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sexta-feira, 15 de março de 2019

A Figueira ficou mais pobre: morreu o Capitão Guerra, um dos figueirenses que tentou salvar da sucata o último de todos os navios bacalhoeiros da Figueira da Foz (o "José Cação", antigo "Sotto Mayor")

Imagem Diário as Beiras

Na altura, comprar o Palácio de Maiorca, o Convento de Seiça e fazer o Caríbe foram  as prioridades...


"O dr. António Cação ofereceu o navio à Câmara Municipal e não foi aceite tão preciosa oferta. Que belo seria podermos ver hoje o navio José Cação instalado numa abertura feita na Morraceira, junto à Ponte dos Arcos. Ílhavo tem um belo museu, o navio Santo André e tem o casco do Santa Maria Manuela, o qual pensam aparelhar para pôr a navegar. E o que tem a Figueira que honre os seus filhos?" - palavras de Manuel Luís Pata.

Estávamos em 1998 na Figueira da Foz.
Santana Lopes tinha tomado posse de presidente da Câmara Municipal há poucos meses.
Com o apoio do Centro de Estudos do Mar - CEMAR, uma comissão de cidadãos (constituída por Manuel Luís Pata - que, então, estava a publicar os seus livros sobre a Figueira da Foz e a Pesca do Bacalhau, e já era associado do CEMAR - e pelos últimos Capitães figueirenses desse navio: o Capitão Marques Guerra e o Capitão Abreu da Silva) desenvolveu esforços para tentar salvar da destruição e da sucata o último de todos os navios bacalhoeiros da Figueira da Foz (o "José Cação", antigo "Sotto Mayor").
Com o declínio das pescas portuguesas, fruto em grande parte da adesão à União Europeia, após o falhanço da tentativa levada a cabo nos anos de 1998 e 1999 de transformar este navio em museu - a Câmara da Figueira presidida então por Santana Lopes não apoiou a iniciativa da sociedade civil - o “José Cação” acabou na sucata por volta de 2002-2003.
Recordo, um pequeno excerto de uma  interessante crónica de Manuel Luís Pata, publicada no jornal O Figueirense, em 2.11.207.
"A pesca do bacalhau foi a indústria que mais contribuiu para o desenvolvimento da Figueira da Foz. Nas campanhas de 1913/14 foi este o porto que mais navios enviou à Terra Nova (15 navios), ou seja, quase metade de toda a frota nacional. Hoje o que resta? Nada de nada!”
Foi assim que as coisas se passaram, mas tudo poderia ter sido diferente. Recordo as palavras do vereador então responsável, Miguel Almeida de seu nome: “esta proposta (a oferta do navio que o dr. António Cação fez em devido tempo à Câmara Municipal da Figueira da Foz, presidida na altura por Santana Lopes) foi o pior que nos podia ter acontecido”.
Como disse na altura Manuel Luís Pata, “nem toda a gente entende que na construção do futuro é necessário guardar a memória”
E, assim,  o “José Cação” foi para a sucata. Como sublinhou Álvaro Abreu da Silva, o seu último Capitão, "foi e levou com ele, nos ferros retorcidos em que se tornou, a memória das águas que sulcou e dos homens que na sua amurada se debruçaram para vislumbrar os oceanos”.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

A (in)utilidade do património

"O Estado enquanto gestor de património público não é grande exemplo. A razão do descuido apontada é “por falta de recursos” mas não será só essa. A ausência dum sentimento de pertença colectiva do património, que é de todos, julgo ser ainda a razão porque o estimamos mal. Outra constatação é o destino ou uso a dar a esse património, muito dele adquirido sem um fim específico e chocando a incapacidade para zelar por aquilo que é de todos os nós.
A Figueira é também disto exemplo. No mandato de Santana Lopes adquiriu-se património vocacionado ou com aptidão para ser gerido por privados mas que, por impulso, ou simplesmente para agradar à população, foram adquiridos. Não enriqueceram o património municipal pois passaram a ser sinais de despesa, ineficiência e ausência de ideias para lhe dar um fim que servisse a comunidade.
Recordo algumas aquisições: a Piscina Mar, o Paço de Maiorca, a Quinta das Olaias, a Casa do Paço, o Paço de Tavarede, o Palácio Conselheiro Lopes Branco, a aceitação da doação do Castelo Silva Guimarães (sistematicamente recusada em executivos anteriores), as ruinas do Mosteiro de Santa Maria de Seiça. Excepção feita à Quinta das Olaias, que serviu para acolher uma importante infra-estrura de cultura, o resto não tem tido a utilidade pública adequada nem desejada. Hoje olhamos para esse património e perguntamos para que serviu, que fazer com ele. Alguém saberá?"


