Tal como previ aqui, o anúncio do sintético para o Grupo Desportivo Cova-Gala não iria demorar muito. Isto é: devia estar para "breve". O anúncio, claro. Ele aí está.
Isto é tudo tão previsível e tão óbvio, que basta conhecer os pássaros pelas cagadelas...quinta-feira, 24 de setembro de 2020
Da série, bem-vindos à campanha eleitoral de Carlos Monteiro, autárquicas 2021 (5)
Para o autor deste espaço, o problema, para os covagalenses, não é ainda não terem o ansiado sintético no Campo do Cabedelo. O problema foi terem perdido ao longo dos anos a oportunidade de poderem competir em igualdade de circunstâncias com outros clubes, pois as condições foram sempre desiguais.
Por isso, a questão do sintético, que espero se resolva o mais breve possível, parece-me de relativa pouca importância, se compararmos com todo o resto que envolveu a vida do Grupo Desportivo Cova-Gala desde 1977.
A implantação de um relvado sintético, na Cova-Gala, é, cada vez mais, uma questão pertinente, e uma necessidade a curto prazo. Não acham que já está mais que na hora? Escusavam é de fazer campanha eleitoral partidária com o dinheiro de todos nós.
Aquilo a que temos assistido na Figueira da Foz constitui quase um case study de como é gerida uma autarquia de forma incompetente.
Espero, porém, que a Cova e Gala de 2020, não seja a Madeira pós 25 de Abril de 1974.
Isto, é mais do mesmo.
Este método das promessas para as eleições, apesar de estar gasto, ainda funciona... Faz parte do "circo nosso de cada dia".
É a mediocridade que temos.
Na Madeira, Jardim era quase um mito. No exterior do arquipélago, contudo, não tinha (como não teve) horizontes de futuro: ninguém o quis como aliado. Aparentemente, era frontal, mas não tinha credibilidade. Dele brotava energia a rodos e não temia correr riscos, mas faltava-lhe contenção e equilíbrio.
Navegou a cartilha populista. Apesar de muitas tribunas ao seu dispor para espalhar a propaganda, não era credível pois carecia de densidade teórica e consistência política.
Fez muita obra, mas assente num poder clientelar e num ambiente de défice democrático terceiro-mundista.
Aprisionado pelas suas limitações, enredado nas suas contradições, Jardim apostou tudo no populismo. Restou-lhe a reforma, dourada é certo, mas que não era o que ambicionava...
Quem diz mal do dia a dia, é porque não consegue descobrir as alegrias que dele se podem colher...
É em dias como o de hoje, nesta altura do ano, começo de outono, que gosto de olhar a praia, quando a maré baixa faz recuar o mar e prolonga o areal.
É em momentos como este, que dá para esquecer os problemas e mergulhar na felicidade.
Quem não tem uma paisagem destas por perto, desconhece a sorte que é viver junto deste meu mar e desta imensa beleza.
Sei que vivo numa cidade em que a maioria discorda que "a felicidade, que dura, se faz de pequenos nadas" e considera que “a felicidade faz-se de grandes tudos”.
Quem já viveu muito, porém, sabe que esses "grandes tudos" duram sempre pouco...
Há muito que percebi que a vida é feita de pequenos nadas e coisas insignificantes. Contudo, é nos seus interstícios que tenho encontrado a felicidade.
Se eu tivesse responsabilidades políticas na Figueira, punha rapidamente no terreno uma campanha publicitária, mais ou menos assim: “minhas senhoras e meus senhores, venham até Figueira, aproveitem para passear à beira mar, banhar-se nas nossas águas, sentir a nossa areia no corpo, desfrutar do nosso sol, comer os nossos petiscos e beber do nosso vinho”!..
E não pensem que estou a partilhar pouco!
Estes meus pequenos nadas, que para vós seriam luxos, são a minha única riqueza.
O céu está escuro.
Estava a ver que o outono, este ano, que para mim é sempre fantástico, não havia meio de surgir.
Confesso: tinha saudades da paisagem tomada por tons de cinzento.
