sábado, 11 de julho de 2009

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Um texto do Doutor Luis Melo Biscaia


Com a devida vénia, respigámos este texto do Doutor Luís de Melo Biscaia, daqui.
“Infelizmente, são já muitos que pouco ou nada se importam em valorizar a democracia, observando os seus princípios éticos e programáticos. Preferem viver sem essa preocupação, porque não sabem nem procuram saber o que é verdadeiramente esse regime político. Aproveitam, sim, a liberdade, que é própria de tal regime, para se comportarem muitas vezes da pior maneira, julgando que tudo é permitido! Vão sendo frequentes as situações de desrespeito pelo diálogo social e político, pela aceitação do pluralismo, pela solidariedade e pela justiça, pela convivência pacífica e democrática, e até pela boa educação. Assim a nossa democracia vai empobrecendo, parecendo mais uma imitação de muito mau gosto do que deveria ser. A arrogância, a prepotência, o incumprimento das leis, o desejo de enriquecer depressa mesmo por meios ilícitos, o favoritismo de amigos ou de quem tem a mesma opção política, a desonestidade, etc, imperam cada vez mais. No entanto, os que apregoam, a todo o momento, que são democratas, na prática do dia-a-dia negam constantemente essa qualidade. Já o dissemos e repetimos: à Revolução, que nos trouxe a Liberdade e a Democracia, não se seguiu uma revolução das mentalidades, que, durante os muitos anos da ditadura, estiveram anquilosadas e impedidas de fazer opções. Era preciso que se tivesse feito uma campanha de formação, com competência e dedicação. E bom teria sido que essa formação começasse logo nas escolas e também nos Partidos. Estes pouco ou mesmo alguns nada têm feito de válido nesse sentido. Estamos sempre a tempo de dar à nossa democracia o que ela merece, nunca esquecendo que se conquistou com muitos sacrifícios de toda a ordem. Tal depende essencialmente da vontade firme de cada um.”

Conforme pudemos ler, este oportuno texto alerta para um problema real: a qualidade da democracia está a decair em Portugal.
A sociedade portuguesa está desencantada com a classe política e, isso, reflecte-se no empobrecimento da nossa democracia: todos temos noção que a diminuição da participação nas eleições, o desinteresse dos cidadãos pelos partidos políticos e pelos sindicatos, o aumento da desconfiança em relação aos políticos e às instituições democráticas, não fortalece o regime democrático.
Dado o contexto complicado que se vive em Portugal, é por conseguinte, da maior pertinência e actualidade este lúcido texto do Doutor Luís de Melo Biscaia.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Homenagem aos pescadores covagalenses - dia 1

Para ver melhor clicar em cima da foto

“Deja vue”...


Todos temos estrategicamente direito a sonhar.

Mesmo que o sonho seja uma repetição...




Homenagem aos pescadores da pesca do bacalhau e a todos os marítimos covagalenses


Começa hoje, pelas 16 horas, no Clube Mocidade Covense, com a abertura da Exposição alusiva à pesca do Bacalhau, a homenagem aos marítimos covagalenses promovida pela Junta de Freguesia de São Pedro.
Igualmente hoje, em continuação do programa, decorre na mesma Colectividade, uma palestra sobre a temática da pesca do bacalhau, proferida pelo dr. Alfredo Pinheiro Marques, Director do Centro de Estudos do Mar.
Amanhã, sábado, também no Clube Mocidade Covense, prossegue a Exposição e haverá passagem de filmes.
Finalmente, domingo, dia 12, este evento terá o seu último dia, com o seguinte programa: Missa na Capela de São Pedro, pelas 11 horas, por alma dos marítimos covagaleneses já falecidos. Segue-se a inauguração do monumento do pescador do bacalhau, na rotunda da entrada norte da freguesia e um almoço volante, aberto a toda a população, no Largo da Borda do Rio.

