terça-feira, 2 de abril de 2013

república de bananas


O cru humor da realidade…


Ontem, como sabem foi “dia de mentiras”
Quem frequenta o Outra Margem, facilmente verificou que este espaço se esforçou, ontem, “dia das mentiras”, por estar ao nível dos restantes dias que passam neste nosso Portugal…
Hoje,  poderia  escrever  e fazer  chalaças utilizando a palavra "palhaço", mas confesso que de cada vez que me lembro da palavra,  desato a rir até às lágrimas, pelo que nada do que eu pudesse escrever superaria  o cru humor da realidade...
Reparem só: a UGT quer que o Estado financie uma parte significativa dos custos decorrentes do aumento do salário mínimo nacional  e propõe uma redução da taxa social única para os salários mais baixos.
A proposta foi apresentada por João Proença, líder da UGT, às confederações da Indústria (CIP) e do Comércio (CCP), durante as reuniões bilaterais que decorreram ontem e  visam concretizar um entendimento entre sindicatos e patrões em torno do aumento do salário mínimo.
A UGT, como todos sabemos, em princípio,  deveria ser  uma Central Sindical…
Quem lhe terá encomendado a proposta?
A CIP, a CCP ou o próprio Governo?

Parece que foi ontem...

São zero horas de 2 de Abril de 2013.
Há 38 anos,  tinha  início a  primeira campanha eleitoral da democracia portuguesa – aquela que se destinou a eleger deputados com a missão de escreverem uma Constituição que viria a ficar concluída um ano mais tarde. 

Concorreram doze partidos: CDS, FEC (M-L), FSP, LCI, MDP/CDE, MES, PCP, PPD, PPM, PS, PUP, UDP e uma Associação ADIM (Associação para a Defesa dos Interesses de Macau).

Via Entre as brumas da memória

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Uff!...

"Passos Coelho demite-se da direcção do PSD em Conselho Nacional tenso..."

Comentário de Marques Mendes: 
"o grande problema não é falar, mas sim cumprir"...

Lol...


Alguns blogues da Figueira têm, hoje, sensacionais  furos que qualquer jornal  não desdenharia dar em primeiríssima mão:




Em tempo.
Não damos relevância à cerca de uma vintena de fotos da Miss Praia da Figueira 2012, nua e sensual, um  exclusivo de  O PALHETAS NA FOZ, pois esse há muito que deixou de ser um blogue para se transformar num Jornal Online!.. 

Preço da gasolina...

A gasolina desceu esta segunda-feira mais um bocado...
A continuar neste ritmo é de prever que lá para o Verão alcance o  preço das casas que, como sabemos,  tem vindo a cair todos os dias...

Não desesperem!.. Acreditem na evolução da espécie...

Na Figueira, para onde foram as pessoas que abandonaram os seus belíssimos  blogues?..
Ora, naturalmente para o Facebook, dado que manifestamente não ambicionam cargos políticos…
O que é de lamentar...
Podemos ver tanta coisa surpreendente nos blogues...

domingo, 31 de março de 2013

X&Q1168


Em defesa da “punheta de bacalhau”…



Que ninguém ouse   pensar em certificar a “punheta de bacalhau”
Vejam  o que aconteceu em Monção:  José Emílio Moreira, presidente da Câmara  quis, à viva força, que o prato típico da terra, a “foda”, fosse certificada tal e qual é conhecido o cabrito assado no forno da terra. O processo começou há mais de dois anos e foi difícil convencer o autarca de que a lei não é suscetível a tradições e que, como tal, a "foda" teria de cair caso quisesse continuar com o processo.
Segundo o que li no JN, venceu o braço mais forte da lei!
Se  “uma foda já não pode ser uma foda”, também não podemos correr o risco de ver de transformar uma “punheta”,  numa “masturbação” de bacalhau.
Cuidado com a lei. 
Lei é lei. Pode ser idiota, mas é a lei!..

