terça-feira, 2 de setembro de 2014

A reforma, no fundo, resume-se a isto:


"... a agremiação laranja está a cumprir o seu papel: já expulsou milhares de infiéis, condenou à miséria outros tantos, devolveu Portugal ao século XIX, mas insiste que está a construir um país moderno. Dêem-lhes mais quatro anos e não fica pedra sobre pedra."

Obras de defesa da orla costeira a sul do estuário do Mondego vão arrancar

Como certamente nos recordamos, o inverno passado foi severo. Causou estragos – e que estragos – na orla marítima a sul do estuário do Mondego. 
Daqui a pouco estaremos outras vez no inverno, o que está a causar alguns receios à população da margem sul da barra da Figueira da Foz.
Neste espaço, tal como ainda aconteceu em Agosto passado, andamos a alertar há anos para o perigo que corre a Aldeia.
Citando o jornal Diário de Coimbra de hoje, informamos que “foi ontem assinado o auto de consignação da empreitada de reabilitação dos esporões e das estruturas longitudinais da Cova-Gala, Lavos e Leirosa e do cordão dunar entre a Leirosa e a Ribeira do Estremal. Os trabalhos, com um custo estimado de perto de 2,5 milhões de euros, com comparticipação de verbas de fundos comunitários, terão um prazo de execução de nove meses e serão efectuados pela empresa «Irmãos Cavaco».”
Todavia, as preocupações permanecem.
A ocupação desordenada do litoral do nosso concelho é a realidade que conhecemos, o que vai continuar a contribuir para agravar as situações de desequilíbrio e fenómenos de erosão costeira que têm vindo a pôr em causa a segurança de pessoas e bens. 
Infelizmente, todos sabemos que este cenário só irá piorar nos tempos vindouros.  A sul do porto da Figueira da Foz, os efeitos erosivos vão continuar bem patentes. Cova, Gala, Costa de Lavos e Leirosa são apenas algumas localidades na lista negra.
Citando desta vez AS BEIRAS, registo “a satisfação por este auto de consignação" do presidente da Câmara. "É o resultado dos apelos que, sucessivamente, apresentámos junto da tutela”, disse aos jornalistas o presidente da autarquia figueirense, à margem da reunião de trabalhos, admitindo, porém, que as medidas não serão suficientes.
Segundo o autarca, um governante (secretário de Estado ou ministro) deslocar-se-á à Figueira da Foz, oportunamente, para acompanhar as obras.
O inverno aproxima-se. Mais cedo do que tarde, irá soar novamente o alarme.
Entretanto, aguardemos que o início das obras não demore.

X&Q1213


Haja boa disposição

U
Um dia destes, um António tocou ferrinhos
O outro, enfiou o barrete
As primárias do PS estão a ser uma campanha alegre e bem disposta.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Convém não esquecer que o circo mediático faz vítimas...

Como o saber não ocupa lugar...

"Aprenda como funcionam os mercados em 5 lições"...

O Centenário de Joaquim Namorado chega à 38º Edição da Festa do Avante...

A decoração do Pavilhão de Coimbra contará com a presença das palavras do poeta, nos versos de "Liberdade", "Legenda para a vida de um vagabundo", "Sonambulismo", "Aviso à Navegação", "Poeta" e "Cantar de Amigo"
daqui

Ainda há "jobs" bem pagos...

Os intelectuais figueirenses "das esquerdas" que depois do 25 de Abril de 1974 passaram por executivos eleitos democraticamente

foto sacada daqui
O tempo passa e cada vez entendo menos os intelectuais figueirenses "das esquerdas" que deixam partidos como o PS servir-se deles. 
Que fazem eles nos executivos camarários, por exemplo, mais do que a sua promoçãozinha pessoal?.. 
Que fazem eles nos executivos camarários, senão enredarem-se em minhoquices e darem-nos uma tristíssima figura deles próprios?..  
Como querem ser levados a sério, por serem homens "das esquerdas", se a sua presença em questões essenciais (o património da esquerda é inseparável da liberdade...) foi tão inócua como a presença dos homens das direitas?

domingo, 31 de agosto de 2014

Artur Morais, de bestial a besta...