É este o programa. 10, 11 e 12 de Julho de 2009, foram os dias, o mês e o ano escolhidos pela Junta de freguesia de São Pedro para a realização da homenagem aos marítimos covagalenses.
Sou filho, neto e bisneto de pescadores - alguns do bacalhau. Sei o que foi a pesca do bacalhau: uma autêntica escravatura. "Maus tratos, má comida, má dormida... Trabalhavam vinte horas, com quatro horas de descanso e isto, durante seis meses."
Como escrevi há uns meses atrás neste blogue, a propósito de uma exposição em Lavos, a pesca do bacalhau à linha, com dóris de um só homem, foi uma heróica, mas sofrida singularidade portuguesa. Isto, para deixar bem claro, que a epopeia do bacalhau na Cova e Gala é um património que faz parte da memória colectiva dos homens do mar figueirenses ainda vivos, directamente envolvidos, e dos seus familiares, que quem manda na nossa cidade não soube preservar.

Entretanto, um pormenor: tive conhecimento de um documento técnico da autoria de uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), elaborado por solicitação da EP – Estradas de Portugal, que vai ser editado pelo Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (InIR), que considera que uma rotunda tem como função “regular o trânsito automóvel, mas assume igualmente um contributo válido na segurança dos peões e na requalificação do meio envolvente”. Por conseguinte, “a colocação de obstáculos físicos rígidos (por exemplo, estátuas, observadas em muitas rotundas) é um erro técnico”.

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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Já esperava que isto acontecesse...


Sá Fernandes admite concorrer a Lisboa com António Costa

Política da cidade no contexto europeu


Estes dias de brasa pré-eleitorais....

Até ao momento, já existem vários candidatos anunciados à Câmara da Figueira da Foz.
Os partidos políticos, enquanto vistos como um todo, em especial os do centrão, merecem-me nenhuma confiança.
Do meu ponto de vista, a nível local, há muitos anos que esses partidos não defendem os figueirenses.
Defendem, isso sim, os interesses de diferentes lobbies partidários locais, que vivem à “mamuge” do estado a que isto chegou. O carreirismo político, neste momento, cá pela parvónia, levou ao poder gente que não tendo condições para se governar a si mesmo, acabou a governar uma cidade e um concelho.
O sistema político, por intermédio dos partidos, vedou o acesso de cidadãos independentes às funções políticas.
No acto eleitoral de Outubro próximo, apenas espero que a Figueira saiba escolher alguém inteligente e honesto, com coragem e determinação em trabalhar para o bem comum, porque continuar a obra do actual executivo, não valerá a pena o esforço e, muito menos, a maçada.

Entretanto, por cá em S. Pedro, freguesia e vila plantada à beira-mar na margem Sul do concelho da Figueira da Foz, vai continuando a propaganda no jornal do costume.
Volvidos quatro mandatos, o presidente da junta faz o que se esperava: um balanço positivo da gestão autárquica da sua equipa. “Traçámos objectivos, definimos um rumo e, contra ódios, rancores, venenos e algumas vinganças mesquinhas, paulatinamente fomos conseguindo fazer de S. Pedro uma vila modelo”.
E eu a pensar que a luta era pelo progresso. Mas, a acreditar nas palavras do presidente da junta, não. É “contra ódios, rancores, venenos e algumas vinganças mesquinhas”!..
Será que a vila de São Pedro é assim tão medíocre como a pinta o presidente?...
Sem uma oposição forte há 16 anos, deixou de haver equilíbrio de poder e espaço para a alternância em São Pedro. Ficou aberto o terreno para o nepotismo e radicalismo individual e para as ilusões de grupo.
O poder absoluto do quero, posso e mando está instalado...
São Pedro, freguesia, vai pagar isto muito caro.

X&Q702


Aeródromo da Figueira da Foz: trezentos mil euros depois, tudo na mesma….