Via DIÁRIO AS BEIRAS

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

O olival no Mosteiro de Santa Maria de Seiça...

"A responsabilidade de o Mosteiro não ter sido restaurado e lá instalada uma comunidade cisterciense, é de única responsabilidade das mesmas pessoas que contratam "prestigiadas equipas de arquitectos" para sacarem a massa em projectos megalómanos à custa do erário público.
A Associação Portuguesa de Cister (APOC) que está envolvida no projecto de restauração da Ordem de Cister em Portugal, - aliás o ponto fundamental da sua Acta de Fundação - apresentou a hipótese, por meu intermédio, de Santa Maria de Seiça ao Abade de Santa Maria La Real de Oseira P. D. Juan Javier Martin Hernandez, o.c.s.o., então responsável pela restauração e este deu o seu aval para a continuação dos trabalhos após visitar pessoalmente o local com dois dos monges que estariam directamente envolvidos no restauro do edifício e dependências, completamente deslumbrados com a solidão e a espectacularidade do local, totalmente de acordo com as regras da Ordem de Cister. 
A Ordem tinha o financiamento interno, através das suas estruturas de interligação da rede de mosteiros na Europa, necessário para o restauro da igreja e edifícios conventuais bem como para a aquisição da antiga Cerca
Iniciou-se também a preparação da reunião de um grupo de monges para a refundação, que seria liderado por uma maioria de monges portugueses que estão em vários mosteiros cistercienses na Europa, grupo que seria complementado por um grupo de monges oriundos dos mosteiros de Oseira - mosteiro matriz da refundação em Portugal - ou do mosteiro de San Isidro de Duenãs, casa mãe de Cister nas Espanhas, num total de doze monges e um Abade. 
Porém, no seguimento das atitudes irresponsáveis de uma responsável de serviços da autarquia da Figueira da Foz, atitudes que roçaram a sobranceria, a arrogância e mesmo a má educação institucional, e constatada ainda a propensão para a anedota que constituiu uma espécie de colóquio por ela organizado, onde estiveram presentes dois dos membros fundadores da APOC, estupefactos com algumas das comunicações ali apresentadas que roçaram o anedótico, o assunto saiu de imediato das prioridades da Ordem de Cister e os fundos foram desviados para duas fundações na américa latina
Perdeu-se, assim, a única hipótese credível e séria de devolver o Mosteiro de Santa Maria de Seiça ao seu antigo esplendor arquitectónico por culpa quase exclusiva de uma geral imbecilidade de algumas pessoas com a mania das grandezas que pensavam que a Ordem de Cister é a tasca do Man'el dos anzóis."

Via Rui Duque, que partilhou a publicação de Telmo Pedrosa com o grupo Forum Civico Fig Foz 2017.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Seiça, um convento que continua abandonado...

Propaganda, é o que continua a  preocupar os "nossos" autarcas...

Figueira da Foz, 03 de Agosto de 2009. 
Em nota à comunicação social, Maria Rosa Anttonen, coloca duas questões pertinentes, sobre o Convento de Santa Maria de Seiça,  um convento abandonado....
"Porque foi o Paço de Tavarede completamente recuperado e o Convento completamente abandonado?
Porque houve dinheiro para um e o outro foi completamente esquecido e está em absoluta degradação?"
Na segunda-feira, dia 17 de Agosto de 2009, na sessão de Câmara Municipal, foi entregue um abaixo-assinado no sentido de sensibilizar as autoridades para a necessidade de reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça.
Passados todos estes anos, "o que há de novo?"
Uma notícia publicada no jornal AS BEIRAS, edição de hoje, dá conta que o "Convento de Seiça já tem anteprojeto para preservação".

