terça-feira, 22 de novembro de 2022

"Outros tempos", ou outros interesses?

"Em 1980, o Governo português liderado por Francisco Sá Carneiro - em linha com a decisão assumida por Jimmy Carter, presidente dos EUA, e outros aliados ocidentais - anunciou que retiraria qualquer apoio à participação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Moscovo. Em protesto contra a invasão do Afeganistão por tropas soviéticas a mando do ditador comunista Leonid Brejnev, ocorrida meses antes.

Sem ambiguidades de qualquer espécie. Eram outros tempos."

Pedro Correia, via Delito de Opinião


Nota de rodapé

Recorde-se, via Diário de Notícias.

"Portugal, apesar dos apelos ao boicote do próprio Sá Carneiro, apresentou-se em Moscovo para competir, embora com uma delegação pequeníssima.

Na comitiva portuguesa presente nos Jogos Olímpicos de Moscovo, apenas onze atletas. As grandes esperanças olímpicas ficaram em território nacional, ainda que por motivos muito diferentes. Fernando Mamede, embora em pleno de forma, anunciou que ia aderir ao boicote, pela causa afegã, pelo apelo de Sá Carneiro e por temer consequências se fosse. Já Carlos Lopes, mesmo que quisesse ir a Moscovo, não podia por estar lesionado. Na natação, em que morava também a esperança de medalhas, outra ausência de vulto: Alexandre Yokochi, que no mesmo ano tinha conquistado uma medalha de prata no campeonato da Europa, ficou em Portugal, de bruços no sofá.

Nas Olimpíadas de Moscovo acabariam por participar apenas 80 países."

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

"Pela primeira vez na história do ciclismo nacional será realizada em Portugal uma clássica de nível mundial"

 Via Diário as Beiras

Esta nossa barra: mais um alerta

Via Diário as Beiras
"O armador figueirense António Lé afirmou ao DIÁRIO AS BEIRAS que “qualquer embarcação que, numa situação de intempérie, entre no porto sujeita-se a consequências gravosas, independentemente do calado da embarcação”
A draga já se encontra no porto, desde o início da semana passada, mas, tendo em consideração as fortes ondulações que se fazem sentir há duas semanas, que deverão continuar na próxima semana, não deverá poder laborar nos próximos dias. As dragagens preventivas, saliente-se, registam vários meses de atraso. 

Falta de dragagens preventivas 
Uma das suas embarcações captou, “ocasionalmente”, uma imagem do fundo do mar que “constata que a barra tem um cabeço e [apenas] 1,7 metros de água”
António Lé alertou que “é quase um ato criminoso, por parte de quem sabe que aquilo ali está, que se permita que as embarcações corram o risco de se fazerem ao porto naquelas condições”. Tudo, afiançou, devido à acumulação de areias. “O desassoreamento já devia ter sido feito e tem de ser feito o mais rápido possível”, defendeu. 
“Há já muitos anos que se anda a dizer, a Agência Portuguesa do Ambiente, o Ministério das Infraestruturas e a administração portuária, que tem se de fazer sempre uma dragagem de prevenção, no final de agosto. O que é certo é que, há seis ou sete anos, diz-se que não há condições. Há sempre uma desculpa, e a culpa morre sempre solteira”, afirmou António Lé. 
O armador afiançou ainda que, “por muito que a população venha alertar, continuam a acontecer as mesmas coisas”. Entretanto, receia que aconteça mais um acidente para serem tomadas medidas. Desde o prolongamento do molhe norte, há 11 anos, morreram cerca de uma dezena e meia de pessoas na zona da barra ou junto à costa, a maioria pescadores. Se algo de grave acontecer, advogou, os responsáveis institucionais “devem ser responsabilizados”

Barra condicionada pode voltar a fechar 
Devido à agitação marítima, a barra da Figueira da Foz continua condicionada, sendo apenas permitida a entrada e saída de embarcações com mais de 35 metros de comprimento. Na passada quarta-feira, esteve fechada, decisão que, avançou o comandante da capitania, Cervaens Costa, ao DIÁRIO AS BEIRAS, poderá ter de voltar a ser tomar na quarta-feira ou na quinta-feira próximas, já que as previsões apontam para um agravamento da ondulação."

Walter Chicharro assume avançar para liderar Turismo do Centro

"Presidente da Câmara da Nazaré destaca os resultados alcançados no seu concelho e admite que tem reunidas as condições para ser candidato, no próximo ano, à presidência da Turismo Centro de Portugal, entidade que está sediada na cidade de Aveiro."

