sexta-feira, 27 de março de 2020

PSP controla isolamento social na Aldeia

Leiam José Augusto Marques e ouçam Carlos Monteiro

Graça Freitas admite que um dia pode haver máscaras e luvas para 10 milhões, mas como não há, explicação sobre como usar não seria medida "útil"...

DGS não ensina a usar máscaras porque não há para todos: "Não vale a pena dizer que há, não há"...

Hospital da Figueira da Foz preparado para a fase crítica do novo coronavírus

Via Diário as Beiras

"O Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) está preparado para a fase crítica da pandemia do novo coronavírus.“Estamos preparados, dentro do possível, para a crise que nos está a assolar. Neste momento, temos o controlo pleno sobre a situação”, afirmou o presidente do conselho de administração, Manuel Teixeira Veríssimo.
Neste momento, o HDFF dispõe de 19 ventiladores (estão a caminho outros seis, oferecidos pela Lusiaves) e tem material de proteção individual de profissionais de saúde em reserva (e fez novas encomendas).
Por outro lado, tem disponíveis 31 camas numa enfermaria dedicada aos pacientes de Covid-19, com possibilidade de ter mais 36, ou mais, já que a estratégia é adequar a resposta à dinâmica da propagação da doença."

Está-se mesmo a ver que aquilo era um cais e não uma praia, não está?

Imagem via Diário as Beiras

O que nos ensina a moral desta história? ...aquilo que já sabíamos: que os eruditos e intelectuais que passam pelo poder na Figueira, não nos ensinam nada...

Recordo, como Sua Exa. o Dr. António Tavares, na altura também vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, tentou justificar o que não tem justificação: o "porquê" da atribuição da designação "Cais da Sardinha", ao local que a foto mostra.
«Não encontrámos nenhum documento onde o local em apreço seja designado por “praia” e muito menos por “Praia da Sardinha”. Poderá haver, mas desconhecemos.
Numa exposição da administração do porto intitulada “Cais da Memória”, feita há muito pouco tempo no CAE, aparece uma fotografia com a designação “lota da sardinha” e assim está no site do porto. No catálogo de cartofilia editado pelo arquivo municipal, as imagens em apreço designam “Doca de pescado” (3 vezes), “Mercado de Peixe”, “Descarga de Sardinha”, “Desembarque de Sardinha” e “lota”. Nunca “Praia da Sardinha”.
Em plantas, encontramos a designação de “doca de fundeadouro e descarga” (D.O.P do Mondego) ou ainda “Doca da Figueira” (Pereira da Silva).
Da mesma forma, Salinas Calado, num artigo publicado no Álbum Figueirense, chama-lhe “Doca”, Raymundo Esteves refere “o mercado em frente ao cais” e Gaspar de Lemos no Almanach refere-se-lhe como “novo cais”

O que está escrito acima prova que aquele local nunca foi designado em lado nenhum por "CAIS DA SARDINHA", como Sua Exa. o Dr. António Tavares, distinto, erudito, premiado e reconhecido intelectual e na altura vice-presidente da câmara da Figueira da Foz, quis erroneamente perpetuar para todo o sempre.
Aquilo que eu sei, por ser filho e neto de peixeiras, que compraram ali toneladas de pescado, é que aquele local foi - e vai continuar a ser - a "PRAIA DA SARDINHA".
Afirmo-o, porque vivi essa verdade (e quero continuar a viver...) que é - e vai continua a ser - essa realidade.
Viver é, também, preservar os laços e memórias. A nossa teia de relações e recordações faz de nós o que somos.
A tradição é isto: a transmissão de costumes, comportamentos, memórias, rumores, crenças, lendas.
É assim que os dados transmitidos passam a fazer parte da cultura de um país, de uma região, de uma cidade, de uma vila ou de uma Aldeia.
Não está na altura de repor a verdade histórica?
Fica a pergunta à atenção de quem de direito.

Atenção Louriçal

Os Estados Unidos tornaram-se, na quinta-feira à noite, o país com maior número de casos registados de covid-19 ...

Via Público
“Para que precisam de 30 mil ventiladores”, pergunta Trump, que duvida do número de infecções nos EUA...

