segunda-feira, 29 de junho de 2020

O Forte de Santa Catarina

"O Forte de Santa Catarina, cuja construção atual remonta ao reinado de Filipe I de Portugal (finais do séc. XVI), poderia ser transformado num digno centro interpretativo da Guerra Peninsular (sobre as invasões Francesas e auxílio do exército Inglês, na primeira década do séc. XIX), assim como dos ataques históricos de corsários ingleses no séc. XVII.
Este conjunto arquitetónico militar poderia servir de laboratório histórico, aberto a visitas a turistas e estudantes, respondendo aos desígnios da flexibilidade curricular preconizada pelo Ministério da Educação, que evoca a necessidade de criar novos e diferentes ambientes de aprendizagem.
Ao invés disso, no seu interior foi implantado um complexo de bar/restaurante, ornado com sombreiros de colmo ao estilo do Caribe, completamente descontextualizados da envolvente, ferindo o propósito da criação daquela edificação, perfurando a muralha em vários pontos para melhor servir o acesso dos possíveis utilizadores do espaço. Uma escada de betão rompe a muralha histórica, esta, volta a sofrer ferimentos com a fixação de um dístico completamente redundante, onde se lê “Forte”. E é nas traseiras do complexo do Ténis Clube  onde se encontra a ser construído mais um disparate arquitetónico, uma pretensa Casa de Chá, voltada para o rio, mas que para ser construída, fere de novo a muralha do Forte de Santa Catarina, oculta-a e quem se desloca de sul para norte, fica com uma visão limitada da grandeza e beleza desta fortificação, escondida que está atrás de um edifício modernista de ferro, madeira e (futuramente) vidro. Muitas outras cidades tentaram uma coexistência entre o património histórico e as construções modernistas/funcionalistas, a maior parte delas com o objetivo de criar equipamentos culturais, que melhor servissem a cidade. Aqui não é o caso, um edifício histórico, está ao serviço da economia e do comércio de particulares, sem qualquer preocupação com o significado da real preservação do património.
Já nos bastava a colonização pelo Ténis Clube nas suas traseiras, nas áreas mais baixas junto à circular, no qual estão construídos mais dois courts de Ténis, que para facilitar o acesso aos praticantes da modalidade, mais uma vez criaram uma incisão na muralha na qual se fixa uma escada em madeira, mesmo ao lado da dita construção, futura Casa de Chá.
Perguntamos, como foi possível viabilizar este (e o outro estabelecimento) no coração histórico da nossa cidade, sem que para tal ninguém tivesse uma palavra a dizer. Uma estrutura que nasceu da noite para o dia, que peca por ocultar uma parte significativa do Forte de Santa Catarina e do substrato rochoso sobre o qual este foi construído, vestígios do antigo promontório de Santa Catarina, constitui um atentado urbanístico,  que muito nos desagrada, somos veementemente contra tal situação, e questionamo-nos como tal abjeção foi autorizada pela tutela, quando se trata de um edifício classificado como Imóvel de Interesse Público,  desde 1961.
Se tivéssemos muitos edifícios históricos, poderíamos de algum modo explicar este desaire, mas não, a nossa cidade não é assim tão rica em património, por isso não o podemos desvirtuar ao sabor de outros interesses que não sejam os de zelar pelo legado que os nossos antepassados nos deixaram e que conta a nossa História.  Deveríamos antes criar todas as condições para que os alunos tivessem naquele local aulas, no exterior dos muros da escola, que tão enriquecedoras são, proporcionando-lhes aprendizagens verdadeiramente significativas."

Fotos  Luís Fidalgo

O texto acima constitui a intervenção da deputada municipal Maria Isabel Sousa PSD, no decorrer da Assembleia Municipal realizada na passada sexta-feira. O presidente da Câmara, Carlos Monteiro, respondeu nos termos que pode ler clicando aqui

"Isto não tem nada a ver com política. É só para informar que, ao contrário do que pensa o PM, os antibióticos não matam os vírus. No meio de uma pandemia, e depois de se ter irritado com os técnicos que não dão respostas, se calhar isto explica muita coisa."


Sacado daqui

Saída limpa

Foto Antóno Agostinho

domingo, 28 de junho de 2020

A história do Manuel, músico e político ...

