domingo, 24 de maio de 2020

Crise COVID-19 no concelho (6)

"Enquanto escrevo estas linhas, a contagem oficial de casos confirmados de Covid-19 na Terra é de cerca de 5 milhões e uma taxa de mortalidade de 6,6%. Em Portugal, o número de novos casos tem diminuído de semana para semana, tendo hoje 30 mil infetados, estando o país na 26.ª posição mundial, com uma taxa de mortalidade de 4,2%. São estes os números com que os responsáveis políticos de todos os países se digladiam diariamente para encontrar as melhores soluções para o desconfinamento e para o relançamento da economia.
Contudo, este relançamento da economia não depende só da bondade das medidas já tomadas no concelho ou no país, mas também e, principalmente, do estado da economia dos países com quem nos relacionamos ao nível das trocas comerciais e, obviamente, das grandes potências mundiais. Pois, como todos muito bem sabemos, para o bem e para o mal, vivemos numa economia globalizada. E, infelizmente, existem muitos países onde a evolução da doença não tem ainda sinais de estar a melhorar e que, ao contrário de nós, ainda têm fortes medidas de isolamento.
Por outro lado, não sabendo como vai evoluir a situação nos próximos meses e até nos próximos anos, se ou quando vai existir vacina ou tratamento eficaz, desconhecemos, na realidade, que estratégia irá ser eficaz. Isto implica que os decisores tenham de ter a humildade para constantemente ir adaptando as suas opções à medida que a experiência adquirida e o conhecimento científico acerca deste novo vírus evolui.
Considero que o lay-off, os apoios financeiros às empresas, as moratórias, os apoios para assistência à família, os apoios “Figueira Vale Mais”, a distribuição de EPI, as isenções de taxas, o alargamento de esplanadas, os apoios às IPSS, a distribuição de computadores, internet e refeições nas escolas, os apoios alimentares e aos idosos e isolados, os transportes escolares e de doentes, entre muitas outras medidas, têm contribuído para reduzir o impacto imediato da pandemia na sociedade figueirense, tendo o município já despendido, só em 2 meses, cerca de 1 milhão de euros. Todavia, para se definirem medidas económicas mais estruturais teremos de perceber o sentido da evolução da nossa aldeia global."
Via Diário as Beiras

sábado, 23 de maio de 2020

Campismo com máscara...

A partir de segunda-feira vai ser assim no Cabedelo...

E Cantanhede aqui tão perto...

"Como testes prometidos nunca mais chegavam, Misericórdia decidiu por «motu próprio»"...

Imagem via Diário de Coimbra
Recorde-se: 
- o Presidente da Câmara Municipal, Carlos Monteiro, deu nota na reunião realizada a 20 de abril passado, da participação da Figueira da Foz no programa piloto de testes de rastreio à Covid-19, que será aplicado em lares e estruturas similares do concelho, no âmbito de iniciativa da Comunidade Intermunicipal da Região Centro.

- Até agora, o que se conhece é que os testes nas IPSS figueirenses se vão realizar em "breve"?
Falta saber, quando, como e quem os vai realizar?

José Gomes Pereira, antigo médico do Sporting e director de Medicina Desportiva do Comité Olímpico de Portugal desde 2017

"Não se podia treinar há 15 dias? O que mudou na condição pandémica?"

“Relativamente ao treino, tenho fortes dúvidas e cada vez menos vontade de falar destes assuntos. Porque desde março que as análises se vão repetindo e não surge nada de novo. Se se pode treinar agora, não se podia há 15 dias? Se na aviação não se podia lotar os aviões, dentro de uns dias já pode? O que é que se alterou em termos da condição pandémica?”
Segundo Gomes Pereira, as "questões económicas" estarão por trás de "muitas decisões" que estão a ser tomadas e, apesar de não se mostrar contrário ao descofinamento, lembrou que essa decisão "tem riscos" e que a utilização de equipamentos de proteção individual no treino físico não pode ser comparada às "atividades diárias comuns".

