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sexta-feira, 22 de maio de 2020

Telenovelas figueirenses: Edifício O Trabalho (episódio nº. 69)

SINOPSE DO EPISÓDIO DE HOJE
- Obras no Edifício O Trabalho incidirão no interior e exterior das áreas comercial e habitacional
- Novos proprietários do prédio manifestaram vontade em iniciar as obras brevemente 
- Donos anteriores também apresentaram projetos mas  não realizaram  as obras
RESUMO DE (ALGUNS) EPISÓDIOS ANTERIORES:
segunda-feira, 17 de março de 2014
- o vereador Carlos Monteiro… advogou «todos temos de ser proactivos».
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
- a vereadora Ana Carvalho, deu conta que a seguradora Açoreana não tenciona reabilitar o Edifício O Trabalho. 
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
- "o prazo da licença para obras no Edifício O Trabalho caducou. Aliás, já caducaram todos os prazos a que o proprietário do imóvel, a seguradora Açoreana, recorreu."
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
- Autarquia pretende demolir o Edifício O Trabalho para cortar o mal pela raiz
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
- "Novos donos querem reabilitar Edifício "O Trabalho"...
sexta-feira, 19 de abril de 2019
- Edifício o Trabalho está à venda no OLX!..
sexta-feira, 15 de maio de 2020
- O Edifício "O Trabalho" paga IMI?

sexta-feira, 15 de maio de 2020

O Edifício "O Trabalho" paga IMI?

Sublinho a parte final do texto de Nelson Fernandes: "...o edifício “O Trabalho” é o remanescente de uma urbanização abortada que compreendia mais cinco edifícios no espaço do Mercado Municipal e outro, ou outros, na parte do Passeio Infante D. Henrique.
Se deve ir abaixo ou não, confesso que não sei. Mas que não deve haver injeção de dinheiros públicos, não! Que o Hotel Atlântico é um caso de remodelação de sucesso, é! Que o proprietário deve ser o responsável pela solução, deve! Que enquanto não encontrar a solução deve ser bem sobrecarregado com IMI, e com a fiscalização severa do estado de conservação do prédio, deve!"
Mas, será que o Edifício "O Trabalho" paga IMI?
Em Novembro de 2018, a Figueira ficou a saber que o Edifício "O Trabalho" tinha mudado de dono: tal aconteceu por boas razões para Fundo Apollo, que ao revender o imóvel livrou-se de pagar milhões de euros em IMT.
Segundo uma notícia de 13 de Novembro de 2018, "as casas adquiridas à Fidelidade pelo grupo Apollo teriam de voltar ao mercado num prazo de três anos sob pena de este ser obrigado a, findo esse período, pagar ao Fisco o Imposto Municipal sobre as Transacções Onerosas de imóveis de cuja isenção beneficiou no momento da aquisição."
Foi o que aconteceu: os 10 lojistas  venderam, o grupo Apolo livrou-se de um ónus, o que certamente lhe valorizou o activo e melhorou o negócio.
Tudo isto com o empenhamento pessoal  do presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, dr. João Ataíde, na tentativa de resolução do caso edifício "O Trabalho".

A pesada herança do edifício "O Trabalho”...