Anda a há 30 anos a tocar bateria. Pastor até  aos 7 anos, natural de Arcos de Valdevez, veio para a Figueira da Foz dar lições na política a professores...


Ontem foi um dia muito agitado no PSD Figueira - e não só. Na semana anterior tinha havido «bicadas» de algumas das figuras dominantes do PSD local ligadas à lista B, ao concorrente que liderava a lista A.

Da parte da lista A, inteligentemente, houve contenção. A lista A foi premiada: venceu em toda a linha. O "único  vereador do  PSD no executivo camarário figueirense" venceu também a mesa da assembleia, onde Manuel Domingues, o candidato da lista A, infligiu um derrota a uma concorrente de peso: uma "baronesa" local, ex-vereadora, ex-deputada municipal,  a professora Teresa Machado.
Se não sabem o que é um "barão", neste caso uma "baronesa" do PSD Figueira, passo a explicar.  É isto. Um "barão" local, neste caso uma "baronesa",  nasceu e cresceu no regaço protector do cavaquismo e reproduziu-se no aconchego do bloco central dos interesses, no centrão, no núcleo do regime  figueirense. O barão local, neste caso a "baronesa", tem um percurso político  natural. Fez parte da Assembleia Municipal e da Câmara. Não conseguiu, ao contrário do que seria certamente sua legítima aspiração, ir mais além. Teve de regressar à vida.
Esta escolha de Teresa Machado foi um dos grandes e absurdos erros de casting cometidos por Carlos Rabadão. Por muitas razões. Também por esta - pelo regresso contra-natura e já fora de rota política!
Depois de se regresar à vida, não se deve tentar regressar à política.

Irresponsabilidades...

"Totalmente legal", disse Carlos Monteiro

Ricardo Silva, no momento da vitória...

... "o nosso objectivo, em 2021, é conquistar a Câmara da Figueira, a Assembleia Municipal e as juntas de freguesia". "Já estamos a trabalhar nisso".

Ricardo Silva, foi reeleito presidente da Comissão Política Concelhia do PSD/Figueira, obtendo 184 votos, derrotando o candidato Carlos Rabadão, que obteve 141.
O "único  vereador do  PSD no executivo camarário figueirense", venceu ainda o ex-presidente da Junta de Quiaios e ex-deputado municipal,  na candidatura à mesa da assembleia. Resultados: 182 votos para a lista A e 142 para a B.
Desta forma, Manuel Domingues foi reeleito para o cargoTeresa Machado saiu derrotada.
Ricardo Silva e a sua equipa, obtiveram uma vitória saborosa, mas difícil. Não vão ser fáceis os próximos 2 anos. Em declarações ao OUTRA MARGEM, o candidato vencedor começou por agradecer a grande mobilização dos militantes do PSD/Figueira: "esta vitória representa uma grande responsabilidade",  mas também um voto de confiança dado pelos militantes do partido, que reconheceram o trabalho feito "pelo único  vereador do  PSD no executivo camarário figueirense".
Ricardo Silva já tem a sua prioridade traçada para 2021: “conquistar a Câmara da Figueira, a Assembleia Municipal e as juntas de freguesia". "Já estamos  a trabalhar nisso. Todos têm lugar", disse-nos Ricardo Silva.  Que acrescentou: "o PSD continua vivo na Figueira."

Terminal Rodoviário (7)

"Em redor daquele espaço são várias as recordações que surgem e, em todas elas, fervilhava vida de diferentes formas. Fui estudante universitária na Figueira da Foz. Foi na Universidade Internacional que me formei em Psicologia.
Foi naquele edifício com paredes rosadas que fiz amizades para a vida!
E bem perto daquele local existia a Universidade Católica.
Com os anos tudo mudou e, de repente, por motivos distintos, fi camos sem nada. Ao longo dos anos o atual executivo municipal tem entretido os fi gueirenses com anúncios sobre um possível regresso do ensino superior ao concelho, aliás no início de 2020 foi noticiada esta realidade, mas o Covid-19 deve ter estragado os planos. E a anunciada Escola do Mar? Ficou pelo caminho?
O que me parece é que voltar a ter a vivacidade dos estudantes, por enquanto, não passa de uma miragem!
A Figueira tem referências históricas e elementos naturais como o mar, o rio, a serra, o campo que nos leva a apresentar diferentes potencialidades que seriam uma mais valia para uma formação académica diferenciada.
O antigo terminal rodoviário encontra-se numa zona central da Figueira e seria uma excelente estrutura para a educação, como já foi noutros tempos, não sendo, como é obvio, o único espaço para o efeito, mas fazendo parte de um projeto integrado de ensino superior.
Se a formação académica voltasse a ser uma realidade, também seria possível voltar a ter mais pessoas na nossa cidade e durante todo o ano. Seria um incentivo à captação de novas empresas e indústria. Impulsionava a economia local. Daria vida à Figueira.
No meio disto tudo só tenho pena de uma coisa, porque nem tudo pode voltar a ser o que era. Bem junto ao antigo terminal existia um freixo que carregava consigo anos de vivências, que assistiu a várias mudanças, mas que, infelizmente, não resistiu à insensibilidade de alguns.
Aquele local precisa de vida e com estudantes iria ter com toda a certeza e se, aquela árvore centenária ainda existisse, tudo faria ainda mais sentido!"
Via Diário as Beiras