«CORES DA TERRA E DO MAR», UMA EXPOSIÇÃO DE PINTURAS A ÓLEO

Manuel Cintrão inaugurou no passado, Sábado, dia 19 de Novembro, pelas 15 horas, no Gimnodesportivo da ACRDM – Associação Cultural Recreativa e Desportiva Marinhense, sito na rua Tenente Argel de Melo, mesmo ao lado do Centro de Saúde de Marinha das Ondas (Antigo Edifício Escolar).
Está patente ao público até 27 de Novembro (Domingo) de 2022, no seguinte horário.

Segunda-feira às Sextas-Feiras - 15 às 20 horas
Sábados - 15 às 20 horas
Domingo - 10 às 13 horas e das 14 às 20 horas
ENTRADA E PARQUEAMENTO GRATUITO

100 anos de Farol do Cabo Mondego

 Via Município da Figueira da Foz

"100 anos de vida de um Farol erguido no Parque Florestal da Serra da Boa Viagem, classificado, desde 2004, como imóvel de interesse municipal, e que de forma ininterrupta assume a sua missão de acompanhamento e pensamento naqueles que diariamente se aventuram a percorrer a escuridão marítima, quantas vezes, tormentosa.
Pelas 21h30, realizou-se um concerto pela Banda da Armada portuguesa, no Centro de Artes e Espectáculos."

domingo, 20 de novembro de 2022

Vernáculo profundo

Imagem sacada daqui

... pode ser do Bocage. Ou, quiçá, não.

Oh minhas ricas meninas, que esta varanda frequentais,
deixai meter aquilo com que mijo, naquilo com que mijais...

Nota de rodapé.
Agradeço que façam toda a devassa possível e impossível na internet, para tentar descobrir se o que está a negrito é plagiado, pois eu não consegui descobrir a origem.
Digam alguma coisa, para meter as devidas aspas e citar a fonte.
Desde já obrigadinho.

Vão jogar onde tanta gente morreu

Quando tudo foi escrito e bem escrito, não existe nada para acrescentar.
Citemos, pois, Pedro Correia.

"1. Hoje começa o 22.º Campeonato do Mundo de Futebol. Aquele que é, de longe, o mais caro de sempre - num mundo devastado por guerras várias, inflação galopante e uma crise energética e alimentar sem precedentes neste século.

Tendo como país anfitrião o Catar, monarquia do Golfo Pérsico onde são violados elementares direitos humanos.

 

2. Os sete estádios construídos de propósito para o certame nasceram em condições tão indignas que, segundo revelou o diário britânico The Guardian, terão causado cerca de 6500 mortos entre 2010 e 2020.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, só em 2020 foram ali registados 50 mortos e 506 feridos graves, todos imigrantes de países pobres: Índia, Nepal, Sri Lanca, Bangladeche e Paquistão. Vítimas de condições laborais inaceitáveis em qualquer parcela do mundo civilizado, trabalhando entre 14 e 18 horas diárias sem folgas, com temperaturas superiores a 40 graus, sujeitos a alimentação e alojamento inadequados, vendo os seus documentos de identificação confiscados por empreiteiros subcontratados, impossibilitados de procurarem tarefas alternativas, num cenário equivalente à escravatura.

 

3. Também os valores ambientais estão em causa. Porque a pegada ecológica destes 28 dias de campeonato no Golfo Pérsico é alarmante. Com emissões de dióxido de carbono que poderão duplicar as do Mundial do Brasil, há oito anos. Na climatização dos recintos desportivos e nos 160 voos diários das mais diversas partes do globo para o pequeno emirado, com superfície inferior à do Alentejo e que não reúne condições hoteleiras para alojar tantos visitantes, tendo de recorrer para o efeito a países vizinhos.

Tristemente irónico, quando a Cimeira do Clima da ONU, no Egipto, faz apelos insistentes à «neutralidade carbónica».

 

4. Questiono-me como os futebolistas encararão este Mundial. Os políticos de todas as tendências, já sei: irão lá em excursão, para se exibirem num palco com transmissão global, indiferentes aos alertas de organizações como a Amnistia Internacional e o Observatório dos Direitos Humanos

Vou acompanhar? O menos possível, confesso. Não deixando de ver, em directo ou em diferido, os três jogos da selecção portuguesa - contra o Gana (24 de Novembro), o Uruguai (28 de Novembro) e a Coreia do Sul (2 de Dezembro). 

Mas sempre com a noção clara de que nada disto devia realizar-se ali."

