quinta-feira, 18 de março de 2021

Vamos falar de ideologia política a sério?


Não conheço um liberal que defenda o fim do Estado.

"Por razões muito liberais e tal, há quem defenda a privatização das Forças Armadas e a nacionalização dos cabeleireiros.
Sim, porque uma coisa que preocupa qualquer liberal é a ineficiência. Por que razão deve existir uma coisa enorme de gajos fardados com bonés e tudo, que vivem dos nossos impostos, se há décadas não matam nenhum espanhol?
E, quanto aos cabeleireiros, a nacionalização impõe-se para que se possa regular a proliferação de penteados, evitando-se sobretudo carapinhas e térerés que são uma provocação à nossa cultura e aos nossos ancestrais costumes!
E também porque se os funcionários do Estado, como denunciam destacados liberais, passam os seus dias lá nos salões, haveria toda a vantagem em tornar os industriais do cabelo funcionários públicos."

Cerca de 200 mil euros para distribuir por 38 clubes

Via Diário as Beiras
 

quarta-feira, 17 de março de 2021

A política figueirinhas está ao rubro e no seu melhor!.. Na Figueira é sempre carnaval...

Segundo o PSD/FIGUEIRA, "aumenta onda de entusiasmo pela candidatura encabeçada por Pedro Machado, numa tendência imparável rumo à vitória nas próximas eleições autárquicas."

A lista de ontem, que pode ser conferida clicando aquianuncia mais 25 apoiantes.

Ponto da situação: no apoio à putativa candidatura de Santana à Figueira, além da vírgula, ao que parece, passou a faltar também um A...

A Figueira tresanda a bafio: porquê, para quê e até quando?

Recordo o meu saudoso Amigo Manuel Mesquita:
"Na Figueira da Foz evoca-se aquele que é o filho mais notável da terra: Manuel Fernandes Tomás. Um exemplo de homem público que poucos poderão igualar. Seria bom que no país, e em especial na sua terra, nos tempos actuais, houvesse quem lhe seguisse as pisadas no amor à causa pública!"


O que se passa nos 379.05 km² do concelho da Figueira da Foz e com os cerca de 62 mil habitantes, cerca de 18 mil deles concentrados na freguesia sede do concelho, costuma interessar pouca gente.

Em 2021, na Figueira, com um executivo camarário democraticamente eleito, num País que tem uma constituição e leis que asseguram, na sua letra, uma ampla margem para a liberdade de expressão dos indivíduos, fará algum sentido alguém ter medo de expressar a sua opinião? 
Do meu ponto vista não. Esse medo, a exisitir, teria reflexos no desenvolvimento do concelho em geral. A imposição estrita de reserva e silêncio, não deriva de leis. Deriva apenas do simples reflexo de defesa de quem se pode sentir discriminado por ter opinião. Deriva, por isso, por pressentir um reflexo de um autoritarismo de inspiração proto-fascista. Reflexo esse, aliás, que a existir, seria também de medo. 
Medo que quem questiona certezas ou dúvidas; de quem poderia apontar a nudez dos reizinhos dos pequenos e grandes poderes; de quem não tendo poder efectivo para executar em nome de todos, poderia criticar o poder de quem o tem.
É nesse exercício de um direito de crítica, que as sociedades democráticas (como a Figueira só pode ser...) se distinguem: umas, concedem-no amplamente e sem muitas reservas. Outras, reservam esses direitos, apontando limites sempre com base em conceitos convenientes e bem estruturados, tendo em vista a lógica do poder em exercício no momento. 

Há coisas complicadas e difíceis de explicar. A Figueira, aparentemente, não entrou ainda no clube das "amplas liberdades". Sente-se  um medo do medo..
Quem tem o poder, deveria ter  também o dever de não abusar desse poder.
Ao promover a crispação da sociedade, alargando o espaço  do medo para o âmbito pantanoso da discricionariedade interpretativa, consoante o poder e as sensibilidades dos políticos do momento, usando a vontade de perseguir indivíduos ou grupos, para reprimir atitudes e gestos incómodas ou calar vozes de contestação, desmente-se, na prática e nessas atitudes, a essência da própria democracia que se diz defender e promover.
Numa sociedade que privilegia o unanimismo e o "respeitinho"  como valores absolutos (quem não é por mim, é contra mim...), o obectivo é calar as vozes discordantes, reivindicativas e mais sensíveis aos erros e às injustiças do poder.

Contudo, isso é sempre uma tarefa impossível de eternizar. Mais tarde ou mais cedo surgirá a revolta. Foi assim, aliás, que surgiu o movimento das Forças Armadas, que rompeu as trevas em 25 de Abril de 1974. 
Os que herdaram as mordomias trazidas pela democracia estão a esquecê-lo. 
Sinais dos tempos ou, simplesmente, sinal inequívoco de que o poder inebria? E o poder absoluto, como sabemos, inebria muito mais.
Quem viveu antes do 25 de Abril e 974, tem memória do autoritarismo fascista - o da repressão efectiva e eficaz da discordância e dissidência, com a disseminação do medo generalizado de falar livremente e de afrontar os poderes fácticos  instalados.
Não se trata de um problema da oposição. É mais uma questão de política interna a espelhar a luta pelo poder político. 