Via Nelson Fernades
CONTRIBUTO (SEM CANDURA) PARA A COMPRENSÃO DO EDIFÍCIO “O TRABALHO”
"Volta agora a discussão sobre o edifício “O Trabalho”. E parece que mais uma vez se aponta como solução a compra do edifício pela Câmara, para depois demolir. Portanto a Câmara gastava na compra, na demolição e nas obras para utilizações futuras. E o proprietário recebia dinheiro pelo mono. E pelos antecedentes talvez pegue.
David Monteiro, num recente escrito dizia do edifício como centro comercial. “A ideia era interessante: um edifício no centro da Figueira, construído para albergar comércio, escritórios, estacionamento coberto e habitação. Para mais, estávamos no tempo da explosão das superfícies comerciais e a Figueira, evidentemente, não passou ao lado deste fenómeno”. Isto é, um dia alguém passou por ali olhou para aquele espaço e pensou. Aqui ficava bem um centro comercial. E vai daí construiu-se o edifício.
A análise de David Monteiro, e outras que tenho lido são de uma angelical candura. Porque há uma realidade subjacente que não é tão inócua quanto se pode pensar. Analisar o edifício “o Trabalho” isoladamente, sem o enquadrar no plano mais vasto da urbanização da Figueira da Foz do tempo é confundir a árvore com a floresta.
Dois pressupostos prévios. Não havia Plano Diretor Municipal, nem a Lei do Financiamento das Autarquias Locais estava em vigor. O autofinanciamento estava em voga, sobretudo através da venda de património. Para urbanização vendiam-se terrenos municipais, e autarquia que não tivesse terrenos vendia ar, através das construções em altura. Por outro lado o turismo de massas tinha os seus exemplos na Quarteira ou em Troia, pelo que a Figueira haveria que entrar na moda.
Sem falar das urbanizações dos subúrbios, (Tavarede, Vila Verde) ou na Encosta Sul da Serra da Boa Viagem, a malha urbana mais afetada foi a Marginal Oceânica, e, no seu seguimento a parte norte da Esplanada Silva Guimarães, e ainda o quarteirão do Hotel Portugal. A transformação da Marginal Oceânica iniciou-se com a construção do Hotel Atlântico, do lado sul, e depois de algumas vicissitudes, o edifício do J. Pimenta a Norte. Estes dois edifícios funcionaram como baliza para as cérceas. Assim estas, passaram então de seis andares para doze, e mais tarde completou-se a urbanização do gaveto na rotunda da Ponte do Galante, entre a rua de Buarcos e a Avenida 25 de Abril para sul. Com a urbanização do quarteirão do Hotel Portugal, e ainda com a “modernização” do edifício do Casino, ficou pronta a primeira fase da transformação que á época se desenhou para a Figueira da Foz.
Mas havia uma segunda fase que seria a Marginal Ribeirinha. Esta marginal envolvia a parte sul da Esplanada Silva Guimarães, o Mercado Municipal e os edifícios adjacentes, onde funcionava um colégio de freiras, casas de habitação e comércio. O edifício “o Trabalho”, e um outro prédio (o edifício Foz) situado no gaveto entre a rua da Liberdade e a rua Académico Zagalo, são a parte visível, deste projeto para a zona ribeirinha. Tal como para a Marginal Oceânica foram traçadas balizas a norte e a Sul, estes dois edifícios eram as balizas da urbanização virada á foz do rio.
Houve na realidade um contrato entre a Câmara e o promotor imobiliário, contrato esse que ainda hoje anda pelos tribunais, que envolvia a alienação do Mercado Municipal, cedendo a Câmara terrenos para a construção de novo mercado nos terrenos a norte do Parque das Abadias. Este, no seguimento da aquisição dos terrenos do mercado, adquiriu, por permuta, o colégio das freiras, (construindo o edifício da Casa de Nossa Senhora do Rosário na Rua José da Silva Ribeiro), e outros edifícios com limites no Passeio Infante D. Henrique e na Rua Francisco António Dinis.
Tal projeto foi inviabilizado porque os figueirenses se opuseram num movimento que abrangeu parte importante da sociedade da época, e obrigou a Câmara a abortar tal plano. Com efeito o Bairro Novo ficou praticamente sem residentes, o Casino alterou a sua oferta, o espaço para atividades terciárias foi exagerado, e o modo de estar dos “banhistas” alterou-se por completo. E do ponto de vista estético, estes prédios, incluindo o Casino obviamente, e também o posterior edifício da Ponte do Galante, noutra era, são daqueles que nenhum arquiteto reivindica a paternidade.
Em resumo, o edifício “O Trabalho” é o remanescente de uma urbanização abortada que compreendia mais cinco edifícios no espaço do Mercado Municipal e outro, ou outros, na parte do Passeio Infante D. Henrique.
Se deve ir abaixo ou não, confesso que não sei. Mas que não deve haver injeção de dinheiros públicos, não! Que o Hotel Atlântico é um caso de remodelação de sucesso, é! Que o proprietário deve ser o responsável pela solução, deve! Que enquanto não encontrar a solução deve ser bem sobrecarregado com IMI, e com a fiscalização severa do estado de conservação do prédio, deve!"
Nota.
Depois de ler, atentamente, como sempre, Nelson Fernandes, na minha opinião, o melhor membro político que passou pela Assembleia Municipal figueirense, continuei com uma dúvida.
Ana Carvalho, sábado passado, no Diário as Beiras, sobre este assunto começou assim a sua crónica. Passo a citar:
"Antes de se apresentar uma solução, há que perceber um pouco da situação do malfadado edifício “O Trabalho”.
Este edifício obteve aprovação do projecto em 1987, em reunião de câmara com 5 votos a favor de vereadores de todos os partidos, PS, PSD, PRD e PCP, tendo a obra sido finalizada em 1992."
Será que isto tem algum fundamento histórico? Citando Miguel Almeida, este é "um Edifício que é um Trabalho"!

domingo, 10 de maio de 2020

Um contributo para a «estória» do devoluto edifício "O Trabalho", antigo centro comercial, com escritórios e habitação nos pisos superiores...

Uma Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura de autoria de Petra Simões Leitão,  com dezenas de fotos, plantas, esquemas e estudos diversos, e alicerçada com a indicação das diversas fontes e testemunhos recolhidos. Para consultar, clicar AQUI (em PDF). 

"É a partir de 1858 que a Figueira começa a receber uma grande afluência de banhistas. A partir de 1861 forma-se a “Companhia Edificadora” que começa a construir o hoje conhecido como Bairro Novo, na sua origem “Bairro Novo de Santa Catarina”, a poente do núcleo inicial.    
A partir aproximadamente da década de 60, a dinâmica de crescimento alterou-se profundamente por causa da pressão exercida pelos interesses turísticos e imobiliários, tendo como resultado o alastramento caótico da cidade ao qual nem os sucessivos planos de ordenamento têm sabido ou conseguido pôr travão eficaz. 
Hoje, a cidade continua a sofrer com iniciativas urbanas desajustadas. No entanto tem-se assistido a diversas iniciativas para que volte a ganhar maior importância enquanto destino turístico e simultaneamente se torne mais dinâmica durante os meses que não só os de Verão. É neste sentido e com esta perspetiva futura que este trabalho surge.

