domingo, 31 de outubro de 2021

Como gosto de dialogar com pessoas informadas, recomendo esta leitura (2):

LEIS LABORAIS E SOCIALISTAS

"... os trabalhadores espanhóis debatem-se com um problema semelhante ao dos portugueses em matéria de leis laborais. Ambos os governos são socialistas, o espanhol com o apoio formal (coligação) de Unidas Podemos e o português até à última semana com o apoio informal e pontual da esquerda. As centrais sindicais de ambos os países apoiadas pelos partidos de esquerda exigem em ambos os países a revogação das leis laborais impostas pela Troika. 
Em Portugal, foi o que se viu: o governo socialista de António Costa preferiu cair a ceder nesta matéria. 
Em Espanha, o assunto estava desde há muito sendo discutido com patrões e sindicatos sob a arbitragem do governo a cargo da vice-primeira ministra Yolanda Diaz (UP), partidária inequívoca da revogação das ditas leis. Pressionado pela UE, Sanchez nomeou a vice-primeira ministra Calvino (PSOE) para participar igualmente nas negociações e neutralizar Diaz. Embora os votos de Unidas Podemos sejam indispensáveis para aprovar o orçamento não é crível que esta questão acabe por ser determinante para a sua permanência no Governo e a continuidade deste. 
Sanchez é que não perdeu tempo, já fez saber a Bruxelas que neutralizou Diaz e as suas exigências,querendo ser recompensado com mais fundos pelos "serviços prestados" (quem duvidar, ver jornais espanhóis). 
O que se passou em Portugal só não percebe quem não quer perceber. Costa, ansioso por começar a receber o dinheiro da Bazuca, com o qual conta perpetuar-se no poder por tempo indeterminado, também esperará que Bruxelas o recompense por ter "neutralizado" a esquerda mesmo com sacrifício do seu próprio Governo. Governo, como é óbvio, que ele pensa reconstituir, fortalecido, dentro de três meses. 
Socialistas todos iguais, todos ao serviço do neoliberalismo com assistencialismo.
E depois venham dizer que é a esquerda que se junta à direita. A direita votou contra Costa não porque discorde dele nas questões essenciais, mas porque o quer substituir. E o PS deixou cair o Governo para servir a direita e garantir a essa mesma direita que pode contar com ele em tudo que é importante."

"Santana Lopes diz que é precipitado o País ir a eleições"

Casa do Benfica foi inaugurada na Figueira

"Rui Costa, Domingos Almeida Lima (presidente e vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica), participaram hoje na inauguração oficial das novas instalações da Casa do Benfica da Figueira da Foz. A comitiva encarnada incluiu ainda algumas referências benfiquistas e a que se juntou a «Águia Vitória»."

Via Figueira na Hora

CDS-PP...

Vejam o vídeo, clicando aqui
António Pires de Lima anunciou, este sábado à noite, que vai deixar "a partir de amanhã" de ser militante do CDS-PP.
O partido bateu no fundo", disse em entrevista à "SIC Notícias". O ex-ministro da Economia é mais uma baixa no partido, depois do anúncio de saída, no mesmo dia, de nomes como Adolfo Mesquita Nunes, Manuel Castelo-Branco, Inês Teotónio Pereira e João Maria Condeixa.
"Digo isto com a maior das tristezas, para mim, é o fim da linha. A partir de amanhã [domingo], deixarei de ser militante do CDS", afirmou Pires de Lima. Para o economista, "o que o atual presidente do CDS fez nas últimas 48 horas foi a maior desqualificação aos militantes", acrescentou. Pires de Lima vai mais longe e diz mesmo que não está "em condições de recomendar o voto" em Francisco Rodrigues dos Santos, nas próximas eleições legislativas.

Melhorias no porto da Figueira da Foz ainda vão ter esperar...

 Via Diário de Coimbra


sábado, 30 de outubro de 2021

Política e poesia

 Uma pergunta do Expresso:
"Face à responsabilidade do chumbo ser da esquerda, o eleitorado vai manter-se fiel?"
A resposta de Catarina Martins:
"A pergunta é interessante porque mostra que a direita não conta nada para a política nacional neste momento. A direita está embrenhada nas disputas sobre lideranças, está a pensar qual é a barbárie q.b. com que pode fazer uma maioria de governo. As decisões tomam-se no campo da esquerda".
Estamos no final de Outubro.
O que resta da passagem do tempo?
Os dias vêm e vão: passam.
Tal como páginas de um jornal que se esquece no dia seguinte. 
Ou tal como quando se viaja de comboio, olhando pela janela vemos, sem pensar em nada de especial, a paisagem a desaparecer no horizonte.
Das viagens que fizémos ao longo da viagem que é a vida, o que nos acompanha?
Um pôr-do-sol, uma esplanada junto ao mar, uma paisagem silenciosa, uma tasca diferente, um concerto?                  
Ou o olhar fugaz de uma mulher desconhecida, mistério e rescaldo que perdura entre as cinzas de tudo o resto?
Que é nada.

