domingo, 10 de abril de 2011

aF161

Poema

José Gomes Ferreira


«Democracia é alternância»
repetiu de novo a embalar o tédio,
um senhor de sonho espesso.


Como se fosse possível - ó glória! ó ânsia! -
construir um prédio,
mudando de vez em quando
os mesmos tijolos do avesso.



Pensem!

Votar é um direito e dever de todos!
Quem anda na rua, nos transportes públicos, vai ao supermercado ou frequenta o café, ouve pessoas culpar todos os partidos políticos  de serem os culpados da bagunça em que está Portugal.
Pensemos um pouco: excluindo os governos de iniciativa presidencial, os dois partidos responsáveis pela governação do País, desde 1976, têm sido o PS e o PSD, numa ou noutra legislatura coligados com o CDS.
Pensemos mais um pouco: são estes os três partidos responsáveis pela governação de Portugal, desde de 1976.
Pensemos ainda mais um pouco: responsáveis são também os portugueses, que talvez por preguiça mental ou masoquismo têm escolhido a mediocridade política.
Em vez de se lamentarem, pensem: se têm de se lamentar, lamentem-se das vossas péssimas escolhas, cujos resultados todos somos vítimas, mesmo aqueles que optaram por outras escolhas.
Temos ainda os que por egoísmo, ou comodismo, há muito deixaram de votar com a justificação de que nenhum partido ou político lhes merece confiança.
Esses, diz-nos a experiência, são os primeiros a contestar tudo e todos, incluindo aqueles que nuncam abdicaram dum direito fundamental, consagrado pela Constituição: votar em liberdade.
No proximo dia 5 de Junho temos eleições, que é o momento de em democracia se fazerem escolhas .
Até lá, pensem!

Bom domingo

sábado, 9 de abril de 2011

Lindo!...

Como diz o Pedro: "isto é realmente bonito"!..

Congresso do PS

Tenho acompanhado com alguma atenção o conclave socialista em Matosinhos. Ouvi em directo Sócrates, Costa e Alegre.
Se é verdade, como afirma Lello à TVI  que a questão que se coloca  é assim:  "José Sócrates tem sido o campeão da defesa de Portugal, campeão da defesa dos interesses do país, o campeão da defesa da estabilidade", deixo  apenas uma questão, uma simples questão.
Então, porque é que os portugueses, na sua esmagadora maioria, estão cada vez mais pobres?

X&Q1024

Manuel Alegre

Em 4 de Junho de 2010 escrevi neste blogue.
 "Não vou votar Manuel Alegre nas próximas presidenciais. Nem na primeira, nem, se a houver, na segunda volta."
As políticas neoliberais de Sócrates, às quais o então  candidato presidencial do Bloco de Esquerda  se opunha, em 6 anos, deixam uma pesada herança a todos nós.
Vejamos algumas: duplicou o endividamento externo do País; verificou-se a submissão absoluta aos interesses dos grandes empreiteiros e banca através da expansão de negócios de Parcerias Público-Privadas; deu-se a revogação e a criação de leis laborais muito penalizantes para os trabalhadores – com uma tal intensidade que nem Bagão Félix se atreveu a utilizar; eliminaram-se direitos aos portugueses em matéria de acesso a cuidados de saúde e outros benefícios assistenciais; extinguiram-se prestações sociais históricas, como o “abono de família”; batemos o record das mais altas taxas de desemprego da democracia pós-25 de Abril.
Perante este PS , que ultrapassou largamente as derivas de Tony Blair, o grande autor do “New Labour”, Manuel Alegre, segundo o jornal Público, prepara-se  "para integrar a Comissão Política de Sócrates”!..
Manuel Alegre, confirma-se mais uma vez, é mais um político, como tantos outros que para aí andam. Na hora da verdade, palavras leva-as o vento.

Todo um programa...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Apelo do presidente da Associação dos Comerciantes do Mercado Engenheiro Silva, Custódio Nogueira da Cruz

Leia clicando aqui


Actualização: mais pormenores aqui

Meus senhores façam o favor de ouvir bem!

"Tratem com sabedoria o que agora vão receber e tratem de não excluir nem matar as pessoas. O que tem de ser feito tem de ser por e com elas, reduzindo todos os lixos que não interessam, retirando privilégios, cortando gorduras e exterminando parasitas. E já agora anotem que desta vez me parece que se o não fizerem a bem, vão acabar por fazê-lo a mal."


Via A Barbearia do Senhor Luís

O escape


“Enquanto no futebol vamos somando sucessos e subindo no ranking, em tudo o resto vamos dando tiros nos pés e descendo no rating. Como nos tempos da outra senhora, o futebol continua a ser o escape para muitos”…

Navegando

foto de Pedro Cruz

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A receita do chefe...

Notícia de hoje nas Beiras:
“Câmara da Figueira da Foz manda cerca de 40 funcionários para o desemprego”.
Despeçam trabalhadores a granel, mas vejam lá o que fazem: não se esqueçam da passagem de ano, do carnaval, do surf e outras festarolas.
Já sei que vão dizer que isto é demagogia. Mas esta é barata. E a vossa sai cara, muito cara ao contribuinte.
Pela Figueira, terra de gajos porreiros, vão continuando a decorrer os dias entre a passagem de ano, o carnaval, o São João e outros eventos municipais avulso que vão passando na televisão!..
E assim vamos andando entretidos...
Simplesmente alarmante, o estado de idiotice a que foi conduzido o concelho.

6 anos depois de Sócrates

Sócrates, o político que já passou?
6 anos depois de Sócrates, temos “um país mais endividado, mais insolvente, mais instável, mais depauperado, mais desigual, mais desagregado, mais desprotegido, mais pobre, mais distante da média europeia, mais dependente do estrangeiro, com menos esperança.”
6 anos depois de Sócrates, Portugal é “uma sociedade mais intolerante, mais crispada, muito menos confiante nas instituições, muito mais dissociada da democracia, mais à mercê do primeiro demagogo que irrompa no horizonte.”
E ele aí está: Pedro Passos Coelho.
6 anos depois de Sócrates, sobrou um PS “mais frágil, mais fechado, mais desacreditado, menos influente, menos mobilizador, mais desprestigiado, mais distante do pulsar da sociedade.”
É neste cenário que vamos para eleições, onde Sócrates se move como um mestre.
A democracia tem virtudes. Mas também tem defeitos. E um deles é o povo escolher, como se tem visto, dos piores para governar Portugal.
O chamado jogo eleitoral assenta em convencer, por artes de retórica e de dialéctica (retórica para os eleitores, dialéctica contra os adversários), que nós e as nossa propostas é que somos os bons, os coerentes, os responsáveis os salvadores, os puros; a oposição, só tem maldade, defeitos e falta de competência.
Depois, é o que sabemos: a propaganda e a necessidade de dispor bem  o povo, leva à festa (por vezes com copos e porco no espeto…) em que as artes e formas de comunicação contam mais que os conteúdos…
E os resultados estão à vista desarmada…

Vejam com atenção

A preocupação com a imagem...