segunda-feira, 26 de março de 2012

E que causas!..

Devem ser as famosas causas “facturantes”!
Em tempo. Já foi à loja do cidadão pedir o seu?..

Mãe, não se preocupe: vou ser deputado

Em vez de direitos adquiridos, ambicionamos o emproendodorismo e a flexubililidade labural. Somos adeptos de soluções novas e, mais ainda, de novas soluções. É como uma revolução, mamã. Mas assim, , fixe e tranquila, tás a ver.

Via Vida Breve

Actualização:
A imagem, entretanto,  desapareceu do facebook da JSD.
Informo, via Maria João Pires, que a imagem é a capa da moção da JSD ao congresso do PSD.

domingo, 25 de março de 2012

Secreto entardecer


A Figueira dos meus tempos ainda é a do carro americano, esse brinquedo inefável tirado a um par de mulas e que desenhava um jubiloso percurso desde o largo fronteiro à estação (havia um túnel junto ao Ténis Clube) até um pouco para além de Buarcos.
Casinos eram vários: o Europa, hoje parece que pensão, onde todas as noites se exibia um excelente quarteto de que era pianista o compositor Ruy Coelho; o Espanhol, na actualidade Café Nicola, com atracções de vário tipo; o Oceano, animado pelo conjunto do hábil pianista figueirense de apelido Mesquita, mais conhecido por Mesquitinha, pai de 6 ou 7 filhos e de temperamento bastante remexido e ambíguo; por fim, o Grande Casino Peninsular, que atingiu por essa época os momentos sem dúvida mais prestigiosos de toda a sua história.
Dirigido por Ernesto Tomé e Arménio Faria, figuras ímpares de largo espírito criativo, lúdico e bem-humorado, ali se efectuavam as sete voltas ao casino (réplica juvenil de certos feitos do ciclismo local); e essas admiráveis festivas garraiadas infantis, com garraios autênticos, e os rapazinhos vestidos a carácter (lembra-se, Dr. Joaquim de Sousa?), enfiados em nervosos cavalos de pasta, prontos, os corcéis, a entrarem ao som de um paso doble nobremente na arena.
Pelo menos uma vez por semana havia música de concerto pela orquestra de Salão regida pelo notável violinista René Bohet. E música militar no coreto do Jardim. Onde, santo Deus, tudo isto já vai.
A Figueira desse tempo era uma cidade culta. Exigente, cosmopolita e viva, cidade aberta e atractiva, muito procurada por espanhóis da raia e da meseta. Muitos outros estrangeiros vinham para a então “Rainha das Praias” em busca de sol, iodo, mar e diversões.
Personalidades como Vitorino Nemésio, de quem tive a honra de ser amigo, ali passavam com a família a época balnear, frequentando o então querido Professor a Farmácia Gaspar, na rua da Liberdade, onde volta e meia se reunia com Joaquim de Carvalho, João de Barros, Mesquita de Figueiredo, Gaspar Simões e outras imperecíveis figuras tutelares.
Impossível esquecer as garraiadas de beneficência, com o David Viana, o Boa Nova, o “Charlot” e outros mais, todos de branco (…)
Sim, esta era a minha cidade, a minha rara cidade de outrora, pequeno burgo de ruas de vento e palmeiras, lugres, caiaques, gaivotas, cais solitários e marés vivas.

Luís Cajão, Um Secreto Entardecer, ed. Escritor, Lisb. 1998, via ÁLBUM FIGUEIRENSE

Cuidado Rangel… Cuidado Marcelo… Cuidado Paulo Macedo… Cuidado Miguel Macedo…

Depois de uma de uma passagem rápida pela edição electrónica do DN de hoje, fiquei intrigado…

O eurodeputado e ex-candidato à liderança do PSD Paulo Rangel pede que os "grandes interesses económicos" aceitem "perder qualquer coisa", porque são o único agente que está ainda "à prova", depois dos "sacrifícios" generalizados do país. Não há cidadão português, cidadão individual e família, que não esteja a fazer sacrifícios, que não esteja a fazer renúncias!..

O antigo líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa defende a importância de as questões sociais serem discutidas no Congresso do partido, num momento em que "muitos portugueses estão a sofrer".


O ministro da Saúde, Paulo Macedo, admite que a crise pode levar a um aumento dos casos de tuberculose em Portugal…

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, lamenta a "situação dos jornalistas" que foram agredidos pela polícia na quinta-feira, e quis sublinhar a diferença entre os manifestantes do Chiado e os manifestantes da CGTP.”