O projeto prévio, segundo o jornal,  para a preservação das ruínas do convento de Santa Maria de Seiça foi recentemente apresentado, no salão nobre dos paços do concelho da Figueira da Foz, ao executivo camarário e à associação SMS (criada para defender e promover aquele imóvel histórico). A sessão também contou com a participação do presidente da Junta do Paião, Paulo Pinto. 
Elaborado pelo Atelier 15 Arquitetura, do Porto, o anteprojeto enfoca a dimensão e a riqueza arquitetónica da igreja do convento, que tinha uma “escala brutal”. O gabinete de arquitetos propõe preservar o que resta do local de culto, assinalando no terreno a sua dimensão original, ao mesmo tempo que advoga a atribuição de uma classificação ao imóvel. Para o efeito, terá de ser removida a vegetação que cresce há décadas nas ruínas do convento e de se estancar as infiltrações de água.
O referido ateliê de arquitetura propõe duas fases para a preservação do convento e antigo centro de estudos teológicos, que terá sido construído antes da nacionalidade portuguesa, pela Ordem de Cister. 
A primeira etapa contempla a limpeza e a consolidação das ruínas da igreja. A segunda, tem por missão consolidar todo o edifi cado e o restauro (possível) de dois pisos.
Por sua vez, de acordo com a proposta do Atelier 15 Arquitetura, a antiga fábrica de descasque de arroz é para ser demolida. Se, por um lado, a antiga unidade industrial não tem valor arquitetónico, por outro, desempenhou uma acção destruidora do convento, explicaram os autores do anteprojeto. 
No entanto, para memória futura, ficará o testemunho da chaminé. 
João Ataíde, presidente da Câmara da Figueira da Foz, quis saber quanto é que vai custar a preservação das ruínas do convento, mas não obteve resposta
O ateliê, contudo, ficou de avançar as previsões orçamentais dentro de um mês. Entretanto, alertaram que, em obras como aquela, nunca se sabe o que se vai encontrar, pelo que a margem de erro remete para meras estimativas. 
A empreitada, conforme se pode ler na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, tem cabimento num programa de fundos europeus

No fundo, sobre este assunto, a 9 dias da realização das autárquicas de 2017, continua a resumir-se tudo a uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
É, apenas, isto sobre a preservação  do que resta do Convento de Seiça: "a vontade do Senhor Presidente em dar passos seguros na concretização do desejo de todos, sem que signifique um compromisso datado ou equivalente".

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

À espera do milagre?

Os insondáveis mistérios da vida das prés campanhas políticas figueirenses, recordaram-me que, num lugar do mapa português, em Seiça, "a tradição repete-se todos os anos nos dias 14, 15 de Agosto. Muito procurada por pessoas das localidades vizinhas, nesta feira ainda se pode encontrar a lembrança de outros tempos. Momento que serve também para respirar um pouco da nossa historia e que nos remete até ao período da fundação de Portugal enquanto nação e o incontornável contributo do Mosteiro de Santa Maria de Seiça a par da não menos ancestral Capela de Seiça a que se acede por um caminho onde D. Afonso Henriques foi beneficiário e testemunha de um milagre."
Concordo que a vida seja de facto um milagre, mas retiro qualquer conotação religiosa a esta constatação. 
É lindo viver e lutar diariamente por aquilo em que acreditamos, para que nos possamos sentir bem.
Só que tenho sérias dúvidas que os milagres se repitam...
Se "MUDAR JÁ",  fosse uma equipa de futebol, dela diria que, neste momento, está a lutar para não descer. 
Diria, ainda, que tem um daqueles balneários frios em que poucos falam com poucos. 
E, possivelmente, diria ainda que, em devido tempo, teria realizado uma chicotada psicológica, sem grandes custos, pois ainda estávamos no período experimental, à espera que um milagre lhe viesse ainda a cair no colo...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Convento de Seiça...

"Essa história ainda hoje tem muito por esclarecer, é uma história onde lendas se cruzam com a realidade" - Rui Curado da Silva.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Propaganda, é o que mais preocupa os "nossos" autarcas...

Dr. Manuel Carraco, António Augusto Menano, Drª Isabel Sousa, Dr. José Martins, Dr. António Cabete, Arquiteto António Carlos Albuquerque, Eurico Silva e Maria Rosa Anttonen
Convento de Santa Maria de Seiça,  um convento abandonado...
Figueira da Foz, 03 de Agosto de 2009. Em nota à comunicação social, Maria Rosa Anttonen, coloca duas questões pertinentes.
"Porque foi o Paço de Tavarede completamente recuperado e o Convento completamente abandonado?
Porque houve dinheiro para um e o outro foi completamente esquecido e está em absoluta degradação?"
Na segunda-feira, dia 17 de Agosto de 2009, na sessão de Câmara Municipal, foi entregue um abaixo-assinado no sentido de sensibilizar as autoridades para a necessidade de reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça.
Passados mais de sete anos, "o que há de novo?"
O arquitecto António Carlos Albuquerque transmitiu que o Sr. Presidente da CMFF autorizou a abertura de concurso público para apresentação de propostas para a reabilitação do Convento de Seiça e que a ordem dos Arquitectos tinha aberto no dia 4 de Dezembro o encontro de apresentação de uma candidatura à Ordem do Arquitectos no Convento de Seiça...