Da série a retoma da normalidade

"A Associação Figueira com Sabor a Mar retoma os festivais gastronómicos em junho, com as caldeiradas, de 19 a 28, nos 14 restaurantes aderentes. Este ano, por causa da pandemia, apenas se realizou o Festival da Lampreia e Sável, enquanto o Festival do Polvo, agendado para abril, foi cancelado. 
Nota da associação adianta, ainda, que serão realizados os festivais da raia (de 14 a 23 de setembro), feijoada de búzios (de 2 a 11 de outubro) e bacalhau e derivados (de 20 a 29 de novembro). Isto porque, defende a Figueira com Sabor a Mar, há que dar “ânimo” à restauração local, numa fase em que o sector está sujeito a apertadas medidas de segurança sanitária."
Via Diário as Beiras

Extensões de Saúde: reabertura não deve demorar

"A câmara, através do presidente, Carlos Monteiro, e da vereadora Diana Rodrigues, adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que tem informação da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) segundo a qual as extensões de saúde encerradas no âmbito da afetação de recursos humanos ao programa de combate à pandemia reabrem na segunda-feira, 25. 
Porém, contactada pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a ARSC não se compromete com datas. “O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Baixo Mondego, no âmbito da retoma da atividade assistencial em curso, prevê a reabertura das referidas unidades de saúde em breve, no maior rigor pela segurança de utentes e profissionais”, respondeu a ARSC. E ressalvou: “O processo de retorno à normalidade é gradual e pressupõe alguns reajustes a nível de recursos humanos e de segurança, estando o ACES a envidar esforços para que a retoma da atividade assistencial se processe no mais curto espaço de tempo possível
Há cerca de dois meses que as extensões de Santana (freguesia de Ferreira-a-Nova), Bom Sucesso, Marinha das Ondas, Maiorca e Vila Verde estão encerradas. Os utentes têm sido encaminhados para as unidades de saúde mais próximas, com o transporte garantido pela autarquia para utentes com insuficiência económica. Na Marinha das Ondas, as deslocações ao Paião são asseguradas pela junta, porque na freguesia reside uma comunidade de asiáticos, maioritariamente nepaleses, cujo processo de inclusão social ainda não está concluído. De resto, os trabalhadores estrangeiros representam cerca de 10 por cento dos residentes. 
Em Santana existe uma avaria da central telefónica e o posto médico também está limitado pela falta de pessoal para substituir a funcionária administrativa, que, quando está de férias ou de baixa médica, a unidade de saúde encerra"...
Via Diário as Beiras

Podemos ir à praia, apanhar sol e mergulhar no mar... Mas, também podemos pensar nisto...

Os barões figueirenses emproados,                      
eleitos pela plebe provinciana,
ficaram bem posicionados
para fazerem o que lhes dá na real gana.

Gente simplória, mas algo bruta,
votou de forma absoluta
em quem sempre o engana!
Que povo sacana!..

Na Figueira é desta maneira...
O povo mesmo sem azinheira,
como diz a Grândola vila morena,
é quem mais ordena.

Ninfas do rio Mondego onde nado,
por quem sempre senti carinho ardente,
não me deixeis pendurado
e concedei engenho à minha mente.

Com arte e convosco presente,
é possível desmascarar de forma eloquente,
aqueles que já mostraram ter no seu gene
a besta horrível do poder perene!

Os políticos de joelhos perante os interesses económicos...

"Aviões vão poder viajar com lotação máxima a partir de 1 de junho"...
Nas cidades, nas serras, nos campos, nas praias e no mar o distanciamento social de pelo menos um metro e meio é obrigatório. No ar, com a força das companhias aéreas, o distanciamento é tudo ao monte e fé em Deus.

Mas tiveram direito a uma barrigada de palmas

País de velhos...

