quarta-feira, 9 de abril de 2014
terça-feira, 8 de abril de 2014
"O meu país não é deste Presidente, nem deste Governo"
Alexandra Lucas Coelho recebeu ontem o prémio literário da APE, pelo romance "E a Noite
Roda".
Tal como acontecera aquando da entrega dos prémios Gazeta de
Jornalismo 2013, Cavaco Silva não esteve presente. Foi a primeira vez, desde
1987, que um PR se escusou a estar
presente na entrega dos prémios gazeta, os mais prestigiados atribuídos em
Portugal.
Toda a gente percebeu que a recusa se deveu ao facto de o premiado
ser António José Cerejo, um dos ódios de estimação de Cavaco.
Ontem, para a entrega do prémio APE a Alexandra Lucas
Coelho, o presidente Aníbal mandou um amanuense qualquer representá-lo.
No momento de discursar, Alexandra Lucas Coelho foi frontal.
"Eu gostava de dizer ao actual Presidente da República,
aqui representado hoje, que este país não é seu, nem do governo do seu partido.
É do arquitecto Álvaro Siza, do cientista Sobrinho Simões, do ensaísta Eugénio
Lisboa, de todas as vozes que me foram chegando, ao longo destes anos no
Brasil, dando conta do pesadelo que o governo de Portugal se tornou: Siza
dizendo que há a sensação de viver de novo em ditadura, Sobrinho Simões dizendo
que este governo rebentou com tudo o que fora construído na investigação,
Eugénio Lisboa, aos 82 anos, falando da “total anestesia das antenas sociais ou
simplesmente humanas, que caracterizam aqueles grandes políticos e estadistas
que a História não confina a míseras notas de pé de página.”
O discurso, na íntegra, pode ser lido aqui.
Fixe, meus!..
“Há, em toda esta história, outra coisa que não se percebe.
Como é possível que Durão e Constâncio possam contar estas histórias de forma
tão imprecisa, baseando-se na sua memória? A Presidência do Conselho de
Ministros não guarda registos? O Banco de Portugal não guarda registos? As
reuniões não dão origem a actas? Nos Estados Unidos, uma história destas teria
trinta memos escritos a sustentá-la, sete actas de reuniões, as agendas de
todos os participantes, entradas nos diários dos intervenientes, dias e horas
das reuniões e respectivas ordens de trabalhos, registos do que se disse e do
que foi pedido e do que foi garantido e por quem.
Mas em Portugal, no meio político, a regra é a informalidade
e isso é apresentado como um sinal dos nossos brandos costumes. O problema é
que a informalidade é a arma de eleição dos corruptos e dos aldrabões. Os
políticos não têm agendas, as reuniões não tem actas, as declarações não têm
testemunhas. E, nos raros casos em que esses documentos existem, os
protagonistas levam-nos para casa no fim da legislatura como se fossem
propriedade sua e não património público e um elemento essencial da
responsabilização dos agentes políticos.”
- José Vítor Malheiros, colunista do jornal Público
- José Vítor Malheiros, colunista do jornal Público
Jornalismo e "poesia rigorosa"
Li este título, hoje, no jornal As Beiras.
Perante o facto interroguei-me: o jornalismo é uma aldrabice?
Confesso que não sou mestre suficiente na matéria, para
sustentar tal afirmação.
Gosto do jornalismo porque me parece uma profissão útil.
Modéstia à parte, porém, considero-me possuidor de alguma capacidade analítica - aliás, reconheço, um dos meus grandes defeitos.
Por outro lado, encaro o jornalismo como uma actividade com rigor. Defendo, aliás, que é preciso
acabar com a ideia de que o jornalismo é uma aldrabice.
Porém, no tempo que passa, constato que o povo até tem alguma razão - em grande parte, por diversas razões, que não vou aqui e agora esmiuçar, é mesmo aldrabice.
O jornalismo, tal como eu o entendo, obriga a
um enorme rigor e isso traduz-se, também, na busca de uma “poesia rigorosa”.
Maria Filomena Mónica
... "não é possível substituir o papel do professor de carne e osso (...). A escola é para ensinar a pensar. É um crime o que se fez com o alargamento de 20 para 30 alunos": - Maria Filomena Mónica, no Casino, via Figueira na Hora.
Em tempo.
Parece que foi muita gente...
Em tempo.
Parece que foi muita gente...
A Praça Velha
Durante anos, tal
como no País, aqui pela Figueira, vivemos uma ilusão: governos de várias cores políticas e
executivos camarários locais laranja,
fizeram-nos crer que vivíamos num país rico e numa cidade «na moda».
A Figueira, tal como
o país, vivia para o consumo, para o despesismo para a ostentação.
A construção de
imóveis disparou. Agimos como ricos. Convencidos, de facto, que éramos ricos, havia
piscinas, oásis, CAE, para construir, só por construir, Olaias, Palácio de
Maiorca e Mosteiro de Seiça, para comprar, só por comprar, complexo desportivo de Buarcos e campo de golf
para implementar, só por implementar, carnaval e festival de bikini para promover e financiar, só por financiar...
