quarta-feira, 8 de julho de 2015
Anda pra aí muito palerma que se diz enganado: são cassetes, senhores, são cassetes!..
Afinal, "os comunas tinham razão…"
Neste maravilhoso mundo das redes sociais, encontrei esta montagem interessante que nos mostra esse distinto cidadão português que liderou os destinos do país até ser engolido pelo pântano que entretanto se criou à sua volta e que hoje exerce funções na ONU. A sua previsão, pouco antes do advento do euro, era a de que a moeda única colocaria Portugal no pelotão da frente de UE. Passados 17 anos, Portugal continua a ser um carro-vassoura, disputando com a Grécia a liderança da cauda da Europa. Boa Guterres, acertaste em cheio!
O outro protagonista desta montagem é Carlos Carvalhas, antigo líder do PCP e reconhecido perigoso comunista. Daqueles que, suspeitamos, poderá alimentar-se de criancinhas ao pequeno-almoço. A sua premonição, contudo, parece encaixar como uma luva no triste fado que a adesão ao euro se revelou para o nosso país. A coisa é tão certeira que chega a ser chocante. São cassetes.
terça-feira, 7 de julho de 2015
Passos é o que é, isto é, pouca coisa é…
Ando com pouca ou nenhuma paciência para aturar mentirosos…
Desculpem lá a
irritação... Isto passa...
Encaremos, portanto, isto como uma piada – ainda que de muito mau
gosto.
Passos defende “guerra sem quartel às desigualdades”!..
Isto é ultrajante e a campanha eleitoral em curso não
justifica tudo…
Porém, a magnífica vantagem da democracia, apesar da
ignorância e do medo que existe em Portugal, é o direito à liberdade de opinião.
Quem acreditar que o espaço da liberdade pode ser concessionado comete um erro grosseiro. A
liberdade não tem fronteiras. Nem donos, nem deuses, simplesmente homens
honestos e aldrabões.
Quem acreditar que a política, em democracia, pode viver sem
partidos, ou contra os partidos, está a cometer outro erro grosseiro.
Ter conhecimento de uma frase destas proferida por Passos Coelho, mais do que uma tragédia é uma comédia!..
É aqui que tenho de citar Camus, que se mantém plenamente actual.
“Não
sou feito para a política pois sou incapaz de querer ou de aceitar a morte do
adversário.”
Maria Barroso (2 de Maio de 1925/7 de Junho de 2015)
Uma grande mulher, uma cidadã consciente, num país com muita gente pequena.
O "agrimensor"
"O esmagador e falso estado
de direito que se construiu no
nosso país é como o castelo
de Kafka.
Cortou, encareceu, vedou o acesso material a serviços essenciais. Depois, reclamou que pagássemos. Agora, sem meios, controlado e vedado o acesso aos nossos direitos, disponíveis para nos sacrificarmos em mil pagamentos, porque as penhoras são implacáveis, nem sequer nos deixam pagar. Adiam-se as notificações, os avisos vêm fora de prazo, burocratizamse. Crescem os juros, somamse as coimas, o monstro engorda. Um dia, como “K”, cansados e exaustos, deixaremos que nos levem tudo. O “castelo” assim o quer!"
António Tavares, vereador PS, na sua habitual crónica das terças-feiras no jornal AS BEIRAS, a tratar da vida...
Cortou, encareceu, vedou o acesso material a serviços essenciais. Depois, reclamou que pagássemos. Agora, sem meios, controlado e vedado o acesso aos nossos direitos, disponíveis para nos sacrificarmos em mil pagamentos, porque as penhoras são implacáveis, nem sequer nos deixam pagar. Adiam-se as notificações, os avisos vêm fora de prazo, burocratizamse. Crescem os juros, somamse as coimas, o monstro engorda. Um dia, como “K”, cansados e exaustos, deixaremos que nos levem tudo. O “castelo” assim o quer!"
António Tavares, vereador PS, na sua habitual crónica das terças-feiras no jornal AS BEIRAS, a tratar da vida...
A propósito de perdões de dívidas...
Enquanto uns lutam por perdões de dívida, outros conseguem-nos nos tribunais portugueses.
Esta, mais uma vez, foi outra vez a vez de João Rendeiro.
Esta, mais uma vez, foi outra vez a vez de João Rendeiro.
José Manuel Fernandes, o comentador político para quem a honestidade intelectual é uma realidade arqueológica
José Manuel Fernandes a 14/02/2015:
José Manuel Fernandes a 06/07/2015:
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Dívidas...
"Ouvindo e lendo declarações de dirigentes e políticos alemães em reacção à vitória do não na Grécia, apenas me ocorre recordar o seguinte, para ver se não se esquecem nunca: nenhum país, repito, nenhum país, tem dívida maior para com a Europa do que a Alemanha.
