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segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Presidencias de 2026: sinais do óbvio escondido

Falta ainda muito tempo para as próximas presidenciais. Contudo, o assunto já é objecto de comentários e especulações.
Tempo, porém é o que não falta, para as candidaturas serem pensadas, preparadas e lançadas (ou não).
Em 2022, ao aparecer na Festa do Pontal do PSD, de braço dado com Luís Montenegro, Pedro Passos Coelho deu, na altura, fôlego às especulações.
Já nessa altura, Luís Marques Mendes - ex-ministro, ex-líder do PSD, conselheiro de Estado pessoalmente escolhido por Marcelo e comentador político dominical na SIC - deu sinais de querer ser candidato. Disse que ficava "sensibilizado" quando as pessoas lhe "apontam" esse "objectivo".
Em Agosto de 2023, a vida política do país atravessa mais um momento (a)típico. Fala-se da crise, dos sacríficios precisos para a debelar, até de novos amanhãs que cantam, mas tudo soa a falso, a efémero e conjuntural. Discute-se tudo, menos a realidade.
Citando Marques Mendes, a política "está muito futebolizada"
Montenegro dificilmente conseguirá manter os  militantes do PSD focados nos objectivos eleitorais mais próximos: europeias, legislativas e autárquicas.  
O debate sobre o escrutínio presidencial está definitivamente lançado nas hostes sociais-democratas. 
Mesmo sem o presidente do partido se pronunciar sobre o assunto.
Marques Mendes, depois de 16 anos de ausência, esteve este ano no Pontal.
Já começou a especulação: Luís Marques Mendes, ontem à noite, no seu espaço de comentário na SIC, admitiu a possibilidade de se candidatar à Presidência da República. "É uma decisão livre, pessoal, individual".
Começou por clarificar que nunca falou sobre o assunto com o actual líder do PSD, Luís Montenegro, mas admitiu pela primeira vez de forma clara que Belém pode estar no seu caminho. 
"Nunca na minha vida falei com Luís Montenegro sobre eleições presidenciais, não há nada a falar, não há qualquer acordo", assegurou, dizendo que, neste momento, "não há nem decisão nem sequer inclinação".
Depois, veio a explicação política: "se um dia achar que, com uma candidatura à Presidência da República, posso ser útil ao país, que é isso que conta, tomarei essa decisão"
Sobre o assunto, disse ainda no seu habitual espaço de comentário na SIC: "se houver utilidade para o país e um mínimo de condições, se não houver estes requisitos não haverá decisão nenhuma e também está tudo bem", para a seguir considerar que "é uma decisão muito pesada" e salientar faltar "uma eternidade" para as presidenciais de janeiro de 2026.
Andam por aí muitas alminhas inquietas e indignadas com a importância e tempo de antena dadas ao Dr. Marques Mendes. Creio que o alarme é injustificado: uma putativa candidatura de Marques Mendes, mesmo dentro do seu próprio partido, não suscita nenhum entusiasmo especial.
Contudo, um candidatura sua pode ser relevante para dividir votos à direita e impedir a vitória de outro candidato do mesmo espectro político.
E, isso, pode não ser irrelevante para a continuação do funcionamento do centrão e da tradição da adaptação às circunstâncias dos dois partidos do "chamado arco do poder".

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

`É preciso ter calma...




A 19 dias das Autárquicas 2017, olhar para o que se está a passar no miserável espectro político figueirense, é um exercício complexo e conduz a um esforço acrescentado para tentar perspectivar aquilo que se seguirá na Figueira.  
Entre as diversas candidaturas, não se vislumbra nada de palpável.
A abstenção vai disparar em flecha. 
O clima está a ficar crispado. 
O nervoso miudinho começa a trair algumas alminhas mais susceptíveis...

Isto, além de medíocre, está a ficar perigoso. 
Na política figueirense, os mortos que ainda não morreram definitivamente, estão a correr perigo de vida. 
O exercício da cidadania precisa de gente credível e corajosa. Quase que é preciso assumir o papel de herói para fazer o que tem que ser feito: resistir.
O tempo das negociatas, dos arranjinhos e de políticos a governarem acima das nossas possibilidades, já deveria ter terminado há muito nesta Figueira, que se quer e deseja uma Terra de esperança.
Vamos construí-lo neste presente pouco esperançoso?..
Bastava querermos. Se não todos, pelo menos a maioria.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

O concelho não andará a "obrar" acima das suas possibilidades?

