segunda-feira, 30 de junho de 2014

O MELHOR PRÉMIO

Como todos os que passam por este espaço sabem, Joaquim Namorado, hoje, pelas 18h30, vai ser recordado na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, na passagem do centenário do seu nascimento.
Em janeiro de 1983 o jornal barca nova prestou-lhe uma merecida homenagem, na sequência da qual a edilidade figueirense criou um prémio literário com o seu nome.
Na sua passagem pela Figueira, Santana Lopes resolveu acabar com essa homenagem a Joaquim Namorado.
Na minha opinião, se a homenagem que a Câmara da Figueira da Foz vai promover na passagem do centenário do Dr. Joaquim Namorado não incluir a reposição do Prémio Literário que a Direita extinguiu considero isso uma traição à sua memória. Há princípios que não são provisórios.
Só quem esteve na homenagem que a Figueira e o País prestou a Joaquim Namorado, em janeiro de 1983, sabe o que representou, na altura, para o Poeta da Incomodidade o Prémio Literário que a Câmara da Figueira criou com o seu nome.
Foi, apenas e só, nas palavras do prórprio Dr. Joaquim Namorado, “o melhor Prémio...”.

FERNANDES TOMÁS, PATRIARCA DA LIBERDADE

Na Figueira,  sempre foi proibido questionar convenções.
Quem o faz é imediatamente alvo de campanhas de ostracização.
Se algo ameaça a postura convencional, então é porque é extremista, ou marginal, ou pior.
Assim, não é de surpreender que – talvez na Figueira mais do que em qualquer outra cidade - os génios sejam todos póstumos.
É biografia recorrente aquela que acaba por concluir que, em vida, a excelsa pessoa nunca foi compreendida ou admirada.
Foi preciso morrer na miséria e na amargura para postumamente lhe reconhecerem o devido valor.
FERNANDES TOMÁS, PATRIARCA DA LIBERDADE, nasceu há 234 anos.

H, de “hipocrisia”...

foto Figueira na Hora
Santana Lopes fez um enorme esforço na promoção do concelho, captando mais turistas e tornando a Figueira numa referência no turismo nacional, para que se tornasse menos difícil convencer os grandes grupos hoteleiros a investir. Ainda assim, Duarte Silva, não teve tarefa fácil na captação desses investimentos.
Chegou a ser anunciado um hotel do Grupo Monte Belo, junto das Abadias, mas o investidor acabou por desistir. A única tentativa que deu frutos foi a do agora estreado Hotel da Ponte do Galante.
Duarte Silva, para alcançar este investimento, teve de permitir ao investidor a construção de cerca de trezentos apartamentos, o que causou um coro de críticas de vários sectores da sociedade civil e em especial dos vizinhos do empreendimento. O que é certo é que foi a única forma que o autarca encontrou para viabilizar uma grande unidade hoteleira. Discutível? Certamente, mas foi uma opção e a história o julgará por isso.
Na semana em que abriu portas, a comunicação social e a câmara foram convidadas a conhecer o Hotel. Não é que num enorme exercício de hipocrisia, à excepção de António Tavares, os membros do executivo camarário que no passado fizeram uma guerra sem quartel contra o empreendimento turístico, lá estavam todos?!
Quando foi para abrir o “champanhe”, lá foram deslumbrados cantar hossanas.”
Miguel Almeida, hoje no jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
Ao tempo que eu andava curioso por saber quem iria estar presente na inauguração do "babilónico edifício da Ponte Galante", como podem confirmar aqui, aqui e aqui...

Joaquim Namorado: 100 anos...


Joaquim Namorado viveu entre 1914 e 1986. Nasceu em Alter do Chão, Alentejo, em 30 de Junho. Se fosse vivo, faria hoje 100 anos. Por tal motivo, Alter do Chão, Coimbra e a Figueira da Foz, as terras por onde repartiu a sua vida, assinalam a data.
Mas Joaquim Namorado, em vida teve uma Homenagem. Tal aconteceu nos dias 28 e 29 de Janeiro de 1983. Por iniciativa do jornal barca nova, a Figueira prestou-lhe uma significativa Homenagem, que constituiu um acontecimento nacional de relevante envergadura, onde participaram vultos eminentes da cultura e da democracia portuguesa.
O vídeo acima, contém a gravação do discurso que Joaquim Namorado fez na oportunidade – já lá vão mais de 31 anos.