Anda qualquer coisa irrespirável e bafienta no ar da Figueira.
Serei só eu que estou a dar por ela?

O Cabedelo...

O Cabedelo, no decorrer desta semana, é o tema proposto pelo jornal Diário as Beiras, aos cronistas residentes. Como é óbvio, vou estar atento. Fica a crónica publicada pela Silvina Queiroz, a habitual cronista das quartas-feiras.

Como o tempo voa...

"No dia 16 de março de 2020, o Hospital Distrital da Figueira da Foz recebia os primeiros doentes com covid-19".
Via Diário as Beiras

Aeroporto na região centro: tanta conversa, tanta promessa e, até agora, nada...

 Via Diário de Coimbra


Cartas ao Director: a primavera veio para ficar?

"Primavera chegou mais cedo A questão é saber se veio para ficar. Moro paredes meias com um infantário e não me podiam ter calhado melhores vizinhos. Habituei-me à algazarra dos meninos nos intervalos. Integramos esses sons no nosso quotidiano e, de ruído, passa a fazer parte do nosso conforto. Pois bem, na passada segund-feira, ao fim de meses, os passarinhos voltaram a encher os meus ouvidos e a minha alma. Mas deram-me também a medida justa desta amargura cinzenta em que estamos mergulhados. Será que vai terminar? Sim, acredito que sim! Com avanços e recuos, mas vai terminar. Por todos nós e sobretudo por este bando de pardais que habita o meu quotidiano e que ontem regressou antecipando a Primavera." 

José Pombal

18 milhões para reabilitar a Ponte Edgar Cardoso

«O concurso público para reabilitar e reforçar a Ponte Edgar Cardoso, na Figueira da Foz, investimento de 18 milhões de euros, foi lançado, anunciou a Infraestruturas de Portugal.
Numa nota de imprensa, a empresa informa que foi publicado em Diário da República, na segunda-feira, o concurso público para a contratação da empreitada de reabilitação e reforço na Ponte Edgar Cardoso sobre o rio Mondego, situada ao quilómetro 118,108 da Estrada Nacional 109.
Fonte da empresa disse que o lançamento deste concurso integra o programa anual de investimentos da Infraestruturas de Portugal na melhoria das infraestruturas que tutela, sendo que o investimento será realizado com capitais próprios. 
“A expectativa da empresa é que a obra possa arrancar no final deste ano ou início do próximo”.»

terça-feira, 16 de março de 2021

Só faltam as vacinas...

Via Diário as Beiras 
"O centro de vacinação instalado nas instalações da escola da GNR, o único do concelho, tem mais postos de atendimento, passando para seis. 
A câmara municipal instalou uma tenda gigante para aumentar a capacidade de resposta."

Cabedelo....

O Cabedelo, no decorrer desta semana, é o tema proposto pelo jornal Diário as Beiras, aos cronistas residentes. Como é óbvio, vou estar atento. Fica a crónica publicada pelo Teotónio Cavaco, o habitual cronista das terças-feiras.

Duarte Silva

Via Diário de Coimbra

Em memória de tempos em que o concelho caminhava determinado em direcção ao futuro...

"Se a situação pandémica o permitir, a partir de 15 de Junho, a cidade volta a receber o “Figueira Fun Park”, conjunto de estruturas de diversão que engloba o regresso da “roda gigante” que tanto êxito teve o ano passado. Ontem na reunião de Câmara, foi aprovada a minuta do protocolo a celebrar entre a autarquia e a Associação de Profissionais Itinerantes Certificados (APIC), com a vice-presidente a salientar que, «se for possível», no Natal virá também uma pista de gelo e a garantir que a vinda destes dois equipamentos, com preços «muito elevados», rondando os 50 mil euros cada, só é possível porque «são os outros carroceis que pagam»."

O azar da Figueira: os milhões vindos da Europa disponíveis para estas absurdas obras avulso perpetradas por um poder autárquico menor...

Via Diáio as Beiras.
"A União Europeia aprovou candidaturas apresentadas pelo município no valor de mais de 60 milhões de euros, de 1988 a 2021, segundo os gráficos apresentados, ontem, na reunião de câmara, pelo presidente da autarquia, Carlos Monteiro. 
O total é a soma dos projetos candidatados nos mandatos autárquicos do PSD (1998 - 2009) e do PS (2009 - 2021). Durante os três mandatos do PSD (um de Santana Lopes e dois de Duarte Silva), Bruxelas aprovou projetos de cerca de 22,5 milhões de euros. Já com os socialistas no poder local (João Ataíde até abril de 2019 e Carlos Monteiro no poder desde então), foram validadas obras de 40 milhões de euros. 
Entre 2018 e 2021, com um valor próximo dos 20 milhões de euros, foi a fase em que Bruxelas mais dinheiro destinou ao concelho, seguindo-se o período de 1998 a 2001, com perto de 17 milhões de euros. De 2010 a 2013, foram aprovadas candidaturas de nove milhões e de 2014 a 2017 outros 11 milhões. Foi entre 2002 e 2005 que a Figueira da Foz apresentou menos candidaturas, num total de dois milhões de euros.