Bicentenário da morte de Manuel Fernandes Thomaz foi evocado na Figueira da Foz, sua terra natal

Via Município da Figueira da Foz
"Após a deposição de flores pelas diferentes representações, junto ao monumento tumular, na Praça 8 de Maio, o Auditório Municipal deu início à celebração da vida, da obra e do legado de Manuel Fernandes Thomaz com um solene minuto de silêncio, seguido de um conjunto de diversas intervenções (Ana Cristina Araújo- Professora de História na Universidade de Coimbra; José Luís Cardoso- Presidente da Academia de Ciências de Lisboa; Nuno Fernandes Thomaz- Familiar do homenageado; António Vilhena, em sua representação- Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano- Maçonaria Portuguesa; Rui Miguel Cruz- Presidente da Associação Cívica e Cultural 24 de Agosto; Fernando Lopes Cardoso- Presidente da Associação Manuel Fernandes Thomaz e Pedro Santana Lopes- Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz) que, à sua distinta maneira, colocaram em destaque a genialidade de um homem que viveu à frente do seu tempo, lutando de forma aguerrida e justa por ideais, princípios e valores, durante o período crucial do vintismo, e que o tornaram e perpetuam na História do País, como figura cimeira no panorama do “desenrolar do movimento de regeneração política e que fizeram da revolução de 1820 momento decisivo da construção da monarquia constitucional portuguesa”. 
A sua notoriedade, educação, humildade são fonte intemporal de inspiração pelo que Pedro Santana Lopes referiu que, já a partir do próximo ano, "as crianças e os jovens das várias instituições de ensino do concelho vão ter um efetivo conhecimento do figueirense Manuel Fernandes Thomaz enquanto figura inestimável da História de Portugal, através de um programa que já está a ser preparado pelo Serviço Educativo da Câmara Municipal, colocando em destaque os valores pelos quais estoicamente lutou e que hoje, na confusão diária em que vivemos, são muitas vezes esquecidos: liberdade, honestidade e humildade'.
A cerimónia religiosa na Igreja da Ordem Terceira marcou o fim das solenidades em torno do bicentenário da morte de Manuel Fernandes Thomaz, numa evocação ao local onde há 200 anos tiveram lugar as exéquias fúnebres do benemérito cidadão figueirense."

sábado, 19 de novembro de 2022

"A mais antiga universidade portuguesa vai ter actividade lectiva na Figueira"

 Imagem via Diário as Beiras

Manuel Fernandes Thomaz morreu há 200 anos

 Na Figueira, os génios são todos póstumos.

É biografia recorrente aquela que acaba por concluir que, em vida, a excelsa pessoa nunca foi compreendida ou admirada.
Foi preciso morrer na miséria e na amargura para postumamente lhe reconhecerem o devido valor.
FOI O O QUE ACONTECEU A MANUEL FERNANDES THOMAZ, PATRIARCA DA LIBERDADE.
A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra, apesar deste executivo camarário de maioria absoluta PS, aberta e disponível para a democracia.
Hoje, é dia para recordar Manuel Fernandes Thomaz, "O Patriarca da Liberdade".

Imagem via Diário as Beiras

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Milagres

Crónica publicada na Revista Óbvia no mês de Outubro

O milagre de Joaquim Namorado

"Onde o santo punha o pé nasciam rosas.

 ... e o povo lamentava

que não fizesse o mesmo com as batatas."

O milagre da sobrevivência dos reformados em 2023

Para viver em Portugal e na Figueira sempre foi necessário um enorme sentido de humor.

Entretanto, vamos andando ensarilhados em dívidas, públicas e privadas, sem se  vislumbrar como vamos sair da situação de escravos endividados, soterrados vivos por politicas e políticos incompetentes ao longo de dezenas de anos.

Sabemos que isto não vai acabar tudo bem, mas dá jeito acreditar que está a correr mais ou menos...

"Com uma inflação galopante, que o governo estima em 7,4% este ano, embora o Conselho das Finanças Públicas aponte para 7,8%, os pensionistas com prestações de 650 euros brutos vão ter de viver com apenas mais 5,58 euros nos bolsos todos os meses, segundo os cálculos do Dinheiro Vivo com base nas simulações da Ernest & Young (E&Y) para 2023. Significa que cerca de 1,6 milhões de reformados, ou seja, mais de metade dos que irão beneficiar de uma atualização entre 4,43% e 3,53% em 2023, terão um acréscimo líquido mensal de 0,8%. Mais 5,58 euros, portanto."

Como diria a minha avó, "andam a comer-nos as papas na cabeça". Detesto ser tratado como um tolo. Foi como este governo com aquela rábula do adiantamento fez. 

