segunda-feira, 7 de junho de 2010
Que grande patriota que eu sou!...
O Ambiente na Figueira da Foz: United Resins
Contudo, raramente damos pela presença do tal fiozinho.
As excepções, são aqueles dias em que damos conta que o tal fiozinho está a esticar perigosamente...
O que vale, é que contamos sempre que o futuro continue a jogar a nosso favor!..
domingo, 6 de junho de 2010
O mundo é injusto. Eu não...
Mas, verdade seja dita, em tempos que já lá vão, apareceram neste blogue comentadores de que ainda hoje nos lembramos. O castelo de areia, o tó (da lota), mão, amigo de new bedford, rasteirinho, ze kalanga, José Carlos de Sousa Martins, rato do oásis da figueira, avô cantigas, corte, Jacinta, bonzão, joaquim Bonifácio, morales, VC, galinhas do mato, bakunine, Adosindo sem Basófias, + 1, pros vaidosos, matra, ultra, ze petinga, socio com quotas pagas, beira rio, entre muitos outros, são figuras inesquecíveis de comentadores que durante anos nos acompanharam.
Mas, o verdadeiro comentador, na altura em que chegávamos a receber 500 comentários por post, era o anónimo, caros leitores, o anónimo!..
O anónimo, esse penduricalho da blogoesfera, o verdadeiro soldado desconhecido da guerra das ideias, sem cujo manso sacrifício nenhuma batalha poderia ser travada, muito menos vencida!..
Como já escrevi, só para um post, enviaram-me cerca de 500 comentários, a grande maioria dos quais, assinados pelo tal anónimo.
Foi obra, 500 comentários!.. Quanto esforço, quanta convicção, quanta argúcia, quanta persistência, quanta toleima, quanto desvario empregues na confecção de 500 comentários!..
Um dia, acordei bem disposto, e considerei que, isso, no mínimo, era injusto. Tanto esforço, tanto pundonor, tanta dedicação, tanta argúcia, e no final da linha, nem sequer a compensação do mítico minuto de fama. Tinha de acabar com essa injustiça. Foi o que fiz e continuo a fazer.
Mas, para que conste. Comentadores de blogues anónimos, continuo a considerar-vos heróis do nosso tempo, silenciosos e ignorados, é certo, mas heróis do nosso tempo.
É por isso, só por isso, meus caros comentadores de hoje, António e António Páscoa, que os vossos comentários foram direitinhos para o lixo...
A riqueza da vossa prosa, no mínimo, merecia esse tal minuto de fama no fim da linha.
O mundo é injusto. Eu não.
Parque desportivo, isto?...
Espero que se continuem a divertir... Mas sem vuvuzelas!..
“Título pode valer 340 mil euros” – sublinhe-se para cada um.
Quando se trata de clubes, que impere a lei de mercado... Mas, não fui eu que o disse: o que está em causa não é o prestígio e a elegria tremenda de defender Portugal?..
Mas, continuem a divertir-se... A selecção acabou de aterrar em Joanesburgo, na Áfricia do Sul...
Espero é que este País aprove com carácter de urgência, um projecto de lei que tenha como Artigo 1.º e único, o seguinte:
(Da proibição do uso de vuvuzelas)
“Quando alguém tocar uma vuvuzela... quem estiver ao lado tem o direito de dar com a dita cuja vuvuzela no fã da selecção até este perder os sentidos ou jurar a pés juntos nunca mais tocar aquele instrumento ou qualquer outro pedaço de merda oferecido pela Galp.”
Que saudades das bandeirinhas do Scolari!..
Espero que se divirtam tanto quanto eu*...
De “Vou dar de beber à dor” (Casa da Mariquinhas) à “La maison sur le port”.
*Com o devido agradecimento ao Samuel.
sábado, 5 de junho de 2010
De Sócrates a Passos: é disto que o meu povo gosta?...
Para já, é pouco provável, que alguém queira assumir os custos da governação de Portugal...
Tudo aponta, para que a situação seja bem pior da que nos querem fazer crer.
O FMI já anda a cheirar por aí... O segundo PEC, por enquanto no segredo dos gabinetes de Bruxelas, está a caminho.
Ao que li, na semana passada, o país esteve novamente à beira de não conseguir fazer os pagamentos imediatos...