Isto é verdadeiro em termos financeiros e de dívida perdoada, mas o pior ainda é o resto."
André Serpa Soares
Isto é verdadeiro em termos financeiros e de dívida perdoada, mas o pior ainda é o resto."
André Serpa Soares
Pode-se passar de margarina para manteiga. Mas, nunca, de manteiga para margarina de novo…
"Não raras vezes, ouço a
crítica, por parte de algumas
pessoas a quem
normalmente se concede o epíteto de forças vivas do concelho,
de que a oposição na Câmara
deveria ser mais vigorosa e
que não devia facilitar tanto a
vida ao presidente da Câmara.
Normalmente, quando ainda
me resta a esperança de que a
crítica é genuína, pergunto quais
os temas que deveríamos ter
abordado e que deixámos de
fora do debate político. É nesse
momento que percebo, pelas
respostas, que afinal não estou
perante uma critica à oposição,
mas sim perante o desejo de
que esta funcione como “barriga
de aluguer” para acertos de
contas entre os meus interlocutores (e o que eles representam)
e o presidente da Câmara. Para isso não estou, obviamente,
disponível. A oposição deve
ser a voz dos que não têm voz
e deve ajudar a resolver os seus
problemas, deve preocupar-se
em defender os interesses do
concelho e procurar defender
as linhas que apresentou no seu
compromisso eleitoral. Assim,
não deve, nem pode, servir de
caixa de ressonância ao interesse
de outros, a quem a cobardia,
a subserviência,ou a conveniência da circunstância impedem
de falar. Tal como no poder,
também na oposição é sempre
possível fazer mais e melhor
e trabalhar para defender o
interesse colectivo, quer com
a apresentação de propostas,
quer chamando a atenção para
os erros da governação. Quem
estiver atento à comunicação
social, às redes sociais e tiver a
preocupação de saber as coisas
fundamentadamente percebe
bem o papel activo, responsável
e fundamental que a oposição
tem desempenhado. Para moço
de recados, entrando em guerras
que não são minhas e com
as quais a Figueira nada ganha,
não contem comigo."
Em tempo.
Para bom entendedor, a crónica de hoje de Miguel Almeida, líder do Somos Figueira, é o "seu" balanço do "seu" mandato como vereador na oposição. A meu ver, não é apenas "O Recado" para "algumas pessoas a quem normalmente se concede o epíteto de forças vivas do concelho", mas "alguns recados", não só para o exterior, mas, também para dentro do PSD local.
Será que vai haver clarificação nos próximos meses?..
Depois dos anos em que passou pelo poder na Figueira a credibilidade do partido de Miguel Almeida ficou em baixo - e ele sabe, melhor do ninguém, porquê.
Para o PSD recuperar, não basta a continua descredibilização do PS figueirense.
Seria um erro confundir isso como um reforço da credibilidade do PSD na Figueira: uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa - são coisas muito diferentes.
Em tempo.
Para bom entendedor, a crónica de hoje de Miguel Almeida, líder do Somos Figueira, é o "seu" balanço do "seu" mandato como vereador na oposição. A meu ver, não é apenas "O Recado" para "algumas pessoas a quem normalmente se concede o epíteto de forças vivas do concelho", mas "alguns recados", não só para o exterior, mas, também para dentro do PSD local.
Será que vai haver clarificação nos próximos meses?..
Depois dos anos em que passou pelo poder na Figueira a credibilidade do partido de Miguel Almeida ficou em baixo - e ele sabe, melhor do ninguém, porquê.
Para o PSD recuperar, não basta a continua descredibilização do PS figueirense.
Seria um erro confundir isso como um reforço da credibilidade do PSD na Figueira: uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa - são coisas muito diferentes.
Gregos dizem "Não" aos credores
Foi comovedora e absolutamente extraordinária a coragem do povo grego face à escandalosa pressão política e económica dos acólitos de Bruxelas.
Com a vitória do Sim, as negociações teriam terminado.
Ficasse ou partisse, Tsipras teria lançado a toalha ao chão.
Com a vitória do Não, as negociações continuam.
Os gregos festejaram a vitória da "dignidade" numa consulta que mostrou que a democracia não pode ser chantageada.
Porém, que não haja ilusões: o caminho continua repleto de
feras, de abutres, de minas e armadilhas e de pragas de toda a espécie. Com a vitória do Sim, as negociações teriam terminado.
Ficasse ou partisse, Tsipras teria lançado a toalha ao chão.
Com a vitória do Não, as negociações continuam.
Os gregos festejaram a vitória da "dignidade" numa consulta que mostrou que a democracia não pode ser chantageada.