“Tenho a sensação que em muitas áreas estão a anunciar números maiores do que na realidade vão ser”, disse Trump à Fox News...

Portugal também é Europa...

Ontem, o primeiro-ministro, António Costa, qualificou de “repugnante” e contrária ao espírito da União Europeia uma declaração do ministro das Finanças holandês pedindo que Espanha seja investigada por não ter capacidade orçamental para fazer face à pandemia.
“Esse discurso é repugnante no quadro de uma União Europeia. E a expressão é mesmo essa. Repugnante”, disse António Costa quando questionado sobre a declaração do ministro das Finanças holandês, Wopke Hoekstra, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho Europeu extraordinário de quinta-feira à noite.
Hoekstra afirmou, numa videoconferência com homólogos dos 27 Estados-membros, que a Comissão Europeia devia investigar países, como Espanha, que afirmam não ter margem orçamental para lidar com os efeitos da crise provocada pelo novo coronavírus, apesar de a zona euro estar a crescer há sete anos consecutivos, segundo fontes europeias citadas na imprensa europeia.
Para o primeiro-ministro, a afirmação do ministro holandês “é uma absoluta inconsciência” e uma “mesquinhez recorrente” que “mina completamente aquilo que é o espírito da UE e que é uma ameaça ao futuro da UE”.
“Se a União Europeia quer sobreviver é inaceitável que qualquer responsável político, seja de que país for, possa dar um resposta dessa natureza perante uma pandemia como aquela que estamos a viver”, indignou-se António Costa.
“Se não nos respeitamos uns aos outros e se não compreendemos que, perante um desafio comum, temos de ter capacidade de responder em comum, então ninguém percebeu nada do que é a União Europeia”.

Há dois dias,  no Sul de Espanha, o pânico transformou-se em barbárie: veículos que transportavam velhos foram apedrejados, mais tarde foram atirados engenhos explosivos a partir de casas nas imediações da residência onde já estavam alojados.
Todos temos de contribuir para que, por cá, nada de parecido possa vir a acontecer. Órgãos de comunicação social e redes socais também têm um papel: não exageremos sobre os mais terríveis perigos se não nos desinfectarmos dos pés à cabeça, se se puser meio pé na rua ou em acesas discussões sobre diferenças sem significado entre os números de um autarca ou dois excitados e aqueles que a DGS divulga. 
Tudo isto enerva ainda mais as pessoas e não tenhamos ilusões: o nosso povo é sereno e ainda está sereno. Mas, isso pode mudar de um momento para o outro. E, já há muitos de nós a ficar setressados. 

Ler jornais é saber mais...


quinta-feira, 26 de março de 2020

Da série, "existe coesão territorial no concelho", que o mesmo é dizer, vamos chutando para canto que tudo isto se há-de resolver...(4)

"O nosso país não é apenas centralista, encerra em si variados centralismos e assimetrias sociais a geometrias variáveis. O nosso concelho não foge ao padrão. Por um lado, possui um tecido social e económico urbano e próspero nas freguesias de Tavarede e de Buarcos e São Julião, por outro revela um marasmo económico na generalidade das freguesias rurais, inclusivamente em freguesias industrializadas, como a Marinha das Ondas. Vivi na Alsácia quatro anos e sei que não tem que ser assim, pode haver prosperidade em meio rural. No sul do concelho temos empresas que são campeãs nacionais da exportação, com lucros anuais notáveis, e ali ao lado temos localidades que não passam da cepa torta. Uma população envelhecida, desfasada do dinamismo destas empresas, sem grandes perspetivas de os seus fi lhos poderem um dia ali trabalhar e devolver alguma riqueza à população. As reduções de quadros e o abuso das subcontratações transportam o lucro quase por exclusivo para os acionistas deixando o mínimo para os que realmente trabalham. Nas freguesias a sul e a norte da cidade encontramos um padrão de desleixo em tudo o que é equipamentos e vias da responsabilidade da sede do concelho. Fico chocado com o abandono e o caos nas principais vias de Moinhos da Gândara, Ferreira e Alhadas, a ausência de passeios, os micro-passeios, a sinalização e o estado das próprias vias. Arrepia-me os idosos e as crianças se deslocam a pé através daquelas vias sem passeios ou com passeios onde mal cabe um pé. As armadilhas rodoviárias para os que se deslocam de motorizada ou de carro são imensas. Se por um lado, nós, “os Figueirinhas”, andamos revoltados porque temos muitas obras à porta de casa, naquelas freguesias já só resta a resignação e a impotência para fazer avançar obras essenciais. Por exemplo, no passado verão enquanto se empregaram todos os meios camarários para terminar as obras no centro de Buarcos, a população da Leirosa ficou com as obras do balneário penduradas em plena época balnear. Para mal de todos, nós, os Figueirinhas”, continuamos a ser o umbigo do concelho. Não, não há coesão."
Via Diário as Beiras

