domingo, 12 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
Um texto do Doutor Luis Melo Biscaia
Com a devida vénia, respigámos este texto do Doutor Luís de Melo Biscaia, daqui.
“Infelizmente, são já muitos que pouco ou nada se importam em valorizar a democracia, observando os seus princípios éticos e programáticos. Preferem viver sem essa preocupação, porque não sabem nem procuram saber o que é verdadeiramente esse regime político. Aproveitam, sim, a liberdade, que é própria de tal regime, para se comportarem muitas vezes da pior maneira, julgando que tudo é permitido! Vão sendo frequentes as situações de desrespeito pelo diálogo social e político, pela aceitação do pluralismo, pela solidariedade e pela justiça, pela convivência pacífica e democrática, e até pela boa educação. Assim a nossa democracia vai empobrecendo, parecendo mais uma imitação de muito mau gosto do que deveria ser. A arrogância, a prepotência, o incumprimento das leis, o desejo de enriquecer depressa mesmo por meios ilícitos, o favoritismo de amigos ou de quem tem a mesma opção política, a desonestidade, etc, imperam cada vez mais. No entanto, os que apregoam, a todo o momento, que são democratas, na prática do dia-a-dia negam constantemente essa qualidade. Já o dissemos e repetimos: à Revolução, que nos trouxe a Liberdade e a Democracia, não se seguiu uma revolução das mentalidades, que, durante os muitos anos da ditadura, estiveram anquilosadas e impedidas de fazer opções. Era preciso que se tivesse feito uma campanha de formação, com competência e dedicação. E bom teria sido que essa formação começasse logo nas escolas e também nos Partidos. Estes pouco ou mesmo alguns nada têm feito de válido nesse sentido. Estamos sempre a tempo de dar à nossa democracia o que ela merece, nunca esquecendo que se conquistou com muitos sacrifícios de toda a ordem. Tal depende essencialmente da vontade firme de cada um.”
Conforme pudemos ler, este oportuno texto alerta para um problema real: a qualidade da democracia está a decair em Portugal.
A sociedade portuguesa está desencantada com a classe política e, isso, reflecte-se no empobrecimento da nossa democracia: todos temos noção que a diminuição da participação nas eleições, o desinteresse dos cidadãos pelos partidos políticos e pelos sindicatos, o aumento da desconfiança em relação aos políticos e às instituições democráticas, não fortalece o regime democrático.
Dado o contexto complicado que se vive em Portugal, é por conseguinte, da maior pertinência e actualidade este lúcido texto do Doutor Luís de Melo Biscaia.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Homenagem aos pescadores da pesca do bacalhau e a todos os marítimos covagalenses
Começa hoje, pelas 16 horas, no Clube Mocidade Covense, com a abertura da Exposição alusiva à pesca do Bacalhau, a homenagem aos marítimos covagalenses promovida pela Junta de Freguesia de São Pedro.
Igualmente hoje, em continuação do programa, decorre na mesma Colectividade, uma palestra sobre a temática da pesca do bacalhau, proferida pelo dr. Alfredo Pinheiro Marques, Director do Centro de Estudos do Mar.
Amanhã, sábado, também no Clube Mocidade Covense, prossegue a Exposição e haverá passagem de filmes.
Finalmente, domingo, dia 12, este evento terá o seu último dia, com o seguinte programa: Missa na Capela de São Pedro, pelas 11 horas, por alma dos marítimos covagaleneses já falecidos. Segue-se a inauguração do monumento do pescador do bacalhau, na rotunda da entrada norte da freguesia e um almoço volante, aberto a toda a população, no Largo da Borda do Rio.
É este o programa. 10, 11 e 12 de Julho de 2009, foram os dias, o mês e o ano escolhidos pela Junta de freguesia de São Pedro para a realização da homenagem aos marítimos covagalenses.
Sou filho, neto e bisneto de pescadores - alguns do bacalhau. Sei o que foi a pesca do bacalhau: uma autêntica escravatura. "Maus tratos, má comida, má dormida... Trabalhavam vinte horas, com quatro horas de descanso e isto, durante seis meses."
Como escrevi há uns meses atrás neste blogue, a propósito de uma exposição em Lavos, a pesca do bacalhau à linha, com dóris de um só homem, foi uma heróica, mas sofrida singularidade portuguesa. Isto, para deixar bem claro, que a epopeia do bacalhau na Cova e Gala é um património que faz parte da memória colectiva dos homens do mar figueirenses ainda vivos, directamente envolvidos, e dos seus familiares, que quem manda na nossa cidade não soube preservar.