Artur Morais, guarda-redes do Benfica, há uns dias, não muitos ainda, foi o herói ao defender os penaltis no jogo que terminou empatado frente ao Rio Ave.
Hoje, foi infeliz no golo do Sporting, e é unanimemente responsabilizado pelo empate do Benfica, o que vai facilitar a vida ao Jorge Jesus...
Se o treinador tivesse colocado em jogo Júlio César e as coisas tivessem corrido mal, ficava sem dois guarda-redes...
Artur facilitou-lhe a vida e, neste momento, já é uma carta fora do baralho...

Pulhice

Novo modelo de banco
"No afã da austeridade, o Governo ditou cortes sobre cortes nos ordenados dos funcionários públicos e nas pensões. Também não escaparam as prestações sociais, mesmo aquelas que são do regime contributivo, no caso os subsídios de desemprego e de doença. Os primeiros vieram no Orçamento do Estado para 2013, na ordem dos 5% no primeiro caso e de 6% no segundo. A oposição pediu a inconstitucionalidade da medida e, em abril desse ano, o Tribunal Constitucional decretava-a. O Executivo devolveu aos beneficiários o que já tinha arrecadado e insistiu na medida em sede de Orçamento Retificativo, limitando-se a alterar a fasquia dos cortes para valores acima dos 419 euros. A maioria aprovou a medida na Assembleia da República e ela entrou em vigor a 25 de julho, mas só foi processada em setembro pelos serviços da Segurança Social que, implacavelmente, exigiram aos beneficiários abrangidos a devolução dos montantes das duas prestações já recebidas.
No Orçamento do Estado de 2014 lá ficou inscrito o mesmo corte, com brado da oposição que enviou mais um pedido de inconstitucionalidade para o Palácio Ratton, sem se lembrar de pedir que a decisão abrangesse o retificativo. Os juízes voltaram a chumbar esses cortes para 2014. Pela segunda vez! Por uma questão de ética e de respeito pelos desempregados e doentes, já que pela Constituição parece não haver muito, o Governo devia ter devolvido aquilo que foi cortado nesses subsídios desde 25 de julho a dezembro de 2013. Não o fez. Aproveitando a brecha deixada pela "falha" da oposição, o Governo guardou uns "trocos" de cinco meses que faziam muita falta aos que se encontravam (e encontram) em situação de debilidade."
EDITORIAL do dn

Merecido sucesso dos Amadores do Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense ontem no Cae

Ontem à noite, o Cae encheu para ver “Um Violinista no Telhado”. As cerca de 800 pessoas que se deslocaram, tiveram oportunidade de ver uma magnífica interpretação dos Amadores Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense de uma peça teatral baseada nas histórias de Sholom  Aleichem, escrita no início do século XX.
Tevye é o leiteiro e judeu que vive na aldeia de Anatevka na Rússia em 1905. Trabalha arduamente, quase de sol a sol, para que nada falte à mulher e às suas cinco filhas. No entanto, no país, começam a soprar ventos pré-revolucionários que, mais tarde ou mais cedo, irão chegar à aldeia e alterar radicalmente as vidas e também os costumes e tradições dos seus habitantes.
O Violinista no Telhado”, porém, acaba por ser uma situação que nos afecta a todos, apesar de se passar numa comunidade judaica. Fala de famílias e de crenças. Portanto, O Violinista no Telhado” não é só uma obra que pode ser entendida pela comunidade judaica. É uma peça que tem emocionado muita gente pelo mundo inteiro.
Tevye é um pobre judeu. Pai de cinco filhas, mora numa pequena Aldeia, onde a maioria das pessoas são simples e, tal como ele, vivem acima de tudo condicionados pela tradição.
Todavia, à medida que suas filhas se vão apaixonando, Tevye começa a sentir na pele as mudanças ideológicas que começam a “minar” a nova geração. Como homem de bom coração, deseja em primeiro lugar o bem de suas filhas. Porém, mesmo para ele, tudo tem limites. 
No fundo, o que Tevye teria desejado que tivesse mudado, é que as mudanças lhe tivessem proporcionado um pouco de mais bem estar económico. As cenas em que se dirige a Deus, como que a dizer “porque temos de sofrer assim"?, são de uma subtileza arrepiante.
Os Amadores do Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense, com esta representação deO Violinista no Telhado”, uma obra escrita no início do século passado, mas cuja mensagem está mais actual do que nunca, levaram-me a olhar e reflectir para o papel das "velhas" e "novas" tradições no nosso dia a dia – por exemplo, que influência tem a religião, a música, o futebol, a televisão, a internet, a forma como está organizado o trabalho e os costumes, na maneira como nos conseguimos relacionar e interagir com os que nos rodeiam no quotidiano.
Na peça, Perchik é aquele que contesta quase tudo. É certo que não vai ao ponto de colocar em causa Deus, mas contesta outros valores vigentes na sociedade da época: por exemplo, os homens e as mulheres não se poderem tocar, ficarem separados no casamento por uma corda no meio, ser o pai a decidir sobre o casamento das filhas.
Esta, a personagem contestatária, foi a que deixou a mensagem que mais me impressionou nesta obra teatral com mais de 100 anos: para construirmos o futuro temos de saber olhar de frente para a tradição.
Sem desprimor para ninguém, permitam que, felicitando todos, destaque o trabalho de João Miguel Amorim, que adaptou, encenou e protagonizou "O Violinista no Telhado", ao que julgo saber ainda um jovem,  que a continuar com esta competência e talento vai certamente contribuir para manter no futuro o Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense no patamar a que foi elevado por Mestre José da Silva Ribeiro.
Obrigado Amadores do Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense.
Foram mais de duas horas que passaram a voar.

