domingo, 7 de maio de 2023

Câmara Municipal de Aveiro vai homenagear Pedro Machado

"Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal, vai ser agraciado pela Câmara Municipal de Aveiro com a medalha de mérito, grau prata."

Praia da Costa Nova veio navegar nas águas da Figueira


"A embarcação que “pintava” a Ria de Aveiro de cores vivas e que dava a conhecer a imensidão dos seus canais, desde a Costa Nova até à Torreira, mudou de águas. Muito em breve, a lancha Praia da Costa Nova vai começar a operar na Figuei­ra da Foz, regressando à sua função inicial, a de fazer carreiras. «A lancha vai fazer o transporte regular de passageiros en­tre a cidade da Figueira da Foz e a Gala», avançou Gustavo Barros ao Diário de Aveiro, recordando que a embarcação tem capacidade para cerca de 80 pessoas."

sábado, 6 de maio de 2023

A DECLARAÇÃO DO PR ESMIUÇADA

Vale a pena reler a comunicação de Marcelo Rebelo de Sousa.
Foi uma declaração que não só marca o seu mandato presidencial, como representa um ponto de mudança quase drástica não só na sua forma de relacionamento com António Costa, como inaugura uma nova fase do seu mandato presidencial. 
É uma declaração que vai estar presente, cada vez que tomar qualquer intervenção, até ao fim do seu mandato.
«Marcelo Rebelo de Sousa desmontou o argumento usado pelo governo em torno dos resultados económicos:
“Eles [portugueses] esperam e precisam de mais e melhor”
Pôs em causa a competência e, pior do que isso, a “confiabilidade, credibilidade, respeitabilidade e respeitabilidade do governo”.
“E isso exige capacidade, confiabilidade, credibilidade, respeitabilidade, autoridade.
E a autoridade, para existir, ser confiável, ser credível, ser respeitada, tem de ser responsável.”

Arrasa o ministro das Infraestruturas descredibilizando-o enquanto político e governante:
“Como pode esse Ministro não ser responsável por situações rocambolescas, muito bizarras, inadmissíveis ou deploráveis — as palavras não são minhas ...”
Diz de uma forma clara que que foi feito um pedido de intervenção do SIS, entrando em claro conflito com as declarações feitas a este propósito por António Costa, o que é de ums extrema gravidade política:
“levando a apelar aos serviços mais sensíveis de proteção da segurança nacional, que, aliás, por definição, estão ao serviço do Estado e não de Governos?”
Associa as decisões de Costa ao crescimento da extrema-direita:
“A responsabilidade política e administrativa é essencial para que os Portugueses acreditem naquelas e naqueles que governam.”
Descredibiliza António Costa enquanto primeiro-ministro:
“Mas sobre uma realidade, a meu ver, muitíssimo mais importante — a responsabilidade, a confiabilidade, a credibilidade, a autoridade do Ministro, do Governo e do Estado.”
Não esconde a rotura com António Costa e mesmo a “ofensa” que a sua decisão parece ter significado para si:
“Foi pena. Não por razões pessoais ou de disputa entre cargos que a Constituição distingue muito bem entre si, em termos de peso institucional, absoluto e relativo.”
Aponta de forma clara os domínios em que o governo terá fahado:
“Os preços dos bens alimentares. O funcionamento das escolas. A rapidez na justiça. O preço da aquisição da habitação.”
Não só assume a rotura, como não esconde que se sente enganado em relação ao apoio dado ao governo até aqui:
“Terei de estar ainda mais atento à questão da responsabilidade política e administrativa dos que mandam.
Porque até agora eu julgava que, sobre essa matéria, existia, com mais ou menos distância temporal, acordo no essencial.
Viu-se que não.”