Entretanto, um pormenor: tive conhecimento de um documento técnico da autoria de uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), elaborado por solicitação da EP – Estradas de Portugal, que vai ser editado pelo Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (InIR), que considera que uma rotunda tem como função “regular o trânsito automóvel, mas assume igualmente um contributo válido na segurança dos peões e na requalificação do meio envolvente”. Por conseguinte, “a colocação de obstáculos físicos rígidos (por exemplo, estátuas, observadas em muitas rotundas) é um erro técnico”.
Igualmente hoje, em continuação do programa, decorre na mesma Colectividade, uma palestra sobre a temática da pesca do bacalhau, proferida pelo dr. Alfredo Pinheiro Marques, Director do Centro de Estudos do Mar.
Amanhã, sábado, também no Clube Mocidade Covense, prossegue a Exposição e haverá passagem de filmes.
Finalmente, domingo, dia 12, este evento terá o seu último dia, com o seguinte programa: Missa na Capela de São Pedro, pelas 11 horas, por alma dos marítimos covagaleneses já falecidos. Segue-se a inauguração do monumento do pescador do bacalhau, na rotunda da entrada norte da freguesia e um almoço volante, aberto a toda a população, no Largo da Borda do Rio.
É este o programa. 10, 11 e 12 de Julho de 2009, foram os dias, o mês e o ano escolhidos pela Junta de freguesia de São Pedro para a realização da homenagem aos marítimos covagalenses.
Sou filho, neto e bisneto de pescadores - alguns do bacalhau. Sei o que foi a pesca do bacalhau: uma autêntica escravatura. "Maus tratos, má comida, má dormida... Trabalhavam vinte horas, com quatro horas de descanso e isto, durante seis meses."
Como escrevi há uns meses atrás neste blogue, a propósito de uma exposição em Lavos, a pesca do bacalhau à linha, com dóris de um só homem, foi uma heróica, mas sofrida singularidade portuguesa. Isto, para deixar bem claro, que a epopeia do bacalhau na Cova e Gala é um património que faz parte da memória colectiva dos homens do mar figueirenses ainda vivos, directamente envolvidos, e dos seus familiares, que quem manda na nossa cidade não soube preservar.
Entretanto, um pormenor: tive conhecimento de um documento técnico da autoria de uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), elaborado por solicitação da EP – Estradas de Portugal, que vai ser editado pelo Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (InIR), que considera que uma rotunda tem como função “regular o trânsito automóvel, mas assume igualmente um contributo válido na segurança dos peões e na requalificação do meio envolvente”. Por conseguinte, “a colocação de obstáculos físicos rígidos (por exemplo, estátuas, observadas em muitas rotundas) é um erro técnico”.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Estes dias de brasa pré-eleitorais....
Até ao momento, já existem vários candidatos anunciados à Câmara da Figueira da Foz.
Os partidos políticos, enquanto vistos como um todo, em especial os do centrão, merecem-me nenhuma confiança.
Do meu ponto de vista, a nível local, há muitos anos que esses partidos não defendem os figueirenses.
Defendem, isso sim, os interesses de diferentes lobbies partidários locais, que vivem à “mamuge” do estado a que isto chegou. O carreirismo político, neste momento, cá pela parvónia, levou ao poder gente que não tendo condições para se governar a si mesmo, acabou a governar uma cidade e um concelho.
O sistema político, por intermédio dos partidos, vedou o acesso de cidadãos independentes às funções políticas.
No acto eleitoral de Outubro próximo, apenas espero que a Figueira saiba escolher alguém inteligente e honesto, com coragem e determinação em trabalhar para o bem comum, porque continuar a obra do actual executivo, não valerá a pena o esforço e, muito menos, a maçada.
Entretanto, por cá em S. Pedro, freguesia e vila plantada à beira-mar na margem Sul do concelho da Figueira da Foz, vai continuando a propaganda no jornal do costume.
Volvidos quatro mandatos, o presidente da junta faz o que se esperava: um balanço positivo da gestão autárquica da sua equipa. “Traçámos objectivos, definimos um rumo e, contra ódios, rancores, venenos e algumas vinganças mesquinhas, paulatinamente fomos conseguindo fazer de S. Pedro uma vila modelo”.
E eu a pensar que a luta era pelo progresso. Mas, a acreditar nas palavras do presidente da junta, não. É “contra ódios, rancores, venenos e algumas vinganças mesquinhas”!..