Sobretudo, de
gente que não sabe o que é o respeito pela legitimidade do voto de um povo independente
e soberano.
domingo, 5 de julho de 2015
Folhetim de berão: o misterioso mistério inexplicável da ausência de cérebrum figueirense ...
A foto e o texto explicativo ao lado foram, com devida vénia, sacados daqui |
A Figueira está cençaçional de tão horrível que está…
O silêncio à noite uma disgrassa…
As istradas um piririgo…
A priuridade é a continuada e sistemática e metódica saída
de notiçias: chama-se a isso a cultura da çerenidade e da sulidariedade (não há
na istória das ralações púbicas um melhor porta voz que este génio das terças-feiras!)
Deixemo-nos de eqivucus: há quem por aqui acredite que a Goldman
Sachs vai ser accionista da Figuiera Domus e da Figuiera Parque porque são
idoneos...
Em tempo.
A prupósitu do post
acima e antes de algumas reacçõis menos encalmadas - por mail e éçeémeéçe - confesso desde já que
por ser um ignorante da sintaxe e da semântica, nu fundu um cábula ortográficu, ao
tentar aplicar o novo acordu ortugráficu, saiu isto!..
Portantus, o prublema da aplicação do novo acordu ortugráficu não se volta a
colocar aqui .....
Pur aqui continuaremus a respeitar o velho, escrevvendu
preçeito com presseito ou mesmu com preççeitu se pussivel a preceitu, no fundu com preceito...
Estamus em 2015 e ainda não nutei nada que tiveçe melhurado com o novo acordo ortugráficu: pareçeme tudo na mesma mas poçço tar enganadu...Há por aí alguém responsável?..
foto António Agostinho. Mais fotos aqui. |
Pergunto:
Quem é responsável por termos uma das águas mais caras de
Portugal?
Quem é responsável por termos um dos IMIs mais caros de Portugal?
Quem é responsável por termos um dos IMIs mais caros de Portugal?
Quem é responsável pelo mau aspecto, sujidade, desleixo e
abandono, as estradas esburacadas, da situação
miserável da Serra da Boa Viagem, das praias e das lagoas e do esquecimento a
que estão votadas aldeias e lugares mais isolados do nosso concelho?
Quem é responsável pela enorme dívida camarária?
Quem é que, no fundo, assume a responsabilidade e muda isto?
É para isso que servem os líderes, para tomar o comando, nas
situações que fogem ao habitual…
Como habitante, cliente e pagante líquido desta Figueira, fica a reclamação…
Só não sei, é se existe alguém responsável a quem a endereçar?..
Ou vai ou racha: "ou cai o Syriza ou cai a Grécia"*
Que se lixe a Grécia, nós por cá, como sabem, todos bem!..
Para Luís Marques Mendes*, o que está a acontecer na Grécia
"terá mais importância nas legislativas em Portugal do que os programas
eleitorais ou do que as listas de candidatos".
sábado, 4 de julho de 2015
O que se está a passar na Europa
Paul Krugman |
O artigo de ontem de Paul Krugman, sobre o estado miserável em que a Europa se encontra, deve ser lido e relido e estudado na integra aqui.
Tradução de uns parágrafos, fundamentais para perceber o que se está a passar na Europa e sobre a importância do Referendo de Domingo na Grécia:
"Portugal também implementou obedientemente severa austeridade - E está 6% mais pobre do que era!" (...)
"E é por isso que o que está em jogo no referendo de Domingo é mais importante do que a maior parte dos observadores se apercebem. Um dos grande riscos, caso os gregos votem SIM - ou seja, votem para aceitar as exigências dos credores, e assim repudiarem a posição do Governo, deitando-o provavelmente abaixo - é que tal voto irá dar mais poder e encorajará os arquitetos do falhanço Europeu. Os credores irão demonstrar a sua força, a sua capacidade para humilhar qualquer um que desafie o seu poder. E irão continuar a impor que o desemprego massivo é a única ação responsável a adotar. E se a Grécia votar NÃO? Isso será assustador, território desconhecido. A Grécia provavelmente sairá do EURO, será altamente disruptivo no curto prazo. Mas dará à Grécia uma hipótese real para recuperar. E servirá de choque para as complacentes elites Europeias. Para pôr a questão de uma forma ligeiramente diferente, é razoável termos medo das consequências do voto "NÃO", porque ninguém saberia o que virá a seguir. Mas deverão ainda ficar mais assustados com a vitória do "SIM", porque aí saberíamos o que vem a seguir - mais austeridade, mais desastres e eventualmente uma crise pior do que aquela que vimos até hoje".
Para ler tudo em inglês, clicar aqui.
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