Foto de António Agostinho
De visita a Portugal, um amigo meu há muitos anos emigrado, passou pela Figueira. Num passeio pelo concelho, deparou-se com as obras em Buarcos e com as obras no casco velho da cidade. Passou pelo Bento Pessoa e viu obras. Atravessou a Ponte Edgar Cardoso, veio ao Cabedelo e viu mais obras. Tudo por acabar: paradas ou a andar em passo de caracol... Passou pelo Largo das Alminhas, na Gala, e mais obra. Parada.
Farto de confusão e de pó, perguntou-me: "os figueirenses não ligam nenhuma às suas obras? Estão à espera de que elas terminem por si próprias?"
Hoje de manhã, comprou o jornal: ainda mais admirado ficou ao ver mais obra anunciada: uma piscina coberta e um pavilhão gimnodesportivo
Disse-lhe que o jardim municipal, "em breve", também vai para obras e que o sintético do Grupo Desportivo Cova-Gala está prometido para começar a ser instalado, talvez para o ano...
Comentário do meu amigo: "isso, até pode ser divertido, mas, não será cansativo?"...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Uma notícia triste neste final do dia...

A vida passa depressa, mas penso que ainda não foi há muito tempo, que a ajudei a ultrapassar um obstáculo, na Avenida 12 de Julho, mesmo junto à casa do meu Tio Adelino, pois, com a sua cadeira de rodas, continuava a percorrer os caminhos da aldeia...

Há momentos, ao visitar o blogue COVA GALA ... entre o rio e o mar, fiquei a saber que a “Estrela Pereira dos Santos, mais conhecida como a Coxinha da Gala, aquela que já nos anos 60 vendia pevides e freiras, junto à capelinha das alminhas (precisamente no sítio onde agora colocaram aquelas caixas assinaladas no círculo vermelho) partiu, voou mais alto para nunca mais voltar...”

Tal como o João Catavento, sempre a conheci assim: “sorriso meigo, cabelo branco, corpo franzino e com limitações físicas desde criança.”

“O seu olhar profundo e terno, não deixava ninguém indiferente..."

A “Coxinha”, como ternamente a conhecíamos, não mais me vai perguntar: “então menino, como está a tua mãe.”
"Há um sentimento de vazio nas ruas da minha terra.” Até um dia destes...

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Na Aldeia... (VIII)

É conhecido o afastamento que tenho dos partidos do chamado arco da governação.
Desviei-me  politicamente, há muito, por vontade própria, daqueles que alegre e irresponsavelmente, têm ajudado na Aldeia, no concelho e no país, a patidocracia hegemónica que basicamente tomou conta de Portugal e Ilhas Adjacentes  e nos conduziu ao lugar que ocupamos: dos últimos na EU e na generalidade dos indicadores sócio-económicos.

A nossa vida em sociedade é o que sabemos: uma ficção, alicerçada na propaganda e irresponsabilidade que todos andamos a pagar.
Somos - e vamos continuar - a ser o que sempre fomos, pois não temos outros partidos, nem outra gente.
As eleições deveriam ser uma coisa digna e séria, porque é aí que se escolhe a gente que determina o nosso futuro.
Infelizmente, as coisas são o que são. Vota-se num “regedor” porque este pode fazer convenientes favores; num presidente de câmara porque nos pode empregar um familiar; num governo por fé clubista.
Têm sido assim feitas as escolhas nesta sociedade onde é permitido - e aceite - que os políticos no poder há vários anos ofereçam esferográficas, aventais, bonés, porco no espeto e copos de vinho a poucos dias das eleições.
Ao aceitarem e participarem em tais actos, os próprios eleitores tornaram-se coniventes com o ficcionismo em que andamos a viver na Aldeia, no concelho e no país há muitos e muitos anos.
Aqui pela Aldeia, embora sob disfarce, o PSD e o PS foram, desde 1989, os partidos vencedores.
Esta hegemonia, como em tempos de caça às bruxas, teve um historial de intriga e calúnia baseada na farsa de que os comunistas são uma peste. Entenda-se por comunistas, todos os cidadãos que não se revejam nas práticas locais do PSD e do PS.