Uma postagem de há um ano, perfeitamente actual...

quinta-feira, 23 de maio de 2019


Presidente da câmara, há um mês no cargo, no Dez & 10 "falou sobre as obras, projectos e estratégia da autarquia"...

Terminava assim:
"Aldrabice, em bom português, é uma patranha. Uma trapaça. Política, se referida a um objectivo político. Na propaganda política,  o dirigente  partidário apresenta publicamente tudo isto como uma promessa. Se não conseguir o objectivo, uma vez tomado o poder de o poder fazer, e se tal for por incompetência política, a aldrabice ressalta à vista de todos, como uma promessa incumprida. E nem é preciso ter feito a quarta classe antiga. Basta ter frequentado qualquer curso das Novas Oportunidades... Carlos Monteiro vai ter dois anos duros pela frente. A fasquia está elevada. E o estado de graça não dura para sempre."
Foto sacada daqui
Entretanto, passou um ano. Carlos Monteiro prometeu, na altura, concretizar "em breve" o que João Ataíde não conseguiu realizar em 10 anos. "Sem dar por ela", Monteiro passou um atestado de incompetência política ao seu antecessor. Passado um ano, porém, o "breve" continua por cumprir.
Na Figueira, como no país, «neste momento, estamos quase num regime de partido único.E não venham com a história que se não houvesse democracia, eu não podia escrever isto. O despotismo nestes tempos não precisa de cercear liberdades como a de expressão. Não precisa de impedir algumas pessoas de falar. Basta-lhe conseguir que as pessoas não liguem ao que lêem e ao que ouvem. O truque não está no autoritarismo desenfreado, mas no fomentar do torpor generalizado

sexta-feira, 22 de maio de 2020

"Municípios terão 30 milhões para programação cultural este verão. Costa abre a porta a concertos ao ar livre"

Costa quer municípios a investir na programação cultural para completar "oferta turística". "Espectáculos musicais quer ao ar livre, quer em espaço coberto" serão possíveis segundo PM.
Serão boas notícias para os artistas, de “uma das áreas mais afectadas pela pandemia” (nas palavras de António Costa), mas poderão ser algo confusas para tantos outros. Uma espécie de baile de verão. Por partes: depois de se reunir com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), o primeiro-ministro anunciou a criação de uma linha de 30 milhões de euros para a programação cultural que se destina às autarquias. As festas mais pequenas que pontuam o verão tradicional português e que Costa quer que se somem “à oferta turística”. E aqui até cabem “espectáculos musicais ao ar livre”. Mas Costa frisou que “não é possível realizar festivais”.

A pandemia a fazer estragos...

Crise COVID-19 no concelho (5)

"Nada nos podia preparar para uma pandemia desta dimensão. Se nos países asiáticos, houve uma série de doenças contagiosas que obrigaram aquelas sociedades a mudar a sua forma de organização durante períodos de tempo significativos, no ocidente já não vivíamos algo semelhante há mais de 100 anos. Doenças como a Gripe da Aves ou o SARS, foram exemplos recentes de doenças contagiosas que colocaram aqueles Estados em situações de dificuldade. Por esse motivo, a experiência adquirida foi fundamental na resposta a esta pandemia.
Aqui, no nosso hemisfério, as economias não estavam minimamente preparadas para responder a uma crise deste género e as ondas de choque são, sem dúvida, aquilo que nos vai preocupar, nos próximos anos. A crise voltará a ser uma das palavras comuns do nosso léxico. Estou certo que a Europa vai responder de uma forma diferente a esta crise. A solidariedade vai ter de imperar em tempos, em que a destruição de emprego, não é culpa de decisões ou de opções de alguém.
A nível local, é importante fazer aquilo que está ao nosso alcance. As medidas aprovadas pela Câmara Municipal, esta semana, são um sinal positivo e vão de encontro às necessidades da economia local, a curto prazo. Porém, teremos de começar a trabalhar o quanto antes, na procura de soluções que mitiguem os efeitos de uma futura crise económica e de emprego.
Do meu ponto de vista, o caminho passará por apostar em projetos semelhantes ao “Mercado de Ideias”, que promovam a criação de infraestruturas, que incentivem profissionais a localizarem-se na Figueira da Foz. Esta pandemia demonstrou-nos que muitas profissões podem ser realizadas através de teletrabalho e esta pode ser a oportunidade do nosso concelho de se tornar num destino para quem procura trabalhar num local com qualidade de vida. Aliás, é imperativo criar soluções, para que os jovens figueirenses voltem à sua terra natal, sob pena de se não o fizermos, perdermos uma parte significativa da população."
Via Diário as Beiras