Por programas de financiamento, foi o Portugal 2020 (ainda ativo) quem mais contribuiu, ao aprovar mais de 30 milhões de euros. O Quadro Comunitário de Apoio III (2000 - 2006), por seu lado, deu luz verde a projetos de 18 milhões, enquanto o Quadro de Referência Estratégico Nacional (2007 - 2013) ficou-se pelos 14 milhões. A taxa de cofinanciamento da União Europeia oscilou entre os 60 e os 85 por cento (de 2000 a 2021), cabendo à autarquia garantir a diferença."


As perguntas que se impõem.
 
Eram estas as grandes obras públicas que os executivos de Santana Lopes, Duarte Silva, João Ataíde e Carlos Monteiro deveriam ter lançado, onde foram gastos milhões (da Europa, mas também de nós todos)?
Era esta a obra com a qual os responsáveis pretendiam gerar riqueza e criar postos de trabalho para desenvolver a economia local? 
Não teriam havido outras e melhores prioridades?
Fica um desejo para o futuro próximo - que os figueirense daqui a meia dúzia de meses podem concretizar com o seu voto: que a bem de um concelho necessitado de autarcas inteligentes e competentes se passe a planear o desenvolvimento do concelho de outra maneira.
Existem outras prioridades... 

Para quando o recenseamento eleitoral actualizado a sério?

Esta notícia, publicada ontem no Diário de Coimbra, fez-me recordar aquilo que toda a gente sabe: os cadernos eleitorais andam empolados há muitos anos.
Para quando a clarificação dos cadernos eleitorais para termos uma ideia correcta e mais precisa do valor da abstenção?

segunda-feira, 15 de março de 2021

Na reunião de Câmara de hoje foi aprovada a minuta do protocolo a celebrar entre o município da Figueira da Foz e a Associação de Profissionais Itinerantes Certificados com vista à mais uma edição do evento conhecido como «Figueira Fun Parque»...

Cabedelo...

Estou a chegar àquela idade em que, à nossa volta se começa a sentir, ainda mais, a pressão para, finalmente, sermos como a esmagodora maioria.

Vendo bem, porém, não me sinto assim tão diferente: tive uma filha;  e uma casa; agora, tenho uma garagem, 3 bicicletas e um carro.

Estou naquela idade de aceitar a finitude com serenidade. Já não tenho idade para pedir muito.
Aliás, a vida para mim nunca foi acumular

Prefiro a solidão e a aceitação fácil. 
Gosto de sentir que não sou vencedor. 
Não vivo - nunca vivi - uma vida «comprada» segundo a opinião que domina a sociedade. 
Nunca o fiz; nunca o farei. Chegou o que me venderam na adolescência.

Se há qualidade que tenho, quiçá em demasia, é a de não me vender. Por nada.

Há apenas meia dúzia de coisas realmente importantes na minha vida. Umas de natureza familiar, que me abstenho de divulgar. Outras, de gosto: os livros, a  musica, a paz e o amor.
 
São-nos concedidas algumas dezenas de anos, que temos que aproveitar: para mim, gosto de apreciar a beleza simples da vida. 

Até Dezembro do ano passado, era  sentar-me na melhor esplanada da Figueira.
Agora, resta-me um bom livro de poemas e a música...
E as caminhadas, como a desta manhã, ao longo do molhe sul.

Gosto de ir ao Cabedelo, mesmo agora revoltado e revolvido pelas obras.
Desapareceu a praceta Mário Silva e aquela que era a melhor esplanada da Figueira e que tinha a mais linda vista sobre o mar. 

Depois disto, não deixará jamais de me espantar a necessidade que os políticos têm de "obrar"...

É salgado, umas vezes, outras amargo, andar por aqui, agora.
Gritar fazia falta, fazia sentido e era importante, mas continuo a preferir outras formas de usar o aparelho fonador.

Por isso, fica o silêncio para poder ouvir o rumorejar das ondas a beijar o molhe.  
Garanto: continua a ser bom...

O Cabedelo, no decorrer desta semana, é o tema proposto pelo jornal Diário as Beiras, aos cronistas residentes.
Como é óbvio, vou estar atento.
Fica a crónica publicada pelo João Vaz, o habitual cronista das segundas-feiras.

Pedro Agostinho Cruz: "... com o desconfinamento vou acabar com os desenhos."

Que pena!... Logo agora que estavas a "sair do armário"...