domingo, 8 de setembro de 2019

Desgraçados de nós, vítimas do sistema, coitadinhos sem solução...

Um País não é um Governo: é um Povo.

Portugal tem o País que merece.

Ouvido ontem, dito por alguém que me surpreendeu...

"Nunca fui comunista. Nunca serei comunista. O comunismo sempre me pareceu contra-natura e creio que já tivemos respostas empíricas em número suficiente para não insistirmos na mesma asneira. Dito isto, é provável que vote no PCP nas próximas eleições legislativas se até lá conseguir evitar declarações de dirigentes do partido sobre política internacional."

Bom domingo

sábado, 7 de setembro de 2019

Em algumas culturas o valor atribuído à palavra dada é especialmente importante...

Presidente da Cooperativa de Produtores de Peixe Centro Litoral foi condenado...

Maravilhas doces de Portugal...

Implacável. Livre. João César Monteiro nasceu a 2 de Fevereiro de 1939, morreu a 3 de Fevereiro de 2003...

Isto é preocupante, para quem acredita no diálogo e no funcionamento democrático das instituições...

Via Na Ponta da Língua
Nota OUTRA MARGEM
A Figueira, a meu ver, por culpa dos figueirenses, tem uma apetência especial para o abismo. Em 45 anos de vida democrática, escolheu quase sempre os menos capazes, os mais incompetentes, os menos cultores do diálogo democrático, os mais esbanjadores dos recursos públicos. Enfim, os figueirenses fizeram escolhas no mínimo infelizes.
Algo, portanto,  não corre bem há muito tempo. 
Os que ganham com maioria absoluta são os que o povo deseja e escolhe. Contudo, isso é  questionável. Vivemos num concelho onde foi imposto o silêncio a quem discorde. 
Estar ao lado dos poderosos traz vantagens. Estar do lado da razão, temos pena, mas só traz prejuízo.
Se a democracia estivesse a funcionar na Figueira, o lógico seria provarem que têm razão.
Em vez disso e porque já não sabem (ou nunca souberam) viver em democracia, recorre-se a manobras de diversão
Como classificar, se não como um pérfido sentido de humor, depois de ter sido alertada há anos e não ter respondido,  que  "a câmara tenha proposto ao movimento ambientalista Parque Verde que indicasse uma solução para o problema do freixo, do largo de Santo António, a árvore mais antiga do concelho, cujos custos serão suportados pelo município"?
Os que exprimem opiniões e colocam questões são incómodos. O  verniz democrático estalou. Quem está atento, já deu pela escalada de agressividade que se vive na vida pública figueirense. As sessões do executivo camarário, de Maio para cá, são disso um bom exemplo.
Porém, isto tem um lado positivo: coloca a nu o desespero de quem tem medo do debate democrático...
O que se lamenta. A grande virtude da democracia é o debate livre de ideias. Seria desse debate que nasceriam as melhores decisões para a cidade e o concelho. Seria graças a esse debate que  os cidadãos poderiam dar um contributo importante para a escolha  dos projecto que seriam melhores e mais capazes para promover o desenvolvimento colectivo. Na Figueira, em 2019, é um assunto da ordem do dia questionar o poder sobre a saúde da democracia.

A Figueira é uma cidade muito acolhedora: até eu me sinto parte desta cidade... E nem preciso de avença.

De harmonia com o que pode ser lido no DIÁRIO AS BEIRAS, edição de 6 de dezembro de 2018, "o jogador de futebol de praia deverá ceder os direitos de imagem à autarquia para o programa Figueira Beach Sports City (FBSC), por cerca de 10 mil euros, durante 12 meses." 
Na prática o que é que isto significa para o fomento desportivo figueirense?


