quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

"Por razões internas", Isabel Maia "renuncia ao cargo de membro de direcção da FAP"

 Via Diário as Beiras

Na Figueira não foi sempre carnaval: "antes, realizava-se o Entrudo, não havia samba"...

Via Diário as Beiras

«Álvaro Maia é o rei do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz deste ano, tendo a seu lado a ex-concorrente do “Big Brother” Bruna Gomes. “Sinto-me satisfeito por ser o rei. Sou prata da casa. Foi o presidente da câmara [Santana Lopes] que convidou e fiquei contente por se ter lembrado de mim”, disse o buarcosense ao DIÁRIO AS BEIRAS. 

A primeira vez que integrou as cortes da alegria e da reinação foi nos anos 70 do século passado, integrando a comitiva real do Carnaval de Buarcos. “Foi a primeira vez que houve reis. Antes, realizava-se o Entrudo, não havia samba [nem outros elementos do atual modelo da festa carnavalesca local]. Andávamos na rua a meter-nos com quem passava”, recordou Álvaro Maia. 

Nos tempos em que a Figueira da Foz não tinha escolas de samba - neste momento, tem três: Unidos do Mato Grosso, A Rainha e Novo Império - e o Carnaval era à moda portuguesa, “a música era de saxofone” e com repertório a condizer com a festa, afiançou Álvaro Maia.»

A "nossa" falta de cultura democrática e exigência cívica...

 Pedro Correia no Delito de Opinião:

"Pelo menos três partidos ou coligações começaram a maratona de debates televisivos da pré-campanha para as legislativas de 10 de Março sem terem apresentado os respectivos programas eleitorais: PS, Aliança Democrática e Chega.

Não por impreparação, certamente. Julgo que também não por incompetência. Por desleixo, sim. Mas sobretudo por inequívoca falta de respeito pelos eleitores. Se a nossa cultura democrática fosse mais sólida e exigente do que é, isto bastaria para serem penalizados nas urnas."

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Caminhos florestais vão ser reabliltados no Paião pelo Exército

Via Diário as Beiras

Mais uma "enchente" no Mosteiro de Seiça

Via Diário as Beiras

O que se passa nas polícias?


«Este sábado, dezenas de agentes da polícia apresentaram baixa médica para não se apresentarem ao serviço. A ausência destes homens acabou por determinar o cancelamento de um jogo de futebol, o Famalicão–Sporting.


Nessa noite, o presidente do Sindicato Nacional da Polícia, Armando Ferreira, em declarações na SIC Notícias, ameaçou que a situação se pode alastrar a todo o país. Nem uma palavra acerca da veracidade das baixas médicas. Tratou-as como sendo uma forma de luta legítima. Também equacionou o cancelamento de mais jogos de futebol e chegou a ameaçar a realização das eleições legislativas a 10 de março.

Foram declarações desastrosas e que provocaram alarme. Armando Ferreira apresentou as polícias como sendo um perigo para a ordem pública sem noção do efeito dessa imagem. E mostrou de que lado está o seu sindicato. Estamos conscientes da infiltração da extrema-direita nas polícias, mas ficamos sempre paralisados quando o fenómeno se nota.

E reparem que o Movimento Zero reanimou e que tenta cavalgar a onda. Voltou às publicações nas redes sociais. Na verdade, são verdadeiros apelos à guerra. Depois do cancelamento do jogo entre o Famalicão e o Sporting, o Movimento Zero, que tinha apelado ao cancelamento dos jogos dos três grandes, lamentou a inação no Estádio do Dragão. “Cada momento de hesitação é uma traição à nossa causa. Braga mostrou o caminho – coragem e união - mas no Dragão falhámos.” Isto porque os agentes de segurança não aderiram ao apelo para se juntarem na porta 18 do Estádio do Dragão. No fundo, foi um apelo para não acatarem as ordens e instruções que tinham para garantir a segurança do jogo. É assim a atuação do Movimento Zero.

Na mesma noite, também Paulo Santos, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), foi entrevistado numa estação de televisão. Falou no silêncio do Governo e na possibilidade de os agentes de segurança enveredarem por outro tipo de contestação. Paulo Santos foi interpretado como estando, à semelhança do que fez Armando Ferreira, a ameaçar o funcionamento do sistema democrático. Mas digo-vos que tal interpretação é injusta.

Paulo Santos é um dos dirigentes sindicais que tentam proteger as forças de segurança da influência da extrema-direita. Não é farinha do mesmo saco. Temo pensar no que seria das forças de segurança se não existissem homens como Paulo Santos, homens que, na verdade, estão numa posição muito difícil.

Porquê?

Por um lado, estão na luta por melhores condições de vida e de trabalho como todos os restantes. Mas fazem essa luta sem perder de vista valores como a solidariedade e a fraternidade, esses são os princípios fundadores da ASPP. Acontece que, por mais que se organizem e que façam manifestações com milhares de homens, nada acontece. Ao não reagir às formas de luta convencionais, o Governo dá razão aos agentes das forças de segurança que estão minados pelo Chega e que só acreditam em ações de guerrilha. Os sindicalistas como Paulo Santos perdem força negocial e perdem terreno perante os seus homens; começam a ser substituídos por novos atores. Isto está a passar-se. Se Paulo Santos assumir um discurso frontalmente crítico em relação, por exemplo, aos agentes que apresentaram baixas médicas fraudulentas vai perder a mão e a autoridade no sindicato mais representativo das polícias. Volto a dizer que homens como Paulo Santos estão numa posição difícil.