Diz claramente que o que vai fazer nos próximos dois anos será diferente do que tem feito até aqui:
“Para esse efeito importa ir, ao longo destes mais de dois anos, sinalizando, de modo mais intenso, tudo aquilo que possa afastar os Portugueses dos poderes públicos.”
Assume claramente que há um ‘fusível’ que pode estourar e ao usar este termo assue que pode ocorrer um corte de corrente, afasta-se do governo e faz um claro apelo ao povo e à sua sabedoria, isto é à sua capacidade de avaliar e votar em conformidade:
“Para que as duas conclusões retiradas sejam passiveis de concretização, espero poder contar com a sensatez, o sentido de Estado e o patriotismo de todos e, claro está, como sempre, mas sempre com a experiência, a prudência e a sabedoria do Povo português.”
A rotura é óbvia, como é óbvio que só as incertezas das sondagens permitiram a Costa partir para o confronto, da mesma forma que Marcelo nada fará para ajudar a melhorar a imagem do governo, postura que no passo foi uma das principais razões para o sucesso aparente de António Costa.
Esta foi a declaração mais dura e objetiva que ouvimos de um Presidente da República nos últimos 50 anos e face à imagem que o Presidente da República tem junto dos eleitores, não é difícil de adivinhar o impacto que esta mudança e estas declarações terão na imagem do governo, do primeiro-ministro e dos ministros.
Há alguns dias António Costa declarou que se tivesse sabido das declarações do ex-secretário de Estado das Infraestruturas a propósito da viagem de regresso do Presidente da República, aquando da visita a Moçambique, uma declaração extraordinária já que em momento algum António Costa foi lesto a demitir um dos seus, por mais absurda que fossem as circunstâncias.
O problema é que as declarações do então secretário de Estado ainda ressoam na cabeça de António Costa e de todos os dirigentes do PS: "É o nosso maior aliado, mas pode tornar-se no nosso maior pesadelo", isto é, vão comecar as noites mal passadas de António Costa. O secretário de Estado destravado tinha muita razão e isso viu-se no silêncio do PS ou nos disparates dos poucos comentadores ligados ao PS que apareceram ontem na televisão, os que não chegaram a receber a ordem para ficar calados, já que outros anularam os compromissos respeitando diretivas que receberam para se manterem em silêncio.
Compreende-se o silêncio que se fez e certamente teremos um fim-de-semana bem tranquilo do que o último. Um silêncio que será ainda mais ensurdecedor do que a conferência de imprensa desastrada protagonizada pelo ainda ministro das Infraestruturas.»

Depois de 70 anos de espera, Carlos III é hoje coroado Rei

Quase oito meses após a morte de Isabel II, Carlos III, o novo rei da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e dos seus outros reinos e territórios tem 74 anos, sobe hoje ao trono. 
Se fosse português já estaria reformado há sete anos. Se fosse francês nem é bom falar disso... 
Há momentos, acompanhado pela rainha-consorte, o monarca saiu de Clarence House e deslocou-se de carro para o Palácio de Buckingham, para se preparar para a cerimónia da coroação
Não é nada connosco, mas é bom ver gente assim, divertida, à frente da realeza britânica...

Empreitada da segunda fase da requlificação da frente marítima de Buarcos

"Ontem em reunião de câmara, foi aprovada a empreitada da segunda fase da requalificação da frente marítima de Buarcos, que incidirá na via rodoviária, obra essa cujo orçamento ascende aos 200 mil euros." 

Nota: Santana Lopes sublinhou que se não houver garantias de que os trabalhos ficam concluídos antes da época balnear, a obra será iniciada no fim do verão.

«“Ligação” do STOP ao Chega é do tamanho de um camião»

Via Revista Visão

"Desde as primeiras manifestações e protestos deste ano que o novo Sindicato de Todos os Professores (STOP), utiliza um camião TIR com palco móvel e outras estruturas fixas com tela, luz e som pertencentes a uma empresa de Juliana Escaleira e Ricardo Pinheiro, militantes e candidatos do Chega à assembleia municipal de Arruda dos Vinhos em 2021 (ele enquanto efetivo, ela suplente)."

Três anos depois...

OMS declara fim da pandemia da covid-19

António Costa desvaloriza as divergências, elogia repetidamente a sua governação e garante "total convergência" com o Presidente para o futuro....

«Um governo com "pulseira eletrónica" [expressão usada por Miguel Pinto Luz na entrevista DN/TSF], um governo fragilizado? 
"Até na vida estamos a prazo, quanto mais nos governos", respondeu Costa Silva.»

"Quanto custou?" ...

Segundo o Expresso, "líder do PSD não diz"... 