O som monocordicamente ritmado da chuva a cair, torna a maioria de nós ainda mais amorfos e distanciados dos outros, como que pequenas ilhas isoladas formadas pelas águas que sulcam e amaciam os terrenos...
Nos dias de chuva, parece-me que as as pessoas ficam mais iguais, mais cinzentas, mais sós...
A chuva tem esse triste sabor de uma igualdade imposta. E, isso, é incómodo para quem detesta coisas impostas.
No outono, em geral, os dias são ainda dias tristes e sem imaginação!
Mas gosto. Só um observador atento, protegido pela vidraça de sua casa, que gosta de passar despercebido, como eu, pois a condição de observador apenas joga bem com a discrição, consegue ver a importância da chuva para a igualdade.
Já agora, que estou num momento de confissão, ficam a saber que gosto desses dias, pois sou um ser atavicamente tímido...
Eu sei que não pareço... Mas, acreditem, sou-o!
Desta esplanada (e já lá vão 31 + 24), faça chuva ou faça sol, vejo os surfistas a andarem neste mar ao longo de todo o ano!
Isto é o Cabedelo, a sua praia, o seu mar e a sua autenticidade.
Eles - os surfistas - são, com toda a certeza gente, que se diverte com o seu desporto favorito!
Para mim, é sempre um prazer estar sentado na melhor esplanada da Figueira da Foz, ver a praia, magnífica, e, ao mesmo tempo, vê-los a brincar e a sorrir às ondas.
Há pequenos nadas que nos proporcionam um prazer imenso.
São momentos que ninguém nos pode tirar.
A maioria dos ricos, que se julgam também poderosos, há muito perderam a capacidade de se maravilharem e de conseguirem ser felizes.
Não estou a fazer a apologia da pobreza.
Apenas a constatar que não é preciso muito para fazer sorrir verdadeiramente uma pessoa!
As coisas mais importantes, e que nos fazem sentir bem, não é o dinheiro que as consegue comprar.
Sei que isto, para muitos, não é fácil de entender.
Mas, alguém consegue explicar ou ensinar como se deve "tocar" numa mulher?
E a explicação é simples e óbvia: alguém conhece duas mulheres iguais?
Telhado de vidro?..
Está a ser julgado por violência doméstica, em Lisboa, Francisco Aguilar, docente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que compara feminismo ao nazismo.
Entretanto, a Faculdade de Direito retirou programas, que está a analisar, de duas cadeiras do mestrado em Direito, em que professor de Direito fala de mulheres como pessoas “desonestas” e ataca feminismo...
Via Jornal Público
Ser populista e demagogo é isto...
Dar sentenças sobre tudo menos sobre os conteúdos
Via Expresso |
"Que os jornais se ocupem a dar opiniões sobre quem deve votar a favor do Orçamento de 2021 é coisa que se pode lamentar mas também admitir porque isso está no código genético dos órgãos de comunicação social.
Mas isso não devia valer para quem é Presidente da República. Ao falar assim, Marcelo Rebelo de Sousa alinha-se pelo truque generalizado de discutir votos separadamente dos conteúdos concretos do dito Orçamento.
E já que o Presidente é tão falador então eu preferia que ele antes tivesse dito que o Orçamento deve ter um conteúdo de esquerda.»
Novo Banco: a realidade das coisas...
«O requerimento do Bloco de Esquerda (BE) para divulgação pública imediata e integral do relatório de auditoria especial ao Novo Banco enviado pelo Governo ao Parlamento foi chumbado, esta quarta-feira, pelos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças (COF), com os votos contra do PS e PSD.
CDS-PP e Iniciativa Liberal abstiveram-se.
BE e PCP voltaram a favor.
"Se há matérias que dizem respeito a identificação de operações ou pessoas não estou à vontade para ser o parlamento a levantar o sigilo bancário", disse o deputado único da Iniciativa Liberal, Cotrim Figueiredo, defendendo que os clientes dos bancos têm direito à privacidade.