Actualização da postagem às 11 e 27 minutos.
Por ter tido conhecimento da posição do arquitecto António Carlos Albuquerque, neste momento, sobre este assunto, passo a publicá-la, com a devida vénia.
"Relativamente a este post cumpre-me esclarecer algumas situações:
O meu nome é António Carlos Albuquerque e sou Engenheiro Civil;
O que afirmei na Tertúlia relativamente ao Dossier do Mosteiro de Seiça foi a Vontade expressa do Senhor Presidente Dr João Ataíde em acelerar o processo com a decisão de mandar efectuar a consulta externa para a Execução do Projecto de Intervenção no Mosteiro de Seiça, de forma a que o Município esteja preparado para aceder a qualquer mecanismo de financiamento que venha a ser permitido no âmbito do Quadro Comunitário ou outro.
Entendo perfeitamente a renovada esperança que esta atitude revela, mas corresponde apenas a isso: vontade do Senhor Presidente em dar passos seguros na concretização do desejo de todos, sem que signifique um compromisso datado ou equivalente. 
Gostei imenso da Tertúlia onde mais uma vez aprendi muito sobre Seiça e o seu Mosteiro e estes esclarecimentos têm tão só a intenção de precisar os termos e o momento em que o Processo se encontra!!! Um Obrigado especial à Associação por me ter convidado e reafirmar o elevado interesse e compromisso de toda a Câmara Municipal no Mosteiro de Santa Maria de Seiça!!!"

Resumindo.
No fundo, a boa nova dada por um técnico municipal, resume-se a uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
É, apenas, isto: "a vontade do Senhor Presidente em dar passos seguros na concretização do desejo de todos, sem que signifique um compromisso datado ou equivalente".

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Dr. Ataíde: é agora ou nunca...

foto sacada daqui
Para quem me acusa de não contribuir com ideias construtivas, fica aqui uma, que apesar de vir de moi-même, passe a imodéstia, reputo de absolutamente extraordinária, tão absolutamente extraordinária como, por exemplo, a venda da TAP para resolver de vez o buraco financeiro da nossa câmara municipal. 
Senhor dr. Ataíde: e se o senhor e a sua maioria absoluta, enquanto o governo está em gestão e o presidente da república anda em consultas aos "parceiros", aproveitasse para vender o Oásis ao Santo da Misericórdia de Lisboa, o Convento de Seiça ao Santuário de Fátima, o Abrigo da Montanha ao Esteves da Caçarola 2, a Quinta das Olaias à empresa do Oásis Plaza e o Paço de Maiorca ao José Manuel Júdice!..

quinta-feira, 28 de maio de 2015

O “Corinthian" chegou e já foi embora, mas entretanto houve a sessão de boas vindas... (II)

"A escala do cruzeiro “Corinthian” despoletou um debate importante. Independentemente da capacidade do concelho poder atrair ou não aquele tipo de cruzeiros (não depende apenas de nós), este é um tipo de turismo que se enquadra nas potencialidades do concelho. No entanto, se quisermos ter a ambição de atrair este tipo de turismo, há duas questões que temos forçosamente que resolver. A primeira é melhorar as condições do Porto da Figueira. Um cruzeiro requer um terminal condigno, com apresentação, condições logísticas (água, energia, conectividade, serviços de manutenção, etc.) e transportes que não destoe do nível de turismo que oferece o próprio cruzeiro. A segunda é tornar operacionais os circuitos históricos e culturais do concelho, em articulação com a região. São essas particularidades que colocam uma cidade no mapa e não as obras efémeras e as celebridades duvidosas que deixaram um rasto de dívidas na cidade. O que é particular e valorizado lá fora é a Arte Nova tardia do Bairro Novo, o sistema de muralhas defensivas da Figueira, o circuito de mosteiros cistercienses, que deveria integrar Santa Maria de Seiça, as salinas e a gastronomia baseada no pescado."

