A apresentar mensagens correspondentes à consulta dona dora ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta dona dora ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens

sábado, 4 de agosto de 2012

Parabéns Dona Dora

84, já cá cantam!.. Oitenta e quatro anos é uma longa vida.
Esta, foi particularmente vivida com muitas dificuldades, inúmeros contratempos e algumas amarguras.
Mas, também, e isso é o mais importante, com muitas alegrias.
As consequências pesam. O que não é de admirar, pois aconteceu de tudo: chuva e sol, sorrisos e lágrimas, chegadas e partidas.
Aos oitenta e quatro anos já se descobriu o que é verdadeiramente importante na vida - as pessoas que nos rodeiam e que amamos.
E, disso, a Dona Dora não se pode queixar.
A "LUTA" continua!
Parabéns Mãe.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Dona Dora: 87 anos

Hoje, a minha Mãe  festeja o seu 87º. Aniversário.
É um dia doloroso, mas bonito.
Foram 86, quase, quase 87 anos - uma vida.
Em tempos difíceis, como estes que atravessamos, a sua presença e o seu exemplo –  de trabalho, de seriedade, de dignidade, a sua preocupação em cuidar da família - faz ainda mais falta.
A família sempre foi o reduto inexpugnável da nossa esperança. 
E vai continuar a ser.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Dona Dora: 88 anos

Mãe: 
(…)
Que és a eterna mulher entre as mulheres. 
Que nem a morte te afastou de mim! 
Miguel Torga, in "Diário IV"

Saudade. 
Mais do que a ausência é a vontade da presença.

Hoje, a minha Mãe  festeja o seu 88º. aniversário.
É um dia doloroso, mas bonito. 

Bom, bom, seria tê-la connosco.
Foram 86, quase, quase 87 anos - uma vida.

Em tempos difíceis, como estes que atravessamos, a sua presença e o seu exemplo –  de trabalho, de seriedade, de dignidade, a sua preocupação em cuidar da família - faz ainda mais falta.

A família sempre foi o reduto inexpugnável da nossa esperança.
E vai continuar a ser.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Dorati da Conceição, uma vida de “trabalhos” que valeu a pena (4 de Agosto de 1928/14 de Julho de 2015)

A minha Mãe foi baptizada de Dorati da Conceição, nasceu na freguesia de Lavos, Figueira da Foz, descendente de uma família de pescadores naturais de Ílhavo, que desceram a costa portuguesa à procura de peixe e água potável que lhes permitisse a sobrevivência, que se vieram a sediar na cova de uma duna, um local a que passaram a chamar de Cova por volta de 1750/1770.
A Gala, onde a minha Mãe nasceu, é uma povoação mais recente, nasceu cerca de 40 anos depois, quando alguns dos pescadores se deslocaram para nascente e ergueram pequenas barracas ribeirinhas, para recolha de redes e apetrechos de pesca.
Os familiares que me antecederam eram gente com mãos rugosas do trabalho  e faces marcadas pelo sol e pelo mar, onde arriscaram a vida para continuar a viver.

A vida da minha Mãe, até ao último dia, foi, sobretudo, uma vida de “trabalhos”.
Normalmente, este blogue serve para tudo, menos para falar de mim ou da minha família.
Hoje, é uma dessas raras excepções… Mas, como é que se escreve sobre uma Mãe que teve uma dura e difícil vida e que acaba de me deixar?
Neste momento, não sei se não sei, não sei se não consigo.
Sei que foram quase oitenta e sete anos, uma longa vida, ainda por cima, vivida com muitas dificuldades, inúmeros desgostos e algumas amarguras.
Não conheceu o Pai, soldado na I Grande Guerra. Ficou viúva, aos 46 anos de idade, no tempo em que não havia reformas, com 3 filhos e uma Mãe de idade já avançada para cuidar.
A vida é tão difícil para alguns… Contudo, a minha Mãe deu a volta por cima e foi sempre uma mulher lutadora e uma filha, mãe,  avó e bisavó dedicada.

Nunca desistiu: e isso foi o mais importante.
Viveu muitas alegrias no seio familiar –  toda a família a rodeou de cuidados, amor, carinho e atenções até ao último dia.
Porém, as consequências de uma vida longa, dura e difícil pesaram no final – as últimas semanas foram penosas, muito penosas mesmo.  
Ao longo do percurso aconteceu de tudo: chuva e sol, sorrisos e lágrimas, chegadas e partidas – e, sobretudo, trabalho, muito trabalho e muita luta pela sobrevivência com honra e dignidade – o maior e mais importante legado que deixou à família.
Quase oitenta e sete anos deram para descobrir o que é verdadeiramente importante na vida - as pessoas que nos rodeiam e que amamos.
E, disso, a Dona Dora, minha Mãe, não se pode queixar.

Hoje perdi a minha Mãe – que, durante mais de 41 anos, foi, também, o pai que me restava. Lembro-me de tudo. De como ela era bonita. E bem disposta e divertida, como esta  foto de 2012 mostra.
É assim que a vou recordar. Sinto a sua partida e o que teve de sofrer nos últimos meses, como uma profunda injustiça. Como a pior traição que se faz a um filho.
“Consola-me” um pouco, porém que, hoje, a morte vai ser a primeira noite sossegada que vai ter de há largos meses a esta parte…
Até um dia Mãe.
Um beijo.

domingo, 9 de janeiro de 2022

Um maneira alegre e bem disposta de começar um domingo...