Eurodeputado Álvaro Amaro acusado por negócios ruinosos com PPP

Foto Tiago Petinga
"O ex-presidente das câmaras de Gouveia e da Guarda é um dos nove arguidos num processo de contratos suspeitos com uma empresa de construção, que terão recebido cerca de 4 milhões de euros de vantagens ilícitas. Ministério Público pede devolução das verbas ao Estado e perda de mandatos políticos quando forem julgados. 
Social-democrata avança que não renuncia..."
E agora, que há acusação formal, Dr. Rui Rio?

"Avipronto vai ser alvo de investigação por parte do Ministério Público"

A GNR fez uma queixa-crime junto do Ministério Público por alegadas omissões no caso que envolveu a crise de Covid-19 e a empresa Avipronto. Esta participada do grupo Lusiaves em Azambuja será investigada por omissão do número de casos da doença que recorde-se infectou 129 trabalhadores. 

Via SICN

Lançamento e fixação da taxa de IMI sobre valor patrimonial de 2020 dos prédios urbanos – Cobrança a efectuar 2021


O vereador do PSD Ricardo Silva vai apresentar, na próxima reunião de câmara, no dia 1 de junho, uma proposta para a aplicação da taxa mínima do IMI (0,30) em 2021 para prédios urbanos
“Uma taxa menor de IMI irá ajudar a mitigar o impacto da Covid-19 na vida dos figueirenses e empresas, possibilitando um ligeiro alívio da maior carga fiscal”, pode ler-se na proposta do PSD. O documento aponta a aplicação da “dedução fixa aos prédios urbanos em função do número de dependentes que compõem o agregado familiar do proprietário do prédio correspondente à habitação própria e permanente”. Para os casos em que o proprietário tenha um dependente a seu cargo, o PSD propõe uma dedução fixa de 20 euros, que aumenta para 40 nos casos de haver dois dependentes e para 70 para quem tiver três. Por outro lado, prevê uma penalização de 30 por cento da “taxa aplicável aos prédios urbanos degradados, considerando-se como degradados aqueles que, face ao seu estado de degradação, não cumpram satisfatoriamente a sua função ou façam perigar a segurança de pessoas e bens”.
Diário de Coimbra

Perante esta proposta, o presidente da câmara, Carlos Monteiro, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS considera que “nesta fase [de crise pandémica], teremos de ter mais cautela, porque as pessoas que querem recuperar os imóveis poderão não ter capacidade financeira”. E acrescenta Carlos Monteiro: “o PSD deve perceber” que a proposta de redução da taxa do IMI “é a mais demagógica e populista que podia ser feita nesta altura, depois de, na última reunião de câmara, ter havido o entendimento que os apoios [para atenuar os efeitos da crise pandémica] não podiam ultrapassar um milhão de euros”. O autarca da maioria socialista realçou, por outro lado, que a autarquia “tem de acautelar” a possibilidade de ter de pagar cinco milhões de euros no âmbito do processo do Paço de Maiorca. “Fazer propostas para reduzir encargos aos munícipes é o que todos gostaríamos de fazer, mas põem em causa o equilíbrio financeiro da câmara”, disse ainda ao jornal DIÁRIO AS BEIRAS  o presidente  Carlos Monteiro.