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Enquanto, Lula da Silva, Presidente eleito, marca reuniões com cúpulas de Câmara e Senado e sonda economistas para o governo, manifestantes aproveitaram o feriado para pedir intervenção militar, o que é inconstitucional, com direito a saudação nazi.
A apologia do nazismo, um crime previsto pela lei brasileira, pode ser punida com uma pena de prisão de dois a cinco anos, ao abrigo da Lei 7.716/1989 sobre “crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
A Confederação Israelita do Brasil condenou, em comunicado, os actos dos manifestantes no município de São Miguel do Oeste, descrevendo-os como “repugnantes” e defendendo que “a sociedade brasileira não pode tolerar posturas como essa”.
O organismo que representa a comunidade judaica brasileira afirmou que o incidente tem de ser investigado e condenado “com veemência pelas autoridades e pela sociedade como um todo”.
“O nazismo prega e pratica a morte e a destruição. A sociedade brasileira não pode tolerar posturas como essa”.
O Ministério Público de Santa Catarina já abriu uma investigação à saudação nazi em manifestação de apoio a Bolsonaro. O incidente ocorreu ontem, durante um protesto em frente à base do Exército de São Miguel do Oeste, no estado de Santa Catarina.
Nas autoestradas, entretanto, os bloqueios diminuíram.
Os Bolsonaristas contrários ao resultado da eleição presidencial realizaram actos em frente a bases do Exército na quarta-feira (2), em pelo menos 24 estados e o Distrito Federal.
Às portas de quartéis, em grandes cidades do Brasil, manifestantes proclamam que autorizam o Presidente cessante, Jair Bolsonaro, a convocar as Forças Armadas para se manter no poder.
Entretanto, Lula e Congresso já preparam 2023.