“Os genes seguem caminhos ínvios, confesso que não me imagino com coragem para desafiar alguém para disputa de morte, mas porque não encontro um contendor à altura; iria lutar com Miguel Almeida, Lidio Lopes ou com João Portugal e António João Paredes?! O problema da honra colocar-se-á alguma vez? Estão a imaginar algum destes políticos a defender fervorosamente os interesses dos figueirenses contra a intenção de aumentar o preço dos alugueres dos contadores, como aconteceu na Lisboa de 1925 por decisão da poderosa Companhia de Gás e Electricidade?”
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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