Não é fácil  encontrar informação acerca de pavilhões ou complexos desportivos, vocacionados para a prática desportiva dos figueirenses. 
Na Figueira, o conceito desportivo está definido: a aposta é em eventos elitistas, nos quais o cidadão é um mero espectador. Estas declarações  de Madjer  ao DIÁRIO AS BEIRAS, numa visita que fez ao areal de Buarcos, são disso a melhor prova.
"A Figueira da Foz é uma cidade com uma tradição enorme no futebol de praia. É gratificante ver que poderão vir a existir soluções para, novamente, voltarmos a pôr aqui o futebol de praia e a Figueira da Foz no patamar que merecem".
Quanto a mim, tem razão a oposição quando critica esta contratação de Majder.
Numa reunião de Câmara, o vereador Ricardo Silva (presidente da Concelhia do PSD/Figueira) questionou a maioria socialista acerca do contrato. 
O edil da oposição é claro na contestação:  “todos sabemos dos custos avultados do Figueira Beach Sports City (FBSC). Por isso, não se compreende que num concelho que tem vários clubes desportivos com dificuldades em pagar a utilização de pavilhões a autarquia gaste 10 mil euros na imagem de um atleta para promover os desportos de praia”.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

LEGISLATIVAS 2019: Marcelo não autoriza uso da sua fotografia em campanha do PS

A imagem do Presidente da República surge ao lado do candidato socialista Pedro Coimbra. O gabinete da Presidência já reagiu.

A imagem de Marcelo Rebelo de Sousa junto ao candidato socialista do círculo de Coimbra num flyer de propaganda para estas eleições legislativas não agradou ao Presidente da República. “O Presidente da República não autoriza nem autorizará a utilização da sua imagem por qualquer candidato ou candidatura às próximas eleições”, lê-se numa nota publicada esta sexta-feira no site da Presidência.
Em causa está a utilização da imagem de Marcelo Rebelo de Sousa junto ao candidato Pedro Coimbra, candidato do PS, pelo círculo eleitoral de Coimbra, embora a nota não se refira a nenhuma situação em concreto.
A figura do Presidente da República surge ao lado de um texto do candidato, que faz um balanço da última legislatura. “Percorremos a região lés-a-lés, vezes sem conta, trazendo membros do Governo, dialogando com as mulheres e os homens que são a verdadeira razão das nossas políticas, sempre com grande disponibilidade e proximidade”, lê-se no texto da candidatura socialista de Coimbra, que é ilustrado com uma fotografia de Marcelo Rebelo de Sousa ao lado de Pedro Coimbra.
PS/Coimbra já mandou retirar e pediu desculpas.

Ordem de trabalhos da reunião de câmara do próximo dia 9 do corrente....

... para ver clicar aqui.... Sobre o jardim, nada!..

Grande Paulinho....

Imagem sacada daqui

Será que é possível sonhar numa Aldeia pobre?..

Imagem via Diário as Beiras
A noite passada adormeci e tive um sonhou: sonhei que a requalificação do Jardim Municipal, cujo projecto foi apresentado na reunião de câmara de 15 de julho de 2019, tinha estoirado...
Para já, sabe-se que Câmara da Figueira da Foz desistiu de construir uma rotunda na zona do jardim municipal.

Uma Aldeia pobre em vez de produzir políticos, produz arrogantes deslumbrados.
Arrogantes deslumbrados sem ideias, sem conteúdos e sem competência.
Não são políticos, mas arrogantes deslumbrados.
Político  é quem se ocupa da política.
Político, não é quem tudo o que diz soa a oco, nada parece consistente nem fundamentado, mas antes colado com cuspo e falho de conteúdo.
Resumindo: soa a tretas de político arrogante e deslumbrado.
Político, é firme, convicto e assertivo.
Um arrogante deslumbrado, não é político nem tem poder. 
Não passa de um tíbio: pensa que tem poder, mas na realidade, o Poder é que o tem a ele.

Uma das consequências mais trágicas da irresponsabilidade e incompetência com que a autarquia foi e continua a ser gerida é a perda de qualidade de vida no concelho e isso tem consequências graves na sua imagem. Todos sabemos o quanto custa criar uma boa imagem e quanto é fácil destruir essa mesma boa imagem em pouco tempo...

Via João Vaz

Como circular em segurança na Aldeia...

Abdicar de ver as estrelas, pois temos de estar sempre a olhar para o chão. 
Ao menos, assim, evitamos andar  sempre a pisar em merda.

Portugal está entre os países da OCDE onde a carga fiscal mais subiu numa década. Irlanda foi onde mais baixou e Grécia o país onde mais aumentou...