O erro que consistia em considerar José dos Santos Barreto como "o primeiro fundador da Cova", em vez de o considerar como aquilo que ele na verdade foi: um elemento da geração seguinte, que nela foi marcante economicamente, e que só por isso ficou mais conhecido para o futuro


Hermínio de Freitas Nunes, um historiador a sério: rigoroso… Intelectualmente honesto, e frontal.
“As famílias, Barreto e Mano, não foram patriarcas de coisíssima nenhuma no que toca á historiografia da fundação da Cova.
Como expliquei na ocasião da homenagem ao Cap. Mano, quer os Barretos, quer os Manos, chegaram já com o século XIX avançado.” 
                                      

Segundo as pp. 173-176, etc., do excelente livro do Cap. Mano “Terras do Mar Salgado”, que em 1997 tive a honra de editar, paginar e prefaciar, esse Barreto vindo de Ílhavo deverá ter chegado aos areais ao sul da Foz do Mondego cerca de 1808, quando aí já estava a começar uma povoação cujo primeiro baptizado havia sido feito em 1791, e o segundo [por sinal de um Pata], em 1793).
Temos todos que ser rigorosos, e estar sempre atentos em tudo o que fazemos…
Foi assim que eu conheci, há muitos anos (em 1996), o próprio Cap. João Pereira Mano: com ele a admoestar-me por algo que eu tinha escrito… e, nessa ocasião, nem sequer era simplesmente uma formulação demasiado genérica e embrulhada… era mesmo um erro a sério…! (eu estava a escrever que o CEMAR havia oferecido à cidade um "Barco da Xávega"... em vez de escrever que havíamos oferecido à cidade um "Barco da Arte"…).”

Excerto de um mail recebido do doutor Alfredo Pinheiro Marques, Centro de Estudos do Mar - CEMAR

Bom domingo

sábado, 30 de março de 2013

Os desafios de Santana e a previsível resposta de Sócrates...

imagem daqui

Como vimos no post anterior, Santana, o nobre defensor dos bons costumes e da moral política e social, desafiou o plebeu Sócrates, o agora burguês endinheirado e bem motorizado,  para um duelo.
Como diria Sócrates esta narrativa já vem de longe... 
Penso que todos advínhamos a resposta de Sócrates à narrativa de Santana...
É só preciso um pouco de paciência para saber esperar para ver...
E já agora: também um pouco de memória... 

Portugal tem futuro


Estamos no ano 2013 depois de Jesus Cristo.
Desde 2010, que quase todo o Portugal tem estado  livre de Santana e de Sócrates....
Quase todo, porque um pequeno grupo de laranjinhas, alguns da Figueira, composto por irredutíveis santanistas, tem  resistido  à sua queda final...
Quase todo, porque um reduzido grupo de saudosos socratistas,  tem evitado o seu ostracismo total…
No PSD, a vida está a complicar-se mais para Coelhistas,  Mendistas, Marcelistas e Cavaquistas…
No PS, para já, a vida está a complicar-se para os Seguristas…
Esta importante notícia, para além de contrariar o cenário pessimista que muitos vinham pintando sobre o futuro próximo de Portugal, demonstra o que o nosso suposto atraso cultural, não é mais do que uma mera falácia...
Para os mais pessimistas, os irmãos Moipolai, Ronnie e Kebabonye, mostram como até no Botswana se toca guitarra a 4 mãos... 

Cuidado com as desilusões...


Questão chave dos dias que passam...

"... aquele que é hoje o Presidente de Portugal ganhou de um banco, num ano, mais do dobro do que lá tinha depositado - e, depois de ter sido provado que o banco era de bandidos, não devolveu as mais-valias. Essa é a questão-chave, porque reconhecida e aceite, do desconforto dos portugueses com os seus políticos."

Ferreira Fernandes, Sócrates, os outros e ele próprio

sexta-feira, 29 de março de 2013

É PRECISO SALVAR A ARTE…


Os pescadores da Praia de Mira são daqueles homens que trazem a vida marcada nas mãos. São homens que desde há muitos anos se fazem ao mar com uma coragem imensa para dar de comer aos filhos, sem nunca saberem como vai ser o regresso.
São gerações e gerações de homens nascidos e criados para pescarem a sua sobrevivência, enfrentando a força do mar e o seu destino.
Homens que nunca viraram as costas ao mar e às suas gentes. Que nunca desistiram de sair para o mar para fazer aquilo que é mais do que um ganha-pão, é a sua vida.
Uma das expressões mais claras das consequências ruinosas da adesão de Portugal à União Europeia é a destruição do setor das pescas.
Os princípios e objetivos da Política Comum das Pescas são profundamente gravosos para a economia nacional. Apesar de termos a maior zona económica exclusiva da Europa, aos pescadores portugueses é vedada a possibilidade de exploração adequada e justa dos nossos recursos naturais. Ao longo dos anos, sucessivos governos do PS, PSD e CDS promoveram o abate das embarcações e a abertura da zona económica exclusiva a frotas estrangeiras, concretizando uma política criminosa para o país.