Há pessoas que nos estimulam. São as pessoas  que nunca se renderam ao percurso da manada.
Joaquim Namorado foi desses raros Homens e Mulheres que conheci.
Considerava-se um figueirense de coração e de acção – chegou a ser membro da Assembleia Municipal, eleito pela APU.
Teve uma modesta residência na vertente sul da Serra da Boa Viagem. Essa casa, aliás, serviu de local para reuniões preparatórias da fundação do jornal barca nova.
Joaquim Namorado, foi um Cidadão que teve uma vida integra, de sacrifício e de luta, sempre dedicada à total defesa dos interesses do Povo.
Nos dias 28 e 29 de Janeiro de 1983, por iniciativa do jornal barca nova, a Figueira prestou-lhe uma significativa Homenagem.
Na altura, lembro-me como se fosse hoje, nos bastidores do Casino Peninsular, escutei-o com deslumbramento.
Ao reviver o seu discurso, o que consegui a partir de uma gravação que obtive por um feliz acaso do destinofiquei com a certeza de que era necessário trazê-lo até aqui (fica o meu agradecimento ao Pedro Agostinho Cruz), pois o que escutei fala mais de quem foi e continua a ser Joaquim Namorado, no panorama cultural português, do que tudo o que alguém, por mais talentoso que seja, conseguiria alguma vez transmitir sobre uma personalidade tão especial e genuína. Neste documento, para mim com uma carga emocional enorme, está o Joaquim Namorado com quem convivi nas mesas do velho café Nau e na redacção do barca nova, que permanece vivo na minha memória. Ainda por cima, ouve-se também, ainda que de forma breve, a voz do Zé Martins.  
Na sequência dessa homenagem, a Câmara Municipal da Figueira, durante anos, teve um prémio literário, que alcançou grande prestígio a nível nacional.
Santana Lopes, quando passou pela Figueira, como Presidente de Câmara, decidiu acabar com o “Prémio do Conto Joaquim Namorado”.

Joaquim Namorado l
icenciou-se em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, dedicando-se ao ensino. Exerceu durante dezenas de anos o professorado no ensino particular, já que o ensino oficial, durante o fascismo, lhe esteve vedado.
Depois do 25 de Abril, ingressou no quadro de professores da secção de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Notabilizou-se como poeta neo-realista, tendo colaborado nas revistas Seara Nova, Sol Nascente, Vértice, etc. Obras poéticas: Aviso à Navegação (1941), Incomodidade (1945), A Poesia Necessária (1966). Ensaio: Uma Poética da Cultura (1994).)
Dizem que foi o Joaquim Namorado quem, para iludir a PIDE e a Censura, camuflou de “neo-realismo” o tão falado “realismo socialista” apregoado pelo Jdanov...
Entre muitas outras actividades relevantes, foi redactor e director da Revista de cultura e arte Vértice, onde ficou célebre o episódio da publicação de pensamentos do Karl Marx, mas assinados com o pseudónimo Carlos Marques. Um dia, apareceu na redacção um agente da PIDE a intimidar: “ó Senhor Doutor Joaquim Namorado, avise o Carlos Marques para ter cuidadinho, que nós já estamos de olho nele”...