O caminho é apertado.
A Sócrates, resta-lhe beber o cálice do seu próprio veneno até ao fim.
Ao PS, sobra-lhe o ónus do crescimento do desemprego, aliado às medidas que vão tornar-nos mais pobres, com o consequente arrastamento para a derrota da candidatura de Alegre.
Entretanto, daqui a 6 meses, teremos Cavaco reeleito.
Mas, é dos livros.
Logo que as coisas estejam mais clarificadas, que o mesmo é dizer, tenhamos batido mesmo no fundo, será então tempo do reeleito Cavaco marcar eleições antecipadas, que serão ganhas por Passos Coelho.
A seguir virão outros, que já se estão a chegar à frente, para a festança das mordomias e dos lugares bem pagos.
Será, o vira o disco e toca o mesmo.
De Sócrates a Passos. É disto que o meu povo gosta?...
sexta-feira, 4 de junho de 2010
A mim, é que ninguém me cala, por isso repito:
Quero lá saber, se os militantes do PS vão apoiar Manuel Alegre com a mesma convicção com que muitos dos católicos portugueses vão à missa!..
Quero lá saber, se vão ser os militantes do BE os motores da campanha de Manuel Alegre!..
Quero lá saber, se Sócrates não gosta de Manuel Alegre!..
Quero lá saber, se Manuel Alegre nunca gostou de Sócrates!..
Quero lá saber, se o Cavaco ganha as presidenciais!..
Fica o esclarecimento: depois do ruído feito durante anos - em especial, nos últimos 4 - eu, que até estava fortemente inclinado a votar no Poeta, não vou engolir em seco o sapo que para mim constituiu o silêncio táctico, frio, obsceno e calculista de Manuel Alegre nas últimas semanas, à espera da bênção de Sócrates.
Manuel Alegre, mostrou ser mais um político, como tantos outros que para aí andam.
Na hora da verdade, palavras leva-as o vento.
Alguém acredita, por exemplo, que se fosse eleito, Manuel Alegre iria contestar o PEC?..
De sapos já tenho o saco cheio. Em especial, de um, chamado Mário Soares.
Tenho dito. E escusam de chatear...
Sublinhe-se a coerência...
E, em ano de quase todas as eleições, o PS geriu a tesouraria partidária com o mesmo rigor e eficiência com que geriu o resto.
“O PS, sozinho tem uma dívida superior à de todos os restantes partidos com assento parlamentar. De 2008 para 2009, as dívidas do PS aumentaram quase mil por cento, passando de 3 para 35 milhões de euros.”
Recordar é viver...
Para quem, porventura, não saiba, o Álbum Figueirense pretende ser um “Preito ao passado para enfrentar o futuro”.
Como lamento que esteja parado desde 13 de Abril de 2009!...
Educação...
“Há muito que o Ministério da Educação (?) trabalha mais para a estatística que para o futuro dos jovens e, claro, o futuro do país. Por entre algumas medidas positivas, aquela que foi a paixão de António Guterres foi desbaratada pelos seus camaradas de partido em nome dos números que surgem nos relatórios internacionais. Mas só mesmo os estrangeiros poderão ficar impressionados. Por cá, já percebemos que é tudo uma mentira.”
Via Aventar
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Já agora, que o feriado (para quem o gozou...) está a terminar
Para quem gosta de bola e está muito interessado nos jogos do campeonato do Mundo, aqui fica o calendário!...
Já vale tudo?...
“Teixeira dos Santos assume retroactividade do aumento de impostos”.
Como escreve Pedro Correia, no Delito de Opinião, “Cavaco Silva, o "supremo garante" da lei fundamental, a tudo assiste sem soltar uma exclamação. A "cooperação estratégica" traduz-se nisto: faça o Governo o que fizer, contará sempre com o silêncio reverente e cúmplice do Presidente da República.”
Quase que apetece concordar com o Vítor Dias, no Tempo das Cerejas: “é uma ironia e amarga e desproporcionada mas quase apetece dizer que era jurídica e constitucionalmente mais escorreito, decretar, pelas vias legais, o estado de sítio ou de emergência.”
"Vivemos num país cujo Estado está nas mãos de Ministros que acham que a Constituição vale muito pouco, para não dizer nada!" "Isto está a ficar perigoso"...