Será que a vila de São Pedro é assim tão medíocre como a pinta o presidente?...
Sem uma oposição forte há 16 anos, deixou de haver equilíbrio de poder e espaço para a alternância em São Pedro. Ficou aberto o terreno para o nepotismo e radicalismo individual e para as ilusões de grupo.
O poder absoluto do quero, posso e mando está instalado...
São Pedro, freguesia, vai pagar isto muito caro.
Os partidos políticos, enquanto vistos como um todo, em especial os do centrão, merecem-me nenhuma confiança.
Do meu ponto de vista, a nível local, há muitos anos que esses partidos não defendem os figueirenses.
Defendem, isso sim, os interesses de diferentes lobbies partidários locais, que vivem à “mamuge” do estado a que isto chegou. O carreirismo político, neste momento, cá pela parvónia, levou ao poder gente que não tendo condições para se governar a si mesmo, acabou a governar uma cidade e um concelho.
O sistema político, por intermédio dos partidos, vedou o acesso de cidadãos independentes às funções políticas.
No acto eleitoral de Outubro próximo, apenas espero que a Figueira saiba escolher alguém inteligente e honesto, com coragem e determinação em trabalhar para o bem comum, porque continuar a obra do actual executivo, não valerá a pena o esforço e, muito menos, a maçada.
Entretanto, por cá em S. Pedro, freguesia e vila plantada à beira-mar na margem Sul do concelho da Figueira da Foz, vai continuando a propaganda no jornal do costume.
Volvidos quatro mandatos, o presidente da junta faz o que se esperava: um balanço positivo da gestão autárquica da sua equipa. “Traçámos objectivos, definimos um rumo e, contra ódios, rancores, venenos e algumas vinganças mesquinhas, paulatinamente fomos conseguindo fazer de S. Pedro uma vila modelo”.
E eu a pensar que a luta era pelo progresso. Mas, a acreditar nas palavras do presidente da junta, não. É “contra ódios, rancores, venenos e algumas vinganças mesquinhas”!..
Será que a vila de São Pedro é assim tão medíocre como a pinta o presidente?...
Sem uma oposição forte há 16 anos, deixou de haver equilíbrio de poder e espaço para a alternância em São Pedro. Ficou aberto o terreno para o nepotismo e radicalismo individual e para as ilusões de grupo.
O poder absoluto do quero, posso e mando está instalado...
São Pedro, freguesia, vai pagar isto muito caro.
Aeródromo da Figueira da Foz: trezentos mil euros depois, tudo na mesma….
Recebi, por mail, a NEWSLETTER dos vereadores do PS, referente a Julho corrente. Entre a variada e útil informação, vinha este texto:
“É desta que vamos ter aeródromo municipal”.
Estas foram as palavras do presidente da Câmara em 15 de Julho de 2004, ou seja há 5 anos atrás. O presidente assinava, então, um protocolo com o batalhão de engenharia de Espinho que veio fazer os trabalhos de terraplanagem da pista. De acordo com declarações do autarca, no final do ano de 2004 haveria aeronaves a aterrar e a descolar no aeródromo da Figueira da Foz.
Atendendo ao calendário aprazado, em 2007 tudo deveria estar concluído: o hangar, o posto de abastecimento e a asfaltagem da pista.
Mas nada. Trezentos mil euros já gastos servem de coisa nenhuma. A Câmara não conseguiu encontrar nenhum parceiro privado que quisesse ajudar a pagar a pista. Assim, a triste história do aeródromo desvaneceu-se num adiar da sua conclusão para 2013.”
“É desta que vamos ter aeródromo municipal”.
Estas foram as palavras do presidente da Câmara em 15 de Julho de 2004, ou seja há 5 anos atrás. O presidente assinava, então, um protocolo com o batalhão de engenharia de Espinho que veio fazer os trabalhos de terraplanagem da pista. De acordo com declarações do autarca, no final do ano de 2004 haveria aeronaves a aterrar e a descolar no aeródromo da Figueira da Foz.
Atendendo ao calendário aprazado, em 2007 tudo deveria estar concluído: o hangar, o posto de abastecimento e a asfaltagem da pista.