Em tempo.
Esta crónica de Rui Curado da Silva,foi publicada hoje no jornal AS BEIRAS. 

terça-feira, 8 de abril de 2014

A Praça Velha

Durante anos,  tal como no País, aqui pela Figueira, vivemos uma ilusão: governos de várias cores políticas e executivos camarários  locais laranja, fizeram-nos crer que vivíamos num país rico e numa cidade «na moda».
A Figueira, tal como o país, vivia para o consumo, para o despesismo para a ostentação.
A construção  de imóveis disparou. Agimos como ricos. Convencidos, de facto, que éramos ricos, havia piscinas, oásis, CAE, para construir, só por construir, Olaias, Palácio de Maiorca e Mosteiro de Seiça, para comprar, só por comprar, complexo desportivo de Buarcos e campo de golf para implementar, só por implementar, carnaval e festival de bikini para promover e financiar, só por financiar...
E havia novas habitações prontas a erguer numa cidade com milhares de fogos vazios, indiferente à necessidade da reabilitação urbana.
Tudo isto, numa cidade em que se fechavam fábricas e estaleiros, o comércio tradicional definhava, se desmantelava a frota pesqueira e a agricultura era abandonada...
Deixámos, como é óbvio, de produzir. Fomos, aliás, incentivados para isso, na Figueira e no País. Importávamos 80% do que comíamos, com recurso a dinheiro emprestado, vivíamos na ilusão de que éramos ricos.
E assim fomos vivendo, na Figueira e no País! 
Até um dia...
Um dia, primeiro na Figueira, depois no País, lá tivemos de abrir os olhos para a realidade.
O rei ia nu:  somos uma cidade e um país pobre e a era das ilusões tinha chegado ao fim.
Gostei imenso, por isso, de ler a crónica realista e assertiva do vereador e militante PS, António Tavares, publicada no jornal AS BEIRAS, de que destaco esta parte:
“Foi com satisfação que verifiquei a abertura de um novo estabelecimento de restauração situado na Praça Velha e instalado num edifício recentemente reabilitado. A praça afirmou-se durante muito tempo como um espaço público de excelência.
Relatos de há 100 anos descrevem-na como um ponto de encontro dos figueirenses, de atracção do comércio e de vivências várias – foi terminal de autocarros e ali funcionou, por exemplo, a biblioteca municipal.
Depois, a praça, no seguimento do abate quase completo da baixa histórica, viu encerrarem-se os estabelecimentos e desaparecerem os residentes. Hoje, com a recuperação dos edifícios e a sua subsequente ocupação, a praça poderá ser, de novo, encarada como um interessante conjunto patrimonial.”

Declaração de interesses.
A Praça Velha é o local de que mais gosto na Figueira.
Sempre que lá vou, praticamente todos  os dias, não dispenso  uma visita ao local onde se toma a melhor bica na nossa cidade – o café Brasil. 

sábado, 14 de setembro de 2013

Para mim o perdedor do debate foi Miguel Almeida

foto sacada daqui
Não tive dificuldade, logo após ter terminado o debate autárquico de ontem, em apontar quem, para mim, tinha sido o "vencedor".
Sobre quem perdeu estava na disposição de fazer uma postagem mais fundamentada. 
O Limonete evitou-me o trabalho...
"Miguel de Almeida falou e disse que falta tratar dos jardins, da cultura, das colectividades, do turismo... Só não disse que falta dinheiro e quem o gastou, porque nesse particular alguns presidentes de Câmara que o Miguel muito bem conhece(u) e ele próprio,  enquanto vereador, esbanjaram e que agora faz falta. Estou a lembrar-me dos milhares de euros que custaram o pórtico da cidade, da compra do Convento de Seiça que continua em ruínas, do ruinoso negócio que foi a compra do Paço de Maiorca, das festas para vip's, onde com pompa e circunstância se evaporaram alguns milhares de euros.
Que me desculpe o mentor do "Somos Figueira" e putativo salvador do Concelho, mas depois do debate e da sua intervenção, ninguém de bom senso e  conhecedor destas andanças, ficou convencido que valha a pena votar em quem já demonstrou tanta "habilidade" para desbaratar os dinheiros públicos com tão pouca parcimónia e tão pouco proveito para os figueirenses."

Miguel Almeida, neste debate, apesar da "ajuda" dos moderadores e dos convidados especiais para realizar as perguntas (escolhidos cirurgicamente...) limitou-se a estar igual a si próprio.
Por outras palavras: "parece caricatural, e dá vontade de rir, Miguel Almeida dar a entender que se afasta do seu próprio partido quando fala em investimento e criação de emprego, sabendo toda a gente a obsessão, doentia, que o seu governo tem pelo desemprego. Como quando fala em escola pública, sabendo toda a gente o ódio que o seu governo tem da "coisa pública", seja educação seja saúde".

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Boas intenções...