Hoje, com umas eleições à porta, não vai ser diferente. Quem for votar, e tem ainda pesadelos com o comunismo, vai continuar a ir ao porco no espeto no Parque das Merendas. 
Quem não pensa assim, o mais provável é não ir votar...
O resultado, e outro não será de esperar, vai ser mais do mesmo...


A Aldeia, tem sido liderada por eternos crentes do PSD e do PS, que aproveitaram a pouca exigência reinante, consolidada pelo atraso e comodismo dos seus habitantes.
Lá para finais de setembro, o mais tardar em outubro, na Aldeia as habituais alminhas vão tornar a colocar os mesmos nos seus lugares e assim vamos continuar a viver até que a morte se lembre deles e de nós.

Cá na Aldeia, apesar dos tempos já terem mudado, vamos continuar a viver na vila da ficção.
Não temos outra gente nem temos outros partidos. Somos quem somos - o caso do processo da criação da vila é paradigmático...

domingo, 1 de setembro de 2013

A iliteracia da direita figueirense...

Tenho acompanhado, também via facebook, a campanha para as autárquicas aqui pela Figueira...
“Segundo a OCDE, Portugal é um dos países do âmbito de acção deste organismo com maior grau de iliteracia, estando na cauda de 41 nações no que respeita à efectiva compreensão de um texto. Na Comunidade Europeia é mesmo o penúltimo.”
E não é que isso fica completamente  patente nas polémicas que logo se geram quando alguém ousa questionar os 12 anos da passagem do PSD pela Câmara da Figueira da Foz!..
Tal facto não  me surpreende: há muito que sei  que os portugueses, principalmente os jovens,  adquirem cada vez menos livros e deixaram de ter a consulta de jornais e revistas como um hábito. Substituíram-nos pela televisão e pela Internet, as campeãs do superficialismo e do facilitismo da mensagem no tratamento da informação.
Pronto: as consequências estão à vista, aqui pela Figueira, na presente campanha autárquica. 
O texto não necessita de conter  metáforas ou  figuras de estilo... Mesmo com dados concretos, certas alminhas não conseguem  tirar-lhe sentido e significado...
Bom, não podemos é deixar  de escrever e de ler, senão, por este andar, corremos o risco de qualquer dia, aqui pela Figueira,  estarmos de regresso ao analfabetismo ipsis verbis, com o retorno à Idade Média, apenas com a diferença de, agora, termos  computadores, iPhones ou telemóveis de última geração, com a possibilidade de uma rede gratuita de Wi-Fi!..
E já estivemos mais longe...

domingo, 16 de julho de 2006

As Citroen da Gulbenkian



Alguma da liberdade que conquistamos ao longo da vida, tem a ver, ou foi adquirida, nos livros que fomos lendo. Com alguma regularidade, refugiu-me em páginas, onde o pensamento ou a realidade descrita, transbordam o meu quotidiano.
E, quão importante pode ser um livro, quando, no fundamental, como tem acontecido comigo nos últimos anos, contamos sobretudo connosco próprios!
Nascido numa casa com muito poucos livros, mas onde o gosto pela leitura era cultivado, a minha dívida perante as carrinhas da Fundação Gulbenkian é enorme.
As carrinhas, que paravam na Gala, no Largo das Alminhas, e na Cova, frente ao clube Mocidade Covense, traziam dois Homens que muito contribuíram para incentivar o gosto pela leitura de gerações de covagalenses.
Os seus nomes: António Dias Lopes Curto, já falecido e Joaquim Oliveira Medina, ao que sei, ainda vivo.
Este serviço, estritamente popular e sem fins lucrativos, era assegurado pela Fundação Gulbenkian em quase todo o Portugal continental, Açores e Madeira. Durou entre 1958 e meados da década de 90 e atingia níveis de leitura bastante elevados, em termos estatísticos de utilizadores atendidos e inscritos, com milhões de livros emprestados todos os anos.
A Gala e a Cova, agora, não ficam longe da Figueira. Há razoáveis transportes públicos e, muita gente, possui transporte particular, o que torna uma brincadeira uma ida à cidade.
Mas, no Portugal dos anos 60 e 70, as coisas eram substancialmente diferentes, e a chegada da Citroen da Fundação Gulbenkian, com as estantes carregadas de livros, era praticamente a nossa única oportunidade de aceder ao conhecimento.
Portugal, vivia, então, num regime autoritarista, fechado sobre si mesmo e castrador, onde a cultura não era propriamente uma prioridade do salazarismo.
Nas pequenas Terras, como a Cova e Gala, quando chegava a carrinha biblioteca da Gulbenkian, porém, abria-se uma janela para o conhecimento! ....
Há 50 anos, faz dia 18, nasceu a Fundação Gulbenkian. Parabéns.
Como seria Portugal, em 2006, se não existisse a Fundação Gulbenkian?
Confesso que não sei.
Sei, isso sim, como foram importantes para a minha geração as carrinhas Citroen da Gulbenkian! ...
Obrigado!