Para já, além de estar tudo cada vez mais caro, o pessoal ter cada vez menos dinheiro disponível, os contextos europeus e mundiais estarem cada vez mais perigosos e  ameaçadores, a  ansiedade vai dar mais lucros às farmacêuticas e às clinicas da psique, e os  livros de tangas de auto ajuda vão subir as tiragens!

Preparem-se para o devir. Em 2023 vamos ter mais do mesmo. Ou pior... 

Para acabar com a politiquice, num assunto tão sério, será preciso acontecer um milagre?

Não sei como é com você, mas a  mim vai-me safando a essência.

E a minha essência esteve, está e estará sempre no mar... 

O mar tranquiliza-me. Como gente do mar que sou, caminhar em direcção a ele, é uma atitude intrínseca. Quase tudo se descortina ao olhá-lo. É um saber de experiências feito, que me foi transmitido pelos mais velhos.

Gosto da orla marítima, sobretudo fora da chamada “época alta”.

Para quem não “vive” o mar, as imagens parecem sempre iguais.

Contudo, garanto que não! Para quem o conhece bem, o mar é sempre diferente. E, também, sempre imprevisível!

Santana Lopes, acusou no final da reunião camarária realizada no passado dia 12 «a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) de estar a gozar com a Figueira, ao protelar no tempo intervenções de transposição de areias na zona costeira do concelho: depois do que foi dito [pela APA], tomar uma decisão dessas é gozar com a cara dos figueirenses». Segundo Santana Lopes, «a APA não tem intenção de executar antes de 2025 a transferência de 3,2 milhões de metros cúbicos de areia para sul da Cova Gala, que estava prevista para 2023.»

O efeito não se fez esperar. Horas depois, ainda nesse mesmo dia 12 de outubro de 2022, o vice-presidente da APA, Pimenta Machado, deslocou-se à Figueira da Foz para se reunir com o autarca.

Fonte da autarquia avançou ao DIÁRIO AS BEIRAS que, afinal, aquilo que a APA havia protelado para 2025 será realizado em 2024. 

Por mim, limito-me a lembrar o que ando dizer há vários anos sobre este assunto: dado que o que está em causa e em risco, é a segurança de pessoas e bens, apenas  quero alertar que o momento não está para politiquices. A erosão costeira a sul da barra do Mondego é um assunto muito sério. E o inverno está à porta.

Concedam ao rejeitado o milagre de descansar em paz

Em Abril de 2019, quando o falecido João Ataíde deixou a Figueira, para o seu lugar, avançou Carlos Monteiro. 

Politicamente, Carlos Monteiro antes de 2009, de 2001 a 2005, foi membro da Assembleia de Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz.  E, de 2005 a 2009, tinha sido membro da Assembleia Municipal da Figueira da Foz. Depois foi vereador do executivo presidido por João Ataíde.

Com a ascensão de Carlos Monteiro a presidente, o provincianismo figueirinhas delirou com a ideia de ser um dos seus a limpar o que foi feito por quem realmente mandou na Figueira, entre outubro de 2009 e abril de 2019.

O resultado de pôr quem não serviu para a freguesia de S. Julião a presidir um concelho viu-se na Figueira nos dois anos que se seguiram.

Com a ida de Ataíde para Lisboa, Monteiro teve o seu momento de deslumbramento. Foi um daqueles momentos raros, um golpe de sorte (se bem me lembro, até houve foguetes...) que acontecem por vezes às pessoas e também aos políticos. Daqueles momentos que fazem tudo ganhar objectivo e sentido - toda a espera, toda a paciência, os sapos engolidos e todo o trabalho, finalmente,  a valerem a pena. 

Contudo, acabou por ser o seu maior momento de azar. Faltou uma coisa: quando foi a votos, mais uma vez, Monteiro não foi validado pelos votantes do concelho. 

O verdadeiro objectivo do medíocre percurso político de Monteiro - ser aceite por uma sociedade figueirense que sempre o rejeitou - não foi alcançado. 

A derradeira meta era vencer essa rejeição. Não o conseguiu.

Que continue o milagre de continuar a haver lugar para o sonho

Escrever é ficar. Se continuo a  escrever, é porque ainda não fui. Ainda aqui estou. 

Já me disseram, olhos nos olhos: "o meu trabalho de sonho era fazer o que você faz".

Os melhores projectos de todos são aqueles que nos põem a pensar e a mexer. Os únicos projectos que vale a pena prosseguir, são os que não nos deixam dormir. 

É o caso do único projecto que sempre tive e continuo a ter: a minha vida, apesar de já terem passado mais de 68 anos.

Basta tão pouco e é tão tanto.

Não sei se me assusto, se me espanto, se me regozijo, se sonho: alguns de vocês conseguem  saber de mim o que eu ainda estou a tentar descobrir. 