Terminal Rodovário (6)

"Estima-se que a primeira referência a um povoado, que crescia em torno da igreja de S. Julião junto à foz do Mondego, data do século XI. A Figueira da Foz foi-se expandindo devido sobretudo ao seu porto comercial, que foi ganhando cada vez mais importância, e o traçado da cidade, bem como a sua estrutura inicial, assentam nessa relação intrínseca com o rio Mondego. Tal como a ligação das diversas ruas que partem da igreja matriz e do convento de Santo António às duas praças ainda existentes, as Praça Velha e Praça Nova, ambas conquistadas ao rio em 1777 e 1784 respetivamente.
Este núcleo antigo é densamente ocupado por edifícios habitacionais e comerciais.
Dada a sua relevância, foi definida uma Área de Reabilitação Urbana e respetivo programa para este núcleo antigo que perspetiva uma intervenção integrada, cujas obras se encontram em curso. Ou seja, o reforço da vivência das praças, procurando também que se aproximem do rio; a criação de um polo vivencial no topo norte, no antigo terminal rodoviário, complementar à presença dos equipamentos, melhorando o espaço público associado e o eixo circulatório que o margina; a explicitação das vias principais que organizam interiormente toda a área, assumindo que serão ruas de nível, com prevalência da função pedonal; a reabilitação dos edifícios municipais nesta zona e a promoção da reabilitação de edifícios privados.
Assim sendo, a estratégia do município passa por dinamizar o antigo terminal rodoviário e a sua envolvente, dignificando-os através de um projeto que preserve a memória do espaço, uma vez que está junto a um edifício classificado, como é a igreja de Santo António e junto a um cemitério com muita história.
O espaço público deverá ficar o mais liberto possível de estacionamento para que possa ser fruído, podendo-se aproveitar o declive existente para a construção de um parque subterrâneo de uso público para os residentes da zona, bem como para os utilizadores dos equipamentos envolventes. O edifício em concreto, podendo ser requalificado e ampliado, deverá servir como foco agregador de uso comercial, de serviços ou até mesmo um equipamento público, mas que seja dinamizador daquela zona."
Via Diaário as Beiras

sábado, 27 de junho de 2020

A lista A, liderada por Ricardo Silva, vence eleições para a concelhia do PSD/FIGUEIRA

LISTA A: 184.  LISTA B:141
A hora, dentro do PSD/Figueira, é de construção. Ao trabalho.

"Que família tão unida"...

"A política não separa aqueles que o sangue e o amor juntou

Joana Aguiar de Carvalho, gestora turística e hoteleira, é dirigente do PS da Figueira da Foz. Carlos Tenreiro,  advogado, é militante do PSD e candidato derrotado à Junta de Buarcos, em 2013,  e à Câmara Municipal da Figueira da Foz pelo PSD, em 2017. Cumpriu o mandato na oposição, na qualidade de elemento da assembleia de freguesia, entre 2013 e 2017. Está a cumprir o mandato como vereador eleito pelo PSD, desde 2017.
Há muito que este casal da Figueira da Foz convive com a política. O pai de Joana, Aguiar de Carvalho, entretanto falecido, foi presidente da câmara deste concelho durante quase 16 anos, pelo PS.
Por sua vez, o pai de Carlos Tenreiro, Jorge Tenreiro, foi vereador do PSD na mesma autarquia num mandato presidido pelo pai da mulher. Não obstante as divergências ideológicas, ambos afirmam que a política nunca obstaculizou a vida conjugal."
(Resumo feito a partir de um escrito no Diário as Beiras, em 19 de Agosto de 2014. A foto foi obtida via Diário as Beiras)