Aquilo que se passou - o passado realmente acontecido - é o que resta na nossa memória. 
Joaquim Namorado continua presente na minha memóriaE é uma memória de que tenho orgulho.
Doutor (foi assim que sempre o tratei) - também sou um Homem coberto de dívidas. 
Consigo e com o  Zé, aprendi mais do que na escola: ensinamentos esses que deram sentido à minha vida, onde cabem a honra, a honestidade, a coragem, a justiça, o amor, a ternura, a fidelidade, o humor
Mas, para  Companheiros do barca nova nada há agradecer...
“É assim que as coisas se têm de continuar a fazer, pois a sarna reaccionária continua a andar por aí...”
A luta por uma outra maré continua!..
Até sempre e parabéns pelos cem anos, meu caro Doutor Joaquim Namorado

domingo, 29 de junho de 2014

S. Pedro da Cova e Gala 2014

Foto Pedro Agostinho Cruz

ALTA TENSÃO NA MINHA ALDEIA... (FESTAS DE SÃO PEDRO DA COVA-GALA – 2014) - V

As Festas de São Pedro na Cova-Gala terminam hoje.
Todavia, pelos vistos a polémica em torno do Mega Arraial no Cabedelo, cuja organização acabou por ver revogada a licença especial de ruído para o evento, vai continuar. Pedro Adérito, da comissão de festas, e Ana Carvalho, vereadora responsável pela emissão da licença, expõem aqui os seus argumentos.
A Dona Ana Carvalho, promovida a vereadora do presidente Ataíde, continua a desperdiçar óptimas oportunidades para se manter calma e quietinha depois de ter acordado mal disposta aí pelas 4 da manhã de uma noite destas... 
Numa cidade normal, já não era vereadora...

Já há muito tempo que não conseguia ver um jogo de futebol inteiro, mas ontem valeu a pena...

“Dos árbitros e da sorte não é lícito esperar uma coisa: que se virem ao mesmo tempo contra o Brasil.
De uma equipa de Scolari pode-se esperar todo o tipo de qualidades – entrega, crença, coração, empenho, devoção – entre o bélico e o religioso, só não se deve esperar bom futebol.
Isto é o fato à medida de uma competição a eliminar, com o tumulto emocional contínuo, o discernimento substituído pela fé cega que vai de tropeço em tropeço até ao paraíso.
Só o Brasil de Scolari sobreviveria ao remate do intruso Pinilla ao minuto 119...”

Recordando Joaquim Namorado e a necessidade de promover a unidade dos democratas

Vila Verde, 29 de Janeiro de 1982.  
Nessa data, realizou-se o jantar comemorativo do 4º. aniversário do barca nova.
Nessa noite, vivi uma das jornadas mais inesquecíveis da minha vida: foi uma jornada onde esteve presente o apelo à unidade das forças democráticas.
Posso viver muito mais anos ainda, mas jamais vou esquecer. Jamais se apagará da minha memória a recordação dessa jornada de 29 de janeiro de 1982 em Vila Verde.
Essa noite de 29 de janeiro de 1982, para quem a viveu – e alguns ainda estão vivos: Martelo de Oliveira (ex-deputado da ASDI), dr. Luis Melo Biscaia (nas palavras proferidas, na altura, por Joaquim Namorado: “em todas as manifestações da resistência, na longa noite fascista, Melo Biscaia não foi nunca um Companheiro que estava ao lado, mas sempre um Companheiro que estava do nosso lado”), Joaquim Jerónimo (em representação do PS), António Augusto Menano (em representação do PCP), dr. Joaquim de Sousa (presidente da câmara da Figueira da Foz na altura) – foi uma jornada inesquecível: não apenas por ter sido uma reunião de amigos; não apenas por ter sido uma reunião de pessoas  que mutuamente se respeitavam; mas, sobretudo, porque um modesto jornal como o barca nova, provou que era possível a congregação de esforços de pessoas de várias tendências na defesa intransigente de um ideal comum: a DEMOCRACIA.
Era assim em 1982, deveria continuar a ser assim em 2014.
Como disse na oportunidade o dr. Joaquim Namorado, “o barca nova tinha de ser o jornal dos operários, dos camponeses, dos intelectuais, de todos os trabalhadores. Temos de fazer do barca nova o jornal não de uma facção, mas de todas as forças democráticas. Definitivamente unidas”.
Estas palavras nunca mais me saíram da memória.
Tal como ouvi na altura ao dr. Orlando de Carvalho: temos de congregar esforços em torno do que nos une, afinal de contas muito mais do aquilo que nos divide.
29 de de janeiro de 1982, uma data importante na minha vida...