18 de agosto de 1987 - A Companhia de Seguros O Trabalho , solicita licença, pelo prazo de 90 dias, para a execução de enchimento de fundações e muros de suporte. 
31 de agosto de 1988 - Na consequência do indeferimento da Câmara Municipal, levado a cabo numa sessão realizada a 31 de maio de 1988, à construção de mais um piso no prédio, que já estava em obras iniciais, os proprietários contactam o exmo. Presidente da Câmara porque “Analisando as razões em que foi fundamentada a deliberação, a requerente julga dever esclarecer V. Exa. … das razões do pedido que ora renova”. A empresa justifica acreditar que não excede os limites do já aprovado anteriormente (a março de 1984 e posteriormente, com condições e contrapartidas mais concretas, em novembro de 1986).
O anteprojeto previa 16 191 m2 de área total de construção. Esta área total fora diminuída, em 739 m2, aquando da elaboração do “projeto final”, que eliminava um andar de habitação e aumentava um ao comércio. No entanto, a Seguradora, acabou por voltar atrás na decisão de eliminar um piso de habitação e apresentou à Câmara uma proposta para a criação de um “recuado” com a totalidade de 984 m2. Os proprietários consideram que “adicionada esta área temos sensivelmente a área de construção autorizada aquando da aprovação do ante-projeto. O andar cuja construção ora solicita está, assim, praticamente, dentro dos limites da construção… com um acréscimo insignificante num empreendimento de tal dimensão… A sua não execução… representa considerável prejuízo”.  
Situações desta natureza, em que a Câmara auferia certos valores em consequência da autorização de mais construção em altura, aconteceram pontualmente e sobretudo na década de 80. A titulo de exemplo: os edifícios na Avenida Brasil, voltada para o mar, a passarem de r/c+2 pisos para r/c+5+1, sob o valor de 100 contos por metro de fachada.
20 de junho de 1989 - É emitido um novo parecer, por parte da Câmara Municipal em que, questões de áreas dos últimos projetos aprovados são descriminadas para manter e justificar o indeferimento anterior: 
Um estudo prévio que apresentava 11 212 m2 de área total de construção foi aprovado em reunião, a 14 março de 1984. Este respeitava todo o Regulamento Geral das Edificações Urbanas (R+EU) porque a partir do segundo piso, o edifício desenvolvia- se em socalcos, a 45 graus. 
A 1 de setembro de 1987, foi aprovado um projeto, que apresentava 10 725 m2 de área total, embora não respeitasse um artigo do R+EU, uma vez que só apresentava um recuo, para o conjunto a partir do 4º piso. 
A 19 de fevereiro de 1988, foi apresentado pelo proprietário, um estudo que previa a inclusão de um 7º piso, que foi indeferido, por contrariar a volumetria prevista no Plano de Urbanização. A Seguradora mostrou-se insistente e renovou o pedido, chamando a este acrescento, falsamente, de “recuado”. No entanto a Câmara considerou que tal iniciativa iria agravar, o já em incumprimento, 59º artigo do RGEU. A Câmara sugere que a este piso, caso permaneça o desejo da sua construção, a sua aprovação pode ser feita mediante as alterações: subtração das quatro salas que se destacam da fachada e recuo de 3 metros da fachada em relação ao plano vertical que agora forma, não incluindo a caixa de escadas neste movimento. 
31 de outubro de 1989 - No decorrer da construção do novo edifício foi indeferida por unanimidade a proposta de reformulação do piso 7, tendo em conta o último parecer da Câmara Municipal. Também foi vetado o acrescento ao projeto, de um 8º piso, com vista à instalação de uma casa de máquinas, caixa de escadas e duas salas para reunião do condomínio. 
14 de agosto de 1990 - A Direção Regional do Ordenamento do Território do Ministério do Planeamento e da Administração do Território, em carta dirigida à Câmara Municipal, releva o facto da construção do novo edifício estar a ser feita num “local classificado no plano eficaz como zona residencial onde as construções podem ser isoladas ou em banda com o máximo de r/chão e 2 andares” alertando para o facto da construção não respeitar estas e outras condicionantes, o que “poderia eventualmente vir a ser sancionado”. Dão abertura à Câmara para qualquer tipo de deliberação."

sábado, 9 de maio de 2020

Uma pesada herança que poderia ser uma janela de oportunidade... (6)