Vagos opta por desinfectar...

"Estádio Universitário de Lisboa recebe hospital de campanha"...

"Terá capacidade para mais de 500 camas já a partir do próximo sábado."
Esta, é uma boa ou uma má notícia?
A meu ver, as duas coisas coisas ao mesmo tempo...
Intrigados?... Perguntem-se: porque é que quem tem informação que nós não temos,  está a instalar toda esta resposta ao CONVID-19
Temos de ler nas entrelinhas...
"Pavilhões desportivos ocupados, camas que crescem às centenas e testes diários duplicados. Em Lisboa, no Porto e em Coimbra os hospitais preparam-se para o surto que está quase a chegar."

O COVID-19 e "as lesões humanas para tratar"

Al Berto

"sou um homem privilegiado, ouço o mar ao entardecer. que mais posso desejar?
e no entanto, não estou alegre nem apaixonado. nem me parece que esteja feliz.
escrevo com um único fim: salvar o dia."

Hoje, aquilo que todos sabíamos ser inevitável, a morte, tem nome: chama-se COVID-19.
E aquilo que tem nome e nos causa medo, pode ser adiado. 
E o que tem nome e nos causa medo, também pode ser evitado. 
E se pode ser adiado, para ser ser evitado, podemos chegar à cura e ao salvamento.
Porém, o tratamento para alcançarmos o fim desta mortalidade, não vai evitar que a morte continue a ser inevitável.

Nos últimos dias, os meus contactos têm sido via telefone e via facebook. Mesmo assim, tem dado para verificar que estamos com medo.
A televisão tem sido companhia. Essa permanente ligação à informação não tem sido benéfica. A informação constante, as más notícias, aquilo que se passa na Itália e Espanha, causa ansiedade e medo. 
A mim tem-me valido a RTP/MEMÓRIA.

Mais do que a sobrevivência, o que está em causa é a vida. 
Mais do que a economia, o que está em causa é a vida. 
Quanto tempo vai passar até que eu possa tomar um café na melhor esplanada do mundo?

Andávamos todos entretidos a pensar que a ciência tinha respostas e vencia tudo. 
Agora, caímos na real.
Temos uma vida. Contudo, sem sabermos lá muito bem o que fazer com ela. 
Na Figueira, nem sequer sabemos se havemos, ou não, de lavar e desinfectar as ruas... 
Há figueirenses que ainda se devem andar a rir com as imagens dos chineses a lavar e a desinfectar as ruas.
Citando o professor Daniel Sampaio: "há muita lesão humana para tratar"...

Daniel Sampaio

... uma voz que deve ser escutada. Clicar aqui.

Temos de sublinhar o que a Figueira tem de positivo: empresa ajuda HDFF no combate ao COVID-19

Via Diário as Beiras

Em tempo de COVID-19 também temos destes portugueses: os que metem merda na ventoinha...

"Aguardavam resultados de testes e foram para o Algarve. Estão infectados


Um casal residente na zona de Lisboa, que aguardava os resultados dos testes à Covid-19 depois de uma viagem de risco a Barcelona, foi para Portimão de autocarro.
Depois de vários dias, as autoridades souberam, esta terça-feira, que o casal estava mesmo infectado, avança a SIC."

A crise económica e social e o papel de uma câmara municipal...