De harmonia com o OBSERVADOR, «Montenegro diz que declarou tudo ao TC e que "não deve nada a ninguém".
O presidente do PSD diz que lei não o obriga a declarar o valor patrimonial, mas apenas a tipologia do imóvel, algo que fez. Destaca que "viveu sempre" do seu trabalho.
Luís Montenegro garante que não escondeu nada ao Tribunal Constitucional (TC) e que “cumpriu sempre todas as suas obrigações declarativas de natureza patrimonial, nos termos previstos na lei”. A reação surge depois de ter sido noticiado que o presidente do PSD omitiu o valor patrimonial de um prédio com seis pisos na declaração entregue ao TC. Montenegro alega que “o formulário não tem nenhum campo para indicação do valor patrimonial” e que declarou a “tipologia e localização, descrição matricial e predial” do imóvel em causa.

A lei (n.º 52/2019) diz, sobre esta matéria, que os titulares de altos cargos políticos e altos cargos públicos têm de declarar a “descrição dos elementos do seu ativo patrimonial, de que sejam titulares ou cotitulares, nomeadamente através de herança indivisa, bem como dos elementos patrimoniais de que seja possuidor, detentor, gestor, comodatário ou arrendatário, por si ou por interposta pessoa coletiva ou singular, existentes no País ou no estrangeiro, ordenados por grandes rubricas, designadamente do património imobiliário.”

O regime do exercício de funções políticas não obriga a que seja especificado o valor patrimonial. Nas centenas de declarações que o Observador consultou nos últimos anos, a esmagadora maioria dos políticos não declara o valor patrimonial, apenas a tipologia, o artigo matricial e a localização. De 19 governantes (18 ministros e o primeiro-ministro), por exemplo, só dois declararam que o valor patrimonial nas declarações de rendimentos. Isto porque têm o entendimento, precisamente, que a lei não obriga.»

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Figueira da Foz resgata para património municipal antiga Casa da Criança


«A Câmara da Figueira da Foz aprovou esta exta-feira a minuta do contrato da passagem da antiga Casa da Criança Infanta D. Maria, que era propriedade do Estado, para o património municipal. 

O 25 de abril e a raíz do mal

Via Estátua de Sal

(Hugo Dionísio, in Facebook, 05/05/2023)

"Abril é passado, tem de ser presente e futuro! As imagens falam mais do que 1000 palavras! Assistir à performance do partido do ódio e da raiva no parlamento, no dia de Abril, para quem quiser vê-lo, constituiu um momento de rara revelação da verdade.

Tal como um bando de hienas famintas, coordenadas por uma qualquer inteligência artificial, tratou-se de um espectáculo deplorável, assistir, no nosso país, ao desfilar de sessões televisivas, parlamentares e radiofónicas de bullying– na senda do que se faz nos EUA – contra Lula da Silva, sempre, mas sempre, com os insuspeitos do costume à cabeça. O que se fez aqui com Lula da Silva, com partidos como o que mais lutou e conhece a fera fascista, com os generais, jornalistas e figuras públicas que, contra uma corrente fortíssima e esmagadora, têm a coragem de dizer o que pensam, é uma amostra bem real de que o mundo em que vivemos mudou, e mudou para bem pior.

Foi sempre, sempre, a extrema-direita e os seus interesses de classe quem traçou o caminho da guerra…. É fundamental que a experiência histórica nos ensine a reconhecê-la quando está na frente dos nossos olhos! Seja qual a forma, costumes e discurso que assume em cada uma das suas reaparições.

O fascismo não surge de repente, nem por decreto, eles está sempre cá e vai-se instalando. Quando o fizer, veremos quem ficará para contra ele lutar, desta feita… Para já, são os mesmos de sempre! Depois venham cá dar lições de democracia! O 25 de Abril é a lição que basta e revelou-nos, uma vez mais, o seu sentido!"

𝗖𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝘁𝗼-𝗣𝗿𝗼𝗴𝗿𝗮𝗺𝗮 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗮 𝗿𝗲𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗼 𝗪𝗥𝗖 𝗩𝗼𝗱𝗮𝗳𝗼𝗻𝗲 𝗥𝗮𝗹𝗹𝘆 𝗱𝗲 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹 𝟮𝟬𝟮𝟯 foi 𝗮𝘀𝘀𝗶𝗻𝗮𝗱𝗼 esta manhã na Casa do Paço

 Via Município da Figueira da Foz

"Decorreu esta manhã, na Casa do Paço, a cerimónia de assinatura do Contrato-Programa com o Automóvel Clube de Portugal (ACP), os Municípios da Figueira da Foz, Arganil, Coimbra, Góis, Lousã e Mortágua, e a Turismo Centro de Portugal (TCP), que estabelece os termos necessários à realização do WRC Vodafone Rally de Portugal 2023, na Região Centro."

