidade e da cultura do país.
Mas, à medida que o conceito de património se ia alargando a uma velocidade e dimensão inversamente proporcionais às dotações orçamentais, foram-se ensaiando outras formas de o gerir – ou através do mecenato, ou da sua manutenção na esfera pública mas no tal setor empresarial do Estado, ou criando parcerias com a sociedade civil e com o setor privado, como, aliás, é prática corrente em muitos países, não só na Europa.
De facto, a Convenção-Quadro sobre o valor do Património Cultural para a Sociedade, do Conselho da Europa, assinada em Faro em Outubro de 2005 e ratificada por Portugal em 2009, apela ao envolvimento de todos (por exemplo também das comunidades educativa, científica, artística…), tanto mais que, ao valor identitário intrínseco do património, acresce o seu valor económico e social “enquanto recurso territorial gerador de fortes contributos para as economias locais e regionais, nomeadamente, no contexto do turismo cultural”.
Se isto é assim entendido na Europa e no Mundo, na Figueira, um concelho não tão rico assim no que à quantidade de património histórico edificado diz respeito, entendeu a Câmara Municipal colocar à venda, há vários anos, o Mosteiro de Seiça, o Paço de Maiorca e o Palácio Conselheiro Branco (também em Maiorca), relacionados respetivamente com os séculos XII, XIV e XIX.
Portanto, mais uma vez se agiu sem um plano estratégico e desvalorizando-se os ativos, pelo que proponho que, rapidamente, se convoque toda a sociedade para nele participar, aferindo-se só depois qual é a solução que melhor contempla, caso a caso, a salvaguarda dos aspetos patrimoniais, legais, económicos e políticos."

Via Diário as Beiras

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Santana: cerca de 6 meses depois do regresso...

Cerca de seis meses depois do r
egresso, permanecem algumas interrogações...
- tarefa difícil? 
- tarefa possível? 
- tarefa maior?
- depois de tudo, em 2022, a Figueira ainda está cá e tem hipóteses?

Foi há cerca de seis meses, vinte anos depois, que Santana Lopes líder do movimento "Figueira a Primeira" voltou a ser presidente da Câmara da Figueira da Foz, um lugar onde "foi feliz" entre 1997 e 2001, e de onde saiu a "chorar" para novos desafios políticos, como recordou numa entrevista à SIC, a 19 julho de 2021.
"O resto é a vida, cair e levantar. É essa a mensagem, há que ter esperança e ter força e se Deus proteger" e acreditar que todos, mesmo aqueles em dificuldade, "podem reerguer-se".

O Enforca Cães está a mexer, o que restou do Jardim Municipal está em manobras de reanimação, o Bento Pessoa já tem sintético (para quando a utilização?), o do Campo do Cabedelo está a vestir-se (mais 2 mesitos?..), o Galo de Ouro está em velocidade de cruzeiro, há ideias concretas para Seiça e Maiorca, enfim, a herança do passado recente vai sendo resolvida. É certo que em Buarcos, circular ao fim de semana é um suplício (e vai continuar a ser), mas aí, como disse o figueirense João César Monteiro, «temos que aprender a gastar a infelicidade que nos resta.»

Sem direito, desta vez, ao estado de graça - cerca de um mês depois de tomar posse, foi apresentada a proposta do Orçamento do Município, com a oposição (PS e PSD) a condicionar a viabilização a alterações, que o executivo camarário aceitou, Santana "não precisa que o deixem trabalhar, porque ele trabalha na mesma". 
Um dia destes ainda vamos ter os resultados da auditoria, "a formação superior completa, também a licenciatura", "a margem sul a sair do atraso", sem necessidade do "Cabedelo passar a ser uma nova Troia", investindo no conceito "cidade do mar", sem esquecer o centro de investigação florestal em Brenha e o "objectivo fabuloso do Cabo Mondego".
Por este andar, projectos ainda vai ser uma palavra banida da Figueira. 
Santana "gosta mais é de falar em obras."
Contudo, cuidado. "A Figueira está cansada de obras mal feitas. Temos de ter muito cuidado". 
Veja-se o que fizeram em Buarcos - "a obra que foi feita, com a devida vénia, não serve". 
Sem esquecer o que fizeram ao Cabedelo...

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Chegou a estar prometida para 2020...