terça-feira, 16 de maio de 2006

Mais que demolir e construir, restaurar é estudar e ponderar...


Nos anos de 2000 e 2001, foram realizadas importantes obras na Capela de S. Pedro, para reabilitar o monumento.
O restauro era inadiável e a necessidade de aumentar o espaço para receber todos aqueles que participam activamente na vida cristã era também uma necessidade.
As obras consistiram, basicamente, em deitar abaixo a nave da antiga capela. Aí, foi construída uma nova nave, crescendo esta para os lados e para trás.
Mas...
A Capela de S. Pedro é o monumento mais valioso e emblemático da Cova e Gala e é património colectivo das populações das duas povoações, pois, segundo documentos que o investigador Cova-Galense João Pereira Mano estudou, a Capela de S. Pedro original tinha sido edificada em 1820.
A Cova, em 1820, tinha já cerca de 30 anos de vida. A Gala, como povoado, ainda nem sequer existia, isso só aconteceu 30 anos mais tarde, por volta de 1850.
Claro que a remodelação está concluída há quase 5 anos e a Capela de S. Pedro tem, neste momento, o aspecto que a fotografia mostra.
Para quê, então, falar do tema?
Se hoje trazemos à colação este assunto é, apenas, para lembrar uma coisa que nem sempre é clara: mais que demolir e reconstruir, restaurar deve também ser estudar e ponderar.
Restaurar deve ser valorizar e não, somente, ampliar e modernizar.
Numa Terra jovem como a nossa, onde o Património artístico e monumental é praticamente inexistente, terá de cuidar-se da preservação dos raros vestígios do passado.
Estou a referir-me concretamente às Alminhas, uma pequena edificação de 1917.
Não pretendemos ser a voz dos “velhos do restelo”, saudosistas e caducos.
Todavia, a modernização a todo o custo, obedecendo apenas à lei do camartelo, não nos convence.
A Cova e a Gala têm Alma. Têm Pessoas.
Progresso urbanístico não é, do meu ponto de vista, dotar a Cova e a Gala de caixotes de betão, aqui e ali rasgados por janelas, iguais a tantos por esse País fora.
Progresso urbanístico é, do meu ponto de vista, a procura da harmonia arquitetónica e do bem estar da população e a adaptação das novas estruturas à calma e ao equilíbrio do passado.
Como, por exemplo, aconteceu no final dos anos 80 do século passado, com a construção do edifício sede da Junta de Freguesia de S. Pedro.

quinta-feira, 27 de abril de 2006

Uma rotunda e um monumento

A rotunda é manhosa e o monumento também.
Situam-se na Rua Dr. João Bagão, mais ou menos a meio. A Rua Dr. João Bagão é a que liga o Largo das Alminhas à Praceta Santiago Maior, atravessando a Rua Prof. Marques Cadima.
Perto, portanto, de estabecimentos frequentados por largas dezenas de crianças. A saber: Escola Primária da Gala, ATL de S. Pedro e ATL do Centro Social da Cova e Gala.
Será que o monumento implantado da forma que está na rotunda não poderá constituir perigo para as inúmeras crianças que todos os dias ali passam?
Por vezes, há boas ideias que se transformam, apenas por um pequeno pormenor, em oportunidades perdidas.