"Antes de se apresentar uma solução, há que perceber um pouco da situação do malfadado edifício “O Trabalho”.
Este edifício obteve aprovação do projeto em 1987, em reunião de câmara com 5 votos a favor de vereadores de todos os partidos, PS, PSD, PRD e PCP, tendo a obra sido finalizada em 1992. É composto por 8 andares e 2 pisos subterrâneos de estacionamento. O rés-do-chão, 1º, 2º e 3º andar com frações comerciais e de serviços e do 4º ao 7º andar com habitações.
O terreno onde foi construído tem 2513 m2 e a área de construção é de 11911 m2 acima do solo, mais 1750 m2 em cave. O que perfaz um índice de construção de 4,7. Uma volumetria manifestamente exagerada, uma total desintegração urbana e uma péssima imagem urbanística, incrementadas por tipologias desajustadas (e, provavelmente, por outros motivos obscuros), levaram a que nenhuma fração habitacional fosse vendida e a que as poucas frações comerciais vendidas fossem abandonadas. Encontrando-se há largos anos totalmente devoluto, foi classificado por perito qualificado, como uma “ruína” urbanística, uma vez que, sendo um edifício relativamente recente e construído em betão armado, não apresenta riscos estruturais e, portanto, não é uma ruína física. O proprietário foi quase sempre a empresa Açoreana, Companhia de Seguros, SA, tendo sido recentemente vendido à empresa do ramo imobiliário, Atlantitradiction Lda. O que certamente todos quereríamos era demoli-lo, terminando com o estigma, os problemas de salubridade e com a má imagem que dá ao Bairro Novo, zona tão nobre da cidade. No entanto, o proprietário teria de ser indemnizado, uma vez que não quer perder os seus direitos adquiridos. E, tendo em consideração que o seu valor patrimonial é de cerca de 9 milhões de euros e que o custo de demolição seria aproximadamente de 1 milhão, o município teria de gastar uns largos milhões de euros para o demolir, caso o conseguisse expropriar. Não contando com o risco que a própria demolição traria aos edifícios circundantes
Portanto, julgo que a solução possível passará pelo proprietário fazer uma reabilitação profunda com qualidade, retirar-lhe o estigma, promovendo uma oferta imobiliária que não exista na Figueira da Foz!"

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Uma pesada herança que poderia ser uma janela de oportunidade... (5)

"Recordo-me com alguma lucidez do edifício do trabalho. Era bastante jovem quando os lojistas começaram a fechar os seus estabelecimentos e, por conseguinte, aquele centro comercial começou a cair por terra. A ideia era interessante: um edifício no centro da Figueira, construído para albergar comércio, escritórios, estacionamento coberto e habitação. Para mais, estávamos no tempo da explosão das superfícies comerciais e a Figueira, evidentemente, não passou ao lado deste fenómeno.
A situação atual daquele espaço é fruto das trocas sucessivas de proprietários, nenhum deles com verdadeiro interesse no imóvel, o que expõe algumas das falhas do mercado imobiliário, que o atual sistema financeiro promove. Assim, ficamos nós, figueirenses, com um verdadeiro “mono”, no ponto mais turístico do nosso concelho.
É claro que a procura de uma solução para o problema remete-nos até à primeira venda do espaço, em 2001. Já desde dessa altura se defendia a demolição do espaço, porém nunca foi possível alcançar um acordo, que satisfizesse os proprietários. Recentemente, o atual proprietário colocou o espaço à venda por 4 milhões de euros, uma verba demasiado elevada para o único interessado em adquirir o espaço, a Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Certamente que todos os autarcas que passaram pelos gabinetes da Câmara nos últimos 20 anos, assumiram a resolução deste problema como uma prioridade, porém as débeis finanças do município, nunca permitiram sequer sonhar com a aquisição. Os esforços foram inúmeros, as tentativas de novos caminhos foram múltiplos, contudo a conclusão acaba por ser sempre a mesma. Para resolver o problema é necessário deixar de fazer muitos projetos extremamente necessários para as populações.
Talvez quando o município tiver as suas dívidas pagas, possamos adquirir aquele espaço e logo depois pensar como o iremos tirar dali. Até lá, vamos acreditar que possa haver boa fé por parte de um fundo imobiliário para devolver aos Figueirenses a zona mais negra da Figueira da Foz."

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Uma pesada herança que poderia ser uma janela de oportunidade... (4)

"Apoio uma solução que permita ao executivo tomar posse do espaço do Edifício O Trabalho e proceder à demolição daquele imóvel cujo projeto nunca deveria ter sido autorizado na configuração que conhecemos.
O Edifício O Trabalho não respeita a volumetria envolvente. Apesar de uma vaga chamada às cores do vizinho Centro de Diversões, não existiu um cuidado em edificar com uma proporcionalidade aceitável. O edifício em si era medíocre na componente de isolamento térmico e de gestão de humidade e infiltrações.
O licenciamento das frações habitacionais foi sempre problemático, indiciando práticas típicas dos anos 80 e 90 em que se tentavam esticar os textos da lei para obter lucros imediatos e fáceis. Demolir o Edifício O Trabalho é um serviço público que se irá prestar à comunidade e em particular ao Bairro Novo. O Edifício O Trabalho tomou o lugar do antigo Teatro Parque Cine. O Parque Cine juntamente com o Centro de Diversões, a Pensão Café Europa e as fachadas art-déco de várias moradias do Bairro Novo integravam um conjunto de belas obras da Arquitetura Modernista portuguesa.
A envolvente do edifício O Trabalho, engloba ainda o Mercado Engenheiro Silva e o Casino Peninsular. Por isso, a solução a adotar por concurso público deverá ter em conta esta envolvente com particular destaque para a concordância volumétrica e arquitetónica com o edifício do Centro de Diversões, que agora é um restaurante e se encontra registado como património de interesse municipal. Essa solução também deverá continuar a contar essa história singular da art-déco na Figueira da Foz.
Não através da cópia do que existiu, mas sim fazendo uma interpretação da nossa época daquele legado arquitetónico distintivo do Bairro Novo. Seria particularmente positivo que a nova solução pudesse servir de habitação para trazer mais pessoas e vida para o Bairro Novo. Seria uma marca de grande inteligência se um ou dois fogos fossem dedicados à habitação social e/ou a jovens, contribuindo para misturar gerações e classes sociais, contribuindo para combater a guetização de populações."
Via Diário as Beiras

