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Passaram os anos e desembocámos aqui. O Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra mantém a suspensão do processo da futura ponte sobre o Mondego, que ligará as freguesias de Vila Verde e Alqueidão. O processo foi acionado por um dos concorrentes que ficaram afastados da empreitada, visando a impugnação do concurso e a suspensão da obra.
Recorrendo à memória, lembremos que, em Janeiro de 2020, o presidente da câmara de então, Carlos Monteiro, chegou a informar que a ciclovia europeia Eurovelo seria uma realidade nesse mesmo ano de 2020, incluindo uma ponte sobre o Mondego, na zona do Alqueidão/Lares.
Em 2025, o actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes espera e desespera: ontem, num artigo de opinião publicado no Correio de Manhã, escreve.
"Acabei de ter conhecimento de que um Tribunal Administrativo de Coimbra tinha decidido não levantar a suspensão da execução da obra de uma ponte que ligará duas margens do nosso concelho entre Alqueidão e Vila Verde. A luta por esta ponte vem desde o executivo camarário anterior, fiz tudo para resolver o assunto, para lá da mudança de governo. A decisão da juíza, comunicada ontem à tarde, foi a de que não tinha ficado provado que o levantamento da suspensão causasse menos prejuízos do que a sua manutenção. Juntámos cartas do presidente de um município vizinho comprovando o interesse também para esse município, e para juntas de freguesia desse município, Soure, da obra em causa.
Há décadas que as pessoas esperam por essa obra e a sua realização evitará meia hora diária de deslocação para muitas pessoas que trabalham em unidades industriais noutras zonas do concelho. Como pode um tribunal entender que o prejuízo de uma empresa é maior do que o de todas estas populações? O que pensar de uma posição dessas? Qualquer decisão que queiramos levar por diante, mais transformadora, tem que percorrer a estrada de Damasco."
De harmonia com o DIÁRIO AS BEIRAS, o edição de hoje, o Município da Figueira da Foz vai recorrer da decisão do TAFC.
Já lá vão mais de 7 anos e a primeira pedra deste empreendimento ainda está por lançar.
Porém, nunca é tarde... A não ser para ciclistas como eu: velhos e sem tempo para esperar.
Já agora que vem a talhe de foice: haja alguém (INAG?) que olhe para a ligação entre a Ponte de Lares e a Estação de Bombagem do Fôja, pois quem gosta de pedalar a bicicleta pela margem direita do Mondego, no troço que dá acesso à Ponte da Ereira, além de ter de enfrentar e suportar uma tortura, tem também de ter capacidade para resistir a um autêntico suplício.
Desculpem: assim, não há cu que aguente...
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