Joana Aguiar de Carvalho, de que não conheço qualquer tomada de posição política pública, apesar de ter sido a mandatária de SANTANA LOPES, na candidatura à Figueira  em 1997, ter feito parte da lista de João Ataíde em 2009 (foi em número seis: João Ataíde das Neves, Carlos Monteiro, Isabel Cardoso, António Tavares, Rui Cardoso, Joana Aguiar de Carvalo), e ter sido administradora da Figueira Grande Turismo (deve saber muito acerca do imbróglio do Paço de Maiorca) conquistou ontem um lugar no Conselho Municipal de Turismo em representação da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, de que não faz parte!.. 
Esta é a política das melhores famílias figueirenses, em todo o seu esplendor e no seu melhor. A política figueirense, «é, desde sempre, assunto de umas quantas famílias e a res pública uma espécie de “cosa nostra”

A Assembleia Municipal ontem realizada nos jornais de hoje...

PSD FIGUEIRA VAI HOJE A VOTOS

Os militantes da Figueira da Foz do PSD elegem hoje os novos órgãos concelhios do Partido. As urnas abrem às 14H00 e encerram às 18H00. 
Para a Comissão Política Concelhia, apresentam-se duas listas. A saber: uma, a A, liderada por Ricardo Silva (vereador), que se recandidata ao segundo mandato; e a B, liderada por Carlos Rabadão (ex-presidente da Junta de Quiaios e exdeputado municipal).
Desde 2014 que não havia mais do que uma candidatura à liderança da Concelhia do PSD Figueira.


Joana Aguiar de Carvalho, por proposta do PS, foi eleita para o Conselho Municipal de Turismo, como representante da AM!.. (2)

Terminal Rodoviário (5)

"O antigo terminal rodoviário da Figueira da Foz localiza-se numa das zonas com maior centralidade dentro da malha urbana da Figueira da Foz. É por isso, imperativo encontrar uma solução para este espaço, que verdadeiramente sirva uma parte significativa da população urbana.
O nosso concelho é hoje um exemplo no que toca ao ingresso de jovens estudantes no ensino superior. É demonstrativo de um interesse transversal pela aprendizagem e para expandir qualificações. Porém, apesar de termos esta mais-valia na população jovem, hoje a cidade não possui qualquer espaço dedicado ao estudo dos seus estudantes. É verdade que Biblioteca também tem essa finalidade, contudo é notório aos fim de semanas e em épocas de preparação para exames que aquele espaço está totalmente lotado, privando os leitores da Biblioteca e criando uma situação de oferta inferior à procura para aqueles que procuram estudar fora da sua habitação.
Outro problema a que também assistimos, no campo da juventude, é a dificuldade em encontrar locais na cidade para promover o associativismo jovem. Persiste uma enorme dificuldade para as novas associações terem as suas sedes, o que em muitos casos cria obstáculos para fazer reuniões, guardar material ou até dar uma morada fiscal para a associação.
Assim, considero que o Terminal Rodoviário seria o local ideal para colmatar estes dois problemas. Nas várias salas existentes, poder-se-ia criar, a par de salas de estudo, uma sala multiusos para reuniões e eventos das associações, uma zona partilhada para pequenas refeições, uma sala com cacifos para cada associação poder guardar os seus bens, e acrescendo a inúmeras possibilidades que a zona exterior oferece. Tudo isto seria o espaço jovem da Figueira da Foz, um local pensado para os mais jovens e que teria como foco central a realização individual e coletiva daqueles que serão o futuro do nosso concelho."
Via Diário as Beiras

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Joana Aguiar de Carvalho, por proposta do PS, foi eleita para o Conselho Municipal de Turismo, como representante da AM!..