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Uma pesada herança que poderia ser uma janela de oportunidade... (3)

"Falo de prioridades e no caso o seu apurado estudo assume-se como incontornável. Só o estabelecimento de rigorosas políticas públicas minorando as dificuldades já vividas e que o serão de modo ainda mais trágico por tantas famílias, pode ajudar a resolver a crise iminente. Esta é a prioridade. Mas volta e meia, surge a questão do Edifício O Trabalho. Perguntam o que fazer daquele mamarracho sem préstimo. Até porque já ninguém, nomeadamente os vizinhos, aguenta aquela desgraçada “visão”. Quem nasce torto tarde ou nunca se endireita e este mastodonte não tem qualquer hipótese de viabilização. É uma das “peças” com que a cidade foi sendo brindada, num caminho ínvio de descaracterização do espaço urbano. Lembro as “rolhas” colocadas “estrategicamente”a tapar a vista à Bernardo Lopes, obra de responsabilidade central, e mais a implantação de prédios execráveis e a destruição de vitais manchas verdes. Em cada caso há responsáveis, lembremos! Aventa-se a implosão mas segundo especialistas não será possível. Era precisa uma forte carga de explosivos que abalaria os alicerces do frágil bairro antigo. Recuperar é impensável: na construção do monstro foram utilizadas areias salgadas e o prédio está irremediavelmente cheio de humidade. Acresce o facto da empreitada das fundações ter ferido linhas de água, agora sugadas pela estrutura. Se não oferece mesmo perigo, deixem estar que coisas bem importantes há para fazer, mas opiniões apontam para risco de ruína. Se assim é, o LNEC terá de opinar, e aquilo ser destruído à marretada. Vidas em risco não! E após? Linda seria a ressurreição do Parque Cine, que saudades deixou. Uma ideia de que gosto por nova na cidade: um jardim de Inverno, espaço coberto de lazer, convívio e contacto com a Natureza, voltado para as famílias e não para a “ganhuça” de empreendedores, a cobrar para se espreitarem os miosótis e as joaninhas. Impossível? Nada é impossível, quando alguém se põe a pensar."
Via Diário as Beiras

terça-feira, 5 de maio de 2020

Uma pesada herança que poderia ser uma janela de oportunidade... (2)

"Pensado e construído numa época em que a tradição, a história e a memória nada valiam (até o Mercado Engenheiro Silva teve a sentença de morte assinada…) em relação aos compadrios, aos esquemas e aos supremos e confortáveis interesses e consequentes mordomias do “pato-bravismo” instalado (hoje tudo isto tem um nome: corrupção), o Edifício “O Trabalho” é, desde há vários anos, um problema, tão grande quanto a sua dimensão e volumetria físicas.
Penso que este problema tem uma quádrupla dimensão: antes de mais, envolve questões jurídicas (de posse efetiva, e portanto também de legitimidade da solução a encontrar – o próprio nome do edifício é hoje revelador da sua inconsequência…).
Depois, não é possível encontrar o caminho da resolução do problema sem atender às questões técnicas: é possível a revitalização? Uma intervenção no edifício é tecnicamente possível? E obrigará a que tipo de obra? Uma eventual demolição colocará em perigo os edifícios circundantes e as populações residentes?
Também não há qualquer solução que não compatibilize a fórmula custo-benefício: quanto vai custar cada opção a considerar? Quem vai pagar/financiar? Há a possibilidade de se enquadrar alguma ação em programas financiados – ou pelo Estado português, ou pela União Europeia, ou por um qualquer Organismo Internacional, ou por alguns, ou mesmo por todos?
Finalmente, a questão política (aqui entendida enquanto organização, direção e administração da polis, e não como ação partidária, ainda que estas duas dimensões da intervenção pública sejam obviamente necessárias e, mesmo, recomendáveis): face aos consecutivos anúncios, ao longo dos últimos anos, da solução afinal sempre adiada para o Edifício “O Trabalho”, não há mais tempo a perder, sobretudo por duas ordens de razões: a primeira é de higiene e de saúde públicas – aquele espaço tornou-se perigoso, inseguro e nauseabundo.
A segunda é simbólica: o Bairro Novo lembra a época áurea da cidade rainha das praias de Portugal, das elegantes e belas moradias e casas de inícios do século XX, das varandas e beirais à portuguesa ao estilo Arte Nova ou Art Déco. A solução? Ao trabalho."
Via Diário as Beiras

Uma pesada herança que poderia ser uma janela de oportunidade...