A Figueira está em brasa por causa da “guerra” dos grelhadores!...
Seja lá isso o que for!...
Mas, nem tudo é polémico....
Hoje, há motivação especial para visitar a freguesia de Buarcos.
Entretanto, tenham atenção: "no Coliseu Figueirense arranca logo mais em tom festivo a 24ª edição da (verdadeira) Festa da Sardinha".
É sempre bom conhecer...
Morreu o Almirante Rosa Coutinho
O "Almirante Vermelho", como também é conhecido, integrou a Junta de Salvação Nacional e esteve ligado ao movimento das Forças Armadas que desencadeou o 25 de Abril.
Tive o privilégio de, em Fevereiro de 1983, ter falado com ele várias horas no Vale do Leão, onde pernoitou, por se ter deslocado à Figueira para participar na Homenagem promovida pelo jornal “Barca Nova” (onde então eu era chefe de redacção), a um dos nomes maiores da corrente literária conhecida por neo-realismo, - o poeta da “Incomodidade”, dr. Joaquim Namorado.
Essa noite, ficou para sempre marcada na minha memória, por ter conhecido, ao vivo, os dois mais caluniados militares de Abril – o General Vasco Gonçalves e o Almirante Rosa Coutinho.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Ontem, foi Dia Mundial da Criança...
... e a prenda do governo foi...
Um delas poderá ser "a Escola do 1º CEB de Lares, que ainda há poucos anos sofreu profundas obras de beneficiação"!..
Um retrato que impressiona
Ontem, fui ao CAE assistir ao filme/documentário do figueirense Jorge Pelicano PARE, ESCUTE, OLHE.
Em boa hora o fiz. O filme fala de Trás-os-Montes, região esquecida e despovoada, tal como quase todo o resto do País, vítima de promessas políticas por cumprir.
Mais do que uma ameaça à centenária linha ferroviária do Tua, o anúncio da construção de uma barragem é um atentado à identidade do povo transmontano.
O filme, na minha opinião, excelente, além de muitas outras coisas, é um retrato fiel da classe política que tem estado à frente dos destinos deste desgraçado Portugal, nos últimos 36 anos.
Basta ler a SINOPSE: “Dezembro de 91. Uma decisão política encerra metade da centenária linha ferroviária do Tua, entre Bragança e Mirandela.
Quinze anos depois, o apito do comboio apenas ecoa na memória dos transmontanos.
A sentença amputou o rumo de desenvolvimento e acentuou as assimetrias entre o litoral e o interior de Portugal, tornando‐o no país mais centralista da Europa Ocidental.
Os velhos resistem nas aldeias quase desertificadas, sem crianças. A falta de emprego e vida na terra leva os jovens que restam a procurar oportunidades noutras fronteiras.”
Este é o Portugal que temos em 2010 – e não só em Trás-os-Montes.
PARE, ESCUTE, OLHE, uma autêntica viagem pelo Portugal profundo e esquecido, conduzida pela maestria de Jorge Pelicano, impressiona e não nos deixa indiferentes. Então, aquele silêncio próprio do isolamento a que o povo ficou condenado, esmaga.
Aqueles sorrisos do Mexia e do Sócrates, as frases feitas de Mário Soares e Cavaco, são aviltantes para um povo gasto, velho, cansado sem futuro, que ficou condenado e esquecido por aqueles a quem deram o voto para o defender.
Jorge Pelicano, que eu não conheço, é um figueirense que honra a Figueira. Nos seus, penso, que 32 anos, revela-se um humanista, ainda por cima competente e talentoso, que consegue passar-nos estas histórias humanas com um excelente ritmo cinematográfico.
Como me disse um dia o talentoso jornalista Adelino Tavares da Silva, “é a contar estórias que a gente se entende”, por isso, apesar do conteúdo do filme do Jorge Pelicano, que, penso, não deixa ninguém indiferente, saí ontem do CAE, após a projecção do PARE, ESCUTE, OLHE, feliz, por ter tido a oportunidade de assistir a uma história, que fala de nós portugueses, mas que também fala de outros pontos do universo, ainda por cima magistralmente contada.
Obrigado Jorge Pelicano.