António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 17 de janeiro de 2019
"Sem dar por ela"...
Foto o sítio dos desenhos |
"E dei comigo a pensar que podar sem saber é como “poder” sem “saber”: invariavelmente dá merda.
E é assim em tudo; não apenas na poda do arvoredo; manda-se porque se pode, sem perguntar a
quem sabe, e mainada. E obedece-se
sem pensar nem, muito menos, objectar; porque
sim, prontos.
Porque o que realmente informa, ou inspira, o exercício
deste poder não é uma razão (qualquer razão) baseada no estudo e no
conhecimento, mas sim a sua própria consciência de ter poder, razão última porque
a sua jactância apenas se completa - ou complementa - na reverência geral, no
medo ou na indiferença. E isto é mais verdade quando o poder é absoluto."
"Cautelas e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém"...
Excepto à galinha... Portanto,
Via DIÁRIO AS BEIRAS |
"... Yann Moix, o tal escritor francês que diz que “O corpo de uma mulher com 25 anos é extraordinário”, ao contrário do corpo de uma mulher de 50. Até aqui, estamos todos de acordo. Alguém negará que os corpos de 25 anos são muito mais bonitos do que os de 50, de homens ou de mulheres!?"
Eduardo Catroga: em terra de santos, só existem virgens
Afirma: "Não venham dizer que eu sou um boy"...
Admite: “ambiente de crispação” com Governo antes da mudança do secretário de Estado da Energia...
Clarifica: Passos "podia ter batido o pé à troika" pois "não há rendas excessivas, há impostos excessivos".
Admite: “ambiente de crispação” com Governo antes da mudança do secretário de Estado da Energia...
Clarifica: Passos "podia ter batido o pé à troika" pois "não há rendas excessivas, há impostos excessivos".
quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
Quadratura do Círculo acaba na próxima semana
“Vamos mudar de edifício, de estúdios e vamos fazer alterações à grelha de programas. Esta a única razão para o fim do Quadratura do Círculo”, explicou ao PÚBLICO Ricardo Costa, director de informação do Grupo Impresa...
Há um tempo para tudo.
Até existe um tempo para a extinção sem necessidade de explicações demasiado imbecis...
Há um tempo para tudo.
Até existe um tempo para a extinção sem necessidade de explicações demasiado imbecis...
Não foram pintainhos que nasceram: foram pessoas. Sinto-me chocado.
Imagem via DIÁRIO AS BEIRAS |
Ao mesmo tempo, cessou também a urgência de Obstetrícia e Ginecologia, segundo uma nota divulgada na altura pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).
Recordo. Somos um povo amorfo e resignado. Mesmo perante a gravidade da situação, no dia 30 de Outubro de 2006, apenas cerca de cem pessoas compareceram numa vigília de protesto contra o encerramento do bloco de partos da Figueira da Foz.
Daí a poucos dias, as utentes do serviço de urgência perinatal do HDFF passaram a ser orientadas para a Maternidade Daniel de Matos (que integra os Hospitais da Universidade de Coimbra), Maternidade Bissaya-Barreto (do Centro Hospitalar de Coimbra) e Hospital de Santo André, em Leiria.
Não sei exactamente porquê, continuo a lembrar-me de Miguel Torga.
“É uma tristeza verificar que a política se faz na praça pública com demagogia e nos bastidores com maquinações. E mais triste ainda concluir que não pode ser doutra maneira, dada a natureza da condição humana, que nunca soube distinguir o seu egoísmo do bem comum e vende a alma ao diabo pela vara do mando. A ambição do poder não olha a meios, pois todos lhe parecem legítimos, se eficazes.”
E continuo inquieto.
O encerramento do bloco de partos da Maternidade da Figueira, foi mais uma maldade que foi feita à nossa cidade. Esta vez, por um governo PS.
"Como é possível ser o mais desigual da Europa um país que teve o 25 de Abril e só foi governado por sociais-democratas e socialistas?"
Triste sina a nossa: em 2019 somos ainda mais pobres e desiguais.
terça-feira, 15 de janeiro de 2019
Estreia-se a 25 de janeiro na RTP1
“Teorias da Conspiração”: a banca, o poder e a corrupção em Portugal vão dar uma nova série à RTP.
Baseada em casos de corrupção que assolaram Portugal nos últimos anos.
Baseada em casos de corrupção que assolaram Portugal nos últimos anos.
Desta vez, foi no IC2, à saída da Adémia...
Recorde-se: uma menina com 3.230 gramas, com mãe de nacionalidade russa, nasceu às 00h30 do dia 1 de Novembro de 2006, veio fechar um ciclo que durava há 59 anos e que foi criado para responder a uma necessidade de um concelho que se acreditava estar em desenvolvimento.
Entretanto, o que nos vale á a nossa capacidade "pró habitual desenrascanço"...
"Uma jovem de 21 anos, residente no Saltadouro, em Tavarede, já no fim do tempo, deu à luz na madrugada de ontem, na ambulância dos Bombeiros Voluntários (BV), a caminho da Maternidade Bissaya Barreto, onde a jovem já tinha estado durante a tarde, tendo tido alta. Cerca das 2h00, as bombeiras Maria Isabel Silva e Clara Santos foram chamadas e, quando fizeram a avaliação da parturiente, viram que o parto poderia estar iminente e por isso, pediram o apoio da VMER do HDFF. E tinham razão, pois às 2h45, no IC2, à saída da Adémia, a bebé, uma menina «saudável», acabaria por nascer tendo «tudo corrido bem», segundo fonte dos bombeiros, adiantando que pouco antes, tinham transportado outra grávida, que, assim que deu entrada na maternidade, deu logo à luz. «Por um triz que não eram dois», disse."