Dia 3 de Novembro há reunião de câmara. Começa às 10H30M...

 Via Diário as Beiras

Como gosto de dialogar com pessoas informadas, recomendo esta leitura:

"AINDA SOBRE A REJEIÇÃO DO ORÇAMENTO E SUAS CONSEQUÊNCIAS".

Nada de novo...

 

Imagem sacada daqui

Notas:
FERNANDO ALEXANDRE, COORDENADOR DO ESTUDO A POUPANÇA EM PORTUGAL: “Corte do 14.º mês para as reformas acima dos 1500 euros mensais devia ser definitivo”.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Mulher de Rendeiro diz não ter "condições psicológicas" para falar em tribunal

«A mulher de 
João Rendeiro escusou-se a prestar declarações em audiência em tribunal, sobre o paradeiro das obras de arte de que é fiel depositária, alegando não ter "condições psicológicas" para o fazer.
Maria de Jesus Rendeiro é fiel depositária da coleção de arte arrestada desde 2010 e foi notificada para estar presente no tribunal esta sexta-feira, em Lisboa, precisamente na sua qualidade de fiel depositária.
"Não estou em condições psicológicas, [...] peço muita desculpa", disse Maria de Jesus Rendeiro, com uma voz muito emocionada.
Também a advogada de Maria de Jesus Rendeiro disse que a sua cliente não queria prestar declarações, até porque não se podem ignorar as condições em que está e porque à margem deste processo deverá correr um processo-crime.»
Via TSF

"– vamos lá viajar até 2013. E vamos de submarino."

"... é sempre bom recordar que a direita nunca teve e continuará a não ter moral para dar lições sobre estabilidade, responsabilidade ou sentido de Estado a ninguém. Sejam os protagonistas da crise política de 2013, sejam a IL e o CH, feitos, em larga medida, com quadros que vieram do PSD e do CDS. Por falar em CDS, como foi mesmo aquela história da ministra que assinou a fabulosa resolução do BES na praia, sem sequer a ler?

Pois."

72 passageiros. Cinco tiveram interesse em conhecer a Figueira, os restantes foram para Coimbra de autocarro...

Foto via Figueira na Hora
O cruzeiro inglês “Island Sky” fez ontem escala no Porto Comercial da Figueira da Foz, com 72 passageiros britânicos a bordo e uma tripulação de 69 elementos. O navio chegou cerca das 07H00 e partiu às 18H00. 
Os turistas partiram, de autocarro, para Coimbra, tendo ficado para visitar a cidade da foz do Mondego cinco deles. 
O vereador Manuel Domingues representou a Câmara da Figueira da Foz na comitiva que fez a recepção aos passageiros do cruzeiro.

Paulo Pedroso "atribui as principais responsabilidades pela deserção do apoio do PC e do BE a António Costa"

 Via jornal Público

Estava escrito

Miguel Guedes, via Jornal de Notícias

"As duas grandes surpresas de António Costa foram a pandemia e o PCP. Quando, saindo das eleições de 2019, recusou fazer acordos escritos à Esquerda, optando por navegar à vista de BE e PCP, Costa tinha um grande objectivo: preparar o terreno para uma crise política em 2021, obrigando a eleições antecipadas que lhe proporcionassem uma maioria absoluta.

Após aprovar o primeiro Orçamento do Estado (OE) da legislatura, o BE sai da solução governativa desencantado com as negociações do OE21 e com a falta de cumprimento das promessas contidas e inscritas no OE anterior que viabilizara. Sustentado sobretudo na vontade de Jerónimo de Sousa, o PCP resiste, dividido e a custo, ao lado da governação socialista. Entretanto, a pandemia instalara-se e o hiato social a que a covid-19 obrigou suspendeu a política e a premeditação táctica de António Costa.

No choque frontal com a realidade, o Governo voltou a encarar as negociações do OE como um simulacro, certo de que os comunistas não teriam a coragem de romper com a aprovação do OE22 numa altura em que, com um momento pandémico ainda suspenso, haveria que preparar a retoma económica. Nessa expectativa, era acompanhado pelo presidente da República (PR) que, há meses, garantia que o novo Orçamento não iria chumbar e antevia até a possibilidade do BE se juntar à viabilização. Perante a falta de vontade negocial do Governo, BE e PCP rejeitam o OE22. E se o primeiro-ministro queria eleições em 2021, aqui estamos por caminhos ínvios. A crise política que António Costa ambicionava chegou.