Na foto, da esquerda para a direita: a minha Mãe, eu e o meu Pai

No passado dia 5 comemorei 68 anos de vida.
Vida longa. Já vivi mais 21 anos que o meu Pai. O meu Pai nasceu a 17 de Abril de 1927 e faleceu em 6 de Junho de 1974. Viveu pouco mais de 47 anos.
Na altura, Portugal vivia a Revolução de Abril. Eu vivia em revolta pessoal, por verificar que o meu Pai não iria usufruir da merecida melhoria das condições que os pescadores e as suas famílias tiveram nas suas vidas, após o 25 de Abril de 1974.
O meu Pai, tal como eu, era um sonhador à antiga. Tinha apenas a 4ª. classe, mas era culto. Lia muito. Jornais e romances - sobretudo, não sei explicar porquê, os que na época deram guiões de grandes filmes.
Ficar sem pai com pouco mais de 20 anos não me tornou mais adulto.
A vida complicou-se. A minha Mãe ficou viúva nova, com 3 filhos e a Mãe - a minha avó Maia. Vivemos dias complicados, mas tivemos sempre uma casa farta: de valores familiares e amor. O resto superou-se.
A morte do meu Pai marcou-me para o resto da vida.
Tudo passou a ser mais difícil. Ficar sem poder contar com a sua presença física e convivência, a sua opinião, a sua coragem, a sua alergia à injustiça e o seu companheirismo, foi duro. Foi mesmo muito duro.
Com a morte da minha Mãe (4 de Agosto de 1928/14 de Julho de 2015) voltei a sentir verdadeiramente o que é a ausência. Algo mitigada, porém, por saber que a minha Mãe viveu quase oitenta e sete anos, uma longa vida. Embora vivida com muitas dificuldades, inúmeros desgostos e algumas amarguras. Não conheceu o Pai, soldado na I Grande Guerra. Ficou viúva, aos 46 anos de idade, no tempo em que não havia reformas, com 3 filhos e uma Mãe de idade já avançada para cuidar. A vida é tão difícil para alguns…
Contudo, a minha Mãe deu a volta por cima e foi sempre uma mulher lutadora e uma filha, mãe, avó e bisavó dedicada. Pena não ter conhecido o Zé Miguel, o meu neto, que nasceu em Maio passado.
Legou-me o exemplo. Nunca desistiu: e, isso, foi o mais importante.
Viveu muitas alegrias no seio familiar – toda a família a rodeou de cuidados, amor, carinho e atenções até ao último dia.
Ao longo do percurso aconteceu de tudo: chuva e sol, sorrisos e lágrimas, chegadas e partidas – e, sobretudo, trabalho, muito trabalho e muita luta pela sobrevivência com honra e dignidade – o maior e mais importante legado que deixou à família.
Os quase oitenta e sete anos da minha Mãe, deram para descobrir o que é verdadeiramente importante na vida - as pessoas que nos rodeiam e que amamos. E, disso, a Dona Dora, minha Mãe, esteja onde estiver, não se pode queixar.
A 14 de Julho de 2015 a amargura e a revolta que senti deveram-se sobretudo a um facto: nesse dia perdi a minha Mãe – que, durante mais de 41 anos, foi, também, o pai que me restava. Ficar sem Mãe e o Pai que me restava ao mesmo tempo é a pior traição que se pode fazer a um filho.
Nestes tempos conturbados, complicados e algo penosos que estamos a viver neste início de 2022, faz-me a falta a confiança que sempre tive, vinda dos meus Pais.
Falta-me o aconchego de alguém que nos faria sentir que está tudo bem e vai ficar tudo bem, mesmo quando não fizessem ideia da dimensão do problema.
Os Pais sugerem o percurso. E os filhos caminham.
Para mim, acabou no dia 14 de Julho de 2015 algo que mais ninguém me pode proporcionar: a possibilidade de regressar, voltar de novo a caminhar e mudar o destino.
É com alegria que, todos os dias, recordo os meus Pais. Apenas lamento a ausência de resposta. Bastava-me algo simples e sem importância. Com o meu Pai, chutar umas bolas à baliza por ele defendida (ele gostava que eu tivesse sido jogador de futebol). Com a minha Mãe, comer um belo prato de papas feitas por ela com a sobra da sopa de feijão do dia anterior, acompanhado com umas belas sardinhas assadas salgadas no tempo da "matança".
A vida está uma confusão e uma trapalhada. Não sabemos como vamos sair disto.
De uma coisa, porém, tenho a certeza: evocar os meus Pais fez-me bem.
É possível encarar o futuro controlando o medo e dobrando a esperança no futuro.
É tão bom ser pequenino. Ter Pai é ter "sempre um sol a pino". Ter mãe é ter um Deus só nosso, que o mesmo é escrever, um escudo protector.
Que bom ter começado hoje o dia com esta recordação dos meus Pais. Que grande e gloriosa alegria. Bom dia para todos.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Parabéns Dona Dora

Foto Pedro CruzÉ já uma vida longa, com pouca poesia, mas com muita prosa...
Oitenta anos é uma vida. Vivida com muitas dificuldades, inúmeros contratempos e algumas amarguras. Mas, também, com muitas alegrias.
As consequências pesam. O que não é de admirar, pois aconteceu de tudo: chuva e sol, sorrisos e lágrimas, chegadas e partidas.
Aos oitenta anos já se descobriu o que é verdadeiramente importante na vida - as pessoas que nos rodeiam e que amamos.
Mãe: chegar aos oitenta, assim, rodeada dos que a amam, com um sorriso rasgado e espírito brincalhão, que mais se pode exigir da vida?
Quando eu chegar aos oitenta, quero ser assim.
Parabéns.