A especial permeabilidade ao ideário de extrema-direita por parte das forças de segurança não resulta apenas da sua situação remuneratória ou da recente injustiça que viveram ao terem sido satisfeitas as reivindicações da Polícia Judiciária mas não as suas. Não, esta permeabilidade tem outras causas profundas. Quem vai para as forças de segurança quer ter autoridade. Este desejo de ter e exercer autoridade sobre o outro é uma fraqueza. É também por aqui que se deixam contaminar. Ventura fala-lhes do reforço dessa autoridade e de inimigos que é preciso combater. Os agentes e guardas que caíram no embuste de Ventura estão amotinados e prontos para a guerra. São, neste momento, homens perigosos.

As reivindicações das polícias extravasam o que pode ser decidido por um Governo de gestão. Mas, mesmo nessas circunstâncias, António Costa, se quiser, sabe puxar aqui o travão de mão. E é a pessoa certa para o fazer. A indiferença do Governo é gasolina para o fogo que consome quem pode salvar as polícias.»

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Onda virou barco de pesca local na Figueira da Foz e provocou dois feridos ligeiros

«Uma embarcação de pesca local virou-se na rebentação, esta manhã, na praia da Figueira da Foz, tendo os dois tripulantes ficado feridos sem gravidade, disse à Lusa o capitão do porto.

“A embarcação tinha dois tripulantes a bordo, estavam a pescar mais na zona da rebentação [a cerca de 40 metros do areal] e houve uma onda que os virou”, afirmou Pedro Cervaens Costa.

As operações de socorro envolveram meios da Polícia Marítima, Estação Salva-Vidas da Figueira da Foz, INEM, bombeiros Sapadores e Voluntários e Proteção Civil municipal.»

Foto: Pedro Cruz

Texto: fonte Diário as Beiras

E pronto: o Benfica já está na liderança...


domingo, 4 de fevereiro de 2024

A PSP ameaça fazer um golpe de Estado: boicotar as eleições legislativas

Ana Sá Lopes no Jornal Público

«Havia uma frase habitual no século XX que era “nunca se encontra um polícia quando é preciso”. O problema é que, por estes dias, não se encontra um Presidente da República, um primeiro-ministro e um ministro da Administração Interna.

Neste sábado, enquanto o presidente do sindicato pronunciava a ameaça inadmissível num Estado de direito, os altos responsáveis nacionais deviam estar todos em dia de reflexão por causa das eleições legislativas regionais dos Açores. Devem ter achado que qualquer coisa que dissessem perante esta tentativa de atentado ao Estado de direito por parte do presidente do sindicato da polícia iria influenciar os eleitores do Pico ou de São Jorge a mudar o sentido de voto.»

«... foi um erro político lamentável satisfazer as reivindicações da Polícia Judiciária, deixando a PSP de fora. Aparentemente, nem o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, sabia da decisão de António Costa, tomada apenas em conjunto com a ministra da Justiça.

Era fácil prever que resolver os problemas da PJ e deixar a PSP de lado iria inflamar o barril de pólvora. Por razões que não saberemos, Costa optou por usar os dois pesos e duas medidas. O Presidente da República já defendeu que “as polícias da PSP e GNR devem ter um regime compensatório equiparado ao da PJ”.

Tendo as polícias toda a razão, a carta da plataforma dos sindicatos é inaceitável ao ameaçar que os próximos protestos das forças de segurança poderão estar fora da lei. Ao afirmar que “não tem condições de enquadrar” os futuros protestos e que, doravante, estes “atingirão proporções indesejáveis”, está a dizer que as polícias ameaçam o Estado de direito que juraram defender. Mesmo sendo dia de reflexão para as eleições dos Açores, toda a gente está a perceber qual é a campanha que está a crescer com isto, sabendo-se a infiltração partidária em várias associações policiais.»

Pedro Santana Lopes, presidente da Câmara Municipal, fala ao jornal O JOGO sobre o impacto da "Figueira Champions"

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

A revolta dos agricultores

 
Imagem sacada daqui

A luta dos agricultores pôs o dedo na ferida.
O que está em causa é o modelo económico que existe em Portugal, que o mesmo é dizer, o que tem sido definido pela Comissão Europeia e implementado no nosso País pelo PS e pelo PSD.
O que está em causa, é a forma completamente desregulada como funciona a sociedade em que vivemos, com o esmagamento dos preços pagos à produção e a margem obscena de lucro para as grandes superfícies comerciais.
A paz social está colocada em causa. Os agricultores estão na rua a lutar pela sua sobrevivência. A comunicação social fala na ministra, nas políticas ambientais europeias, nos custo de produção e na “grande distribuição”.
Essa tal de “grande distribuição” tem vários nomes que nos são familiares: Modelo Continente, Pingo Doce, Mercadona, Lidl, InterMarché, Jumbo,E.Leclerc, recheio, etc.

A ministra é incompetente? 
Admito que sim. 
As políticas europeias são hipócritas? 
De certeza absoluta. 
O preço do petróleo é um problema? 
Claro que sim. 
Isto, porém, é a ponta do iceberg. 
A raíz do problema é o "abraço de urso" que asfixia os agricultores provocado pela ganância das grandes superfícies comerciais, as tais "mercearias" de que os executivos municpais anteriores a 2021 tanto gostavam.

Algumas das maiores fortunas de Portugal, foram conseguidas através do negócio de mercearia, que gera alguns milhares de empregos, mas não cria riqueza.
Embora possam ter outros negócios, a maior parte da fortuna veio do negócio de mercearia, que esmaga margens dos industriais, dos agricultores, dos pescadores, etc., que para eles trabalham.
Achavam que era assim, que caminhávamos para algum lado na Figueira?..