António Augusto Menano, vai ser homenageado por “amigos e leitores dos livros e apreciadores da pintura”...

 Via Diário as Beiras

"A exposição de pintura reúne 40 telas. Por seu lado, o novo livro, editado com a chancela da Minerva Coimbra, tem como título “É proibido acampar nas cavernas”, que também será apresentado na Figueira da Foz, após o lançamento em Condeixa-a-Nova."

A Figueira precisa de mudanças? Precisa...

No OUTRA MARGEM ando há mais de 17 anos a procurar "descascar" os verdadeiros problemas que afectam a Figueira e os figueirenses.
Fi-lo sempre de forma desinteressada, desapaixonada e descomprometida.
Critiquei o que havia, a meu ver, a criticar no modo e no tempo oportuno.
As pessoas dos presidentes, dos vereadores, dos deputados municipais, dos presidentes das juntas e das assembleias de freguesia, nunca me interessaram para nada.

A Figueira em Setembro de 2021 era um caos. O poder já estava instalado há 12 anos e as mordomias eram muitas para alguns.
Entrou Santana na corrida autárquica e facilmente se percebeu que Santana, só ele, tinha condições para provocar a mudança.
Como sabe quem me lê há muitos anos, Santana Lopes nunca foi um político particularmente apreciado por mim, nem mesmo enquanto autarca. 
Dito isto: o facto é que Santana é, neste momento, fruto da sua vitória em Setembro de 2021, o Presidente de Câmara do meu concelho. O que, para quem tiver um mínimo de memória, não deixa de ter significado e importância. 

Vinte anos depois, apesar "do lavar de roupa suja", que aconteceu nas autárquicas de Setembro de 2021, "que mais pareceu uma guerra", Santana Lopes, voltou a ganhar na Figueira da Foz, agora como independente.

Na altura, conseguir apear dos Paços do Município uma maioria absoluta robusta  comodamente sentada em 12 anos de poder, com tudo o que isso tem de decisivo em actos eleitorais a nível local, foi obra.
Não sou hipócrita, portanto, é fácil de advinhar que fiquei agradado com a mudança de actores políticos ocorrida na Figueira em Setembro de 2021. Isto arejou, respirou-se melhor e a cidade ficou mais "solta"

Como é expectável, há os que não concordam comigo. Por isso, passei a ser um alvo. Nunca me preocupei. Essa, foi sempre um das minhas caraterísticas: embora esteja sempre disponível para ouvir os outros, o que faço com a minha vida, sou eu que decido. 
E, as verdadeiras razões das minhas decisões, tal como as coisas verdadeiramente importantes para mim, não são para expôr no facebook. 
Há uma coisa que prezo sobremaneira que se chama privacicidade

Posto isto, todos sabemos que a Figueira atravessa circunstâncias difíceis e extraordinárias, não pelo facto de ter o Presidente de Câmara que agora tem, mas derivadas de anos e anos de gestão deficiente que adiou e ignorou os problemas. Santana, nesta sua segunda passagem pela autarquia figueirense deve ter encontrado muito "lixo debaixo do tapete"

Tal como me apercebi, em Setembro de 2021, que Santana era o único dos candidatos que tinha possibilidades de vencer, não o PS Figueira, mas a facção que estava no Poder, espero que Santana não desperdice a oportunidade de demonstrar, a mim e a muitos outros, que durante alguns anos estivemos enganado e que, efectivamente, tem as qualidades que se exigem a um Presidente de Câmara da Figueira da Foz - fibra, estaleca, visão, "mundo", responsabilidade e competência para dar a volta a isto.