"O “Edifício o Trabalho” é o típico caso de um investimento privado que se tornou num problema público a resolver com dinheiro dos contribuintes. Ninguém quer aquele patrimônio, tornou-se um ativo tóxico.
Um imóvel construído na década de 80 do século passado, inicialmente um centro comercial que nunca foi bem-sucedido e que acabou num edifício devoluto fonte de inúmeros problemas, desde janelas a cair até abrigo de vagabundos. É agora propriedade de um fundo de investimento que segundo notícias de abril de 2019 estaria à venda no OLX por 5,7 milhões de Euros (pasme-se!). Que se saiba ninguém quer comprar o edifício. E há ainda os detentores de contratos (lojas,…) que procuram acordos com os proprietários aumentando certamente a litigância à volta do edifício.
A autarquia em 2017 afirmava que a solução passaria por demolir o imóvel, com pagamentos aos comerciantes e suportando os custos da demolição. Assumindo que a Câmara vai investir no espaço, defendo que deverá abrir um concurso de ideias que vise em última analise atrair residentes para aquela zona.
Podem ser apartamentos com rendas controladas para jovens que tanta falta fazem no centro da cidade. Por duas razões, há pouquíssima oferta e é cara (um T1 custa decente custa mais de 300 Euros) para os bolsos dos jovens e estudantes, sendo necessário apoiar quem quer viver nesta zona da cidade. Pouco útil será criar habitação sazonal que perpetuará a sazonalidade do Bairro Novo.
Outras ideias mais arrojadas podem e devem aparecer.
Objetivo fundamental de qualquer intervenção deverá ser a sustentabilidade ambiental do edifício, remodelado ou novo. Um modelo de inteligência e uma referência de intervenção moderna é imperioso, desde a introdução de coberturas verdes, jardins verticais até à produção da sua própria energia e uma pegada de carbono zero.
Interessa ver no edifício “O Trabalho” uma oportunidade para fazer diferente e sair de um certo atavismo que caracteriza muitos projetos atuais."
Via Diário as Beiras

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Da série, as escolas secundárias da Figueira... (6)

Ana Carvalho
"Será que há hoje menos alunos no ensino secundário do que há uns anos, quando já existiam três escolas na Figueira da Foz? Apesar da natalidade ter baixado bastante nos últimos anos, a verdade é que a taxa de abandono escolar atingiu mínimos históricos, acompanhada pelo aumento da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano. Pelo que, comparando o número de alunos que frequentam as três escolas secundárias do nosso concelho com os que as frequentavam há 10 anos, verifica-se até um aumento de mais de 5%. Por outro lado, também se verifica uma taxa de ocupação de cada uma delas superior a 70%. Todas apresentam planos de atividades diversificados, dinâmicos, com uma filosofia pedagógica própria procurando envolver as respetivas comunidades escolares. Nos últimos anos, houve uma revitalização da Escola Secundária Dr. Bernardino Machado e a sua consolidação como a segunda preferência dos alunos do município. O que se deve, sobretudo, à vasta oferta que apresenta ao nível do ensino profissional muito ajustada às necessidades do mercado de trabalho local, e, agora reconhecida pelo ISEC, que a escolheu como parceira na criação de cursos técnicos superiores profissionais para o próximo ano letivo. A Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho, também com oferta de cursos profissionais, tem apostado, sobretudo, no ensino regular com vista ao prosseguimento de estudos, sendo a escola com mais alunos. A Escola Secundária de Cristina Torres surge como uma resposta completa, sobretudo, aos alunos do norte e sul do concelho, sendo a próxima escola a ter as suas instalações modernizadas. O município despende anualmente de mais de meio milhão de euros em transportes escolares para garantir que todos os alunos do concelho tenham acessibilidade garantida, a horas, à escola secundária que frequentam. Sendo, este transporte (autocarro, carrinha especial ou até táxi), totalmente gratuito para todos os alunos até ao 12.º ano, compensando, desta forma, os que moram distantes da escola secundária que frequentam. Concluindo, as três escolas são complementares entre si, estão a funcionar muito bem com ensino diversificado e com provas dadas, fazendo, sim, todo o sentido continuarmos a investir e a apostar em todas."
Ana Oliveira
"Numa sociedade que se deseja próspera, autónoma e que se queira afirmar existem duas áreas estruturantes, das quais não se deve descurar o seu desenvolvimento e a sua qualidade: são elas, no meu ponto de vista, a saúde e a educação. Quando se fala da importância da educação, não nos podemos esquecer que falamos de um direito fundamental, que deve abranger todos, independentemente do género ou da classe social, relembrando que foi uma das conquistas da revolução de abril. Porém, a importância da educação vai mais além, pois é através dela que nos tornamos cidadãos mais dignos! Diversos fatores dos últimos anos têm fragilizado os valores referidos, colocando em causa o que tem sido alcançado. No caso específico da Figueira da Foz, a falta de alunos e más decisões políticas têm afetado, e muito, o desenvolvimento da educação, enquanto pilar fundamental na nossa sociedade. Recuemos ao governo socialista de José Sócrates e ao famoso programa “Parque escolar”. Inúmeras escolas no país foram reabilitadas. O nosso concelho não foi exceção, parece-me é que existiu uma má avaliação do edifício a ser reabilitado, ou terá sido exercida uma “influência” partidária que beneficiou a escola reabilitada? O que é certo é que as escolas que mais precisavam ficaram na mesma, até aos dias de hoje. Mais uns milhões que foram “gastos”! Mas ganharam os alunos? Ganharam os docentes e os auxiliares? Ganhou o concelho? Alguém ganhou, mas não foi a educação. Em relação à falta de alunos, será que devemos só atribuir culpa aos baixos valores da natalidade em Portugal? Ou, por outro lado, a Figueira da Foz não poderia fixar os jovens que aqui nasceram e atrair outros tantos através da captação de mais pequenas e médias empresas e de trabalho qualificado? Ou será que o aumento das “grandes mercearias” têm aumentado a estabilidade nas famílias? Não creio! A Figueira não deve recuar no tempo, deve investir no desenvolvimento, deve investir nas pessoas! A nossa cidade deve ter três escolas secundárias? Só tenho uma resposta: Quantas mais houvessem!"