A intenção do candidto Miguel,  ao tirar uma foto em Seiça, no dia em que foi apresentado o livro “Padre Manuel da Silva – O Homem e o Sacerdote”, da autoria do Professor Eurico Silva,  com o ex- candidato, eng. Daniel e colocá-la aqui, só pode ter sido boa.
Mas,  quando se diz sobre alguma coisa que a intenção era boa, já se está perante um desastre.
É como quando se diz que uma pessoa é simpática.
Se é simpática, é porque não é bonita.
Se a intenção foi boa – e eu não duvido minimamente -  é porque o resultado vai ser péssimo.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Idiossincrasia figueirense

A Figueira é uma  cidade especial e  engraçada. É uma urbe  peculiar, única, que vegeta  numa espécie de limbo muito seu.
A  sua  localização geográfica e a nostalgia de que foi, é e há-de continuar a ser,  um destino turístico de excelência,   tornou-a   permeável e  dependente do exterior.
No principio do século passado, sobretudo dos visitantes espanhóis e dos banhistas de alforge portugueses; agora, de todos...
Por isso, adora que  a  visitem.
Como raramente lhe  prestam atenção, gosta de receber bem e  de impressionar com aquilo que tem  de peculiar: simpatia, gastronomia, serra, rio, mar e praia. Sem esquecer o Casino.
Naturalmente,  fica reconhecida  quando alguém que a visitou  elogia o que de bom continua a ter, apesar da incompetência, populismo e muito oportunismo com que  tem sido governada nos últimos anos.
Ah, e Santana?...
Santana deixou um grande e “pesado” legado…  
O CAE, o Oásis, os campos desportivos da praia, as obras de recuperação do Mercado Municipal, o Paço de Maiorca, a Quinta das Olaias, as Piscinas, o Abrigo da Montanha, o Mosteiro de Seiça, o monumento à entrada da Figueira, sem esquecer o maior desfile do mundo em bikini
Faltou o golf e o Estádio para o Euro 2004!...
Mas, sobraram-nos  dívidas, muitas dívidas…

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Saraiva Santos, ex-vereador do PS e do PSD em entrevista às BEIRAS...

Foto Jot' Alves
A obra de Santana Lopes é proporcional à dívida que deixou?
Não. Deixou imensos elefantes brancos- comprou o paço e o palácio de Maiorca, o mosteiro de Seiça, a Quinta das Olaias. E o próprio Centro de Artes e Espetáculos também é um elefante branco.
Como é que foram os mandatos seguintes do PSD?
Continuaram a ser mandatos de canto da cigarra. Deixou-se cantar a cigarra.

Entrevista completa aqui.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Figueira, uma cidade em ruínas (4)...


Mosteiro de Seiça
Foi D. Afonso Henriques quem o mandou construir em louvor à Virgem Maria, devido a um milagre recebido junto da capelinha de Nossa Senhora de Seiça.
Os primeiros monges do convento foram os de Lorvão que, naquele tempo, pertenciam á ordem de São bento, cujo superior foi o Abade D. Paio Egas, nomeado para este cargo no ano 1175
D. Afonso Henriques faleceu (1185) sem que a obra estivesse concluída, mas o seu filho D. Sancho I deu-lhe continuidade, entregando o convento á ordem de S. Bernardo por esta ser considerada um "raro exemplo de virtude e Santidade".
Em Setembro de 1348, a peste negra fez com que o Mosteiro de Seiça sofresse muitas perdas entre religiosos e caseiros. Esta epidemia dizimou 150 religiosos em 2 meses.
Em 1513, D. Manuel ordena a reparação do Mosteiro por este se mostrar bastante degradado. Assim, a igreja foi ampliada e tornou-se num dos melhores templos das redondezas. Em 1895 foi vendido a uma família que transformou o mosteiro em fábrica de descasque de arroz, fábrica que veio a falir anos depois.
Actualmente, é propriedade da Câmara da Figueira da Foz, tendo sido comprado por Santana Lopes, então líder da autarquia, que adquiriu o espaço por cerca de 225 mil euros.
Na altura, o autarca do PSD prometeu uma "intervenção de fundo" no imóvel, mas, passados todos estes anos, as ruínas do convento continuam à mercê da degradação e do vandalismo.
Miguel Almeida, actual vereador do PSD, na reunião de Câmara realizada no passado dia 2 de Março, apresentou uma proposta para a recuperação do Mosteiro de Santa Maria de Seiça.
O Mosteiro, apesar das diligências efectuadas, não está classificado pelos serviços do Estado, encontrando-se num estado deplorável de degradação.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mosteiro de Seiça