A Figueira há muito que precisa de mudança, mas mudança a sério, estrutural e de planeamento. Contudo, as mudanças, as grandes mudanças, não se fazem a um ano, a dois, ou mesmo em quatro, que é o tempo de duração de um mandato: levam muito mais tempo. 
Exigem cinco, oito anos, senão mesmo a uma década E, forçosamente, mais do que um mandato. 
E, a acontecerem, serão mudanças necessariamente dolorosas, porque interferirão com muitos, dado o peso que a autarquia tem na sociedade figueirense.
Presumo que Santana Lopes quando "regressou a um sítio onde já tinha sido feliz", sabia no que se estava a meter...

"Esta rotura entre o Presidente da República e o governo é saudável para a democracia e ao fim de anos no desempenho no cargo pela primeira vez vimos que Marcelo, afinal, é mesmo Presidente da República, já que até aqui parece ter sido uma espécie de ajudante de campo de António Costa"...

Não saibam ler nas entre-linhas e depois digam que o presunto tem ranço...

"Este tweet do líder da agremiação de mal-formados e mal-educados, que agora descansa o rabo onde antes estavam sentados os doutores do CDS, é todo um programa político. Como se o Brasil não fosse um Estado de direito, como se no Brasil não houvesse separação de poderes, como se no Brasil o poder judicial andasse a toque de caixa do poder político. Exactamente o que aconteceria em Portugal caso este inteligente, doutor inteligente, um dia chegasse ao Governo, por modo próprio ou com a ajuda da casa-mãe, o PSD, quem se "portasse mal" ou ousasse afrontar o caudilho levava como retaliação, tal e qual já acontece na Hungria, na Polónia, e que um aprendiz de ditador ensaia agora na SérviaDepois não digam que foram apanhados desprevenidos.

Daqui

Para já "a escolha foi pela estabilidade"...

Poucos minutos depois do Presidente da República ter falado na televisão, escrevi isto na minha página do facebook. 

Para já, houve um puxão de orelhas. Com alguma energia, mas não passou de um puxão de orelhas.Ficou tudo mais fragilizado: presidente e primeiro-ministro. O galamba já não existe... As eleições antecipadas seguem um dia destes... Não sei quando, mas tenho um feeling que vão acontecer...

 As primeiras páginas dos jornais de hoje dizem mais ou menos o mesmo.

Via Delito de Opinião, ficam "excertos do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa ontem à noite, no Palácio de Belém. O discurso mais duro que recordo de um Chefe do Estado em Portugal desde Novembro de 2004, quando Jorge Sampaio anunciou a dissolução da Assembleia da República, pondo fim ao executivo de Santana Lopes."

«A autoridade, para existir, tem de ser responsável. Onde não há responsabilidade, na política como na administração, não há autoridade, respeito, confiança, credibilidade.»

«Como pode um ministro não ser responsável por um colaborador que escolhera manter na sua equipa mais próxima, no seu gabinete, a acompanhar - ainda que para efeitos de informação - um dossiê tão sensível como o da TAP, onde os portugueses já meteram milhões de euros, e merecer tanta confiança que podia assistir a reuniões privadas preparando outras reuniões, essas públicas, na Assembleia da República?» 

«Como pode esse ministro não ser responsável por "situações rocambolescas, muito bizarras, inadmissíveis ou deploráveis" (as palavras não são minhas) suscitadas por esse colaborador, levando a apelar aos serviços mais sensíveis da protecção da segurança nacional, que aliás, por definição, estão ao serviço do Estado e não de governos?» 

«Como pode esse ministro não ser responsável pelo argumentário público sobre aquilo que afirmara o seu subordinado revelando pormenores do funcionamento interno e incluindo referências a outros membros do Governo?» 

«A responsabilidade política e administrativa é essencial para que os portugueses acreditem naquelas e naqueles que governam. Não se resolve apenas pedindo desculpa pelo sucedido. A responsabilidade é mais do que pedir desculpa, virar a página e esquecer: é pagar por aquilo que se faz ou se deixou de fazer.» 

«Foi por tudo isto que entendi que o ministro das Infraestruturas devia ter sido exonerado. E que ocorreu uma divergência de fundo com o primeiro-ministro. Não sobre a pessoa, as suas qualidades pessoais, até o seu desempenho, mas sobre uma realidade muitíssimo mais importante: a responsabilidade, a confiabilidade, a credibilidade, a autoridade do ministro, do Governo e do Estado.» 

«A responsabilidade dos governantes não foi assumida, como devia ter sido, com a exoneração do ministro das Infraestruturas.»