Obrigada por me lerem. 

Tal como Martin Luther King "não tenho um plano: tenho um sonho."

Que continua. 

"Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas, sonho que se sonha junto, é realidade."

Nasceu há 128 anos: José da Silva Ribeiro, um Homem que dedicou a vida a cultivar o Povo


José da Silva Ribeiro, um Homem do Teatro e do Jornalismo, que quis fazer sempre mais e melhor pela Cultura da sua Terra

Homem de Cultura, repartiu a vida entre o Jornalismo e o Teatro, actividade em se notabilizou. O seu nome confunde-se com a Sociedade de Instrução Tavaredense, fundada tinha ele 10 anos. Começou logo aí a sua ligação com a Arte de Talma. 
Não a praticou noutro sítio: “Eu sou apenas Tavarede e mais nada”.

Nota de rodapé.

Há momentos que valem uma vida..
Recordo o episódio do meu único encontro com José da Silva Ribeiro.
Corria o ano de 1975 e eu, então, um jovem, era um dos componentes do GAU (Grupo de Acção Unida), um grupo de jovens da Cova-Gala ligado à Igreja católica.
Tínhamos várias actividades, entre elas o Teatro.
Por essa altura, encenada pelo Senhor Ferreira, estávamos em ensaios para levar à cena “As Duas Causas”, do Ramada Curto. Tínhamos imensas dificuldades. Entre elas, estávamos com dificuldades em arranjar o guarda roupa. Foi então que resolvemos ir falar com o Mestre José Ribeiro, ao SIT, a Tavarede. E, na delegação do GAU, lá fui. 
Fomos recebidos com toda a deferência. Nunca mais esqueci aquela noite única e especial.
Para além do guarda roupa, que facilmente nos foi cedido a título de empréstimo, trouxe uma injecção de entusiasmo, que me tem ajudado a encarar a vida e as suas vicissitudes. Obtive, também, de forma completamente espontânea e informal uma lição de Teatro, gosto esse que, se é verdade, já existia, me foi refinado naquela noite pelos ensinamentos e incentivo do Mestre, detentor de uma sensibilidade e de um entusiasmo, a que juntava o prazer de transmitir o gosto pela sua paixão de sempre, sem nos dar a entender que nos estava a dar uma lição.
Aquela lição, naquela noite única e irrepetível na minha vida, ficou para sempre gravada na memória de um jovem incipiente, mas aberto ao conhecimento. A minha gratidão para com o Mestre José da Silva Ribeiro não é possível de traduzir em palavras, por mais autênticas, sentidas e genuínas que elas sejam.
José Ribeiro, na única vez em com ele falei, marcou-me profundamente. Vi logo que estava perante um Homem de grande envergadura cultural, cívica e política, que se preocupava com a transmissão do saber e da cultura ao povo.
Foi, aliás, isso mesmo, a sua preocupação com a instrução do povo, que o fez ser uma vítima, mais uma, do ditador Salazar.
Portugal não se tornou um País inteiramente livre em 25 de abril de 1974.
Falar de respeito, é uma coisa, mas o que existia nesses tempos da ditadura não era respeito, era medo. Medo da prisão, medo da tortura, medo do vizinho, medo da PIDE.
Essa mesma PIDE que prendeu José da Silva Ribeiro, um Homem que gostava apenas que o seu Povo fosse Livre, isto é, tivesse cultura e instrução.

Um simpático convite que me apraz deixar registado...

 Via Diário as Beiras

Nota de rodapé

Na Figueira os "habituais publicitários de estimação" costumam ser manifestamente exagerados!..
Como ainda ninguém conhece o prefácio, nem a obra, penso ser, no mínimo, precipitado, além de deselegante, avançar já para o posfácio...

A foto do dia de ontem tem uma mensagem clara

Além de "orgulho", traduz trabalho realizado com pensamentos positivos, compostura, responsabilidade e sentido de estado.

Festival do Bacalhau encerra a temporada 2022 de festivais gastronómicos

 Via Diário as Beiras

Vai assistir ao Portugal-Gana, que se realiza em 24 de novembro.

O Presidente da República falou após a vitória de Portugal sobre a Nigéria, por 4-0, no último particular antes da partida para o Qatar.

“O Qatar não respeita os direitos humanos. Toda a construção dos estádios e tal..., mas, enfim, esqueçamos isto. É criticável, mas concentremo-nos na equipa. Começámos muito bem e terminámos em cheio”.
Marcelo Rebelo de Sousa, ontem na zona de entrevistas rápidas no Estádio José Alvalade.