Bom domingo

sábado, 30 de agosto de 2014

Em directo para o sítio dos desenhos


"A imprensa figueirinhas – a temática e a problemática"


Ora porra!
Então a imprensa portuguesa é
que é a imprensa portuguesa?
Então é esta merda que temos
que beber com os olhos?
Filhos da puta! Não, que nem
há puta que os parisse.

Álvaro de Campos - Livro de Versos . Fernando Pessoa.
Lisboa: Estampa, 1993. 

Que bom é viver em Portugal!..

A sorte que um cidadão exemplar, que não tem dinheiro nem poder, tem por viver em Portugal, quando tem o azar de ter um problema com a justiça: Prescrição salva Jardim Gonçalves de condenação em tribunal”...

Para manter o prestígio... (III)

Porque este blogue não pode ser só larachas políticas, patos mortos, futebol e fotos de mulheres nuas, fica uma notícia cultural, tal como a foto,  sacada daqui... 

De médico e de louco, diz-se, todos nós temos um pouco. 
Já a combinação de professor, advogado, jornalista, político, ensaísta e romancista é menos comum. 
Este sábado, a seguir ao bloco informativo das 10h00, damos-lhe a conhecer o novo romance de António Tavares, «As palavras que me deverão guiar um dia», finalista do cobiçado Prémio Leya, mas também o seu autor, o homem que garante ter feito sempre o que queria, de consciência tranquila e que está, admite, cada vez mais «despojado», a caminho de uma misantropia sorridente: «mais natureza, mais pessoas e menos sociedade».
O livro - uma homenagem à literatura e aos autores e obras que lhe alimentaram a alma e a imaginação, com «qualquer coisa de autobiográfico» -, estará nas livrarias, com a chancela da Teorema, a partir de 2 de Setembro. 

A entrevista, essa, pode ouvi-la já hoje, em 99.1 fm".

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Na Figueira, a partir daqui, só se fizer comunicação social sem jornalistas! Portanto, só podemos estar optimistas...

A propósito duma polémica da treta, um dia destes, no facebook, li algures por aqui um comentário que dizia mais ou menos isto.
Quanto à comunicação social da Figueira, seria bom que as pessoas soubessem quantos jornalistas existem. Por muito bons que sejam, não conseguem acompanhar tudo. É fácil falar estando de fora, mas é difícil fazer melhor.
Sabem o que é estar 24h/24h em serviço? A Foz do Mondego, o Figueira na Hora e a Voz da Figueira têm UM JORNALISTA! Sabem quanto tempo demora editar, confirmar dados/fontes e divulgar uma notícia?“