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Da série, as escolas secundárias da Figueira... (5)

O saber não ocupa lugar

"Sim, considero que em 2020 continua a fazer sentido o concelho da Figueira da Foz possuir três escolas secundárias.
Porquê? Porque temos mais de 2100 alunos matriculados no ensino secundário (pordata.pt) e um vasto território para servir.
As três escolas secundárias da Figueira da Foz sempre demonstraram uma diferenciação na metodologia de ensinar, formar e ajudar os seus estudantes.
Aliás, faz todo sentido que se dotem abordagens diferentes para a resolução de problemas semelhantes, tendo em conta a natural evolução das diferentes
comunidades.
Na verdade, apesar de todas as comunidades escolares partilharem os mesmos programas curriculares, por forma a obterresultados positivos nos exames
finais, impostos pelo ministério da educação, naturalmente, cada escola possui um historial e uma tradição letiva diferenciada das outras, sendo esta, produto do trabalho de décadas de vários professores, do perfil dos alunos que vão passando pelo recinto escolar e também dos profissionais de educação que executam a manutenção dos espaços.
Qualquer uma das três escolas consegue ser uma alternativa à próxima, no que concerne aos parâmetros da formação integral de um adolescente. Por isso, para mim, um dos principais motivos, para desejar que haja várias escolas públicas no concelho, prende-se com a possibilidade dos pais dos alunos escolherem entre projetos diferenciados, o que claramente se traduz numa maior possibilidade de encontrar um projeto de sucesso para o seu filho.
Naturalmente, não defendo que se façam escolas secundárias só para dar alternativas de escolha, porém num concelho onde cada escola pública secundária terá em média 700 alunos matriculados, afirmo que não faz sentido reduzir o número deestabelecimentos de ensino.
Fechar um estabelecimento de ensino público, não é só fechar uma porta de um edifício público.
É destruir o trabalho e a dedicação de centenas de profissionais de educação, que deram o seu contributo, para que a sua escola se moldasse à imagem daqueles que passaram por ela, por forma a servir da melhor forma todos os alunos e alunas que por lá passam."

Via Diário as Beiras

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Encontros do Mar 2020 iniciaram-se com a presença do Almirante Doutor António Silva Ribeiro

"O convidado, neste primeiro Encontro, Almirante Doutor António Silva Ribeiro, é Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas Portuguesas, antigo Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, antigo Director do Instituto Hidrográfico da Marinha Portuguesa, Professor Catedrático Convidado do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-UL), associado e membro do Conselho Consultivo e Científico do CEMAR na Figueira da Foz e na Praia de Mira desde 1997, Associado Honorário do CEMAR em 2017, etc..

O ciclo Encontros do Mar 2020, em celebração dos vinte e cinco anos da fundação do Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque - CEMAR (1995-2020), começou, desta maneira, com chave de ouro; e vai continuar ao longo de todo o ano de 2020, aos sábados à tarde, a partir das 15.00 horas, na Figueira da Foz do Mondego (Buarcos) e em outros locais.

Neste primeiro Encontro, o convidado -- para tal fim, o interveniente mais credenciado -- apresentou uma visão geral da relação de Portugal com o Mar, não somente de um ponto de vista histórico mas também de perspectivação do Presente e do Futuro, sob o ponto de vista estratégico, institucional, económico, social e cultural.
No informal mas vivo debate que se seguiu (no espírito que vai continuar a ser sempre o dos Encontros do Mar, em profícuas sessões de trabalho especializado), houve intervenções com contributos de vários dos presentes que neste dia se deslocaram para esse fim especialmente à Figueira da Foz (contributos não muito numerosos, mas muito qualificados, por muito qualificados serem os que nessa ocasião os proferiram), nomeadamente o Com. Armando Dias Correia (Marinha Portuguesa), Eng. João Paulo Craveiro (Coimbra), Eng. Paulo Gonçalves (ARL), Dr. Miguel Marques (PwC), Dr. Manuel Castelo Branco (ISCAC-Coimbra Business School), Alfredo Pinheiro Marques (CEMAR), Dr. Carlos Monteiro (CMFF), os Mestres Pescadores Manuel Gabriel e Alcino Clemente (Praia de Mira).
Entre a assistência contaram-se figuras como o Juiz Desembargador Luís Azevedo Mendes, Presidente do Tribunal da Relação de Coimbra, o Almirante Aníbal Ramos Borges, Director da Revista da Armada, Mestre José Festas, Presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, etc..