A reunião entre BE e a CGTP minutos antes do PCP anunciar a sua posição, retirou qualquer suspense ao anúncio da rejeição. Chegava o momento de saber, em 48 horas, se António Costa alguma vez quis negociar ou se, perante a proclamação antecipada de eleições antecipadas por parte de Marcelo, seguia a narrativa à risca, apostando tudo numa crise política-orçamental que a elas conduzisse. E a narrativa é bem clara quando acompanhada de factos. No último ano parlamentar, o PS votou mais vezes ao lado do PSD, CDS, PAN e IL do que com os seus "aliados" parlamentares. No penúltimo ano parlamentar, PCP e BE aprovaram a grande maioria das propostas do PS, tendo os socialistas votado contra quase todas as iniciativas desses partidos. Estava escrito. Depois de 2019, o PS encarava comunistas e bloquistas como muletas de poder. Tentava alianças à Esquerda para votar com a Direita.

Acusar PCP e BE de tacticismo e de falta de responsabilidade política e, simultaneamente, de terem sido reféns do PS durante anos é uma contradição insanável. Perante o PR que elogiou as "cedências" do Governo e antecipadamente-se-apressou-a-antecipar eleições, exportou o sabor do "queijo limiano" para a Madeira e recebeu Paulo Rangel horas antes do voto do Orçamento (dele recebendo a sugestão de duas datas "faz de conta que discordo" para eleições), sobra a certeza de que a narrativa de António Costa, a dado momento, teve um cúmplice."

Vasco Cardoso

Foi um dos homens que estiveram sentados à mesa das negociações, fracassadas, para o Orçamento do Estado (OE). Membro da comissão política e do comité central do PCP, o participou nas conversas entre os comunistas e o governo. Na última semana, ouvimos, a propósito dos encontros entre o PS e os parceiros à esquerda, palavras como "intransigência", "chantagem", "ameaça", "esticar de corda", "exigências inaceitáveis" e outros adjetivos. Vasco Cardoso tem 44 anos, é licenciado em Gestão, e tem um percurso muito ligado às estruturas do partido.

À pergunta do Diário de Notícias: "o PCP deixou de confiar no governo?", respondeu:

"Nunca tivemos ilusões relativamente ao governo. Nós conhecemos o PS há muitos anos, há mais talvez do que eles nos conhecem a nós, sabemos das suas opções de classe, sabemos que em matérias fundamentais o quão distantes estamos, seja do ponto de vista da defesa da nossa soberania, dos problemas da integração monetária, da soberania económica, sabemos o seu percurso relativamente às privatizações, relativamente à legislação laboral. Nunca tivemos ilusões relativamente ao PS. Agora, isso não nos impediu de procurar momentos e pontos de convergência, designadamente entre 2015 e 2019, para recuperar direitos e rendimentos que tinham sido usurpados ao povo português durante o período da troika, e isso foi possível, e até avanços novos, mas sem a ilusão que o PS pudesse em algum momento dar as respostas que isoladamente nunca tinha dado. Ele foi forçado a isso pela nossa luta, pela nossa intervenção, pela determinação do PCP, eu diria até pela nossa frontalidade."

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

"Estar"...

 Via Diário as Beiras

Ser apoiante de um executivo camarário, ou ser oposição ao mesmo, foge ao claro desígnio de criticismo militante e de caça às bruxas. 
Nem sempre o que o líder diz é algo inquestionável. 
Mais importante é a competência. 
E quando alguém que está no apoio ao poder ou na oposição não é competente, o caminho só pode ser aquele que na mitologia levava às portas do Sol.

O day after

"O PS trocou a estabilidade do país pela tentativa de vergar os partidos à sua esquerda. Não vou afirmar que o voto contra do Bloco de Esquerda era desejado, mas certamente não foi evitado. Não por acaso, António Costa acabou o seu discurso a pedir maioria. Hoje é o dia seguinte ao chumbo do orçamento. O que sabemos? Que a vida ainda não acabou ontem, que os limites do PS não são as impossibilidades do país, que a direita não é uma inevitabilidade."

Joana Mortágua, via jornal i

"Pedro Santana Lopes, que conquistou o Município da Figueira da Foz, não terá feito qualquer manifestação de interesse em querer liderar a CIM"...

Via Campeão das Províncias