Joaquim Namorado


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Bom domingo

sábado, 28 de junho de 2014

Uma bofetada de luva negra...Ou apenas a ironia das ironias!

O governo da Madeira vai gastar mais de 550 mil euros com um estudo, encomendado por Alberto João Jardim em 2002 e que é apresentado, com o objectivo de contrariar “a ideia de despesismo que se associa a esta Região Autónoma”.

Via  Público

Continuar a lutar por uma outra maré

Penso que acontece com todos. 
Ao longo da vida, todos temos momentos em que nos apetece desistir. 
As injustiças que nos rodeiam são de tal monta que, por vezes, o que o mais apetece é ceder ao impulso humano de “sopas e descanso”
Todavia, pelo conhecimento que tenho de mim, sei que não posso nem consigo. 
Por mim e por aqueles de quem gosto - e que gostam de mim. 
Neste momento e desde há anos a esta parte, estamos mergulhados em ideologias que deixam os fracos ficar par trás. 
Essas ideologias sempre me causaram nojo e repulsa. 
Foi - e é por isso - que entendo que devemos tentar lutar até ao limite. 
É por isso que não “chupo politicamente” aqueles que dizendo-se de esquerda, se vão acoitar despudoradamente  no PS, partido que se reclama de Esquerda. 
Essa, a meu ver, é a caução para aquela que considero a maior traição- desistir de continuar a luta pela utopia. 
Depois, dado o primeiro passo, tentam ir por aí adiante, não evitando as canalhices que são necessárias para fazer o que todos sabemos - sobreviver no lamaçal... 
É por isso - e nessa lógica - que depois os vemos a caucionar o que criticavam antes e, na prática, a sustentar políticas que a Esquerda excomungaria por ser da mais retinta Direita que pode haver.
No nosso concelho tivemos dois exemplos recentes: as reuniões de câmara à porta fechada e o estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz. 
Por isso pergunto: o partido que os passou a acoitar, que é o partido Socialista português, pode ser considerado um partido de esquerda? 
Cada um que responda por si... 
Por mim, desde o berço que não fui educado para ser fraco. E não o serei.
Tal como aprendi com Joaquim Namorado, na vida temos de estar preparados para tudo, "até para comer merda com colheres de chá".
Por isso, desde já o afirmo, para que fique claro: na minha opinião, se a homenagem que a Câmara da Figueira da Foz vai promover na passagem do centenário do Dr. Joaquim Namorado não incluir a reposição do Prémio Literário que a Direita extinguiu considero isso uma traição à sua memória.
Há princípios que não são provisórios. 
Na minha opinião, a verdadeira homenagem que deveria ser prestada ao Dr. Joaquim Namorado, neste momento, por este executivo da Câmara da Figueira da Foz e por este vereador da Cultura, era essa.

Joaquim Namorado


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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Chamada geral... Atenção, atenção...

António José Seguro, atrai multidões e desperta a atenção das luzes mediáticas. Não é, apenas, um produto do marketing, tem ideias e consistência, mostra-se muito forte no duelo com Costa, mas ainda não conseguiu provar que tem dimensão suficiente para continuar  na liderança do PS. E isso, neste jogo, é o mais importante...
Portanto, atenção, atenção: "António José Seguro já está no restaurante La Traviata, em Buarcos, a almoçar com cerca de 80 apoiantes. O discurso do secretário-geral do Partido Socialista deverá acontecer no final da refeição."

Via Foz Do Mondego Rádio

Uma prosa mordaz e bem escrita...

Figueira Parques e Civismo”, uma história deliciosa onde se aprende que os prédios antigos transpiram!..

Em tempo.
Via DASS ABREVIATURA DE «HÁ DIAS ASSIM».