Para quem acompanha de perto as fragilidades da comunicação social figueirense nos últimos 40 anos, isto não é novidade. Eu próprio sabia que a coisa funciona assim. E a situação tem vindo a piorar, ano após ano. Fecho de jornais, despedimento de jornalistas, falta de estabilidade profissional, falta de liberdade, essa foi uma realidade que o próprio autor deste blogue foi acompanhando ao longo dos tempos...
Neste momento, os órgãos de comunicação figueirenses sobrevivem com as redacções mais "magras", "leves" e "baratas", que é possível. A partir daqui, só se fizer comunicação social sem jornalistas. Crê-se, por isso, que "o pior já tenha passado"
Além da dimensão humana deste problema, também aqui na Figueira, a questão principal tem a ver com a falta de enquadramento em termos de paradigma com que estas alterações e despedimentos são feitos. Ou seja, está-se perante meras operações contabilísticas, sem qualquer sustentação naquilo que deveria ser o modelo do jornalismo no futuro e do negócio que o sustenta. Isso acontece, em parte, porque ainda não se sabe bem qual o caminho que o jornalismo pode seguir e, muito menos, que esquema de financiamento o pode viabilizar.
Como alguém ligado ao sector me disse recentemente, fazer depender hoje em dia um projecto jornalístico de receitas de publicidade e de vendas em banca (ou por assinatura) é a receita para o desastre... 
Como, aliás, se viu com projectos editoriais recentes em Portugal, que foram lançados cheios de pujança, mas alicerçados em modelos obsoletos e que, rapidamente, se viram confrontados com a dura realidade dos números. 
Então, que novas formas de negócio existem neste sector que possam viabilizar os jornais e o jornalismo num futuro próximo?
Um desses modelos já foi testado no Figueirense, depois de ser propriedade do Casino, e continua em vigor na Foz do Mondego Rádio do empresário e político Fernando Cardoso: passa, digamos assim, por uma espécie de mecenato.
No fundo, para abreviar, acredita-se que se parte do princípio de que o investimento financeiro é feito sem uma lógica de lucro inerente (e até mesmo a "fundo perdido")...
Então, qual seria o interesse?
Em causa, poderia estar outro tipo de "retorno", que pode ser prestígio cultural, social, “poder” pelo controle da informação, controle político, etc. 
Este, é apenas um caminho que o jornalismo e os jornais poderão vir a seguir nos próximos anos.
Para já, ainda não foi encontrada a fórmula que garanta a sua viabilidade saudável para o futuro. Como o exemplo do Figueirense provou.
Para já, continua a funcionar a Foz do Mondego Rádio...
Desde que me conheço, que me considero um observador atento da dura realidade dos meios de comunicação social figueirense.
Na Figueira, do meu ponto de vista, a comunicação social continua a ter os pecadilhos de sempre: falta de ideias próprias; e continua presa a velhas rotinas, que impedem a sua renovação.
Basta ver os conteúdos. O grosso da coluna das notícias veiculadas pelos órgão de comunicação locais, provem das fontes oficiais ou institucionais. 
Não falam das pessoas normais - as que no fundo lêem jornais e ouvem rádio.
Os jornais – e os jornalistas - gravitam em torno dos poderes, como mosquitos à volta duma lâmpada acesa numa noite escura, numa zona de águas estagnadas e mal cheirosas.
Culpa dos jornalistas?
Também, mas não só.
Os interesses – não só os económicos – é que determinam as regras do jogo.
Mas quais são os grandes pecados?
Na minha óptica, os grandes pecados dos media figueirenses são o comodismo, a desatenção, o respeitinho pelo poder, o alheamento da sua tarefa histórica de vigilância democrática.
Só que o público está cada vez mais atento e a ganhar uma postura cada vez mais pensada e interveniente.
Os tempos dos leitores e dos ouvintes se deixarem reduzir a simples consumidores de conteúdos, sem qualquer postura crítica relativamente ao menu mediático que lhe é proposto, estão a acabar.
Algo está a mudar.
Lenta, mas progressivamente, a influência dos media na sociedade está a impor leitores, ouvintes e telespectadores cada mais críticos e atentos à comunicação social e à sua mensagem.
No País em geral. E também na Figueira.

O Professor Cavaco voltou a falar!

O Prof. Cavaco está de novo na agenda mediática, por ter felicitado Ronaldo... 
Alguns portugueses elegeram o chefe do Estado para ser o garante do normal funcionamento das instituições.
Por essa razão, o presidente da República não tinha o direito ao silêncio nesta importante questão.
Desde já, registe-se que o chefe do Estado esteve à altura da sua responsabilidade democrática, ao sair a terreiro e deixar uma palavra serena sobre a necessidade de respeito pela  valorização do desporto em Portugal e para a projecção internacional do país
O professor Cavaco Silva teve, nesta importante questão, uma oportunidade quase única para redimir o seu mandato. 
E não a perdeu... 
Aliás, na sua sereníssima cabeça, Portugal deve ser Ronaldo...