A maioria absoluta do Partido Socialista, impôs o nome de Joana Aguiar de Carvalho, que não faz parte da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, como representante deste órgão autárquico no Conselho Municipal de Turismo.
Tal ocorreu no decorrer da Assembleia Municipal que está a ter lugar no momento em que estamos a escrever esta postagem. Ao que OUTRA MARGEM conseguiu apurar, as bancadas da CDU e do PSD bateram-se para que a nomeação fosse feita entre os nomes de um dos membros que compõem a AM. Nelson Fernandes, no seu estilo característico, frisou que não se sentia representado por Joana Aguiar de Carvalho, "pois é membro da Assembleia Municipal e não deve ser uma pessoa de fora da Assembleia Municipal a representá-lo".
"Isto não é forma de fazer política", disse ainda Nelson Fernandes. Que acrescentou, dentro daquele que é o seu reconhecido estilo: "uma bancada destas (do PS), cheia de gente capaz e não há nenhum elemento virtuoso para ir para esta comissão?"
Registe-se que na última Assembleia Municipal, o PSD apresentou uma proposta para criar uma Comissão de acompanhamento do COVID. Foi chumbada com o argumento,  "de que não é preciso gente de fora". O mesmo Partido, por ter maioria absoluta, foi buscar uma pessoa de fora da Assembleia Municipal para o Conselho Municipal de Turismo... 
"A maioria absoluta do PS a permitir fazer tudo e o seu contrário"...
Registe-se que Joana Aguiar de Carvalho foi nomeada por votação secreta, com 11 votos contra, 2 nulos e uma abstenção.
Não foi proposto mais nenhum nome. O PS esteve igual a si próprio, ao informar a oposição: "a Joana Aguiar de Carvalho é o nosso nome, se quiserem ponham à votação um suplente!"...
Assim vai a democracia na Figueira e a escalada de agressividade que se sente, de há meses a esta parte, na política figueirense. Depois de ter  chegado  às sessões do executivo camarário, parece ter também chegado às reuniões da Assembleia Municipal...

Coliseu Figueirense em tempo de COVID19

Há pouco mais de um ano, em final de Maio, foi asssim: "Carlos Monteiro revelou que a autarquia poderá analisar uma solução que permita criar uma parceria com o Coliseu Figueirense, tendo em vista a cobertura e a remodelação da praça de touros."
Entretanto, passou pouco mais de um ano. De palpável, "vai-se a ver e nada".
Imagem via Diário as Beiras

Concedam poder à imaginação...

Esplanada com distanciamento humano garantido.

Reflexão de um não militante partidário, a propósito de um acto eleitoral partidário que vai decorrer amanhã...

Amanhã, o PSD/Figueira vai a votos para escolher o presidente da concelhia nos próximos dois anos.
Em princípio, as eleições internas nos partidos são um assunto  sério. 
Todavia, alguém sabe alguma coisa sobre o que pensa Carlos Rabadão sobre o futuro da Figueira?
Sobre Ricardo Silva, quem anda minimamente atento, concorde ou discorde com as suas tomadas de posição como vereador da oposição, sabe o papel que tem assumido e o que defende.


Dir-me-ão que a escolha da próxima concelhia só tem a ver com os militantes do PSD. 
Respeitando essa opinião, discordo. No próximo ano haverá eleições autárquicas. Quem estiver ao leme das concelhias vai ter uma acção decisiva na escolha dos candidatos às autárquicas em 2021. E, isso, já tem a ver com a vida de todos: dos militantes que sempre tiveram as quotas pagas; dos "militantes" que não pagavam quotas há cinco ou dez anos e que agora, com 24 euros (o valor de 2 anos de quotas...) viram o problema resolvido e podem concorrer e votar; e de todos os outros...

Os dirigentes que amanhã vão ser escolhidos pelo PSD/Figueira, passam a ser o "aparelho" do partido a nível local.
Na minha condição de não militante de nenhum partido, tenho de aceitar que o voto de amanhã só pode ser exercido pelos politicamente comprometidos com o PSD e, no mínimo, com as quotas pagas.
Tenho de assumir, se quiser entender alguma coisa sobre o funcionamento dos Partidos Políticos, que os militantes de um Partido não são o ”aparelho”, mas os dirigentes que eles escolhem passam a fazer parte do "aparelho".

E o que é o "aparelho"
O "aparelho" é o poder e o dinheiro, e o caciquismo que o poder e o dinheiro provoca. 
E, isso, não está controlado pelos militantes, mas sim por pequenos núcleos e na amálgama de "elites" que se enquistam à volta do poder personalizado, julgando que as organizações políticas são seitas reunidas em torno de uma divindade.

Mercado...