O deputado disse ainda que se recusa a que uma pessoa que tem dívidas a um banco seja tida como criminosa.
Duarte Alves, do PCP, criticou o Executivo de António Costa por não ter divulgado o documento, quando foi o próprio Governo a ordenar a auditoria. O deputado comunista aproveitou ainda o momento para lançar uma farpa ao PSD, lembrando que no passado os sociais-democratas foram favoráveis à divulgação da auditoria à Caixa Geral de Depósitos (CGD).
A deputada bloquista Mariana Mortágua defendeu que no documento em votação não constam nomes de devedores, mas códigos. Apenas no documento que seguiu para os deputados, é que consta a relação entre os códigos dos devedores e os seus nomes.»
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
Derrapagens...
Imagem via Diário as Beiras |
2. "... embarcações elétricas para transporte de passageiros e bicicletas entre as duas margens da foz do Mondego: o primeiro barco (poderão ser dois), com painéis fotovoltaicos e capacidade para 45 lugares, custa cerca de 500 mil euros."
Notas:
2. Se bem me lembro, o barco movido a electricidade estava previsto custar cerca de 120 mil euros...
Não aceitar...
«Creio que, desde muito pequeno, a minha infelicidade e, ao mesmo tempo, a minha felicidade, foi não aceitar as coisas com facilidade. Não me bastava que explicassem ou afirmassem algo. Para mim, ao contrário, em cada palavra ou objecto começava um itinerário misterioso que às vezes me esclarecia e às vezes chegava a estilhaçar-me.
Em suma, desde pequeno, a minha relação com as palavras, com a escrita, não se diferencia de minha relação com o mundo no geral. Eu pareço ter nascido para não aceitar as coisas tal como me são dadas.»
terça-feira, 22 de setembro de 2020
Notícia de última hora: vem aí o sucessor do Luís Elvira
Figueira da Foz vai adquirir embarcação elétrica para travessia entre as margens do Mondego
«A Câmara da Figueira da Foz vai apresentar, a curto prazo, uma embarcação elétrica para efetuar transporte de passageiros entre as duas margens do rio Mondego, anunciou hoje o presidente do município.
“A ligação mais rápida que temos para o lado sul do concelho é a Ponte Edgar Cardoso, que mais cedo ou mais tarde vai ter de entrar em obra. Portanto, é importante termos uma ligação rápida para o outro lado”, disse Carlos Monteiro.
O autarca, que falava na cerimónia de inauguração dos primeiros quatro quilómetros da Ciclovia do Mondego, presidida pela ministra da Coesão Territorial, considera que é importante ter uma alternativa, como ficou demonstrado nas tempestades Leslie e Elsa, que atingiram o concelho.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da autarquia adiantou que o “veículo está estudado” e vai ser apresentado a curto prazo, estando o município a preparar o processo de aquisição.
Segundo Carlos Monteiro, trata-se de uma embarcação com painéis fotovoltaicos, com capacidade para 45 a 50 passageiros e transporte de bicicletas, cujo preço ronda os 530 mil euros.
“Havendo uma embarcação elétrica, a transição entre margens é muito menos poluente e mais rápida”, sublinhou o autarca, que pretende ter a embarcação a operar todos os dias.
O presidente da câmara justificou ainda a aposta nas ligações de barco no Mondego com o facto de o Hospital Distrital da Figueira da Foz, que “tem 800 funcionários”, se encontrar na margem sul da cidade.
Depois de ouvir a intenção do autarca, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse que não será “nada difícil incluir” o projeto nas “elegibilidades”, com vista a financiamento.
A governante destacou o projeto da Ciclovia do Mondego como um exemplo de coesão e de diminuição do trânsito e da poluição em zonas urbanas.
“Esta primeira fase é simbólica e é sinal da aposta deste concelho numa mobilidade de futuro”, salientou a ministra, na inauguração dos primeiros quatro quilómetros da ciclovia no concelho da Figueira da Foz, entre a estação de caminho-de-ferro e Vila Verde, no distrito de Coimbra.»
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