E havia novas habitações prontas a erguer numa cidade com
milhares de fogos vazios, indiferente à necessidade da reabilitação urbana.
Tudo isto, numa cidade em que se fechavam fábricas e
estaleiros, o comércio tradicional definhava, se desmantelava a frota pesqueira
e a agricultura era abandonada...
Deixámos, como é óbvio, de produzir. Fomos, aliás, incentivados para isso, na Figueira e no País. Importávamos 80% do
que comíamos, com recurso a dinheiro
emprestado, vivíamos na ilusão de que éramos ricos.
E assim fomos vivendo, na Figueira e no País!
Até um dia...
Um dia, primeiro na Figueira, depois no País, lá tivemos de abrir os
olhos para a realidade.
O rei ia nu: somos uma
cidade e um país pobre e a era das ilusões tinha chegado ao fim.
Gostei imenso, por isso, de ler a crónica realista e assertiva do
vereador e militante PS, António Tavares, publicada no jornal AS BEIRAS, de que
destaco esta parte:
“Foi com satisfação que verifiquei a abertura de um novo
estabelecimento de restauração situado na Praça Velha e instalado num edifício
recentemente reabilitado. A praça afirmou-se durante muito tempo como um espaço
público de excelência.
Relatos de há 100 anos descrevem-na como um ponto de
encontro dos figueirenses, de atracção do comércio e de vivências várias – foi
terminal de autocarros e ali funcionou, por exemplo, a biblioteca municipal.
Depois, a praça, no seguimento do abate quase completo da
baixa histórica, viu encerrarem-se os estabelecimentos e desaparecerem os residentes.
Hoje, com a recuperação dos edifícios e a sua subsequente ocupação, a praça
poderá ser, de novo, encarada como um interessante conjunto patrimonial.”
Declaração de interesses.
A Praça Velha é o local de que mais gosto na Figueira.
Sempre que lá vou, praticamente todos os dias, não dispenso uma visita ao local onde se toma a melhor
bica na nossa cidade – o café Brasil.
Figueira na Hora: um ano de vida. Parabéns
“7 de abril de 2013. Há precisamente um ano atrás nascia o
«Figueira Na Hora». Um projeto pensado para a Figueira da Foz, feito com e para
os figueirenses.
Ao longo destes 12 meses foram, e são cada vez mais, os que
diariamente nos acompanham, interagindo das mais variadas formas.
Em dia de aniversário, em nome deste projeto, a todos o
nosso muito OBRIGADO!
Hoje, em dia de aniversário, apresentamos a nossa nova
imagem. O «Figueira Na Hora» é uma marca registada no INPI (Instituto Nacional
de Propriedade Industrial) e, também hoje, passou a estar oficialmente
registado na ERC como órgão de comunicação social.
Queremos fazer muito mais e contamos consigo desse lado para
nos acompanhar neste caminho.”
segunda-feira, 7 de abril de 2014
A Câmara da Figueira já equaciona formas de «homenagear Joaquim Namorado e a sua ligação à Figueira da Foz» que não passem por prémio literário!..
Está a
decorrer uma petição pública on line que pretende sensibilizar a Câmara Municipal
da Figueira da Foz para a importância de voltar a instituir o Prémio Literário Joaquim Namorado.
Na petição, os subscritores pedem que o Prémio Joaquim Namorado seja reinstituído já este ano.
À Foz do Mondego Rádio, António Tavares, vereador da Cultura do Município, avançou que a reinstauração do referido prémio não está nos planos do executivo. A Figueira da Foz já tem o Prémio Literário João Gaspar Simões, que homenageia um distinto figueirense a quem muito devemos a «descoberta» da Fernando Pessoa», sublinhou, acrescentando que "outro prémio literário não faria grande sentido". Ainda assim, o vereador admite que a autarquia possa "encontrar outras formas de homenagear Joaquim Namorado e a sua ligação à Figueira da Foz".
Na petição, os subscritores pedem que o Prémio Joaquim Namorado seja reinstituído já este ano.
À Foz do Mondego Rádio, António Tavares, vereador da Cultura do Município, avançou que a reinstauração do referido prémio não está nos planos do executivo. A Figueira da Foz já tem o Prémio Literário João Gaspar Simões, que homenageia um distinto figueirense a quem muito devemos a «descoberta» da Fernando Pessoa», sublinhou, acrescentando que "outro prémio literário não faria grande sentido". Ainda assim, o vereador admite que a autarquia possa "encontrar outras formas de homenagear Joaquim Namorado e a sua ligação à Figueira da Foz".
Recorde-se que nos dias 28 e 29 de Janeiro de 1983, por
iniciativa do jornal Barca Nova, a Figueira
prestou-lhe uma significativa Homenagem, que constituiu um acontecimento
nacional de relevante envergadura, onde participaram vultos eminentes da
cultura e da democracia portuguesa.
Na sequência dessa homenagem, a Câmara
Municipal da Figueira, durante anos, teve um prémio literário, que alcançou
grande prestígio a nível nacional.
Santana Lopes, quando passou pela
Figueira, como Presidente de Câmara, decidiu acabar com o “Prémio do Conto
Joaquim Namorado”.