Os pescadores da Praia de Mira, uma crónica de Rita Rato, deputada do PCP.
Para continuar a ler, clicar aqui.

Chamar-lhe imbecil e anormal, é o mínimo...



Domingos Cunha, médico, deputado do PS/Açores e antigo secretário regional da Saúde.
"ACREDITAMOS QUE NÃO SEJA PELA BARRIGA VAZIA QUE POSSA HAVER OU NÃO MENOR SUCESSO ESCOLAR ".

Em tempo.
Excerto de uma reportagem da RTP/Açores,  emitida no Telejornal de 19 de março de 2013.
Não tenho conhecimento, que algum dirigente nacional do PS tenha criticado as palavras deste... médico e senhor deputado do PS/Açores...

Como diria Sócrates: continua a narrativa...

A vingança é uma coisa tramada. Às vezes leva as pessoas a cometer atitudes infantis. Daquelas capazes de transformar homens de barba feita, e alguns até carecas, em meros adolescentes imberbes e espinhosos. Quem não se lembra de, na nossa meninice, termos exercido actos de retaliação a quem não nos deixava jogar à bola “à frente”, como os avançados?
Foi inevitável lembrar-me desses tempos ao olhar hoje para a primeira página do Correio da Manhã.

Via  Aventar

Santana comenta regresso de Sócrates

Voltou a boa moeda igual a si próprio. 
Criaram-no, agora aturem-no. 
Eu conheço a sensação. Sei o que se sente quando apetece estar lá na vez de quem tem José Sócrates pela frente para o desmentir e dizer a verdade. 
Pois! É que, se não for na hora, já não é igual. E a mensagem passa até porque é repetida muitas vezes. 
Não disse verdades? Disse, algumas e uma ou duas significativas. E disse-as com força e com desassombro, igual a si próprio. 
Eu sempre lhe reconheci qualidades, nunca o menosprezei. Mas nunca estive do lado dele, nunca o apoiei, sempre o combati. A diferença é essa. 
Porreiro, pá!
Ler mais, aqui.

Parcerias? Patifaria

Por Paulo Morais

Aqui chegados, só há uma solução aceitável: extinguir os contratos e prender quem os forjou.

Os encargos do estado com as parcerias público-privadas (PPP) são colossais, comprometem as finanças públicas por toda uma geração e hipotecam o futuro da economia do país. Mas os governos continuam a ser cúmplices destes negócios ruinosos. O atual ministro das finanças nem sequer diminuiu a despesa com as PPP, a que estava obrigado pelo memorando de entendimento assinado com a troika. Pelo contrário, os custos não cessam de aumentar.
Nos últimos quatro anos, os encargos líquidos com as PPP quadruplicaram, atingindo por ano montantes da ordem dos dois mil milhões de euros. O valor dos compromissos futuros estima-se em mais de 24 mil milhões de euros, cerca de 15% do PIB anual. Uma calamidade!
Fingindo estar a cumprir o acordo com a troika, que obrigava a "reavaliar todas as PPP", as Finanças anunciam, aqui e além, poupanças de algumas centenas de milhões. Valores ridículos, pois representam apenas cerca de um por cento do valor dos contratos.
Mas, o que é pior, Vítor Gaspar continua a proteger os privados. Já em 2012 e por decreto-lei, determinou que da nova legislação que regulamenta as PPP, "não podem resultar alterações aos contratos de parcerias já celebrados". As rentabilidades milionárias para os privados e a sangria de recursos públicos continuam como dantes... para pior. No último relatório disponível pode apurar-se que em 2011 houve, só nas PPP rodoviárias, um desvio orçamental de 30%. Sendo as despesas correntes de cerca de oitocentos milhões de euros, os custos com pedidos de reequilíbrio financeiro são de… novecentos milhões. A variação é maior que o próprio custo! Só ao grupo Ascendi e seus financiadores foram pagos, a mais (!), quinhentos milhões de euros. Uma patifaria. As poupanças do estado com a redução salarial da função pública em 2011 foram, afinal, diretamente para os bolsos do senhor António Mota, seus associados e financiadores.
Aos acordos ruinosos das PPP, vieram, ao longo dos anos, acrescentar--se custos desmesurados, resultado de negociações conduzidas por responsáveis públicos corruptos. Aqui chegados, só há uma solução aceitável: extinguir os contratos e prender quem os forjou.