Penso que esta realidade é indiscutível: estamos pior que há um ano.
Toda agente o sabe: a exploração do trabalho está cada vez mais
"à rédea solta" – foram as alterações ao Código do Trabalho, o ataque aos rendimentos do trabalho, às reformas e às pensões, a direitos legítimos como o acesso à saúde e ao ensino, ao corte de subsídios de férias de Natal…
Politicamente, parece-me adequada e oportuna a moção de censura ontem apresentada pelo PCP no Parlamento.
O problema de Seguro e do PS, com a apresentação da moção de censura ao governo que no próximo dia 25 vai ser discutida na Assembleia da República
(o PS não deve votar contra, mas, certamente, também não irá votar a favor, pois o mais provável é abster-se…), é isso mesmo: um problema de Seguro e do PS.
Para todos nós, as pequenas cobardias que cometemos no do dia a dia, são pedrinhas na engrenagem, que nos vão moendo devagar. Seguindo por aí, o nosso coração acaba por se transformar num animal receoso e encolhido…
Esse, é o caminho seguro e certo para o medo e o percurso mais curto para a sermos derrotados em toda linha.
Se mais nenhum efeito tiver, a meu ver, pelo menos, os comunistas com esta moção de censura, vão obrigar os restantes partidos a tornarem mais claras e mais visíveis as suas verdeiras posições em relação
“à política deste governo”.