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Para os professores, com estima

Santana Castilho,
Professor do ensino superior
"Não vejam nostalgia (embora por vezes vá parecer). Vejam o galope (que a escrita não traduz) a que o meu cérebro põe o meu coração, quando pensa no ano penoso que se inicia para tantos professores.
Poderia começar por recordar à sociedade desinteressada pelos seus professores números apurados por Raquel Varela: 22.000 usam medicação em demasia; 85% manifestam sinais de despersonalização; 47,8% apresentam sintomas preocupantes de exaustão emocional; 91% consideram que baixou o prestígio da profissão; 31% expressam desmotivação para ensinar; 85% referem que o Ministério da Educação não valoriza o seu trabalho;  80% sentem que diminuiu a sua autonomia e o seu poder de decisão.
Poderia perguntar a todos os políticos, que se aprestam a ir a votos, como conciliam a desconsideração e a exaustão assim expressas com as promessas que sempre fazem.
Poderia detalhar o perfil profissional oculto dos que deviam simplesmente ensinar e acabam psicólogos, assistentes sociais, funcionários administrativos, instrutores de processos disciplinares, mediadores parentais, vigilantes de recreios, socorristas e tudo o mais que um escabroso assédio laboral e moral lhes despeja em cima.
Poderia referir-me aos pequenos monstros saudosistas e populistas, que odeiam os professores e que vão saindo detrás das pedras onde se acocoraram há 45 anos.
Poderia falar de António Costa, para quem professor é “capital humano” que se arruma ano a ano, e do seu bem-sucedido esforço para limitar o direito à greve de várias classes profissionais, que teve nos professores o primeiro ensaio, num processo onde se ameaçou, impôs e proibiu, com artimanhas para causar medo e desmobilizar, tudo com a conivência de uma sociedade que se deixou manipular e virar contra aqueles a quem entrega os filhos durante mais tempo do que passa com eles.
Poderia citar o aumento do centralismo do Estado, promovido por um ministério que planta plataformas informáticas a eito, para vigiar e impor uma estranha quanto pérfida autonomia pedagógica.
Poderia dissertar sobre as decisões cruciais que têm vindo a ser tomadas por políticos pedagogistas, adolescentes e caprichosos, que dominam uma classe proletarizada, anestesiada e entretida com doutrinas que se sobrepõem facilmente à razão profunda.
Poderia narrar o trabalho obrigatório a que os professores estão sujeitos para decifrar e cumprir torrentes de solicitações asfixiantes, sob nomes pomposamente modernos mas substantivamente inúteis.
Poderia recordar os insultos e as agressões a que alguns pais e alunos sujeitam os professores, a coberto da passividade protectora do bom nome das instituições.
Poderia trazer-vos às lágrimas contando histórias (que um dia escreverei se sobreviver aos seus protagonistas) de professores-heróis que, generosa e silenciosamente, arrancaram pedaços de si para resgatar alunos perdidos por intermináveis desamparos de pais e do Estado.
Poderia traçar-vos perfis diferentes de tantos professores com quem me cruzei ao longo da vida: o professor-filósofo, o professor-mestre, o professor-rebelde, todos professores-professores, caracterizados pelo amor aos seus alunos.
Poderia, para homenagear todos, vivos e mortos, meus e de todos, evocar dois dos meus professores, já falecidos: ele, professor-família, que foi o primeiro de tantos que me ensinaram a ser professor; ela, professora-amor proibido, que transformou a minha adolescência, fadada para ser pobremente limitada, numa adolescência vivida sem limites.
Poderia perguntar-vos, olhos nos olhos e de coração apertado, que outros profissionais partem todos os anos para longe dos próprios filhos, para cuidar dos filhos dos outros, por pouco mais de mil euros de salário.
Este condicional repetido foi tão-só a figura retórica que me ocorreu para dizer a quem me ler porque abraço hoje, estreitamente, todos os professores que, pelo país fora e por estes dias, vão acolhendo com abraços as crianças e os jovens que retornam às escolas.
Dito isto, queridos professores, levantem-se do chão. Retomem a independência intelectual necessária para impedir que o acto pedagógico se transforme em prática administrativa ou obediência doutrinária e não confundam a verdadeira autonomia com uma dissimulada ditadura de metodologias, por mais “activas”, “democráticas” ou “de projecto” que se digam."

Programa Figueira a Sorrir