Recebi, por mail, a NEWSLETTER dos vereadores do PS, referente a Julho corrente. Entre a variada e útil informação, vinha este texto:

“É desta que vamos ter aeródromo municipal”.
Estas foram as palavras do presidente da Câmara em 15 de Julho de 2004, ou seja há 5 anos atrás. O presidente assinava, então, um protocolo com o batalhão de engenharia de Espinho que veio fazer os trabalhos de terraplanagem da pista. De acordo com declarações do autarca, no final do ano de 2004 haveria aeronaves a aterrar e a descolar no aeródromo da Figueira da Foz.
Atendendo ao calendário aprazado, em 2007 tudo deveria estar concluído: o hangar, o posto de abastecimento e a asfaltagem da pista.
Mas nada. Trezentos mil euros já gastos servem de coisa nenhuma. A Câmara não conseguiu encontrar nenhum parceiro privado que quisesse ajudar a pagar a pista. Assim, a triste história do aeródromo desvaneceu-se num adiar da sua conclusão para 2013.”

quarta-feira, 8 de julho de 2009

1º Festival Regional Penteado e Moda

Dia 26 de Julho
Programa:
10h00 - Abertura do Festival pelo presidente da Junta da Vila de S.Pedro - Sr. Carlos Simão
* Início do 1º Festival Regional Penteado e Moda
14h00 - Danças com jovens do Grupo de Dança da ARC da Lavos/ Marinha das Ondas e Siveirinha Grande
15hoo - L.R Saúde e Beleza para todos " Aloé Vera"
* Continuação do 1º Festival Regional Penteado e Moda
16h00 - Encerramento Centro Artístico e Cultural dos Cabeleiros de Portugal

Creche da Morraceira


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Derrapagem...

Núcleo Cultural da Gala sofre uma derrapagem orçamental, passa de 250.000 para 691.000 euros (140.000 contos)

A derrapagem dos custos das obras é um dos "emblemas" da administração pública portuguesa.
A regra, é a derrapagem. A excepção, é a coincidência entre o valor posto a concurso e o preço real da empreitada.
Desde os organismos do Estado e as câmaras, aos projectistas e construtoras, todos aprenderam a viver num sistema em que a simulação, a hipocrisia e a mentira constroem uma nebulosa de interesses e conluios onde tudo é possível e o rigor orçamental sai de rastos.
É assim que o esquema funciona. É assim que se gastam a mais, anualmente, centenas de milhões de euros saídos dos bolsos dos contribuintes.
Isto, num País depauperado, exausto e pobre.

terça-feira, 7 de julho de 2009

As mensagens de amor são como promessas eleitorais: às vezes cumprem-se...

A projectada construção do Núcleo Cultural de S. Pedro, inicialmente, previa um investimento na ordem dos 250 mil euros.
Contudo, a apresentação de um valor bastante superior “obrigou” a que o executivo figueirense anulasse ontem, em reunião de câmara, o concurso público em vigor para, seguidamente, aprovar outro concurso com o triplo do valor. Ou seja, um orçamento de 700 mil euros.
“Vamos gastar dinheiro num equipamento de características duvidosas. É uma zona de pesca e eu acho que o sr. Presidente vai à pesca de um apoio político”, frisou António Tavares, argumentando que, nesta altura, com a situação financeira que se vive na câmara, não se justifica que se gaste 700 mil euros, quando mais de 50 por cento do espaço é reservado para bar e restaurante.
“Não me parece que faça sentido. Este valor é desajustado”, argumentou o vereador do PS.
Duarte Silva, interpelado por João Vaz sobre qual a percentagem que será suportada pelo município e o quanto dirá respeito aos fundos comunitários, respondeu que a candidatura ao QREN ainda está em curso e que o apoio está na ordem dos 30 por cento.
A abertura de novo concurso público para a construção do Núcleo Cultural de S. Pedro no valor de 700 mil euros foi aprovado pela maioria “laranja”.

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segunda-feira, 6 de julho de 2009