Joaquim Namorado

"Completam-se 100 anos no próximo dia 30 que Joaquim Namorado nasceu em Alter do Chão.
O autor de Aviso à Navegação, Poesia Necessária, Incomodidade e Zoo, faleceu em 29 de Dezembro de 1986.
É sempre difícil falar de um amigo. Mais difícil se já não está connosco. Mas, falar de Joaquim Namorado, é ser-se fiel ao que ele acreditava, à Democracia e à Liberdade.
Recordar o poeta é colocar uma pedra na muralha contra o obscurantismo e a falsidade.
Será dizer com ele que “O mabeco ladra longe...”, disparando, bem directo, um pontapé no rabo do bicho. Joaquim Namorado, o criador do termo neo-realismo, foi, acima de tudo, um anti-fascista, que transpunha, por inteiro, para a poesia, a sua concepção de vida, um eterno movimento, uma segura ironia, um apesar de tudo optimismo responsável.
Quem o conheceu, com o seu velho casaco de “tweed”, o boné aos quadradinhos, saberia ter sido impossível que assim não fosse. 
Ao inaugurar na data do centenário do seu nascimento uma mostra bio-bibliográfica, na Biblioteca Municipal a Figueira homenageia e recorda um ex membro da sua Assembleia Municipal.
Recorde-se que por deliberação da Câmara da Figueira da Foz foi criado o Prémio Joaquim Namorado, na modalidade contos inéditos, posteriormente silenciado. Mas o poeta bem sabia «As coisas são provisórias»”.
Crónica de António Augusto Menano, hoje no jornal AS BEIRAS

Em tempo.

Nesta fotografia de 29 de janeiro de 1983, sacada daqui, da esquerda para direita, estou eu, 
o Dr. Joaquim Namorado,  o Dr. Pedro Biscaia, o Alexandre Campos e a minha filha Joana.

Nos dias 28 e 29 de Janeiro de 1983, por iniciativa do jornal Barca Nova, a Figueira prestou uma significativa Homenagem ao Dr. Joaquim Namorado, que constituiu um acontecimento nacional de relevante envergadura, onde participaram vultos eminentes da cultura e da democracia portuguesa.
Na sequência dessa homenagem, a Câmara Municipal da Figueira, durante anos, teve um prémio literário, que alcançou grande prestígio a nível nacional.
Santana Lopes, quando passou pela Figueira, como Presidente de Câmara, decidiu acabar com o “Prémio do Conto Joaquim Namorado”.
A memória individual é desejável e necessária.
Aquilo que se passou - o passado realmente acontecido - é o que resta na nossa memória.
Poder-se-á então definir a nossa história, como uma busca pelo auto conhecimento, tanto a nível individual como colectivo.
A fotografia acima, que eu tinha perdido e recuperei, graças ao meu Amigo Pedro Biscaia, foi tirada antes do Almoço de Confraternização ao Poeta da Incomodidade, que decorreu no dia 29 de Janeiro de 1983 nas instalações do Cais Comercial da Figueira da Foz.
Este almoço, fez parte de um programa vasto de uma Homenagem promovida pelo extinto semanário Barca NovaJoaquim Namorado e ao Neo-Realismo.
Esse evento, que trouxe à Figueira, na altura, vultos eminentes da Democracia e da Cultura do nosso País, penso que ainda estará na memória de muitos figueirenses – e não só.
É uma memória de que tenho orgulho.
O Barca Nova, um modesto semanário de província, onde na altura eu era chefe de redacção, cumpriu um dever de cidadania, pois ao homenagear o Dr. JOAQUIM NAMORADO e o Neo-realismo, marcou à época a vida cultural, na Figueira e no País.
Tal, no entanto, só foi possível, diga-se em abono da verdade, graças ao talento, à genialidade, à utopia e à capacidade de ver sempre mais além e de sonhar de um grande figueirense e grande jornalista, entretanto já falecido, que quem manda na Figueira esqueceu: JOSÉ FERNANDES MARTINS