Atrasou-se tudo. Agora, "o
 município da Figueira da Foz vai poder candidatar a construção da ponte ciclável sobre o rio Mondego, no âmbito do percurso Eurovelo 1, com o apoio do Fundo Ambiental, anunciou ontem o presidente da Câmara.
No final, em declarações aos jornalistas, o autarca disse que a estrutura será candidatada a uma linha de financiamento diferente, que seja compatível com o Fundo Ambiental, tendo esperança de que o esforço financeiro do município seja residual ou inexistente.
A nova travessia, a leste da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, entre as freguesias de Vila Verde, na margem direita, e Alqueidão, na margem esquerda, prevê uma faixa de rodagem para automóveis e via ciclável e pedonal, num investimento de cerca de cinco milhões de euros.
A candidatura anterior tinha sido chumbada pelo facto de a ponte incluir também uma faixa de rodagem para automóveis e o montante não “caber nos tetos disponíveis, tendo em conta as candidaturas existentes”.
“O projeto que existe permite o financiamento pelo Fundo Ambiental, porque a ponte é essencialmente pedonal e contribui para o caminho de sustentabilidade que está traçado”, sublinhou Santana Lopes.
A Eurovelo 1 integra a rota europeia da Costa Atlântica, com uma extensão de 83 quilómetros, entre o sul do concelho da Figueira da Foz e o norte do município de Mira, atravessando, pelo litoral, o município contíguo de Cantanhede e passando por locais como o Museu Etnográfico da Praia de Mira, as Matas Nacionais e as lagoas aí existentes, o Cabo Mondego, estuário do Mondego ou o Mosteiro de Seiça, entre outros.
A construção da ponte sobre o rio Mondego, cujo prazo de construção previsto era de 18 meses, é importante para a ciclovia cumprir os 83 quilómetros com que foi idealizada."
Actualização via Diário as Beiras

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Dr. Ataíde: é agora ou nunca...

foto sacada daqui
Para quem me acusa de não contribuir com ideias construtivas, fica aqui uma, que apesar de vir de moi-même, passe a imodéstia, reputo de absolutamente extraordinária, tão absolutamente extraordinária como, por exemplo, a venda da TAP para resolver de vez o buraco financeiro da nossa câmara municipal. 
Senhor dr. Ataíde: e se o senhor e a sua maioria absoluta, enquanto o governo está em gestão e o presidente da república anda em consultas aos "parceiros", aproveitasse para vender o Oásis ao Santo da Misericórdia de Lisboa, o Convento de Seiça ao Santuário de Fátima, o Abrigo da Montanha ao Esteves da Caçarola 2, a Quinta das Olaias à empresa do Oásis Plaza e o Paço de Maiorca ao José Manuel Júdice!..

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

2021 já passou. Importante é planear o próximo tempo da Figueira...

A crónica de António Agostinho publicada na Revista Óbvia em Janeiro de 2022

Quando termina um ano ano e começa outro, é normal fazer o balanço do que passou e planear, tanto quanto possível, o que desejava concretizar nos próximos meses.

A começar uma breve nota pessoal. 2021 foi um ano inesquecível para mim: fui avô.

Visto em termos colectivos, aliás, à semelhança de 2020, foi um enorme desafio. Tivemos covid-19, quarentenas, novas vagas, estirpes, restrições e as crises. 

A climática a gritar-nos aos ouvidos e a sobressaltar os corações dos que vivem a sul do estuário do Mondego devido à erosão costeira . A política, que já se adivinhava a nível nacional, a bater-nos à porta com gentis lembretes, tais como a subida dos impostos, dos preços dos serviços e dos bens e produtos essenciais. A humanitária que asfixia povos do mundo inteiro e que todos camuflam para fingir que não existe… 

A nível local, tivemos mudança política na presidência da câmara municipal da Figueira da Foz. Na assembleia municipal e nas freguesias, tirando Buarcos e São Julião e Paião, houve evolução na continuidade.  

Enquanto cidadão atento, tenho tido ao longo dos anos a incrível e grata oportunidade de conhecer inúmeros pormenores das mais diversas realidades que têm condicionado o desenvolvimento e o progresso planeado e sustentado  do concelho da Figueira da Foz. Por culpa, também de quem vota, temos tido a nível local políticos oportunistas, demagogos, populistas, arrogantes e, regra geral, incompetentes. 