Mas nada. Trezentos mil euros já gastos servem de coisa nenhuma. A Câmara não conseguiu encontrar nenhum parceiro privado que quisesse ajudar a pagar a pista. Assim, a triste história do aeródromo desvaneceu-se num adiar da sua conclusão para 2013.”
quarta-feira, 8 de julho de 2009
1º Festival Regional Penteado e Moda
Dia 26 de Julho
Programa:
10h00 - Abertura do Festival pelo presidente da Junta da Vila de S.Pedro - Sr. Carlos Simão
* Início do 1º Festival Regional Penteado e Moda
14h00 - Danças com jovens do Grupo de Dança da ARC da Lavos/ Marinha das Ondas e Siveirinha Grande
15hoo - L.R Saúde e Beleza para todos " Aloé Vera"
* Continuação do 1º Festival Regional Penteado e Moda
16h00 - Encerramento Centro Artístico e Cultural dos Cabeleiros de Portugal
Derrapagem...
Núcleo Cultural da Gala sofre uma derrapagem orçamental, passa de 250.000 para 691.000 euros (140.000 contos)
- blogue o ambiente na figueira da foz
A derrapagem dos custos das obras é um dos "emblemas" da administração pública portuguesa.
A regra, é a derrapagem. A excepção, é a coincidência entre o valor posto a concurso e o preço real da empreitada.
Desde os organismos do Estado e as câmaras, aos projectistas e construtoras, todos aprenderam a viver num sistema em que a simulação, a hipocrisia e a mentira constroem uma nebulosa de interesses e conluios onde tudo é possível e o rigor orçamental sai de rastos.
É assim que o esquema funciona. É assim que se gastam a mais, anualmente, centenas de milhões de euros saídos dos bolsos dos contribuintes.
A regra, é a derrapagem. A excepção, é a coincidência entre o valor posto a concurso e o preço real da empreitada.
Desde os organismos do Estado e as câmaras, aos projectistas e construtoras, todos aprenderam a viver num sistema em que a simulação, a hipocrisia e a mentira constroem uma nebulosa de interesses e conluios onde tudo é possível e o rigor orçamental sai de rastos.
É assim que o esquema funciona. É assim que se gastam a mais, anualmente, centenas de milhões de euros saídos dos bolsos dos contribuintes.
Isto, num País depauperado, exausto e pobre.
terça-feira, 7 de julho de 2009
As mensagens de amor são como promessas eleitorais: às vezes cumprem-se...
A projectada construção do Núcleo Cultural de S. Pedro, inicialmente, previa um investimento na ordem dos 250 mil euros.
Contudo, a apresentação de um valor bastante superior “obrigou” a que o executivo figueirense anulasse ontem, em reunião de câmara, o concurso público em vigor para, seguidamente, aprovar outro concurso com o triplo do valor. Ou seja, um orçamento de 700 mil euros.
“Vamos gastar dinheiro num equipamento de características duvidosas. É uma zona de pesca e eu acho que o sr. Presidente vai à pesca de um apoio político”, frisou António Tavares, argumentando que, nesta altura, com a situação financeira que se vive na câmara, não se justifica que se gaste 700 mil euros, quando mais de 50 por cento do espaço é reservado para bar e restaurante.
“Não me parece que faça sentido. Este valor é desajustado”, argumentou o vereador do PS.
Duarte Silva, interpelado por João Vaz sobre qual a percentagem que será suportada pelo município e o quanto dirá respeito aos fundos comunitários, respondeu que a candidatura ao QREN ainda está em curso e que o apoio está na ordem dos 30 por cento.
A abertura de novo concurso público para a construção do Núcleo Cultural de S. Pedro no valor de 700 mil euros foi aprovado pela maioria “laranja”.
Contudo, a apresentação de um valor bastante superior “obrigou” a que o executivo figueirense anulasse ontem, em reunião de câmara, o concurso público em vigor para, seguidamente, aprovar outro concurso com o triplo do valor. Ou seja, um orçamento de 700 mil euros.
“Vamos gastar dinheiro num equipamento de características duvidosas. É uma zona de pesca e eu acho que o sr. Presidente vai à pesca de um apoio político”, frisou António Tavares, argumentando que, nesta altura, com a situação financeira que se vive na câmara, não se justifica que se gaste 700 mil euros, quando mais de 50 por cento do espaço é reservado para bar e restaurante.
“Não me parece que faça sentido. Este valor é desajustado”, argumentou o vereador do PS.
Duarte Silva, interpelado por João Vaz sobre qual a percentagem que será suportada pelo município e o quanto dirá respeito aos fundos comunitários, respondeu que a candidatura ao QREN ainda está em curso e que o apoio está na ordem dos 30 por cento.
A abertura de novo concurso público para a construção do Núcleo Cultural de S. Pedro no valor de 700 mil euros foi aprovado pela maioria “laranja”.
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