Cuidado Rangel… Cuidado Marcelo… Cuidado Paulo Macedo…. Cuidado Miguel Macedo…
A falarem assim ainda os confundem com algum comunista!..
É que ao tomar conhecimento, pelo mesmo jornal, que para Luís Amado, ministro no governo anterior, economista de formação e novo "chairman" do Banif,  se há crítica a fazer ao Governo de coligação, é a falta de atenção aos problemas essenciais das empresas e das famílias portuguesas ainda mais intrigado fiquei!..

Em defesa do facebook


Não foi o facebook que criou tanto idiota… 
Só permitiu foi que tanto idiota pudesse tornar a sua idiotice tão facilmente acessível aos outros.

Bom domingo

sábado, 24 de março de 2012

A polícia só atrapalha?..

O fotojornalista José Goulão da LUSA  ferido pelas bastonadas do piegas Passos Coelho.
FOTO DE ISABEL SANTIAGO HENRIQUES/LIGHTSHOT.
Há mais aqui.
 
Num país em que 80 por cento dos votantes apoiam os partidos da troika (dizem as sondagens) a escandalosa actuação da polícia ontem numa manifestação no centro de Lisboa deitou por terra horas de trabalho e sono de Vítor Gaspar e Passos Coelho. As imagens difundidas pelo mundo inteiro da ignominiosa actuação da polícia contra cidadãos – por acaso, jornalistas que se encontravam em trabalho no local – deitou por terra qualquer noção relativamente à suposta tranquilidade nacional face às medidas de austeridade. Sim, reconheça-se que os cidadãos não reagem violentamente à pressão a que estão sujeitos na sequência das medidas do governo. 

Fazem greves, protestam pacificamente, manifestam-se. A carga policial de ontem demonstrou uma só violência: a de uma polícia excitada com a possibilidade de confrontos à grega, uma polícia que usa a violência desproporcional ao risco, um braço do Estado ao ataque físico aos cidadãos. 

Estas imagens correram o mundo inteiro e para o telespectador comum, em Berlim ou em Paris, Portugal passou a ser a Grécia, que tem a saída do euro como destino. Além de ter agredido fisicamente cidadãos pacíficos, a polícia agrediu politicamente o governo legítimo do país, transformando Lisboa em palco de confrontos populares. Os tumultos que Passos Coelho tanto temia chegaram: por obra e graça da polícia, também prejudicada, de resto, pelo memorando da troika.


Ana Sá Lopes

A Direita e a greve

Apesar de tudo, percebo que não seja fácil ser de Direita, nos dias de hoje. Antigamente, era tudo muito mais simples: o escravo era educado para ser escravo e via na comida que recebia uma bênção e nunca um direito e, até, poder dormir à noite era resultado da prodigalidade senhorial. 
Com o tempo, no entanto, os sacanas dos escarumbas aprenderam a ler e os maltrapilhos dos operários atreveram-se a perceber que eram seres humanos iguais, livres e fraternos. Ser de Direita tornou-se complicado, porque é difícil conviver com esta gentinha que não conhece o seu lugar, que se atreve a morder a mão do dono, mesmo quando o dono chicoteia, como, aliás, é sua prerrogativa. 
Sou de uma esquerda muito minha, não sou épico e, portanto, nada apocalíptico, quase nada catastrófico, porque sei que não posso resolver todos os problemas que me angustiam e porque os vou resolvendo a todos, quando digo uma piada ou quando me junto à mesa com amigos.
A história da luta pelos direitos dos trabalhadores, no entanto, é, efectivamente, uma epopeia e não há guerra de Tróia que se lhe compare nem Penélope que tanto tenha esperado. 
Diante dos incompetentes que fogem para Paris e deixam dívidas para pagar e na presença dos incompetentes que cobram essas dívidas a quem não as contraiu, a Direita queria, tão engraçada, que os descendentes dos escravos e os netos dos proletários não se revoltassem, que percebessem que a vida é assim, que se conformassem como ensina a Bíblia, que aceitassem que é inevitável. A Direita até já chegou ao ponto de defender, com uma desfaçatez cada vez maior, que se acabe com atrevimentos como o direito à greve, já que os outros direitos desapareceram quase todos.
A Direita que se recusa a ouvir o país, a Direita que pisa os cidadãos e que faz de conta que a História não existiu, nunca há-de perceber que instrumentos como a greve servem, por muitos abusos que haja, para enquadrar a revolta, para que o grito não se transforme em violência.

António Fernando Nabais

Portugueses têm de abandonar "complexo de pequenez", diz Durão Barroso!..

Para ele deixar a pequenez foi fácil... 
Foi só dar  à sola para Bruxelas!..
O que terá tornado isso possível?..

sexta-feira, 23 de março de 2012

Exposição ao Exmº. Presidente da Câmara da Figueira da Foz


Exmº. Senhor Presidente:

Muito respeitosamente,
peço a V. Exª. que a merda dos passeios da nossa cidade seja limpa decentemente!