Por onde anda o 25 de de Abril de 1974?
Bastonário dos Advogados diz que há uma justiça para ricos e outra para pobres.
Nota de rodapé.
O Tempo, esse maganão, tende a fazer esquecer aqueles que deram à malta da minha geração, a vida e a liberdade possível... A minha eterna gratidão, a todos os que há quase 45 anos contribuíram para isso.
Nota de rodapé.
O Tempo, esse maganão, tende a fazer esquecer aqueles que deram à malta da minha geração, a vida e a liberdade possível... A minha eterna gratidão, a todos os que há quase 45 anos contribuíram para isso.
Não lhes toquem no carácter, que eles até dão saltos...
Ao longo da vida, cruzei-me com tanto mau carácter...
Aquele que para subir, desceu…
Aquele que para subir, desceu…
Foi, certamente, sem dar por ela...
Ideia que envolve perigo
foto sacada daqui |
Bruno Santos, via Aventar
segunda-feira, 14 de janeiro de 2019
Rio a rir?..
Estrategicamente falando, Luís Montenegro colocou-se exactamente no lugar onde Rui Rio desejava que ele se colocasse.
Vejamos.
"A saída borda fora de Santana foi má conselheira para Montenegro. Transmitiu-lhe a sensação de ser o líder único da oposição interna. Um erro de que não tardará a aperceber-se.
Loucura foi a palavra usada por Marcelo Rebelo de Sousa para classificar a possibilidade de mais uma crise no PSD. Kamikaze é a palavra que julgo mais adequada para adjectivar o pretenso ultimato de Luís Montenegro a Rui Rio. Pretenso porque, como decorre da História, o ultimato é feito por quem dispõe de maior poder. Não é o caso.
Por falar em História, não há dúvida de que a memória dos políticos é piedosamente selectiva. Só retém o que lhe convém. Talvez por isso Montenegro já não se lembre de ter dito, quando abandonou o hemiciclo, que nunca faria a Rio o que Costa tinha feito a Seguro.
O problema é que ousou ir além de Costa. Não teve paciência para esperar pela primeira das três eleições que aí vêm.
Rui Rio desvalorizou o ultimato montenegrino atribuindo-o ao desejo de os seus apaniguados garantirem um lugar nas listas de candidatos aos próximos atos eleitorais. De facto, há, no PSD como nos outros partidos, militantes que não vivem para a política, mas da política. São os cargos que lhes alimentam muito mais do que o ego. Daí que seja a agenda pessoal a ditar a regra. Por isso a agitação que se vive em várias distritais.
Algo que ajuda a explicar o desafio publicamente lançado por Montenegro. Na verdade, o cisma provocado por Santana Lopes não deixará de fazer vítimas entre os seus antigos apoiantes. Rio não apostará em muitos deles. Um dado que os próprios dão por adquirido. Como tal, há que jogar na antecipação. Só que, a julgar pela reacção de personalidades que continuam a marcar a vida do partido o tiro vai sair pela culatra."
José Pinto
Vejamos.
"A saída borda fora de Santana foi má conselheira para Montenegro. Transmitiu-lhe a sensação de ser o líder único da oposição interna. Um erro de que não tardará a aperceber-se.
Loucura foi a palavra usada por Marcelo Rebelo de Sousa para classificar a possibilidade de mais uma crise no PSD. Kamikaze é a palavra que julgo mais adequada para adjectivar o pretenso ultimato de Luís Montenegro a Rui Rio. Pretenso porque, como decorre da História, o ultimato é feito por quem dispõe de maior poder. Não é o caso.
Por falar em História, não há dúvida de que a memória dos políticos é piedosamente selectiva. Só retém o que lhe convém. Talvez por isso Montenegro já não se lembre de ter dito, quando abandonou o hemiciclo, que nunca faria a Rio o que Costa tinha feito a Seguro.
O problema é que ousou ir além de Costa. Não teve paciência para esperar pela primeira das três eleições que aí vêm.
Rui Rio desvalorizou o ultimato montenegrino atribuindo-o ao desejo de os seus apaniguados garantirem um lugar nas listas de candidatos aos próximos atos eleitorais. De facto, há, no PSD como nos outros partidos, militantes que não vivem para a política, mas da política. São os cargos que lhes alimentam muito mais do que o ego. Daí que seja a agenda pessoal a ditar a regra. Por isso a agitação que se vive em várias distritais.
Algo que ajuda a explicar o desafio publicamente lançado por Montenegro. Na verdade, o cisma provocado por Santana Lopes não deixará de fazer vítimas entre os seus antigos apoiantes. Rio não apostará em muitos deles. Um dado que os próprios dão por adquirido. Como tal, há que jogar na antecipação. Só que, a julgar pela reacção de personalidades que continuam a marcar a vida do partido o tiro vai sair pela culatra."
José Pinto
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