
O bisavô
Domingos Marçalo na 1ª. Guerra mundial

Carta postal que o bisavô enviou de França à bisavó
Rosa de Jesus "Maia" em 1917

A bisavó
Rosa Maia em 1972, com 81 anos de idade.
Chamava-se Domingos Marçalo e, segundo a minha avó Dora, sua filha, participou neste grande conflito mundial como cozinheiro e combatente.
Por volta de 1916 o meu bisavô deveria terminar a sua comissão militar.
Tal, porém, não aconteceu, dado que o governo português dessa época “vendeu” portugueses para a guerra.
No dia a dia da guerra, uma das suas funções era ir buscar o pão e restantes alimentos para os seus camaradas de luta. Isso, só era possível quando os combates estavam menos acesos. O caminha era percorrido com sacrifícios vários ( muita lama, cadáveres, etc).
Além do meu bisavô participaram mais sete pessoas da Cova Gala, um deles, no regresso dos campos de batalha, morreu na viagem de comboio perto de Alfarelos.
Na guerra tinham de permanecer em túneis e trincheiras com gases, o que foi fatal para o meu bisavô. Depois da vinda para Portugal, só durou mais 8 anos, o que fez com que a minha avó não conhecesse o pai, que morreu quando a mina bisavó Rosa de Jesus estava grávida de 5 meses.
Segundo me contou a minha avó Dora, a morte do meu bisavô, segundo o médico que atestou o óbito, ficou a dever-se aos gases apanhados na guerra, “que lhe subiram à cabeça o que deu origem a um ataque mortal”.
* Uma estória da famíla, escrita por Beatriz Cruz, 13 anos, aluna do 9º ano na Escola Cristina Torres