Isto, acredite,  não é banzé...
Aconteceu é que, mais uma vez,  borrei o pé!
Espero, igualmente, que não entenda isto como um despautério,
pois, a meu ver, o caso é sério...
Somos uma  cidade,  que se quer exemplar,
não somos a "minha" vila!..
Na cidade,  os cães também têm pila,
cu para cagar
e donos que são  de lamentar…
Se queremos a Figueira como um destino
privilegiado para  férias
e como sabemos que o cão tem  intestino,
temos de conseguir evitar a exposição destas misérias!..

Muito respeitosamente,
fica, mais uma vez,  o pedido Senhor Presidente:
Precisamos da  merda dos passeios da nossa cidade limpa decentemente!..
Só mais um pormenor, Senhor Presidente:
peço-lhe que dê conhecimento ao Vereador do Ambiente!

Muito respeitosamente
António Agostinho 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Imagem de um país democrático e de brandos costumes

Um polícia carrega sobre Patrícia Melo uma fotógrafa da agência AFP. 

Vídeo aqui.  Mais fotos aqui.
Na Figueira, houve "dignidade, com civismo, ou seja, de acordo com as regras democráticas."
Em última análise, houve  a sorte que outros, pelo menos a avaliar pelas notícias, não tiveram.

Concurso de ideias para o areal da praia: se era para a fotografia, “bacalhau bastava”!...

Imagem  sacada daqui

Na Figueira, quase toda a gente sabe que o projecto vencedor do concurso para o areal da praia não tem hipóteses de ser realizado nos próximos anos, uma vez que orçaria os 102 Milhões de euros!.. 
Na Figueira, muita gente sabe que o projecto vencedor do concurso para o areal da praia, que não tem hipóteses de ser realizado, uma vez que orçaria os 102 Milhões de euros, acabou por custar, aos depauperados cofres da Câmara Municipal da Figueira da Foz, qualquer coisa como 60 mil euros (30 mil para o primeiro classificado, 20 mil para o segundo e 10 mil para o terceiro…)!.. 
Na Figueira, alguma gente sabe que a Câmara Municipal tem um gabinete de arquitectura, que dada a actual conjuntura das finanças camarárias, não deve ter assim tanto que fazer… 
Na Figueira, há gente que se interroga se os arquitectos da Câmara Municipal da Figueira da Foz, dado terem disponibilidade de tempo, não teriam competência, profissional e técnica, para elaborar um projecto para o areal da praia da Figueira, tal como o vencedor, sem hipóteses de ser realizado nos próximos anos, uma vez que não há um cêntimo, quanto mais 102 milhões de euros, para o concretizar!.. 
Se era para a fotografia, “bacalhau bastava”!..

quarta-feira, 21 de março de 2012

Amanhã...



Amanhã, é dia de greve geral.
Amanhã, deveria ser também dia de de indignação geral...
Amanhã,  deveria ser ainda dia em que ficasse bem explicita a insatisfação legítima e a raiva latente dos portugueses.

No Dia Mundial da Poesia

Sportinguista e Português me confesso...

Porque sou Sportinguista:



O Sporting é forte com os fortes e fraco com os fracos… 
(Ainda recentemente eliminou o Manchester City e a seguir foi perder ao Gil Vicente!..)




... e nunca poderia ser do PSD ou do CDS:



Este governo  PSD/CDS é forte com os fracos e fraco com os fortes… 
(Basta estar atento ao PREC – Programa Retrógrado de Empobrecimento em Curso: para este governo PSD/CDS, o empobrecimento é o caminho para a competitividade!..)

terça-feira, 20 de março de 2012

Eu já previa!... Só não sabia era quando….

para ler,
clicar na imagem



Um dia destes interroguei-me:  “alguém gostaria, por exemplo, que dele dissessem, no futuro, que poderia ter sido um grande génio, boémio ou mulherengo, mas preferiu ser um autarca sonhador?...”
Pronto, muito mais depressa do que poderia prever, está dito!... 

Memória de uma tragédia

Vou apenas sobrevoar o acontecimento, pois vendo em panorâmica, extraímos a dor à dor...
 Contrariaram o rio e construíram  um "canal da morte".
Transformaram num “rápido”, parte do percurso do Rio Mondego que durante séculos permitiu a navegação em segurança e “dois pescadores morreram e um ficou ferido…”

No país da mentira…


Nesta matéria, a verdade vai ser mesmo uma segunda escolha… 
Mesmo para quem não tem qualquer jeito para mentir…