Esta conferência do CEMGFA Almirante António Silva Ribeiro corresponde à que deveria ter sido proferida em primeiro lugar nesta cidade da Figueira da Foz no decorrer da vigência da grande exposição “O Infante Dom Pedro de Coimbra -- e de Buarcos (Foz do Mondego] — na História de Portugal”, organizada em 2019 pelo Tribunal da Relação de Coimbra, Brigada de Intervenção do Exército Português, Câmara Municipal da Figueira da Foz e Centro de Estudos do Mar, a qual esteve patente na Primavera desse ano no Palácio da Justiça de Coimbra (Tribunal da Relação), e se esperava que viesse a estar aberta ao público no Verão desse ano de 2019 na Figueira da Foz no edifício histórico da Casa do Paço, da Câmara Municipal da Figueira da Foz (e se esperava que tivesse sido por essa Câmara Municipal proposta para ser integrada na celebração do Dia da Marinha, na sua extensão à cidade da Foz do Mondego). Tal exposição, na sua conceptualização, acervos, etc., foi já em si mesma um primeiro contributo embrionário para a criação do Museu do Mar da Foz do Mondego (MMFM): a parceria desde 2017 a ser preparada entre a Câmara Municipal local e o Centro de Estudos do Mar, e com os possíveis apoios e colaborações da Marinha Portuguesa e do seu respectivo Museu de Marinha de Lisboa, etc.. Possíveis apoios e colaborações que, agora, não deixaram de ser mencionados pelo Almirante António Silva Ribeiro nesta sua conferência na Figueira da Foz em 18.01.2020, pois começaram a ser estudados entre a CMFF, o CEMAR, e a Marinha, no tempo em que ele próprio foi Chefe do Estado-Maior da Armada, em 2017, e quis então dispensar a sua esclarecida apreciação a esse assunto da criação de mais um museu significativo e dedicado ao mar em mais uma significativa cidade marítima portuguesa, como é a cidade da Foz do Mondego."

A sessão foi transmitida em directo, através do canal Centro de Estudos do Mar CEMAR TV - YouTube.
Ficam os vídeos.

Primeira parte [Introdução]:
Segunda parte [Intervenção]:
Terceira parte [Debate]:

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

"Novos donos do Edifício O Trabalho manifestam interesse na reabilitação", uma novela em exibição na Figueira há cerca de 20 anos...

Ver para crer. 

"Há cerca de 20 anos que os figueirenses esperam por uma solução para o Edifício O Trabalho, o mal-amado imóvel do Bairro Novo que destoa do conjunto. E foram muitas as notícias que anteciparam uma nova vida para o prédio."
Tal como OUTRA MARGEM, esta novela (há quem lhe chame "engodo"...) já vem de longe.
Imagem via Diário as Beiras

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Querem ver que a Câmara vai mostrar a sua raça e vai ser desta que vai ficar resolvido o problema do edifico O Trabalho!..

António Tavares, vereador, em 11 de Março de 2014,  no jornal AS BEIRAS:

"... não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
Imagem via Diário as Beiras

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

A propósito de segurança e a propósito das preocupações do Dr. Carlos Monteiro recordo uma postagem com mais de 5 anos...



O Bairro Novo e a pesada herança do edifício "O Trabalho”... (II)
Joaquim Gil, advogado,  sábado na sua habitual crónica no jornal As Beiras.

“A propósito da situação de degradação do Edifício O Trabalho, que lamentavelmente se acentua sem solução à vista, o vereador Carlos Monteiro… advogou «todos temos de ser proactivos».
Heureca! Proactivos, pois então! Eis definitivamente encontrada a solução para o edifício – a proactividade!
E eu juro que vou treinar para proactivo!”


"Não será este prédio em ruínas, a cair aos bocados, situado numa zona nobre da cidade, mais ameaçador e perigoso para pessoas e bens, do que um freixo centenário?
Na Figueira, existem prédios em ruínas, há décadas, em algumas das zonas mais valorizadas da cidade.
Exemplo disso é o edifício "O Trabalho".
Isto é a  demonstração do que tem sido o poder político na Figueira, nas últimas 4 dezenas de anos: fraco com os fortes e forte com os fracos.
A questão, para os figueirenses é esta. Passo a citar o  ex-vereador António Tavares, numa crónica publicada no jornal AS BEIRAS, na terça-feira, 11 de março de 2014.
"...  não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

"IMI aumenta 300% para quem tem prédios abandonados"...

Via Diário de Coimbra

"O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), a cobrar para o próximo ano, vai manter-se para a maioria da população, foi ontem decidido em reunião de Câmara. Todavia, quem tem prédios abandonados vai ver o imposto agravar-se 300%, porque o presidente da Câmara quer «dar o sinal de que, quem não os coloca ao serviço das populações, ou que põem em causa as áreas urbanas, terá este agravamento sobre o valor da taxa»."

Nota de rodapé:
Querem ver que é desta que os proprietários do Edifício "O Trabalho" recuperam o edifício?..
Ou será que entregam o Edifício à Câmara e pedem para receber o troco?..
Ou isto não passa de demagogia e no concreto vai dar em nada?