Os pedidos que Manuel Forjaz fez para o velório e funeral...
O empresário pediu 10 minutos para falarem de si e que se lembrem que viveu sempre a vida como quis... Este vídeo tem mais 27 segundos.
Os empreendedores do "bate punho", em vida, depois de mortos, devem ir todos para o céu!..
Paz à sua alma.
Concelho perfeito. Concelho sem culpados. Concelho sensível, de plástico, cheio de merda pelos cantos...
O largo Alves Barbosa, na Fontela, vai ser o palco da
primeira feira da freguesia de Vila Verde, a partir de maio, no segundo e
quarto sábados do mês. O espaço tem capacidade para cerca de meia centena de
feirantes e a antiga escola do 1.º ciclo abre as portas das suas casas de
banho.
Vítor Alemão, presidente da junta, adiantou ao DIÁRIO ASBEIRAS que a feira tem por finalidade gerar receitas. O autarca ainda não
quantificou quanto vai aduzir aos cofres da autarquia que lidera, mas todo o dinheiro,
ainda que seja pouco, é bem-vindo, para fazer face ao corte de 12 por cento nas
transferências da Administração Central.
“Somos a única
freguesia do país que, no âmbito da reforma administrativa, não agregou nem foi
agregada e perdeu cerca de metade do seu território e sofreu um corte destes.
Não conseguimos compreender como é que isto foi feito”.
De negociatas políticas pouco percebo, mas lembro-me de em novembro de 2012, a proposta dos "sábios" autárquicos figueirenses ter lixado Vila Verde.
E se tivesse sido com Lavos?..
Conceição Matos e Domingos Abrantes : Resistir, lutar, talvez sonhar
ANABELA MOTA RIBEIRO (Texto) e NUNO FERREIRA SANTOS (Fotografia)
|
"Casaram em 1969. Mas antes disso tiveram uma vida. E depois
de 74 tiveram outra. E antes dessas tiveram vidas paupérrimas, onde crescia a
revolta e, estranhamente, havia espaço para a felicidade. Conceição Matos e
Domingos Abrantes usam nomes ternos para chamar o outro. Nomes que
surpreenderiam quem os conheceu, de aço, na luta antifascista
Domingos Abrantes foi preso pela primeira vez em 1959.
Participou na famosa fuga de Caxias em Dezembro de 61. Ligou-se a Conceição
Matos em 1963, viveram uma vida clandestina. Funcionários do Partido Comunista
(ele desde 54, ela desde 63), eram considerados subversivos pelo regime
salazarista. Foram presos em 65. Domingos ficou preso até 73, Conceição ficou um
ano e meio. Voltaria a ser presa em 68, por uns meses.
Foi na cadeia que Conceição comeu chocolates pela primeira
vez. Conta isso enquanto oferece chocolates. Comeu-se uma caixa ao longo de
três horas de entrevista. Falou-se de uma vida antiga que é importante que seja
presente. Porquê? Porque há o dever de contar. O dever. O dever de não falar
(na cadeia), o dever de falar (agora). O dever de estudar (evoluir). O dever de
lutar (sempre) por um mundo melhor. A conversa diz respeito ao tempo em que
foram revolucionários e termina em 1974. Nasceram em 1936. Nenhum deles chorou.
Riram várias vezes. Parecem felizes."
Uma entrevista de Anabela Mota Ribeiro publicada no jornal Público, a não perder. Aqui.
Estes dias...
Irritam-me estes dias das mentiras.
Não consigo ler ou ouvir as notícias sem me questionar: será
que isto está mesmo a acontecer?
Há algumas notícias que lemos e pensamos: isto não pode ser
verdade!
E pensamos: amanhã saberemos que foram inventadas...
O problema é que algumas são mesmo reais.
Pensando bem, estes dias das mentiras não são muito
diferentes do outro dia...
domingo, 6 de abril de 2014
«O primeiro-ministro diz-se disponível para negociar o Salário Mínimo Nacional»
Leram bem, não para aumentar mas "para negociar".
O homem tem consciência de classe e preocupações sociais.
“Passos Coelho sabe que pode continuar a contar com a UGT para a sua dupla vitória: trocar o trunfo eleitoral de 10 ou 15 euros desactualização do salário mínimo, o contrário de "que se lixem as eleições", pela machadada final na contratação colectiva de mais um "que se lixem os trabalhadores".Como todos os anteriores, voltará a não ser nada de tão grave assim, como denotam os mais de 60% de abstenção e os mais de 80% de intenções de voto nas europeias que todas as sondagens projectam para os três partidos do arco deste empobrecimento. O arco tem folga para continuar.”
Com, ou sem troika, a recompensa nunca falha...
Em tempo.
Relembre-se o que o 1º ministro Passos Coelho disse em campanha eleitoral:
O seu a seu dono...
BPN, o banco do PSD: "o maior escândalo financeiro do Portugal moderno, que custou (até agora) cinco mil milhões de euros aos contribuintes portugueses, nasceu no seio do PSD e só foi possível devido à cumplicidade dos mais importantes dirigentes deste partido, Cavaco Silva à cabeça."
Subscrever:
Mensagens (Atom)