"Iremos isentar integralmente do pagamento de rendas todos os estabelecimentos comerciais em espaços municipais, sejam da Câmara ou de empresas municipais, que se encontrem encerrados. Esta medida vigorará até ao próximo dia 30 de junho e abrange também todos os quiosques e lojas instalados em espaços municipais que permaneçam abertos", adiantou Fernando Medina.
A medida irá abranger também todos os espaços comerciais a operar na área do Porto de Lisboa, "sem prejuízo das particularidades específicas dos contactos geridos por aquela entidade".
As instituições de âmbito social, cultural, desportivo e recreativo que estejam instaladas em espaços municipais também ficarão isentas do pagamento de rendas até 30 de junho.
Além disso, continuou o presidente da Câmara de Lisboa, que falava numa conferência de imprensa transmitida 'online', será suspensa a cobrança de todas as taxas relativas à ocupação do espaço público e publicidade a todos os estabelecimentos comerciais, com exceção de estabelecimentos bancários, instituições de crédito e seguradoras.
Esta medida foi tomada em articulação com as juntas de freguesia e abrange igualmente "todas as taxas de ocupação de espaço público", sejam de âmbito municipal ou de âmbito das juntas, sendo que o período de suspensão da cobrança tem início retroativo em 01 de março de 2020 e terminará em 30 de junho de 2020.
"Os estabelecimentos cuja licença anual caduque durante esse período de suspensão só terão de solicitar essa renovação e efetuar o respetivo pagamento a partir de 30 de junho", explicou Fernando Medina.
A Câmara de Lisboa decidiu também adquirir regulamente os produtos frescos dos produtores que comercializavam nas feiras agora encerradas e entregá-los às associações com trabalho social na área de Lisboa.
Por outro lado, será suspensa até 30 de junho a entrada em vigor da disposição relativa à proibição de uso de plástico não reutilizável, "de forma a não dificultar o fornecimento em regime de 'take-away'".

Cá  pela Figueira também estamos a perder rendimentos. Penso (oxalá esteja enganado), que há o risco de termos casos de fome no concelho muito em breve.
A uma queda brutal do rendimento de muitas famílias, já se começa a verificar o aumento dos preços de produtos essenciais, como as carnes de frango e de porco. Se juntarmos, por exemplo, a isto o  brutal preço da água na nossa terra, bem como o aumento das rendas dos bairros sociais dos últimos anos, o panorama futuro é preocupante. 
Acresce ainda que  muitas das nossas pequenas empresas comerciais, o principal pilar da economia do concelho, estão fechadas e muitas delas correndo um sério risco de falência.
Quem trabalha a recibos verdes (fotógrafos, artistas plásticos, músicos, advogados, etc.) em que a peça principal da máquina são eles próprios, vão enfrentar também grandes dificuldades.
Enfim, o concelho, tal como o País e o Mundo, vai entrar em recessão.
Dentro das possibilidades, o nosso Município poderia fazer alguma coisa de concreto. Por exemplo, a suspensão do pagamento das rendas em todos os fogos municipais até 30 de junho,  isenção de rendas de estabelecimentos comerciais e de instituições em espaços camarários.
Registe-se:
"O Município da Figueira da Foz fornece refeições escolares a crianças/alunos do Escalão A de Ação Social Escolar (ASE) e para as situações excecionais dos filhos dos profissionais de saúde, das forças e serviços de segurança e de socorro e de outros serviços essenciais que estão a frequentar a Escola de referência designada pela DGEstE - Centro Escolar S. Julião Tavarede."
Mas, registe-se também que isso aconteceu "em cumprimento das orientações emanadas pelo Governo - Ministério da Educação" que deu orientações "para aferir da necessidade do fornecimento de refeição escolar no período de 16 de março a 13 de abril."
Sublinhe-se, mas em termos de apoio ao rendimento das pessoas e empresas é pouco... 
Há muito trabalho pela frente senhor presidente e senhores vereadores da câmara municipal da Figueira da Foz.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Desinfecção da via pública: a diretora-geral da Saúde e as câmaras municipais

Via OBSERVADOR
"A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, considera que “não há nenhuma evidência científica” que sustente a eficácia de ações de desinfeção das ruas e espaços públicos no combate ao coronavírus. Porém, há várias câmaras municipais por todo o país que o estão a fazer — e em alguns casos a medida foi mesmo recomendada e validada pelas autoridades locais de saúde."