Com uma experiência de vida já longa, chego à conclusão de que nos contentamos com muito pouco. Não me interpretem mal, porém: não é que estejamos mal servidos com o território com que a natureza nos brindou. Pelo contrário. Este paraíso à beira mar plantado merecia é muito mais de quem o tem governado. É uma cidade com tanto potencial que só falta alguém para o potenciar e desenvolver.

Santana Lopes e a sua equipa, apesar da herança do passado recente, tem tentado ser fiel às propostas com que se apresentou a sufrágio. Até ao momento, continua a seguir o guião por si próprio anunciado no acto da tomada de posse. O regresso do ensino superior à Figueira é a prioridade. O património - em particular o Mosteiro de Seiça e o Paço de Maiorca - “realidades muito complicadas” -,  a “resposta social, com os centros de saúde e o sistema de transporte das pessoas que vivem mais longe do centro do concelho”, são áreas em que o autarca prometeu no dia da tomada de posse “trabalhar mais depressa”. Nesse dia 17 de Outubro p.p. Pedro Santana Lopes  assumiu também como prioridades o mar, a erosão costeira e as respostas sociais. Sem esquecer, contudo, "as obras herdadas e em curso".  Vivemos tempos duros e difíceis. Espero a chegada do “devido tempo, para conhecer os resultados da prometida auditoria às contas da câmara”.

Para 2022, mesmo tendo em conta a instabilidade política em que vivemos, coloco nos meus desejos que este novo executivo presididio por Santana Lopes se esmere e consiga fazer muito mais e melhor do que o seu  antecessor - felizmente  "breve". 

Mais e melhor pelos velhos. Mais e melhor pelos jovens. Mais  pelos transportes públicos, pelo comércio local, pela integração e diversidade cultural, pelo turismo, pela pesca, pelo ambiente, pela empregabilidade e combate ao desemprego. Mais e melhor pelos animais. Mais e melhor pelo bem estar dos que aqui querem continuar a morar, teimando em viver na Figueira, apesar de quem tem governado a cidade e o concelho não ter criado as condições para cá permanecermos.

Mais do que eu, mero cidadão atento, espero que os nossos políticos tenham mais contacto com a realidade e tenham atenção às necessidades reais dos que aqui vivem. Para o que resta de 2022, desejo que se faça política a sério, isenta e com competência. Sem beneficiar clientelas.

O paraíso à beira mar plantado que é a Figueira merece mais e melhor. E nós, cidadãos, também. Mas também temos de fazer mais por isso.

2021 gerou  mudança política na Figueira. Santana ocupou o cargo de Carlos Monteiro, que esteve no poder 12 anos seguidos.

Em Setembro passado os figueirense mostraram um cartão vermelho ao candidato do PS. 

Definitivo?..

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Idiossincrasia figueirense

A Figueira é uma  cidade especial e  engraçada. É uma urbe  peculiar, única, que vegeta  numa espécie de limbo muito seu.
A  sua  localização geográfica e a nostalgia de que foi, é e há-de continuar a ser,  um destino turístico de excelência,   tornou-a   permeável e  dependente do exterior.
No principio do século passado, sobretudo dos visitantes espanhóis e dos banhistas de alforge portugueses; agora, de todos...
Por isso, adora que  a  visitem.
Como raramente lhe  prestam atenção, gosta de receber bem e  de impressionar com aquilo que tem  de peculiar: simpatia, gastronomia, serra, rio, mar e praia. Sem esquecer o Casino.
Naturalmente,  fica reconhecida  quando alguém que a visitou  elogia o que de bom continua a ter, apesar da incompetência, populismo e muito oportunismo com que  tem sido governada nos últimos anos.
Ah, e Santana?...
Santana deixou um grande e “pesado” legado…  
O CAE, o Oásis, os campos desportivos da praia, as obras de recuperação do Mercado Municipal, o Paço de Maiorca, a Quinta das Olaias, as Piscinas, o Abrigo da Montanha, o Mosteiro de Seiça, o monumento à entrada da Figueira, sem esquecer o maior desfile do mundo em bikini
Faltou o golf e o Estádio para o Euro 2004!...
Mas, sobraram-nos  dívidas, muitas dívidas…