Ontem, em plena reunião camarária, foi entregue na câmara, uma petição popular em defesa do mosteiro de Seiça com 1.218 assinaturas.
Duarte Silva, na oportunidade, disse que não consegue encontrar investidores. “Temos tentado encontrar pessoas interessadas em recuperar o imóvel, mas ainda não encontrámos um projecto que vá de encontro ao que se pretende”, declarou o presidente da câmara.
A oposição discorda que o edifício, anterior à nacionalidade, possa vir a ter uma utilização comercial, como admite Duarte Silva.
Perante mais esta visão economicista de Duarte Silva, concordo com Fernando Campos: “mal por mal, deixem os vestígios do passado entregues ao tempo e ao seu labor competente.”

sábado, 15 de agosto de 2009

Seiça, um convento abandonado

foto Alex Campos
Seiça, a região e o mosteiro, é um blogue que nos conta "a história do Convento de Santa Maria de Seiça, através dos séculos."
Cheguei lá através do Aldeia Olímpica.
Neste post, Maria Rosa Anttonen, coloca duas questões pertinentes.
"Porque foi o Paço de Tavarede completamente recuperado e o Convento completamente abandonado?
Porque houve dinheiro para um e o outro foi completamente esquecido e está em absoluta degradação?"
Na próxima segunda-feira, dia 17 de Agosto, na sessão de Câmara Municipal, será entregue um abaixo-assinado no sentido de sensibilizar as autoridades para a necessidade de reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça.

domingo, 8 de julho de 2007

XIV Grande Prémio de Atletismo de São Pedro em fotos...


... e em números
Prova SemprAndar:

Total de Inscritos ………… 84

Inscrições Femininas …….. 52
· Média de Idades ………. … 45 anos
· Mais Nova e Mais Velha .. 11 anos e 71 anos

Inscrições Masculinos …... 32
· Média de Idades ………….. 43 anos
· Mais Novo e Mais Velho … 7 anos e 78 anos

XIV GRANDE PRÉMIO DE ATLETISMO DE SÃO PEDRO

Total de Inscritos ……………………………………….……… 192
Individual ….. ……………… Inscritos ……………………… 14
Atlético Clube Vermoil ……. Inscritos ……………………… 25
C.R.A. Santamarense ……. Inscritos ……………………… 15
Casa do Povo de Tonda ……. Inscritos ……………………… 10
Comissão Melhoramentos Percelada …Inscritos …………… 16
Desportivo Clube Marítimo da Gala …Inscritos ……………. 7
Grupo Desportivo Cova-Gala …Inscritos …………………… 18
Gira Sol Ramos Catarino …Inscritos ………………………. 19
G D 3 Santos Populares ….…Inscritos ………………………. 1
AAC …………………….….…Inscritos ………………………. 1
A.C.R. Bom Sucesso …..….…Inscritos ………………………. 5
ADCP Pampilhosa ……… Inscritos ………………………. 6
Casa do Benfica Fig. Foz …. Inscritos ……………………….. 3
Casa do Pessoal U. Coimbra .. Inscritos… 9
Clube Veteranos A. Coimbra .. Inscritos …, 13
C.F. Portugal ……………... Inscritos ……………………..…, 2
Figueira Lorvão ………….. Inscritos …………………………11
S. Frutuoso …..………….. Inscritos …………………..……1
C.T.T. Coimbra ……..…. Inscritos …………….………… 5
C.T.P. Vale do Açor ..…. Inscritos ……………….……… 5
Montanha Clube da Lousã … Inscritos …….…….……… 3
Quiaios Clube ……....…. Inscritos ……………….……… 1
União Avelãs de Cima…. Inscritos ……………….……… 2

CLASSIFICAÇÕES POR PROVA

Veteranos A:
1º - Paulo Pereira - União Avelã de Cima - Nº 136
2º - José Correia - Montanha Clube da Lousã - Nº 150
3º - Alberto Marques - Casa do Povo de Tonda - Nº 15

Veteranos B:

1º - José Oliveira - Casa Pessoal União Coimbra - Nº 143
2º - Aquilino Ferreira - Atlético Clube Vermoil - Nº 44
3º - Ventura Pinto - Casa do Povo de Tonda - Nº 16

Veteranos C:

1º - João Rodrigues - Individual - Nº 180
2º - Costa Marques - S. Frutuoso - Nº 187
3º - Manuel Fernandes - Desportivo C. Marítimo Gala - Nº 113

Veteranos D:

1º - José Sequeira - Montanha Clube da Lousã - Nº 166
2º - Carlos Teixeira - G.D. 3 Santos Populares - Nº 50
3º - José Pereira - Montanha Clube da Lousã - Nº 151

Veteranos E:

1º - José Abade - Clube Veteranos A. Coimbra - Nº 9
2º - Agostinho Moreira - Casa Pessoal União Coimbra - Nº 147
3º - José Lucas - ACR do Bom Sucesso - Nº 172

Veteranos F:

1º - Francisco Sanchez - Casa do Benfica Fig. Foz - Nº 131
2º - Manuel Cartacho - Casa Pessoal União Coimbra - Nº 149
3º - José Seiça - Quiaios Clube - Nº 138

Veteranos G:

1º - Leonel China - Clube Veteranos A. Coimbra - Nº 11

Veteranos H:

1º - Reinaldo Pedrosa - Clube Veteranos A. Coimbra - Nº 12

Prova Feminina:

1º - Maria Odete Cruz - Gira Sol Ramos Catarino - Nº 140
2º - Noémia Batista - Casa Pessoal União Coimbra - Nº 141
3º - Maria Fernandes - Casa Pessoal União Coimbra - Nº 142

Juniores / Seniores:
1º - Gonçalo Borges - Individual - Nº 2
2º - Sergy Chonka - Atlético Clube Vermoil - Nº 37
3º - Vítor Moniz - Atlético Clube Vermoil - Nº 39


Juniores / Seniores Por Equipas:

1ª Equipa - Atlético Clube Vermoil - 12 Pontos
2ª Equipa - C.P.T. Vale de Açor - 15 Pontos
3ª Equipa - C.T.T. Coimbra - 34 Pontos


Iniciados Masculinos:

1º - Gonçalo Jesus - Gira Sol Ramos Catarino - Nº 93
2º - João Simões - Casa do Povo de Tonda - Nº 23
3º - Rafael Matias - C.R.A. Santamarense - Nº 106

Iniciados Masculinos Por Equipas:

1ª Equipa - C.R.A. Santamarense - 22 Pontos
2ª Equipa - A.C.R. Bom Sucesso - 34 Pontos
3ª Equipa - A.D.C.P. Pampilhosa - 46 Pontos
Iniciados Femininos:

1º - Daniela Duarte - Comissão Melhor. Percelada - Nº 60

Juvenis Masculinos:

1º - Daniel Santos - C.R.A. Santamarense - Nº 107
2º - Carlos Costa - Figueira Lorvão - Nº 162
3º - Pedro Rodrigues - C.R.A. Santamarense - Nº 109

Juvenis Masculinos Por Equipas:

1ª Equipa - C.R.A. Santamarense - 8 Pontos

Juvenis Femininos:

1º - Catarina Marques - C.R.A. Santamarense - Nº 97
2º - Andreia Lapão - C.R.A. Santamarense - Nº 96
3º - Silvana Santos - Grupo Desportivo Cova-Gala - Nº 176

Infantis Femininos:

1º - Tatiana Felício - Figueira Lorvão - Nº 156
2º - Lucy Ferreira - Figueira Lorvão - Nº 158
3º - Sandy Ferreira - Figueira Lorvão - Nº 157

Infantis Femininos Por Equipas:

1ª Equipa - Figueira Lorvão - 6 Pontos

Infantis Masculinos:

1º - Filipe Menezes - Casa do Povo de Tonda - Nº 22
2º - Carlos Barbosa - Grupo Desportivo Cova-Gala - Nº 73
3º - Patrick Ferreira - Individual - Nº 119

Infantis Masculinos Por Equipas:

1ª Equipa - Grupo Desportivo Cova-Gala - 13 Pontos
2ª Equipa - Atlético Clube Vermoil - 21 Pontos
3ª Equipa - C.R.A. Santamarense - 32 Pontos


Benjamins Femininos:

1º - Manuela Martins - Atlético Clube Vermoil - Nº 25
2º - Ana Sofia - Comissão Melhor. Percelada - Nº 51
3º - Katelyn Lima - Grupo Desportivo Cova-Gala - Nº 130

Benjamins Masculinos:

1º - Pedro Ferraz - Casa do Povo de Tonda - Nº 21
2º - Custódio Marques - Gira Sol Ramos Catarino - Nº 80
3º - Marcelo Martins - Figueira Lorvão - Nº 152

PRÉMIOS ESPECIAIS ATRIBUÍDOS

Grande Prémio de São Pedro à Atlético Clube Vermoil
Prémio SemprAndar à C.R.A. Santamarense